O Mistério da Bailarina escrita por Thata Romanov


Capítulo 3
Capitulo 3




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Depois de esperar algumas horas deitada pensando em tudo que eu tinha ouvido, liguei pro meu pai e disse que iria ficar mais tempo eu expliquei o motivo e ele entendeu só não falei sobre a Luiza. A Sra Collins disse que seguranças de um museu estava querendo retirar o corpo do teatro e coloca-lo em exposição no museu, mas o Sr Enzergood não quer deixar, parece que ele conheceu Luiza quando viva e disse que tudo que ela queria era ser normal.
Deixo todos esses pensamentos ocuparem a minha cabeça, levanto e vou ao banhiero e passo uma água no rosto, olho e vejo meu reflexo no espelho.
– Como eu fazer isso - suspiro - eu nem sei por onde começar.
Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e vou descendo as escadas, e escuto a voz do Sr Enzergood, parecia que ele estava brigando, me agacho na escada e fico escutando.
– Leonardo eu já disse que você vai leva- la - diz com a voz grave
– Mas eu não sei onde fica essa entrada secreta - replica Leonardo
– É claro que sabe, você acha que eu não sei que você ia la para ver o corpo... é a ultima coisa que eu digo você vai ajudar ela.
Ele não responde, desço as escadas e vejo o rosto dele, parecia que estava triste seus olhos azuis estavam caídos, mas ele da um pequeno sorriso para mim e passa a mão pelo cabelo.
– Vamos? - pergunta
– Iremos ao teatro agora? - pergunto confusa
– Sim - ele estica a cabeça - me espera naquele carro branco, eu só vou pegar um casaco e já te encontro la.
Aceno com a cabeça, e fico esperando no carro, a vós dele é bem grossa quando ele fala com calma e eu tinha que admitir que ele é muito bonito, cabelo loiro arrepiado, olhos azuis penetrantes e um corpo que parecia ser bem bonito, eu não tinha certeza se ele era forte, porque todas as vezes que eu o vi ele estava usando camisa, mas pelo os braços dele eu vejo que ele parece ser musculoso. Ele demora apenas uns minutos para pegar o casaco e depois vem ele usando uma camisa preta e um jeans rascado no joelho e segurando um casaco, ele não diz nada apenas se aproxima e abre a porta para eu entrar e depois ele entra pelo outro lado.
– È muito longe? - pergunto tentando puxar assunto
– O que é longe? - pergunta ligando o carro
– O teatro - respondo
– Um pouco só, mas vamos chegar rápido - responde ele andando com o carro - Então... você vai resolver isso pra ele?
– Vou fazer o que tiver em meu alcance - olho para frente e afundo meu rosto nas mãos - eu não tenho ideia por onde começar.
– A Sra Collins passou duas semana falando de você, de como você é esforçada, inteligente, ela parece confiar muito em você e o meu avó também - ele lança um olhar para mim
– Me desculpe por dizer isso, mas acho que ela era importante para o seu avô.
– Olha eu não posso dizer coisas pessoais sobre a vida dele.
– É claro eu entendo, desculpe.
– Tudo bem - diz ele sorrindo - bem chegamos. mas está cheio de policiais aqui, vamos esperar eles saírem para podermos entrar.
– Não acredito - olho pela janela - mas não podemos ficar parados aqui também, eles podem suspeitar de alguma coisa.
– Olha eu tenho uma ideia - ele meio que sorri - se um deles vierem perguntar o por que de estarmos aqui parados, vou dizer que você é minha namorada.
– Hem - como assim namorada dele - olha eu não gosto da ideia, acho melhor sairmos daqui.
– Olha é só pra disfarça ta - ele encosta no banco e fecha os vidros - está com fome eu trouxe barras de cereal, quer?
– Sim eu aceito, obrigada - pego a barra já abrindo e colocando-a na boca.
Nós nem conversamos direito no carro, depois de algumas horas eu estava quase dormindo.
– Julia - diz ele me acordando - acorda eles foram embora.
– Mais já, você disse que eles iriam demorar - digo esfregando os olhos
– Mas eles demoraram muito, foi você que dormiu - diz ele com ironia - bem vamos sair devagar.
Saio do carro e ajeito o meu cardigã, estava fazendo uma noite bem fria. O teatro estava com tabuas de madeira pregadas para que ninguém possa entrar, sigo Leonardo até os fundos do teatro, ele olha em volta e pega uma corrente bem grossa e a puxa com força e um buraco na calçada se abre.
– É aqui? - pergunto
– É - diz ele limpando a testa - Bem eu vou na frente - aceno com a cabeça e leiga a lanterna do celular para iluminar a passagem - Vem segura a minha mão é bem escorregadio aqui.
Seguro a sua mão para descer as escadas, realmente era me escorregadio e asqueroso, passa um rato ao meu lado e eu grito alto.
– Bem parece que a riquinha mimada nunca viu um rato - diz ele cômico
– Eu não sou riquinha, pare de me chamar assim, garotas tem medo de ratos, e caso você não percebeu eu sou uma garota.
– sim eu percebi - ele olha para frente - Olha eu vou subir você primeiro e depois eu vou ok
– Ok - ele me pega no colo e eu seguro em uma barra e consigo chegar no teatro - vem - seguro o braço dele e o puxo para cima - É aqui? - olho admirada
O teatro tinha uma beleza antiga e clássica, por fora ele não parecia nada mas por dentro era incrível, os acento da platéia estavam empoeirado pois tinha mais de 60 anos que ninguém entrava mais la, o teto era enorme e dourado, eu estava sem palavras de como era maravilhoso o lugar, eu só tinha um pouco de dificuldade de respirar pois estava com um cheiro muito forte de morfo. Então quando eu viro o rosto para lado eu vejo.
– Ai meu Deus - levo minha mão a boca, eu estava um pouco distante do palco, mas pude ver a silhueta perfeita dela, como se estivesse dormindo, vou me aproximando e vendo com mais clareza, sua pele branca as unhas que estavam feitas, seu rosto que estava absolutamente perfeito com pequenas oleiras roxas que quase não dava pra perceber, seus cabelos negros ainda preso em coque, sua boca estava da cor de sua pele, mas mesmo assim eu pude ver com ela era linda e sinto meus olhos enchendo de lágrimas - Ela não parece que está morta, parece que está dormindo - sento na beira do palco e fico a olhando - ou que foi morta a cinco minutos atrás - sinto minha vós vacilando - tão bonita, parece uma princesa a desperta com um beijo de amor.
Eu precisava toca -la eu tinha que sentir aquela pele branca, mas quando encosto em sua testa dou um pequeno gritinho ela estava gelada muito gelada, e tiro minha mão rapidamente, lágrimas estavam escorrendo pela minha face eu nunca tinha visto nada parecido.
– Você sabe onde fica o camarim? - pergunto ao Leonardo
– Sei, mas por que quer ir la?
– Talvez eu encontre alguma coisa la - respondo olhando para os lados esfrego minhas mãos na calça e limpo minhas lágrimas.
– Vem - diz ele e eu o sigo, fomos para traz do palco e la tinha uma escada, subimos a escada e la estava o camarim, ele abriu a porta com cuidado, e assim que a porta abre vem muita poeira em nossa direção, que nos faz espirrar - é aqui que ela se arrumava, você não tem medo de entrar ai?
– Por que eu teria? - pergunto
– A sei la, medo de ver algum fantasma? - pergunta ele tentando me deixar com medo, mas eu não estava com medo.
– Fantasmas não existem - respondo com um pequeno sorriso.
Ele limpa a garganta e diz:
– Se precisar de alguma coisa estarei aqui na porta.
Aceno com a cabeça e entro, ligo a lanterna do meu celular para iluminar o lugar, o camarim não era muito grande, tinha um sofá muito empoeirado, uma penteadeira e nela um espelho enorme e uma pequena mesinha que tinha umas maquiagens e algumas bijuterias que estavam a tanto tempo ali que tinha varias teias de aranha, olho para o lado e vejo uma pequena caixa de musica com uma bailarina prateada coberta de poeira, assopro a poeira e vejo a beleza da pequena estátua, abro uma gaveta e vejo um livro, e na capa tinha a foto de uma menina que parecia ser Luiza, acho que era o diário dela.
– Leonardo! - grito empolgada
– O que foi? - pergunta ele meio preocupado.
– Olha - amostro o livro a ele - acho que é o diário dela, a menina da foto é ela não é?
– Sim é ela, é Luiza - ele me olha curioso - Onde você encontrou isso?
– Na gaveta embaixo da mesa da penteadeira.
– Ótimo vamos embora, eu não aguento mais respirar neste lugar.
Saímos do teatro, a rua estava bem deserta, e sai correndo na frente dele e fui para o carro.
– Meu Deus! - digo me sentando - o corpo dela está incorrupto como se fosse uma santa, muito bonita - vejo ele entrando no carro - e agora com este diário eu sei por onde começar, posso saber cada passo da vida dela.
– Então... agora você vai xeretar a vida dela? - pergunta rindo
– Eu vou desvendar o mistério, e vou conseguir - digo bem confiante - eu prometo que ela vai ter um funeral apropriado, e que depois de 60 anos ela vai descansar em paz - olho para ele, que já estava me olhando - Posso contar com você?
– Faço tudo pelo meu avó - diz ele sorrindo e sorrio também, e ele arranca com o carro.


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Notas finais do capítulo

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