Um grito de adeus escrita por the wolves queen


Capítulo 1
Kitty pov


Notas iniciais do capítulo

bem eu tive a ideia para a fic, assistindo a um documentário e acabei ficando bem triste com o que vi e bem essa fic vai mostrar um pouco de como seria quando alguém mesmo os que aparentam serem os mais fortes realmente já não tem mais forças para lutar



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" "Cale a boca sua aberração, eu não te quero mais no meu vestiário sua lésbica nojenta"

Esse foi o inicio do meu fim

Sabe eu tinha tudo, era uma Cheerio, tinha pais que me amavam, era popular e tinha bons amigos no Glee Club. Ou pelo menos era o que eu achava, tudo mudou no dia em que Bree em uma discussão sem sentido me jogou para fora do armário, eu nunca esqueceria aquele dia porque foi ali que eu vi minha vida ruir

" - Eu não quero saber Wilde, você é uma Cheerio aja como uma. Se não me obedecer como capitã estará fora - a negra gritou tentando provar alguma coisa que eu não fazia ideia do que era

- Eu só estou dizendo que eles são meus amigos eu não quero jogar raspadinha neles - eu falei calma e vi o ódio brilhar nos olhos de Bree e um arrepio subir minha coluna

- Escuta aqui, sua loira vadia eu não perguntei se são seus amigos eu disse que vai fazer - ela gritou e eu neguei chocada

- Eu não vou não - falei alterando minha voz, ela se virou sorrindo como uma maluca

- Sendo assim eu não te quero mais no meu vestiário sua aberração - ela falou cínica me assustando

- Do que esta falando¿ - eu perguntei

- Cala a boca sua aberração eu não ti quero mais no meu vestiário, sua lésbica nojenta - eu senti meu mundo rodar e meu estomago embrulhar

- Como você sabe disso¿ - eu perguntei alarmada, meu coração falhava batidas e eu sentia que cairia a qualquer momento

- Não interessa, eu sei. E se não fizer o que eu mando todos saberão também - eu respirei fundo, não iria ferir meus únicos amigos de verdade naquele colégio

- Meu uniforme estará com a Sue amanhã pela manhã, eu não vou machucar meus amigos - eu virei as costas e sai. Esse foi meu maior erro"

Depois daquele dia, Bree espalhou por todo o colégio sobre mim e em menos de uma semana todo o colégio sabia, não demorou muito e isso se espalhou pela cidade e foi quando meus pais souberam, eu ainda me lembrava bem de como foi chegar em casa naquele dia

" - Mãe, pai? - eu entrei pela porta, não havia um ruído na casa e isso me deixava apreensiva

- Tem alguém em casa? - eu perguntei novamente e dessa vez, meu pai apareceu em meu campo de visão. Ele estava sentado em sua poltrona de couro marrom, um cinto em seu colo e minha mãe segurando as lagrimas no outro sofá, eu me arrepiei sabendo que nada de bom aconteceria

- Pai? - eu perguntei insegura e ele me olhou frio, como nunca havia feito antes

- Sente-se Katherin - eu engoli em seco mas o obedeci assustada

- É verdade? - ele se levantou, o sinto em suas mãos. Eu sabia do que ele falava, mas não desejava responder

- Do que está falando pai? - eu perguntei a voz tremula, foi quando eu senti minha coxa esquerda arder

- Eu perguntei se é verdade o que a cidade está falando Katherin. Eu tenho uma filha sapatão? - ele gritou e eu já sentia lagrimas escorrerem, não podia mentir e não podia contar a verdade

- Eu..eu - mais uma vez ele me acertou, dessa vez nas costas. Eu gritei de dor e minha mãe começou a chorar desesperada do sofá, ele não se importou

- Eu perguntei se você é ou não um maldito sapatão - eu comprimi meus lábios assentindo com a cabeça, ele não disse nada antes de me acertar com seu cinto novamente, agora mais forte e sem parar. Eu escutava minha mãe gritar e meu pai a mandar ficar quieta, e aos poucos tudo foi se apagando. Eu acordei estava em um quarto de hospital e minha mãe chorava na poltrona ao lado da minha, eu acariciei sua mão de forma a dizer que tudo ficaria bem, foi quando ela levantou seus olhos para mim e eu soube que nada seria o mesmo"

Depois daquele dia, fomos só eu e minha mãe. Ela havia mandado meu pai, meu herói, o homem que quase me espancou até a morte embora, ele é claro entrou em uma batalha judicial querendo minha guarda, mas tudo que conseguiu foi uma ordem de restrição onde ele não poderia chegar perto de mim ou de minha mãe nunca mais, mas mesmo assim nada mudou na escola os alunos ainda me perseguiam, não havia um dia em que eles não me prensassem contra um armário, ou enchessem minha caixa de mensagens com recados de como eu era uma aberração. Eu tinha meu único porto seguro o Glee Club, mas tudo mudou em um dia em que eu olhei demais para Marley

"- Isso direita, direita, vira, pra frente e então vira de novo, mão no chapéu. Pronto pessoal ficou muito legal - mister Shue falou sorrindo e se virou para mim

- Kitty, seus passos ainda não estão no tempo certo, eu sei que tem muita coisa na sua cabeça então. Marley você poderia ensaiar com a Kitty depois da aula por favor - ele pediu gentil e a morena sorriu concordando, Mister Shue nos liberou logo em seguida

- Então podemos ensaiar aqui mesmo? - a morena perguntou e eu assenti levemente, desde de que tudo aquilo havia começado eu me tornara uma pessoa mais calada e silenciosa, Marley apenas sorriu me puxando pelo braço eu a deixei me puxar e ali ficamos ensaiando os passos quando em um momento eu tropecei em meus pés caindo e levando Marley junto a mim, ela caiu por cima de mim e meus olhos se conectaram com os dela, ficamos ali nos olhando quando o grito me fez levantar assustada, Marley logo atrás de mim

- O que você pensa que está fazendo com a minha garota? - Jake gritou e eu senti meu rosto arder, com o tapa que ele me deu. Eu me encolhi escutando Marley gritar com o namorado

- Sua maldita aberração, eu te quero longe da minha namorada ou eu vou acabar com a sua raça sua sapatão maldita - ele gritava e eu só sabia me encolher, eu queria correr, eu queria sumir. Mas não tinha para onde correr, não tinha mais

- Jake - eu escutei o grito novamente e dessa vez passos apressados vindo em nossa direção, mas eu não consegui me mexer, tudo que eu via era o olhar de Jake sobre mim, o mesmo que o de todos os outros, eu corri"

Eu sai do Glee Club depois disso, não consegui mais ficar ali tinha medo demais, muitas vezes eu vi Marley tentar se aproximar mas eu corria para longe, não queria que se aproximassem de mim mais, todos que se aproximavam me feriam. Minha voz já não era mais ouvida e eu tinha cada vez menos fome, eu já não conseguia dormir sem ter pesadelos então ficava a noite inteira acordada, no colégio eu tentava passar o mais despercebida possível. Mas nada melhorava, eu sentia que não havia saída, eu só queria paz. E foi por isso que eu fiz o que eu fiz, eu sinto muito mas eu não aguento mais, pra quem quer que esteja lendo isso. Eu desisto"


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Notas finais do capítulo

espero que gostem e desculpe os erros



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