Play! escrita por Cactus Stories


Capítulo 36
Você vai me escutar!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial pra a Deyanira, que recomendou a fanfic! Adorei sua recomendação fofa (Sério, aquele textinho tava divoso!)! ^-^



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(Trilha Sonora: Photograph - Ed Sheeran)

.P.O.V. Lilly.

Subi as escadas novamente e bati na porta do quarto do Nathaniel, receosa, eu precisava saber o que tinha acontecido ali. Ouvi ele murmurar um "entre" e abri a porta,o cômodo era arrumado, tinha uma varanda, que estava com as portas fechadas, a cama estava feita, uma escrivaninha em um canto, com um computador em cima, prateleiras com livros, alguns, inclusive, que eu tinha emprestado para ele. Me aproximei do Nathaniel, que estava sentado na cama, e encostei de leve no ombro dele, que se encolheu, ele parecia estar tentando disfarçar, mas eu já sabia de tudo.

– Nath... a... quanto tempo isso acontece? - murmurei, me sentando do lado dele.

– Ahn, isso o quê? - ele perguntou, ansioso.

– Você sabe do que eu estou falando, Nathaniel. - me virei para ele, que tentava disfarçar ao máximo. - Eu vi tudo, e estou preocupada com você.

– Por favor... não se meta nesse assunto. - ele me encarou, sério. - É só uma fase, não precisa se preocupar comigo.

– Como assim, "não precisa se preocupar comigo"?! - exclamei, me levantando. - Nath, o seu pai te bateu até você cair, e você quer que eu não me preocupe com você?!?!

– Escute, entenda uma coisa, isso são assuntos familiares, Lilly, você não é da minha família, então, por favor, não se intrometa.

– Mas eu presenciei tudo! Eu não posso ficar calada depois de ter visto aquilo! - ele não conseguia perceber o óbvio?!

– Eu já pedi para você esquecer isso, ok?! Eu já estou resolvendo tudo, você não entende?!

– Eu não vou esquecer, sabe o porquê?! Porque há três meses atrás eu não tinha nenhum amigo, eu ficava sempre sozinha, só lendo, ouvindo música e desenhando, ninguém conversava comigo, e eu não conseguia fazer amigos desde que a July saiu daquela cidade, e então, ela voltou e trouxe três amigos, eu comecei a conversar com eles, mas, mesmo assim, só um deles voltou lá pra conversar comigo. - meu olhos começaram a lacrimejar. - Você não sabe o quanto aquilo importou, Nath, eu não tinha ninguém e, de repente, eu tinha conseguido um amigo, você sempre conversava comigo, me fazia rir, me escutava e... eu gostava de ficar com você. Por isso, eu sei que você está com um problema, e é um problema sério, e eu sinto que preciso ajudar, porque você me ajudou uma vez, e você vem me ajudando até agora.

Ele me encarou surpreso, acho que ele não sabia da importância das nossas conversas para mim. Senti uma lágrima escorrendo pela minha bochecha e limpei ela rapidamente, eu odiava chorar.

– Você sabe que eu não vou desistir até conseguir te ajudar, não sabe? - murmurei, olhando nos olhos dele. - Você é meu melhor amigo, Nath, se você ficar triste, eu também vou ficar, porque me importo com você, eu quero te ajudar do jeito que você me ajudou...

Ele estava paralisado, estático, nem eu sabia de onde tinha tirado essas palavras, acho que eu realmente queria convencê-lo de que podia ajudar com os problemas. Ele se aproximou e limpou uma lágrima da minha bochecha.

– Vamos, eu vou te levar pra casa. - ele sussurrou, passando o braço em volta dos meus ombros e andando até a porta do quarto.

Eu peguei minha mochila e coloquei nas costas, enquanto andávamos até a porta, andamos em silêncio até a estação de metrô, que era perto da casa deles, nós embarcamos e fomos parar de volta na rua da escola, de lá, andamos até a minha casa, eu parei na porta e suspirei. Me virei para ele e voltei a me preocupar.

– Se precisar de ajuda, já sabe com quem contar. - abracei ele. - Prometa que vai tentar dar um jeito nisso.

– Tudo bem, só, por favor, não comente com ninguém o que você viu. - ele pediu.

Assenti com a cabeça e entrei em casa, a July não estava e eu encontrei um bilhete em cima da mesa.

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"Fui almoçar na casa dos gêmeos, não é só você que pode se divertir! XOXO ~July."

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Sorri com o bilhete dela provavelmente demoraria para chegar, mas, pelo menos, tinha feito sua parte das tarefas da casa, olhei pela janela e comecei a pensar no que fazer, até que tive uma ideia boa, peguei uma sulfite, lápis de cor, borracha, caneta, e um lápis normal, voltei para a sala e comecei a desenhar. Saiu algo interessante, um gato com asas, parecia muito um gato que eu tinha visto outro dia na rua, só que com asas enormes.

Me levantei e comecei a pensar em outra coisa para fazer, mas, a imagem do pai do Nathaniel batendo nele não saía da minha cabeça, eu precisava fazer alguma coisa, sentia isso, só não sabia o que fazer.

.P.O.V. July.

Estava na casa do Alexy e do Armin, junto com o Alexy no segundo andar, estávamos fazendo uma maratona de filmes de animação, mas o Alexy dormiu no meio do filme Detona Ralph, então, decidi descer e ver como o Armin estava, ele tinha dito que preferia jogar videogame na sala enquanto a gente assistia nossa maratona, o episódio do beijo já era coisa passada, tínhamos voltado a nos falar quase normalmente, mas, esses últimos dias, ele parecia meio deprimido, e eu queria saber o motivo.

Desci as escadas e vi ele deitado no sofá ele estava de olhos fechados, mas eu sabia que ele não estava dormindo, me aproximei e sentei do lado dele, que abriu os olhos e virou para mim, eu sorri e ele se sentou.

– Gamer, você parece triste, aconteceu alguma coisa? - perguntei, calma.

– Nada, é só... o Dake, e a Rebecca... eles não me deixam em paz. - ele murmurou. - E o Dake disse algo que não ajudou muito.

–O que ele te disse?

– Ele... não gosta de verdade da Rebecca, ele gosta de você...

– Bem, eu nunca gostaria de um baka como ele. - falei, confiante. - Ele não sabe nada sobre jogos, trata você mal, se acha, é ridículo e está sempre dando em cima de todo mundo.

– O que eu tenho a ver para estar nessa lista?

– Gamer, somos melhores amigos, mexeram com você mexeram comigo. - sorri, dando um abraço nele.

– Ownt, sabia que vocês eram o casal perfeito. - Alexy bocejou, na nossa frente. - Podem se beijar, eu não ligo, afinal não seria a primeira, vez, não ?

– Alexy! - exclamou Armin.

– O que aconteceu? - perguntei, confusa.

– Ahnn, explica pra ela, Armin!!! - Alexy exclamou, subindo as escadas de novo.

– O que aconteceu? - voltei a repetir, afinal eu nunca renunciava uma pergunta depois de feita. (Principezei (entendedores entenderão) viram?).

– Bem... eu contei para o Alexy... quando te beijei , nas férias.

– Armin, você achou que eu ia ficar irritada? - sorri. - Você tem todo o direito de contar o que quiser para o seu irmão, e também tem todo o direito de omitir coisas dele. - concluí, olhando para as pulseiras dele.


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Notas finais do capítulo

Desenho Lilly:

http://www.pikore.com/m/1071996686489934037_2062377101


Eu que desenhei, ficou legal?



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