Play! escrita por Cactus Stories


Capítulo 29
Você por aqui de novo?


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu editei o capítulo 22, ao invés de o Nath ser emancipado dos pais, ele vai morar com, eles, por causa de uma ideia que eu tive... Maaaas, nada de spoilers!



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.P.O.V. Nathaniel.

Acordei no dia seguinte sem nenhuma ideia do que fazer, era terça, o pessoal queria andar a cavalo, eu já havia terminado de ler o livro que a Liliana me emprestou, era muito bom, por sinal, resolvi que iria passar no Purrfect para devolvê-lo, e depois eu voltaria para andar a cavalo com o pessoal. Saí logo após o café, andando até a cidade, entrei no mesmo lugar de sempre, paguei por uma hora e entrei, a Liliana estava com o uniforme, atrás da bancada, e acenou para mim quando eu entrei.

– Ahn, oi, Nath. - ela se aproximou, meio confusa. - O que veio fazer aqui a essa hora?

– Desculpa estar incomodando. - cocei a nuca, meio envergonhado. - Vim devolver seu livro, é muito bom.

– Ah, você não incomoda nem um pouco. - ela sorriu. - Senta aí, me fala o que achou?

– Bem, eu não entendi o motivo de você ter colocado o nome de um dos antagonistas no seu gato. - passei a mão no Risca de Carvão. - Ele não parece ruim.

– Ah, é que quando ele era pequeno, eu levei ele na casa de uma amiga que tinha um gato chamado Pata de Fogo, e eles começaram a brigar, daí o nome. - eu ri da explicação dela. - Mas, tanto faz, esse é o nome dele e ponto, gosto de colocar o nome dos personagens de animes, mangás, livros e etc nos meus gatos, do tipo, o Kyo, aquele gato laranja, tem o nome de um personagem do mangá e anime Fruits Basket.

– Eu queria ter um gato, mas minha irmã é alérgica a pelo de gato, e meus pais não são exatamente "fãs" de bichos. - comentei, meio triste. - Mas eu posso brincar com os gatos de rua e dos vizinhos, então, não tem problema.

– Eu gosto de gatos de rua, todos os gatos daqui são de rua, ou filhotes de gatos de rua, por isso você não vê nenhum gato de rua nessa cidade. - ela comentou. - Eles ganham comida, remédios, e carinho, e as pessoas ficam felizes quando veem eles.

Aquilo me deixou imensamente feliz, era bom saber que outra pessoa além de mim e da Seika gostava de gatos, como eu, boa parte das pessoas que eu conhecia não gostavam de gatos, ou gostavam, mas não tinham um, tipo a July, ela tinha uma cobra de estimação, mas gostava muito de gatos. Me virei para um dos gatos e percebi que ele parecia muito com o Frajola, um gato de rua que eu alimentava quando era criança, eu sabia que não era ele, afinal , o Frajola morreu atropelado quando eu fiz doze anos.

– Que gato é aquele? - perguntei, olhando para o gato branco e preto, com olhos amarelos.

– Ah, o nome dele é Crush, por quê?

– Eu conhecia um gato igual a ele, só que o nome dele era Frajola.

O sino na porta tocou, avisando que alguém havia chegado, ela se levantou rapidamente e foi atender os dois garotos que chegaram, eles eram quase iguais, a única diferença era que um estava usando uma camiseta azul e outro uma camiseta verde.

– Bem-vindos ao Purrfect, o que desejam? - ela sorriu, segurando a enorme bandeja prateada.

.P.O.V. Liliana.

Os garotos se viraram para mim após minha pergunta, pareciam ter a mesma idade que a minha ou a do Nath, o de azul me olhou de cima a baixo e sorriu, malicioso.

– Eu quero você.

Espera, o quê?! Eu estou sendo flertada por um dos clientes do café? Eu estou no ambiente de trabalho, não posso nem dar um soco na cara dele! Olhei para ele, depois de sair do meu estado de choque, e sorri de novo.

– Desculpe, eu não entendi o seu pedido, poderia repetir, por favor?

– Eu já disse, eu quero você. - ele repetiu, DESCARADO!

– Acho que isso não será possível, pois, como vê, eu não estou no cardápio. - apontei para o mesmo, na frente dele.

– Nossa, Luiz, se ferrou! - o de verde exclamou, rindo. - Viu no que dá? Mexeu com a gata, saiu arranhado.

– Cala a boca, Marcus! - ele se irritou, se levantando e andando na minha direção. - Quem você pensa que é para falar assim comigo, garota?

– E quem VOCÊ pensa que é pra dar em cima de mim assim, na cara dura? - continuei, no mesmo tom de antes. - Eu já disse e vou repetir, não estou no cardápio, agora sente-se e pare de causar tumulto, acho que você já é bem grandinho para entender que fazer birra não leva a nada, seu baka. - sussurrei essas duas últimas palavras, mas, mesmo se escutasse, duvidava muito que soubesse o que significava.

– Ora sua... - ele se aproximou mais ainda, irritado.

Achei sinceramente que ele ia me dar um soco de me jogar do outro lado do café, então, resolvi colocar a bandeja na frente, pra ver se, pelo menos, quebrava o pulso dele quando ele me socasse. Eu acho que ele ia mesmo fazer isso, se alguém não tivesse pegado ele pelo colarinho e levantado.

– Termina a frase. - exclamou Nathaniel, irritado. - Sua o quê?!

– Nada, não é nada não! - garoto ficou branco como cera. - A gente já estava indo embora, não é, Marcus? - completou, olhando para o companheiro, desesperado.

– É, a gente estava. - o de verde riu. - Desculpe pelo meu irmão, ele é um otário.

E, depois disso, os dois saíram do café, correndo. Eu me virei para o Nathaniel, surpresa, nem tinha passado pela minha cabeça que ele faria isso, em momento nenhum! Sorri para ele e o abracei, ele me abraçou de volta, depois de um tempo, parecia surpreso por eu ter feito aquilo, nem eu sei porque abracei ele, só, sei lá, agi por impulso uma vez na vida.

– Você está bem? - ele perguntou, quando nos separamos.

– Ah, estou sim, acho que eu não deveria responder os clientes desse jeito... - pus a mão no queixo, pensativa. - Mas, ele mereceu, com certeza.

– Se você está bem, eu tenho que ir, a gente se fala. - sorriu, saindo do café.

– Tchau! - acenei para ele, que já estava do outro lado da porta de vidro.

Me virei de novo e me deparei com o meu irmão, Rick, nós somos gêmeos não idênticos, enquanto eu tenho olhos verdes e cabelo laranja, ele tem cabelo castanho e olhos cinzas, ele é um gay assumido, e eu adorava conversar com ele.

– Quem era o bofe? - perguntou, sentando na mesa, ao meu lado.

– Ah, era o Nathaniel, ele me ajudou com uns garotos que vieram aqui e...

– Eu vi tudo maninha, - ele sorriu. - principalmente o abraço caloroso que você deu nele. - completou, fazendo com que eu corasse muito.

– Aaaah, já falei que você fica muito fofa corada? Deve ter puxado a mim! - se gabou, o que me fez rir.


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Notas finais do capítulo

Finalmente, quebrando a rotina das 1.054 palavras! (eu não queria, mas quebrei do mesmo jeito, porque achei que todos os diálogos e narrativas se encaixavam, e não podia apagar NADA!)

Olha quem tá chegando aí, Rick, o nosso novo amiguinho, meu mais novo OC!



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