Um Belo Errado escrita por Mila Karenina
Notas iniciais do capítulo
Enjoy!
"Bota o copo pro alto, vamos beber
Nós vamos curtir a vida, vamos beber"
"O uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado."
"Gosto dos venenos mais lentos!
Das bebidas mais fortes!
Dos cafés mais amargos!
E os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí?
Eu adoro voar!"
–Filha! - Minha mãe falou me sacudindo e eu finalmente abri os olhos.
Minha mãe ás vezes parecia um anjo com seus cachos negros e seus olhos verdes esmeralda.
– Pelo amor de Deus! Pensei que estava desmaiada! Quase me mata do coração menina! - Minha mãe gritou pondo as mãos em seu cabelo.
Me levantei devagar e me espreguicei, não sabia que havia dormido tanto tempo assim, fui até meu quarto peguei uma toalha e fui tomar um banho quente, aquilo seria decerto aliviante.
Durante o banho tentei afastar todos os pensamentos sobre Maria e seu pai, me sequei e me vesti, hoje eu iria sair, precisava beber alguma coisa suficientemente forte para apagar essas lembranças.
Vesti um vestido preto colado ao corpo, passei uma maquiagem forte com direito a batom vermelho e soltei minhas ondas castanhas que caíram em cascatas pelas minhas costas, me olhei no espelho e aprovei o resultado.
Desci as escadas com meu salto alto e meu pai me olhou curioso.
– Onde você vai assim mocinha? - Ele perguntou sorrindo e passando a mão pelos seus cabelos ondulados semelhantes aos meus.
– Vou sair papi! - Eu disse caminhando em direção a porta e ele sorriu.
– Voltou a ter vida social? Que bom minha filha! Eu estava ficando preocupado! - Ele disse abrindo a carteira.
– Não precisa me dar dinheiro! Eu tenho! - Eu garanti, mas mesmo assim ele me entregou algumas notas.
– Pegue minha filha! É um estímulo para ter vida social! - Ele falou e eu saí pela porta.
Peguei um táxi e parei em um pub que estava cheio naquele horário, entrei e me sentei na mesa próxima ao palco em que uma dançarina burlesca se apresentava, achei engraçado o fato de não me pedirem a identidade para entrar em um local assim, mas mesmo assim tentei relaxar.
Pedi uma dose de Whisky e bebi inteira de uma vez só, um cara loiro e de altura mediana se aproximou de mim e se sentou na minha mesa.
– Posso? - Ele perguntou já sentado e eu revirei os olhos.
– Se já sentou, por que pergunta? - Respondi ríspida, sua presença estava me incomodando no momento.
– Nossa! A mocinha está com o humor tóxico pelo que eu vejo! - Ele falou risonho.
– Não me chame de mocinha se quiser continuar com todos os dentes - Eu falei fazendo cara de má e ele pos a mão na boca se fingindo de impressionado.
– Outro copo de Whisky por favor! - Eu pedi ao garçom.
– Whisky? Você é realmente má! - Ele observou e eu sorri de lado.
Ele olhou em meus olhos por alguns segundos e eu sem entender o motivo retribui o olhar, ele até que era bonito, não chegava aos pés de Peter, mas era bonito.
– Se não pode me acompanhar no Whisky, pode se retirar por favor! - Eu falei e ele arregalou os olhos.
– Eu te acompanho, mas só porque insistiu! - Ele disse e pediu um copo de Whisky também.
Depois de algumas rodadas da bebida, me sentia levemente tonta e eu estava com toda certeza muito mais risonha que o costume, o loiro continuava a me olhar e eu continuava retribuindo o olhar.
– Quer saber de uma coisa? - Eu falei e ele assentiu.
– Me beija logo! Eu sei que você quer! - Eu falei e ele se aproximou de mim colando seus lábios aos meus, suas mãos foram para minha nuca e as minhas para o seu peitoral, mas eu não senti nada com aquele beijo, nada mesmo! Nenhuma das faíscas que eu solto quando beijo Peter, então me afastei.
– O que aconteceu? - Ele perguntou.
– Eu amo outro, desculpe! - Eu falei e saí andando, mas ele me segurou.
– Não há problema, eu também amo outra! Quer conversar sobre isso? - Ele perguntou e eu assenti.
Fora do estabelecimento nós caminhamos pela rua, eu com dificuldade já que estava bêbada e com saltos altos.
– E então porque não podem ficar juntos? Você é linda! - Ele falou e eu senti uma pontada na cabeça.
– Ele é pai da minha melhor amiga! - Respondi sendo direta como de costume e ele arregalou os olhos.
– Nossa! É tão chocante assim? Ele não é nenhum velho de 50 anos, quem dera que fosse! - Eu falei refletindo.
– Pra falar a verdade é bem chocante sim, mas talvez não tão chocante quanto a minha história! - Ele falou e eu fiquei curioso.
– Não me diga que se envolveu com a avó do seu melhor amigo que vou achar que é apelação! - Eu falei risonha e ele revirou os olhos.
– Levei minha prima pra cama! - Ele falou e eu não pude deixar de gargalhar.
– Tá, mas e daí? Primos bonitos não são primos! Dã! - Eu falei lhe dando uns tapinhos no ombro.
– E daí que ela tem namorado e eu a engravidei! - Ele falou e tá essa me deixou surpresa.
– Nossa! Que horror! Meus pêsames amigo! - Eu falei soando sincera e ele riu.
– Eu sei estou fodido com F maiúsculo! - Ele respondeu ainda risonho.
– Ás vezes é bom rir das nossas desgraças! - Falei e joguei seu cabelo para trás.
– Foi bom conversar com você, ah propósito sou Jeremy! - Ele disse estendendo a mão e eu a apertei.
– Sou Jade! - Eu respondi.
– Vou indo! - Ele disse chamando um táxi e entrando no carro amarelo.
Depois de algum tempo fitando o nada resolvi fazer o mesmo, talvez o meu dia tenha sido péssimo, mas a minha noite! Ah essa valeu a pena, só por eu ter conhecido alguém como Jeremy!
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Responda nos comentários: Sinopse: Aurora é uma jovem pianista, criada tendo tudo que quer, vive debaixo das regras de sua mãe, Elena.
Vicente, também pianista, criado pelo seu tio George sabe que nada na vida é fácil, dedicado e educado sabe que a vida não é só curtição.
Quando se conhecem o ódio é recíproco Aurora pensa em como ele é chato e Vicente pensa em como ela é doida!
Mas condenados a viver no mesmo teto e a dividir o piano terão que se aturar se não quiserem ouvir coisas de Elena e George, mas uma noite sozinhos em casa muda tudo.
Leria essa história? Se sim acesse --> http://fanfiction.com.br/historia/624214/Acordes_Dissonantes/