Aqueles olhos... ( Em Revisão) escrita por Amy Holly


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários amores, os que não comentaram comentem só assim pra saber o que passa em suas cabecinhas.



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Por Ximena:

Passaram-se um mês desde que comecei a me relacionar com o Gabo. Tá tudo normal no limite do possível, como sempre, o Grego atrás da Marizete, a comunidade tranquila, e etc.


Pego meu celular e começo a jogar, não dá nem cinco minutos e recebo uma ligação do Gabo.

Ligação:

— Gabo, você me ligando uma hora dessas? - Digo surpresa, ele só me liga quando está na Pilartex. 

— A Soraya... Esqueceu meus filhos na escola. 

Isso é o normal dessa mulher, nam pelo amor de Deus como essa mulher consegue ser uma mãe tão nojenta? 

— De novo? Como que se esquece os próprios filhos?

Sei que não é da minha conta, e nem podia está colocando pilha mas foda-se. 

— To chegando na entrada da fav.. comunidade - Ele se corrige

Pulo do sofá. 

— Você não me avisou que vinha.

Traduzindo: Tu é doido? Quer me mata e se atar junto?

— Estou avisando agora, onde você está?

—Aqui no escritório do Grego.

— Então, vai pra entrada - Ele desliga.

As vezes eu sinto que ele... Que ele manda em mim, mas eu não posso deixar.
Desci até a entrada, estava no tédio quando vi o carro dele se aproximar. Fui até o carro, abri a porta e entrei.

— Tive a impressão que você não queria me ver hoje ou tinha outro compromisso?

— Nem uma coisa, nem outra, você só não me avisou que viria.

— Te liguei ainda pouco avisando.

Meu querido você quer fazer graça com a minha cara?

— Ligou, mas nem quis saber se eu estava ocupada ou não - O repreendo.

— Tá, isso não vem ao caso agora... - ele passa a mão pelo cabelo mostrando como está nervoso- A Soraya tá me deixando louco, não aguento mais. Na minha casa só tem briga, quero me separar.

— Você realmente tem que resolver isso, coitados dos meninos.

—  Eu sei, eu sei - ele coloca a mão em minha coxa e se aproxima - mas eu vim aqui pra outra coisa, Ximena.

— É? E está esperando o que pra... - Uma batida na janela do carro me interrompe - Que isso? - Desço o vidro e vejo que é o Bazunga - O que foi, Bazunga?

— Desculpa- ele tá constrangido- é que o Grego mandou te chamar, já que teu celular tá desligado.

— Descarregou, quando eu ia colocar pra...

—Ela está ocupada - Gabo diz me interrompendo, Meu filho fica de bico fechado.

— Que, doutô? - Ele faz cara feia, tadinho pensa que faz medo em alguém. 

— Eu já to indo, se manda, Bazunga - ele sai.

— Ximena...

— A gente se vê amanhã, Gabo - o beijo e abro a porta do carro. 

— Espera, eu tenho uma coisinha pra você.

— Que? 

Já tô nervosa, se o Grego aparecer aqui o circo está armado. 

— Seus vizinhos tem que saber que você tem dono - ele me entrega uma caixa.

— Dono? - eu abro a caixa e dentro tem um colar, me parece ser uma joia cara - Gabo...

— Vira - Eu me viro de costas pra ele e ele coloca o colar em mim - Agora sim, não tire.

— Isso parece ser caro, não vou sair pela comunidade desfilando com isso no pescoço.

 Sem essa, aqui você nunca vai ser assaltada, você é um dos poderes dessa favela, Ximena. Não quero lhe ver sem isso no pescoço.

— Eu tenho que ir, mas logo logo tu vai me explicar essa de dono e o porque dessa coleira. - ele me beija

Saio do carro, pego minha moto e vou ao encontro de Grego.

— Já tava achando que você tinha sofrido um acidente.

— Eu tava ocupada, mas já to aqui, pode dizer - ele se aproxima de mim e fica olhando pro colar.

— Agora usa coleira?

Sabia que iam sair com essa. 

— Foi um presente - Digo desviando o olhar.

— Tu sabe que eu sei tudo o que acontece na minha quebrada, não sabe, Ximena?

— Sei sim, por que?

Ele coloca a cabeça de lado e começa a falar.

— Mesmo você não me falando, eu sei que tu ta pegando o doutor do helicóptero.

— Não sabia que esse tipo de coisa te interessava. 

Mas eu não vou abaixar minha cabeça mesmo, quando ele tá lá feito cachorro atrás da Marizete eu que fique aqui desconsolada. Grego vai a porra. 

— Não me interessa. - ele dá de ombros.

— Então? - uno as sobrancelhas. 

— Como ele não é daqui, é rico e etc, vou perguntar só uma vez... O que você tem com ele é serio?

— Não sei, Grego, pergunta isso pra ele já que está tão interessado com cara.

— Chama ele que pergunto, já que tu ta se fazendo de doida.

— Não é isso, só que eu não sei o que nós temos, mas pra que você quer saber?

— Porque se você controlar o doutor vai ser mais fácil pra nós, mas pelo que vejo - ele aponta pro colar - tá acontecendo ao contrário.

— Ele não manda em mim, ok?!

Já tô puta com minhas paranoias Grego não precisa vir colocar mais ainda na minha cabeça. 

— Grego, a Mari chegou ai - Sereno entra na sala.

— Onde? - ele pergunta animado.

— Lá em baixo - Grego desce correndo.

— Parece criança correndo pra perto da árvore de Natal pra abrir os presentes - Me refiro a empolgação do Grego.

— Ainda não superou essa paixonite? 

Se eu quebrar o nariz dele a minha situação com o Grego fica pior que já está?

— Que foi? Repete que eu quero ver se você é homem. - Digo brava e me aproximando dele.

— Foi brincadeira - Eu o empurro no sofá e saio pelos fundos, não quero olhar pra cara de otário do Grego.

Dias depois:

Me chamam me cutucando. E eu odeio que me cutuque. 

Peraí... Eu conheço essa voz

— Muleke! - Digo animada ao ver que é o Máximo, primo do Grego o abraço - Quando tu voltou?

— Eu acabei de chegar, mas a mãe não falou que eu vinha?

— Não... - Fica um silêncio constrangedor - Partiu vê o Grego?

— Claro - Vamos em direção a escada- Primeiro as damas - Diz apontando para as escadas e me deixando passar.

— Grego - Digo entrando animada no escritório - Olha quem tá aqui.

Nós três  ainda estávamos conversando quando ouvimos um trovão e em seguida um barulho alto pra caramba. Grego chama o Bazunga pelo rádinho. 

— O centro cultural desabou, e ainda tem gente lá.

— Já to indo ai - Ele desliga.- Parece que o centro cultural desabou com as minas do ballet lá - Ele levanta rápido - Vamo.

— Culpa do sem janta do Timbó!- digo mais que puta da vida. 

Grego vai até lá e eu acompanho o Máximo até a casa dele.

— Não vai bancar a heroína com meu primo não? - Diz entrando em casa.

— Heróis? Nem eu, nem ele - Saio de lá e vou procurar o Grego, mas não acho.

Ouço um barulho e logo depois vejo Grego, a filha da Deodora, Sereno, Bazunga e o galã da Marizete saindo correndo do centro cultural e o bagulho terminado de ir pro chão atrás deles.

— Grego! - Eu grito e corro até ele.

— Eu tô bem - Ele se apoia no meu ombro, com a respiração ofegante.

— O que você tava fazendo lá? Perdeu o juízo?

— A Lilica, ela...

— Eu to ligada mas, por que você não esperou os bombeiros? Você viu o que aconteceu? Caiu tudo, imagina se você estivesse lá! - Eu digo o cortando.

— Num tá tudo bem? - Ele diz grosso,

— Machucou? - o avalio de cima a baixo procurando ferimentos. 

— Não - Percebo que ele olha pra Marizete e pro Playboy do Morumbi

— PlayBoy voltou, não vai fazer nada?

— Fazer o que, Ximena? Vamo vaza daqui, vem! - Ele me puxa pelo braço.

— Bazunga, vai atrás do Timbó, manda aquele cozido ir lá no escritório - Ele diz antes de entrar na garagem.

Discutimos muito, eu estou revoltada. Tudo bem que não sou santa, mas pow, eu não seria capaz de roubar dinheiro de algo destinado a crianças. Me revolto e Timbó aumenta o tom de voz comigo

— Não é isso, Ximena!

— Oh, não retruca! - Grego me defende. 

Adoro quando mesmo sem perceber ele me defende. Sou uma besta? Sou! Festejo por ele me dá migalhar. 

— Quem vê pensa, Grego. Você não tá nem ai pra ninguém, Timbó, só quer saber de se dar bem. Só quer saber de grana e quanto mais suja melhor!

— Não é nada disso, Ximena - Ele levanta a voz - Eu sou o...

— Oh, baixa o tom - Ele o corta e sorriso internamente. 

Discutimos mais, mais e mais. Chegamos à conclusão que aquele palhaço devia passar por algo parecido com o que as mina do ballet passaram, resolvemos trancar ele em um baú pequeno, para ele sentir mais ou menos como é estar soterrado

— Ele merece ficar a noite toda trancado naquele baú - Grego concorda fazendo sinal positivo com a cabeça e me puxa para seu colo.

— Ele vai passar a noite dele lá, e a gente a nossa aqui...


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Notas finais do capítulo

Pela fogo cabaré, comentem o que vocês querem na fic tá ;) beijocas amadinhos



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