Broken Strings escrita por liligi


Capítulo 11
Capítulo 11




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Capítulo 11 – Olhos de Falcão

 

Não era como se Riza não esperasse que ele voltasse — Na verdade, parte dela desejava que ele nunca mais voltasse, e outra, menos racional, ansiava por sua volta. —, mas ela não pôde evitar ficar um tanto surpresa quando aquela carta endereçada a ela, escrita com a caligrafia descuidada dele, chegou em sua casa.

 

Com a respiração meio falha, ela abriu o envelope e de lá tirou o papel maculado com tinta e o cheiro de Roy Mustang.

 

Cara Riza,

Estou aqui com meus dedos cruzados e repetindo mentalmente a mesma frase, tomara que dessa vez ela não ignore minha carta, já que você o tem feito nos últimos quatro anos.

 

De qualquer forma, não estou escrevendo isso para criar mais um caso sobre o passado, prefiro esquecer coisas desagradáveis, na verdade, estou lhe enviando essa carta para lhe informar que logo estarei de volta. E dessa vez não estarei a serviço do exército.

 

Não sei como se sente sobre isso, mas eu estou muito ansioso.

 

Roy.

 

Riza se prendeu à ultima frase por alguns momentos, depois analisou como ele a tratara, pelo primeiro nome, e como ele também só assinara o seu nome. Parecia algo tão surreal, como se fossem amigos a vida inteira — Bem, eles de fato se conheciam há bastante tempo. —, e como se não tivessem discutido tanto a ultima vez que haviam se visto. Claro, ela estava tentando ignorar o acontecimento na estação quando ele foi.

 

- Mãe! – Ouviu Jamie chamar e imediatamente guardou a carta dentro de sua bolsa.

 

- O que foi, filho? – Ela perguntou enquanto o menino se aproximava.

 

- Não tô achando minha blusa azul com listras pretas – O menino resmungou enquanto fazia um bico.

 

- Ela está suja, meu amor, você usou ela anteontem, lembra? – Riza replicou docemente.

 

- É verdade – O menino bufou e passou as mãos pelos cabelos negros e rebeldes, idênticos aos do pai. – Droga.

 

- Olhe o linguajar, mocinho – Riza o repreendeu, ele apenas revirou os olho e foi para seu quarto.

 

Após seu filho ter saído, Riza fixou seu olhar na bolsa, pensando na carta. Ela estava ficando preocupada, na verdade, se Roy estava voltando a Cidade do Leste em menos de um mês e dessa vez sem estar servindo, isso só podia significar que ele estava vindo por Jamie.

 

Seu conflito interno ainda continuava, ela não queria deixar Roy se aproximar de Jamie, tinha medo que ele um dia viesse a machucá-lo, mas, ao mesmo tempo, ela queria que ele conhecesse seu filho, queria que ele fosse o pai para o menino que ela nunca tivera. E também havia o fato que James havia gostado de Roy, e era exatamente por isso que ela não o fazia se afastar por bem ou por mal.

 

- James, vamos! – Ela chamou, não demorou muito para o menino vir até ela correndo, já vestido e segurando sua mochila.

 

- Pronto! – Ele exclamou sorridente. Riza não também sorriu e afagou os cabelos cor de ébano do filho.

 

Ela o amava demais para magoá-lo de alguma forma, mesmo que o que ele quisesse não fosse o que ela queria.

 

* * *

 

Rachel não falou com Roy após o jantar e até mesmo na manhã seguinte ela se mostrava distante. Mustang podia ver a tristeza em seus olhos, eles eram sempre transparentes mesmo quando ela tentava não demonstrar nada, e aquilo fez seu coração doer.

 

“Ela não merece isso” – Ele repetiu para si mesmo pela enésima vez – “Ela não merece alguém como eu.”

 

Entretanto, Roy sempre fora encorajado a perseguir seus sonhos. E agora, com o tempo, ele percebeu que seu sonho já não era o mesmo — não, ele nunca desistiria de tentar chegar ao topo ou de mudar este país, mas agora aquela parecia ser uma meta de segundo plano. Riza era mais importante agora. Riza e seu filho.

 

Meu filho” – Ele pensou e um sorriso sorrateiro se formou em seus lábios.

 

Ainda parecia algo tão surreal. Ele, Roy Mustang, pai. E ainda mais surreal era o quão apegado ao menino ele havia se tornado em período de tempo tão curto. Ele nunca havia gostado de crianças, nunca havia se dado bem com elas, mas com Jamie parecia tudo tão natural!

 

Ele gostava de Rachel, mas ele amava seu filho e não mediria esforços para ser o pai que o menino precisa.

 

- Estou indo trabalhar – Roy disse para a esposa.

 

- Tenha um bom dia – Ela disse, então se levantou de onde estava anteriormente sentada e deixou o quarto.

 

Roy suspirou audivelmente e também saiu. Ele não tinha tempo para pensar naquilo agora. Tinha trabalho para ser feito e ele o faria no espaço tempo mais curto que ele pudesse.

 

O caminho até o quartel foi curto e silencioso. Estava imerso em pensamentos e em seus lábios brincava um sorriso bobo que ele não fazia questão de esconder. Ao chegar a sua sala, sentiu um baque ao perceber que mais uma vez sentia falta da presença de Riza, havia se forçado a esquecer àquela sensação de falta conforme os anos passaram, inconformado com a partida dela, mas conformado com a recusa dela.

 

Sentou-se diante de sua mesa de carvalho trabalhada a mão já vendo alguns papéis que precisavam ser avaliados e assinados, e com uma rara disposição, ele começou a realizar seu trabalho enfadonho. Estava mais que disposto a colocar tudo em ordem antes de sua viagem.

 

* * *

 

Fazia quatro anos que Riza fazia aquele trajeto, era tão familiar que ela poderia dirigir até o Quartel General do Leste de olhos fechados — obviamente ela nunca tentaria tal façanha. —, entretanto, ela não se lembrava de alguma vez nesses anos de estar indo ao trabalho se sentindo tão leve. Não, isso nunca acontecera antes.

 

Sua bolsa descansava no banco do passageiro, atraindo constantemente sua atenção. Aquela era a razão. Chacoalhou a cabeça, tentando colocar os pensamentos no lugar, ela nunca fora do tipo que perdia o foco facilmente, e não seria naquele momento.

 

Estacionou o carro e pegou a bolsa, colocando a tira desta sobre seu ombro e caminhou calmamente até a entrada do prédio.

 

O caminho de sempre para uma sala que ela aprendera a gostar, embora sentisse falta da antiga em que havia trabalhado, com pessoas que conseguiram um lugar em sua vida, mas que nunca substituiriam as que ela já havia conhecido.

 

Estava no corredor que levava a sala de Kent, quando alguém tocou seu ombro. Virou o rosto levemente e encontrou Patrick sorrindo para ela.

 

- Bom dia – Ele saudou.

 

Ela sorriu também. Patrick era uma das poucas pessoas que ela se permitia sorrir.

 

- Bom dia. – Ela disse.

 

- Acordou de bom humor hoje, hein? – Ele comentou maroto.

 

- Por que você acha isso? – Riza indagou.

 

- Está escrito na sua cara – Ele riu e então a empurrou levemente com os ombros. Riza sentiu seu coração perder uma batida ao lembrar-se do que ele dissera no outro dia em sua casa

 

Eu amo você, Riza Hawkeye.

 

Ele a amava, mas ela não poderia retribuir o sentimento. E isso a fez se sentir desconfortável. Ela deu um passo para o lado, colocando algum espaço entre eles, que não passou despercebido pelo rapaz.

 

- Algo errado? – Patrick perguntou, ela negou. – E o que aconteceu para você chegar tão bem humorada?

 

- Nada – Ela respondeu firmemente.

 

- Certo... Eu vou falar com a Melanie do RH, avise ao Kent se ele perguntar, sim? – Ele disse

 

- Claro. – Riza disse.

 

Ela seguiu para o escritório, agora sentindo sua cabeça pesada Dois homens que a amava, dois problemas que a impedia de amá-los.

 

Suspirou cansadamente. Por que ela não podia ter uma vida normal e tranquila, criando o seu filho da sua forma, sem se preocupar com mais nada além da educação de James.

 

Adam estava curvado sobre algumas folhas e Kent estava ao telefone quando ela entrou na sala. Bateu continência rapidamente e se dirigiu para sua mesa, pendurou sua bolsa e pegou uma folha.

 

- Primeiro Tenente Hawkeye? – Kent a chamou quando ele terminou com o telefone.

 

- Sim, senhor?

 

- Onde está o Tenente Hill? – Kent indagou.

 

- Ele pediu para avisar que ele ia passar no RH, senhor. – Riza o informou.

 

- Entendo. Venha até minha sala, por favor. – Ele pediu.

 

-Ahn... Claro. – Riza o seguiu para a sala em que ele passava a maior parte do dia.

 

- Sente-se. – Ele indicou uma grande cadeira de couro que ficava diante de uma mesa de mogno trabalhada a mão, na qual Riza se sentou.

 

- Do que isso se trata, senhor? – Ela perguntou, sabendo que estava sendo insolente, mas tendo um mal pressentimento sobre aquilo.

 

- Precisarei que a senhorita me acompanhe em uma missão. – Kent falou sério.

 

Riza o encarou surpresa.

 

- Senhor, eu... -- Ela dizia, mas Kent ergueu uma mão, interrompendo-a.

 

- Não se preocupe, não precisará sair da cidade. – O general a informou. – Temos um serial killer solto na Cidade do Leste, segundo a Inteligência do quartel, ele agirá daqui a dois dias, durante à tarde, preciso que a melhor franco-atiradora da região esteja presente.

 

Riza apenas o encarou, sem saber o que dizer. Fazia mais de quatro anos que não realizava nenhuma tarefa que não fosse burocrática. Ela não se sabia se sentia animação ou medo, afinal, fora para esse tipo de trabalho que ela fora treinada, mas a ideia de deixar seu filho órfão de mãe a deixava enjoada.

 

- Sim, senhor – Ela assentiu. Não havia sido um pedido formal para ela participar da operação, era uma ordem e ela não iria discuti-la.

 

- Ótimo. – Kent sorriu com satisfação.

 

* * *

 

Na hora do almoço, Riza havia pegado Jamie na creche e o levado para um restaurante, como de costume. Não demorou para que o pequeno notasse algo diferente nas atitudes de sua mãe e surpreendeu Riza ao perguntar o que estava acontecendo com ela.

 

Vendo que o momento inevitável havia finalmente chegado, Riza pousou seus talheres no prato com a comida praticamente intacta e sorriu para o filho ternamente.

 

- Jamie, mamãe precisa conversar algo sério com você. – Ela disse.

 

- A senhora está me assustando – Disse o menino já com os olhos externando a ansiedade e o medo que sentia por dentro.

 

Riza estendeu a mão e tocou o rostinho do filho, o acariciando. Ele era muito perceptivo, ela pensou.

 

- Jamie, daqui a dois dias a mamãe terá que participar de uma operação do exército que é muito perigosa. – Ela disse.

 

- Perigosa por quê? – Ele perguntou alarmado.

 

- Nós vamos prender um assassino. – Riza respondeu – E se algo não sair como planejado, a mamãe pode acabar se machucando.

 

- Então não vá! – Ele disse, ele não estava mais alarmado, agora, havia um desses pero puro em sua voz e em seu olhar. – Não vá! Eu já não tenho um pai, não quero ficar sem você, mamãe!

 

Riza o encarou com lágrimas nos olhos. Jamie não sabia que o pai estava vivo e não sabia qual seria a reação do menino caso viesse saber quem ele é. Ainda mais se as circunstâncias que levassem a tal acontecimento fossem nada agradáveis.

 

Ela sabia que tinha que ser otimista, mas ela havia lido o arquivo do caso. O Serial Killer perseguia moças com idade entre dezenove e vinte e cinco anos, as violentava, matava e depois queimava o corpo o suficiente para não poderem ser reconhecidas fisicamente. Ele havia feito mais de dezessete vitimas e em todas elas, a causa da morte foi causada por um tiro certeiro no crânio — um especialista em armas.

 

- Eu tenho, meu amor – Ela disse ao mesmo tempo que tentava acalmar o filho. – É meu trabalho.

 

- Então mude de trabalho! – O menino implorava.

 

- Não posso – Ela murmurou. – Foi uma ordem.

 

James ficou em silêncio por alguns minutos, provavelmente tentando processar o que a mãe acabara de lhe dizer. Riza estava começando a ficar preocupada até que ele finalmente falou.

 

- Então prometa que ficará bem. – Ele pediu. – Por favor, mamãe.

 

Ela fechou os olhos com força. Ela não tinha como garantir que ficaria bem.

 

- Eu prometo – Riza forçou um sorriso para dar segurança a seu filho que imediatamente pareceu mais aliviado. – Afinal, – Ela continuou. – sua mãe é a melhor atiradora daqui, não é?

 

Jamie sorriu meio desconfortável.

 

- Sim, você a melhor. – Riza abraçou o filho fortemente e prometeu a si mesma que iria cumprir sua promessa a Jamie.

 

E para sua surpresa, dois dias passaram-se extremamente rápido

 

* * *

Era quase uma da tarde quando Roy Mustang desembarcou na Cidade do Leste. Estava ansioso para rever seu filho e Riza, sonhara com aquele momento desde que partira daquele lugar há várias semanas.

 

Pegou sua mala, procurou um táxi e pediu que lhe levasse para o hotel que ele havia ficado na ultima vez que viera. Iria apenas fazer o check in, guardar suas malas e então iria para a casa de Riza.

 

“Eu vou vê-los novamente” – Pensou exultante.

 

* * *

 

Kent estava realmente disposto a pegar o tal assassino. O General chegara até onde estava por ser um especialista em táticas de ataque e há algumas décadas efetuara grandes prisões, era por isso que ele mesmo estava indo, ao invés de ficar sentado em sua sala dando ordens, como a maioria dos generais dali faziam. E a “Olhos de Falcão” estaria na linha de frente para um trabalho duplo: protegê-lo e pegar o assassino.

 

Ele havia organizado uma equipe com os melhores da cidade do Leste, olhando ao redor da pequena sala onde estavam fazendo a última reunião antes da operação começar, a tenente pôde reconhecer alguns dos rostos ali — Sendo o de Patrick o mais familiar para ela. —, e sabia que todos eles tinham uma grande capacidade.

 

Riza havia deixado Jamie na casa da vizinha após o almoço e se despedira dele com um sorriso e a garantia que voltaria sã e salva, e olhando para aquele time, ela quase podia ter certeza disso.

 

Guardou sua última pistola no coldre que rodeava sua cintura, sentiu-se confiante ao sentir o peso confortável e familiar da arma. Encarou o relógio na parede, este marcava duas e quinze da tarde. Segundo o que a Inteligência havia descoberto, o assassino possuía um padrão até mesmo pra os dias do seu ataque, alternando as horas, e naquele dia, o ataque aconteceria as três em ponto.

 

“Faltam quarenta e cinco minutos”. – Riza pensou sentindo-se apenas uma leve ansiedade.

 

- Bem, soldados, - Às duas e meia Kent chamou a atenção de seu pelotão. – Se conseguirmos pegar esse maldito hoje, podem ter certeza absoluta, que suas carreiras terão uma bela guinada.

 

Os mais de quinze especialistas ali vibraram com a notícia, e tinha todo motivo, uma vez que o bandido já atacara antes em outras regiões e nunca haviam conseguido capturá-lo ou mesmo prever seu próximo passo. Eles estavam, naquele momento, onde nenhum outro soldado de Amestris esteve antes.

 

- Entretanto... – Kent falou e o silêncio reinou absoluto imediatamente. – Como todos sabem, esse é um assassino muito perigoso que parece dominar bem o uso de armas, portanto todo cuidado é pouco, e tentem não morrer.

 

Todos bateram continência em sincronismo.

 

- Sim, senhor!

 

- Primeiro Tenente Hawkeye – Ele falou, se voltando para Riza com um sorriso confiante. –, dê o seu melhor.

 

Riza apenas assentiu.

 

- Certo, então. Vamos lá, pessoal. – Kent disse finalmente.

 

* * *

 

Duas e quarenta e cinco. Os vários especialistas estavam espalhados por uma rua de difícil acesso, um pouco distante do quartel do Leste. Kent e Riza estavam dentro de uma casa que havia sido evacuada e Riza observava os movimentos do lado de fora da casa pela janela, segurando uma metralhadora.

 

Lançou um olhar rápido que estava de frente da casa onde ela estava, onde, no terraço, se encontrava Patrick, que também era um excelente franco-atirador.

 

Não estavam ali há mais de três minutos quando receberam uma mensagem: O Serial Killer havia voltado a atacar e agora estava sendo perseguido.

 

- Hawkeye – Kent falou sério. – Temos que ir, ele provavelmente sairá numa rua próxima daqui, temos que ser rápidos para pegá-lo antes que ele consiga descobrir outro jeito de fugir.

 

- Sim! – Riza falou, puxando a trava de sua arma. Estava na hora finalmente.

 

Riza foi na frente, sendo seguida de perto por Kent e tendo Patrick vigiando as costas de ambos. Enquanto corriam, Kent indicava por onde a atiradora deveria seguir. Ao chegarem na rua indicada, Riza e Kent se grudaram-se à parede de uma casa e ela manteve os ouvido atentos.

 

O som de seu coração batendo contra suas costelas era um som irritante aos ouvidos de Riza, ela se perguntava se o Serial Killer havia conseguido despistar os outros soldados e havia conseguido mudar de caminho, mas então ela pôde ouvir passos pesados se tornando cada vez mais próximos.

 

“É agora” – Ela pensou e rapidamente saiu de seu esconderijo e parando no meio da rua.

 

O homem vestindo roupas de civil freou bruscamente, surpreso por ver que estava encurralado. Riza o encarou por um segundo e o analisou — Ele pareceu um cara normal; Uns 25 anos, alto cabelos e olhos castanhos a única coisa anormal nele eram três pequenos arranhões em sua bochecha, provavelmente causado por alguma de suas vítimas.

 

- Parado aí. – Riza disse friamente.

 

Ele a encarou com ódio explícito nos olhos, a próxima coisa que Riza viu foi ele fazendo um movimento rápido e tirando uma pistola que estava presa em seu cinto e apontou para frente.

 

- Saiam do meu caminho – Ele disse raivoso.

 

- Largue a arma – Riza disse. – Ponha-a  na chão e nada lhe acontecerá.

 

O homem riu sem humor.

 

- Eu digo o mesmo.

 

- Adrian Darren, temos um mandado de prisão para você – Kent se pronunciou.

 

- Malditos – Riza o viu apertar o gatilho, mas sua visão não fora rápida o suficiente para que ela percebesse que não era para ela que o assassino mirava.

 

- General! – Riza gritou, mas o homem não se movera rápido o suficiente para fugir da bala, que acabou o atingindo na perna.

 

Kent desabou no chão e agarrou a perna de onde jorrava um liquido vermelho e manchava a farda a azul royal. Riza xingou mentalmente e fez menção que iria para o lado do superior.

 

- Não! – Ele disse a impedindo. – Vá atrás, dele, não deixe que ele fuja!

 

- Mas senhor...

 

- Vá, Hawkeye! – A contragosto, Riza assentiu e correu atrás do assassino que havia aproveitado sua distração e corrido pela rua à sua direita.

 

Riza o seguiu tendo apenas alguns metros de desvantagem, ela colocou a espingarda sobre as costas e pegou sua pistola, mas percebeu que não poderia atirar e acertar enquanto os dois estivessem em movimento, mas ela também não poderia parar, uma vez que ele poderia ter a chance de entrar em alguma outra rua ou ela poderia acabar algum civil.

 

“Droga.” – Pensou enquanto via seu alvo virar uma esquina. Ela apertou o passo para segui-lo e também dobrou a esquina, mas se surpreendeu que ele não estava lá, e na sua frente havia apenas uma parede.

 

- Mas o que... – Ela murmurou.

 

- Eu tenho que parabenizá-los – Riza se virou e viu o homem sair detrás de uma lata de lizo que ela não tinha dado atenção antes. – vocês realmente conseguiram me localizar. Entretanto, isso será um empecilho de agora em diante.

 

- De agora em diante? – Riza falou zombeteira. – Você não sairá dessa. – E apontou sua pistola para ele.

 

- Oh, deram uma arma para uma mulher brincar e a mandaram me caçar. – Ele disse debochado. – Não me faça rir.

 

 Ele também apontou a arma para Riza e antes que ela pudesse fazer qualquer movimento, ele atirou, Riza se moveu para o lado, mas a bala passou de raspão no braço direito, fazendo com que Riza soltasse a arma que estava segurando e que ela caísse no chão.

 

- Eu sabia – Ele dizia entre os risos e ainda apontando a arma para Riza. – Vocês podem ter me descoberto, mas nunca vão conseguir me pegar!

 

- Não ache que tem vantagem! – Riza puxou a outra arma que tinha no coldre e apontou para ele.

 

O sorriso sumiu da face do homem.

 

- Quem é você?

 

- Alguém que vi te mandar para a prisão. – Riza disse e então atirou, mas ele se esquivou. Irritado ele atirou, mas não havia mirado nela, e sim na arma que ela segurava, fazendo-a cair longe do alcance da loira.

 

- Você não devia me subestimar – Ele disse. – Agora dê adeus.

 

Riza fechou os olhos esperando pela dor que se seguiria, mas então, ela não pôde ouvir o habitual clique do gatilho, ou a dor que ela esperou, mas seu olfato sentiu um cheiro que ela não esperava — o cheiro tão familiar de carne queimada.

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N/A: Olá, brigadeirinhos! Como foi o mês de setembro de vocês? Sentiram saudades da fic? bem, tá aqui o capítulo pra vocês matarem a saudades *leva tijolada*

ok, ok... MUITO OBRIGADO PELOS COMENTÁRIOS, AMORES! *-* Creio que respondi a todos.  /tpmcausabipolaridadebeijos

Anyways, eu quero muito que digam o que acharam desse capítulo. Ele não ia ser assim, mas uando eu escrevia tomou esse rumo e, pra falar a verdade, eu gostei. É bom ter uma mudança no cenário, só drama não dá, né? rs

 

Bom, tentarei não demorar a postar o próximo!

xo, Liligi

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