Broken - Emison escrita por Anna LittleLiar


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Oie amoras :3

Alguém viu o 6X04? Se viram o que acharam?
Na minha opinião... O episódio foi muito bom (o que teve mais respostas até agora). Eu não sei vocês, mas quando a Alison contou a história do Charles e a Emily foi sentar ao lado delas eu achei que elas iam dar as mãos... o que não aconteceu :( mas eu também fiquei meio perturbada com aqueles flashbacks da Spencer e o promo do 6X05 me deixou com medo
PLL está oficialmente virando uma série dark!

Mas voltando...

:* Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/620519/chapter/38

POV EMILY

Bom Dia, Rosewood!

Hoje, vinte e um de dezembro de dois mil e quatorze. Sete horas e dois minutos! Sabem que dia é hoje? Solstício de inverno! Temperaturas baixas em todo no país. Vamos às manchetes de hoje, com Sara Shepard.

Hoje é o dia!

Levantei bem mais cedo do que deveria, na verdade mal consegui dormir tamanha ansiedade dentro de mim. Snow, que passou a noite no meu quarto parecia adivinhar meu estado de espírito. Geralmente, quando ele dorme comigo, fica muito agitado na manhã seguinte, querendo sair para o jardim e correr, porém hoje estava muito calmo, e mesmo quando abri a porta do quarto ele não saiu. Ficou quietinho me encarando, e passou a me seguir por todos os lugares onde eu ia.

Nove da manhã e eu já tinha tomado banho, preparado o café e checado tudo o que iria utilizar na apresentação. Liguei para Alison, para confirmar o horário que eu iria passar em sua casa, porém ela não atendeu. Resolvi então mandar uma mensagem de texto, dizendo que 1 da tarde, estaria em sua porta.

Estávamos um pouco afastadas nos últimos dias, e acho que esse também era um dos motivos de minha ansiedade. Não nos víamos desde que eu a levei junto com Aria para passear... conversávamos por telefone ou mensagens de texto, porém não era a mesma coisa. Queria acabar logo com isso e poder dar a atenção que Alison merecia.

O aparelho celular, que ainda estava em minhas mãos, começou a vibrar descontroladamente, me assustando um pouco. Olhei para o visor e era uma chamada do orientador do meu projeto. Engoli em seco, nervosa com o motivo da ligação... será que deu alguma coisa errada?

Emily: Oi professor... – disse hesitante.

Professor: Emily, bom dia! – Tentei retribuir o cumprimento, mas fui cortada por sua voz grave. - Veja, serei rápido, pois as apresentações já começaram e estão me esperando. – disse atrapalhado. – Abra seu email, enviei um anexo agora a pouco, é uma espécie de contrato. Leia-o atentamente, linha por linha, entendeu?

Emily: Ok... Mas... do que se trata? É sobre o estágio... eu...

Professor: Você entenderá tudo assim que ler. Eu realmente não tenho tempo, preciso desligar. Quando tiver tomado sua decisão, me envie uma mensagem de texto. E eu conseguirei uma brecha aqui para poder te ligar novamente. Tchau. – Desligou.

Meu coração parecia que ia explodir. Agora sim eu estava mais do que nervosa com esse dia, e ele mal começou. Meu Deus!

Fui às pressas em direção ao meu computador e o liguei. Enquanto o mesmo ainda iniciava o sistema, eu batia as pernas freneticamente, num sinal de ansiedade. Teria que ser algo muito importante para meu professor ‘fugir’ das apresentações e me ligar avisando. Alguns minutos depois eu baixei o arquivo e comecei a lê-lo com atenção triplicada. Era um pouco difícil devido ao nervosismo, mas me concentrei em não perder nenhuma linha. Ao final da leitura eu simplesmente paralisei, deixando apenas uma frase escapar pelos meus lábios.

Emily: PUTA QUE PARIU!

MINHA FILHA, O QUE ESTÁ HAVENDO??

Estava tão desnorteada que não notei que tinha acabado de gritar um palavrão e que meu pai estava parado na minha porta, com um ponto de interrogação em seu rosto.

Emily: Você não vai acreditar! – corri até ele, puxando-o pela mão e fazendo com que ele se sentasse em minha cama. – Leia. – Joguei o notebook em seu colo e esperei que ele lesse tudo.

Os minutos se passavam e o sorriso nos lábios dele aumentava gradativamente. Ao final da leitura ele me rodopiou inúmeras vezes, gritando sem parar o quanto se orgulhava de mim. Eu não podia estar mais contente com aquilo.

Sem pensar duas vezes peguei minha bolsa, celular e chaves do carro e rumei para a casa de Alison. Não iria contar por telefone, ela merecia saber daquilo olhando nos meus olhos e eu nos dela. Tinha que compartilhar daquela notícia e da tamanha felicidade que estava sentindo com minha namorada.

Cheguei à casa de Alison o mais rápido que pude, e quase derrubo a porta da frente tamanho desespero em encontrá-la.

Ella: Meu Deus, Emily... o que aconteceu? – disse alarmada ao abrir a porta.

Emily: Me perdoe, Ella... mas é que eu preciso muito falar com a Ali. – disse, atropelando as palavras.

A mãe da minha namorada guardava em seu rosto uma expressão confusa e ao mesmo tempo cautelosa, até mesmo hesitante.

Ella: Eu... – pigarreou. – Alison saiu com Byron e Aria... – pausou. – Foram ao zoológico... devem retornar apenas quando anoitecer.

Franzi o cenho. Não é possível que Alison tenha marcado outro programa justamente no dia em que ela iria me acompanhar na minha apresentação.

Emily: A Ali esqueceu que hoje era o dia da minha apresentação na faculdade? – perguntei sem jeito, e logo encarei Ella... a mulher arregalou os olhos e parecia ter acabado de sofrer uma epifania.

Ella: Oh meu Deus! – começou a caminhar para dentro de casa, puxando meu braço consigo. – Então é isso! – completou dizendo a si mesma.

Emily: Ella, do que você está falando?

Finalmente a mulher prestou atenção em mim, e pediu que eu sentasse no sofá. Sua expressão era um pouco aliviada, porém uma ruga de preocupação ainda se fazia presente em seu rosto.

Emily: Alison não foi ao zoológico, não é?

Ella: Apenas Aria e Byron. – disse, confirmando minhas suspeitas. – Alison está lá em cima.

Emily: O que está acontecendo? Por que a senhora mentiu pra mim?

Ella: Me perdoe, Emily... mas Alison me fez prometer que se você aparecesse aqui hoje eu não deveria lhe contar nada. – passou as mãos no rosto. – Mas depois de ouvir o que você disse eu finalmente entendi a agonia da minha filha e não posso deixá-la sofrer mais do que está sofrendo. – Lágrimas começaram a escorrer pela face da mulher e eu instintivamente me aproximei, segurando uma de suas mãos.

Emily: Então por favor. – supliquei. – Me diga o que está acontecendo... me diga o que eu posso fazer.

Ella: Nas últimas horas, Alison teve uma série de crises... – fungou. – Tão fortes quanto as primeiras. – Abaixou a cabeça. – Antes ela só chorava e gritava... acredito que revivia os momentos que passou com aquele monstro. Mas desde ontem ela pede desculpas enquanto chora, e eu não entendia até agora o motivo. – Pausou. – É você. Ela está pedindo desculpas a você! – completou.

Respirei fundo, tentando assimilar o que minha sogra havia acabado de dizer, porém sem sucesso. Ella percebeu minha confusão e retomou a palavra.

Ella: 21 de dezembro do ano passado aconteceu o incidente que mudou a vida da minha filha. – Puta que pariu! Hoje tá fazendo um ano! - E eu sabia que o dia de hoje seria difícil pra ela, porém ontem ela disse que estava lidando bem, que apenas precisava ficar sozinha, mas parece que voltamos um ano no tempo... ela está completamente atordoada e fora de si. – suspirou pesadamente.

Agora eu finalmente entendi!

Todo esse tempo no grupo de apoio me fez entender o peso que essas datas significam para alguém que sofreu um grande trauma. Alison estava revivendo o pior momento de sua vida, e provavelmente apavorada com a ideia disso acontecer novamente. Por uma triste coincidência, a data era a mesma da minha tão falada e aguardada apresentação, e com certeza ela estava se sentindo culpada em não poder me acompanhar e igualmente envergonhada para conseguir me dizer a verdade.

Emily: Ella... eu... sinto muito. – encarei a mulher. – Eu devia ter notado essa mudança de comportamento nela... mas estava tão distraída com meu trabalho... – neguei com a cabeça. – eu devia ter notado... eu...

Ella: Calma, meu amor... – me interrompeu, afagando minha mão. – Você não deve sentir-se culpada de nada. – deu-me um sorriso fraco. – Mas se tem alguém que pode lidar com Alison e tirá-la dessa escuridão em que ela se encontra agora, esse alguém é você. – levantou-se, e eu fiz o mesmo. – Faça o que você sempre fez por ela, fique ao seu lado... cuide-a... ame-a. Isso será o suficiente. – beijou carinhosamente minha testa. – vou me encontrar com Byron e Aria, tenho certeza de que minha filha estará em boas mãos.

Alguns minutos se passaram e Ella já havia deixado a casa. Porém eu continuava no andar de baixo, ensaiando mentalmente o que iria dizer a Alison quando entrasse em seu quarto. Já previa que ela poderia me ignorar ou me tratar com frieza, mas não podia me deixar levar por isso. Com certeza ela estava muito ferida e faria algo assim por puro medo ou vergonha de me encarar.

Desistindo de tentar arranjar uma tática de aproximação, rumei ao corredor onde ficava o quarto de Alison. Girei o trinco devagar e a visão da minha namorada encolhida em sua cama, tremendo e chorando baixinho fez meu coração quebrar, lágrimas imediatamente correrem sobre meu rosto, e eu não consegui segurar um soluço, cujo fora percebido por Alison, que virou-se rapidamente na direção da porta.

Contrariando todas as minhas expectativas, Alison não me expulsou de seu quarto. Porém ao me ver ali, enterrou seu rosto entre as cobertas, caindo num choro pesado.

Fechei a porta rapidamente e fui até sua cama, deitando-me atrás de seu corpo, envolvendo o mesmo nos meus braços. Sua musculatura suavizou com meu toque, porém o choro ficou ainda mais alto.

Emily: Eu te amo. – disse com o rosto próximo a sua orelha. – Eu te amo, Ali. – Repeti, enquanto passava o nariz na parte de trás do seu pescoço.

Apertei-a bem forte contra meu corpo, e entrelacei nossas mãos, acariciando-as com os polegares. Não sei exatamente quanto tempo ficamos assim, mas não me importaria em ficar a noite toda nessa mesma posição, entretanto... Alison mais uma vez me surpreendeu quando virou-se de frente pra mim, quebrando o silêncio.

Seus olhos estavam inchados e vermelhos, e um enorme par de olheiras denunciava que ela não havia dormido praticamente nada na noite passada.

Alison: Eu sinto...

Emily: Eu te amo.

Alison: Por que você perde o seu tempo comigo? Eu estou quebrada, Emily. Eu sou um objeto sem concerto…

Emily: Nunca mais diga isso – digo séria porém com toda a delicadeza que eu tinha – Eu te amo.

Alison: Você já disse isso.

Emily: É a única coisa que eu preciso te dizer agora. – coloquei seu braço ao redor da minha cintura e ela entendeu o recado, me abraçando lateralmente e enterrando o rosto em meu pescoço. Dei-lhe um beijinho no topo da cabeça, e comecei uma leve carícia em suas costas.

Dorme, meu amor... nunca mais algo de ruim vai te acontecer. Eu prometo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capítulo vai ter a primeira vez das duas! Do jeito que o povo gosta, do jeito que o povo quer!

Brincadeiras a parte...
Eu não sei vocês, mas eu chorei escrevendo esse capítulo então espero que tenham gostado
XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Broken - Emison" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.