Mi papa escrita por K Alessandra


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores! Tudo bem? Desculpem a demora, estava em semana de provas na faculdades... e minha inspiração tinha ido viajar mas está voltando aos pouquinhos.
Trouxe mais um capítulo pra vocês e espero que gostem!



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Dentro do carro, Nandinha pensava sobre o que sua avó lhe falara. Realmente seus pais eram cumplices em tudo. Sempre que perguntava de seus pais para outras pessoas e sobre como eles se relacionavam, a primeira coisa que respondiam era sobre a forma como Lety estava sempre disposta a apoiar o seu Fernando e ele, por sua vez, sempre a protegia e admirava o seu trabalho e sua conduta profissional. Mas o que ela queria saber é como eles, seus pais, eram um com o outro.

“Eles eram amigos? ” – ela se perguntou – “Faziam coisas divertidas? Brincavam também? ”

Ela precisava saber!

–Nandinha, como foi seu dia? – Lety puxou assunto

–Muito bem, mamãe. E o seu?

–Muito bom também, meu amor. Conseguimos um contrato com uma gravadora para produzir um vídeo clipe. Adivinha quem é o cantor?!

–Benny??? – ela perguntou, empolgada

–Ele mesmo!

–E eu posso ir assistir a gravação, mamãe?

–Mas é claro que sim, meu amor. Tenho certeza que Luigi não vai se importar.

–Vou contar para todas as meninas da escola!

Lety riu do jeito com o qual sua filha falara. Era maravilhoso ver sua filha feliz com alguma coisa, ainda mais depois que Fernando viajou.

Mais alguns minutos e Lety estacionava o carro em frente a porta de sua casa. Na verdade, era a casa de Fernando, mas, ele fez questão de que morassem naquela casa.

Ainda no aeroporto, voltando da lua-de-mel, Fernando e Lety estavam no maior clima de romance e comemoração. Depois de tantas dificuldades e alguns obstáculos vencidos, eles, agora, eram marido e mulher. Nada poderia afastá-los de novo, pois, estariam sempre juntos.

–Então, meu amor... – Fernando iniciou a conversa – Como se sente?

–Me sinto... não sei... Acho que nunca me senti tão feliz, seu Fernando.

–Ai, Lety, você vai continuar me chamando de “seu Fernando”?

–Desculpe, mas ainda não me acostumei com a ideia de chama-lo pelo nome, seu Fernando.

–Tá, vendo? Me chamou de “seu Fernando” outra vez! – ele riu – Acho melhor você parar com isso, ou eu vou me zangar.

–Tudo bem, Fernando. – ela disse, um tanto receosa – Fernando Mendiola, o amor da minha vida.

–Assim está bem melhor... – ele roubou um selinho dela – Sabe, nós ainda temos que resolver algumas coisas.

–Ah, é? Mas o que?

–Onde vamos morar, quando vamos ter filhos, quais serão os nomes dos nossos três filhos... Você sabe, essas coisas de casal...

–Só um minutinho, seu...

Fernando a olhou de cara feia e ela pausou sua fala para que não o chamasse de “seu Fernando”, logo continuou.

–Eu não entendi essa parte de “quais serão os nomes dos nossos três filhos”. Nós teremos três filhos?

–Mas é claro que sim, Lety. Eu quero uma família grande, sabe? Com um monte menino correndo pela casa e fazendo bagunça...

–Meu amor, nós nem tivemos o primeiro... – ela riu

–Mas a gente precisa se planejar, Lety.

–Tudo bem, amor. Vamos do começo, então. Primeiro, onde vamos morar?

–Isso já está decidido, Lety. – ele a encarou seriamente – Vamos morar com Omar e Márcia no apartamento que compramos!

–O que??? – ela se apavorou – Mas... mas... Amor, o apartamento é muito pequeno e... e...

–Até parece que você ocupa muito espaço, Lety.

–Bom, eu não mas o senhor sim, seu... meu amor! – ela se corrigiu a tempo

–Tá dizendo que eu sou folgado? Espaçoso, é isso?

–Claro que não, meu amor. Foi só uma brincadeirinha.

Eles riram juntos.

–Mas... então, onde vamos morar?

–Nós vamos pra minha casa, Lety.

–Sua casa??? – ela questionou – Mas você não a vendeu para pagar a dívida da Conceptos?

–Sim, sim, eu a vendi. Mas um anjo lá do céu me deu a casa como presente de casamento.

–Um anjo??? Esse anjo é o Aldo???

–Sim, é ele. E ele me fez prometer que cuidaria muito bem de você! – Fernando acariciou o rosto dela – E claro que eu terei o maior prazer em cumprir esta promessa todos os dias da minha vida.

–Meu Fernando... Tão lindinho...

–Eu te amo, Lety. – depositou um beijo na mão dela – Vamos pra casa!

Fernanda abriu a porta da sala e, carregando sua mochila, deu espaço para que sua mãe também entrasse.

–Muito obrigada, meu amor.

–Por nada, mamãe.

–Você consegue fechar a porta também?

–Sim.

Nandinha segurou a mochila um tanto desajeitada, pois estava pesada, porém conseguiu realizar a tarefa que sua mãe lhe passara.

–Pronto, mamãe!

–Obrigada, querida. Que tal ir tomar banho, hein?

–Já vou, mamãe!

–Você fez sua lição na casa da vovó?

–Sim, mas ainda falta uma parte.

–E precisa da minha ajuda?

–Sim, mamãe!

–Ótimo. Primeiro, tome um banho e mais tarde lhe ajudo com a tarefa.

Obediente como Fernanda era, foi exatamente o que fez. Mais tarde, com os cabelos molhados, Nandinha se sentou em sua cama enquanto esfregava os cabelos na toalha. Então, ouviu uma leve batida na porta de seu quarto.

–Olá, meu amor. Você quer ajuda?

–Claro, mamãe.

Nandinha apontou para o espaço vazia que havia na cama ao lado dela e Lety se sentou ali. Tomou a toalha de sua filha e começou a secar mecha por mecha de seus cabelos castanhos, enquanto a filha apreciava o carinho de sua mãe.

A menina tinha os cabelos escuros e cacheados como o do pai. Era encantador ver o quanto Fernanda parecia, aparentemente, com Fernando e, inteligentemente, como Letícia. Fernanda possuía as duas grandes características mais expressivas de ambos. Por um lado, tinha a sensibilidade e meiguice de sua mãe, por outro, possuía a determinação e o jeito desinibido de seu pai. Todos que conhecia a achavam encantadora.

Porém, Lety a admirava e a amava incondicionalmente. Somente agora, depois de ter se tornado mãe, podia entender o quanto sua mãe, dona Julieta, era capaz de amá-la, de perdoá-la e sempre apoiá-la em seus momentos mais difíceis. Era exatamente assim que queria ser com sua filha, Nandinha. Todos poderiam estar contra ela e até mesmo odiá-la, mas Lety nunca a abandonaria. E sabia que seu marido compartilhava o mesmo sentimento.

Claro que não desejava coisas ruins para a filha, muito pelo contrário, desejava que fosse muito feliz e que nunca passasse pelo que ela já havia enfrentado. Porém, nunca deixaria de ser um porto seguro para sua Nandinha.

–Mamãe? – Nandinha a chamou

–Sim. – Lety despertou de seus devaneios

–Você pode me ajudar com meu dever?

–Claro. O que você precisa?

–Preciso que me diga o que o papai representa pra você.

Lety ficou em silêncio e, percebendo, Nandinha se preocupou.

–Mamãe, está tudo bem?

–Sim, meu amor, estou bem.

–Então, por que ficou em silêncio?

–Eu só estava pensando... Mas, por que você quer saber isso, meu amor?

–Porque vou fazer uma homenagem ao papai, mas não sei o que escrever...

–Entendi... Vou te ajudar!

–Vou pegar meu bloquinho de anotações e uma caneta! – Nandinha correu até sua mochila e voltou com os objetos nas mãos – Pronto, mamãe, pode começar.

–Isso é uma entrevista?

–Mais ou menos... – ela gesticulou

–Bom, por onde eu começo...

–Do começo, ué?! – Nandinha respondeu

–Ah, é, sua espertinha?

Lety a agarrou pela cintura e iniciou uma sessão de tortura com muitas cócegas. Sabia que a filha tinha muitas regiões sensíveis, assim como ela, e aquela era a principal arma para fazê-la rir.

–Para, mamãe... Para! – a menina ria e implorava ao mesmo tempo

Mas Lety fingiu que não escutara e continuou até que ela pediu por socorro.

–Socorro, por favor... – Nandinha ria mais ainda – Mamãe tá me torturando!

Lety adorava ouvir a risada de sua filha, pois, a lembrava de Fernando. No entanto, vendo que sua filha já estava vermelha de tanto rir, julgou ser melhor parar com a brincadeira para que a menina não fizesse xixi nas calças.

–Ai, mamãe... – Nandinha respirou fundo

–Você sabe que a mamãe adora ouvir sua risada, não é?

Fernanda apenas concordou com a cabeça e, retomando sua posição, voltou sua atenção para seu dever de casa.

–Então, mamãe, o que o papai representa pra você?

–Ah, Nandinha... O seu pai sempre foi um homem maravilhoso comigo. Sempre foi atencioso, gentil, educado e admirava as minhas qualidades profissionais. Defendia a mim e ao meu trabalho, confiava em mim e nos meus princípios. E eu o admirava muito mais...

–Como, mamãe?

–Desde o primeiro momento em que o vi, eu me apaixonei por ele... – Lety suspirou – Ele era lindo. Tinha os olhos e o sorriso mais lindo que eu já tinha visto na minha vida. E, mesmo o amando em segredo, eu me sentia viva de novo, como se o amor tivesse me dado mais uma chance! O seu pai é a realização de um sonho. Ele é meu super-herói. É o homem e o amor da minha vida. Graças a ele, hoje, nós temos você, meu amor.

Nandinha ouvia cada palavra de sua mãe com muita atenção. Adora vê-la elogiando seu pai, sabia que ambos se amavam perdidamente. Seu pai era o super-herói da mamãe, mas também era o super-herói dela, o qual jamais deixaria de amar.

Lety encerrou sua fala deixando Nandinha encantada. Claro que tinha muito mais para falar de Fernando, mas, agora não era o momento certo. Fernanda ainda era só uma criança e não entenderia totalmente algumas coisas que acontecera entre seus pais, mas, quem sabe algum dia Lety poderia explicar o que é amar alguém com toda a sua alma.

–Bom, acho que está na hora de dormir, não?

–Mas já, mamãe?

–Sim, meu amor, amanhã você tem escola bem cedo e precisa descansar.

–Está bem, mamãe. – Nandinha deixou o bloquinho de notas e a caneta sob o criado-mudo e deitou-se na cama para que Lety a cobrisse – Mamãe, quando o papai volta?

–Ele não vai demorar, meu amor. Hoje me ligou e disse para que eu lhe mandasse um beijo!

–Mamãe, quando o papai ligar de novo, diga que eu o amo muito, tá?

–Pode deixar, querida, eu digo sim. Agora vá dormir.

–Mamãe, eu amo muito você!

–Eu também te amo, meu amor! – Lety depositou um beijo na testa dela – Tenha uma boa noite!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Ah, o próximo será o último capítulo.
Bjuus
Até a próxima!