Mi papa escrita por K Alessandra


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas! Quero agradecer pelos comentários que recebi e pelas meninas que favoritaram a fic. Muito obrigada pelo carinho!
Espero que gostem de mais este.



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Após o almoço, Tomás e seu Erasmo trabalhavam na contabilidade da nova empresa que administravam. Depois do processo da Investimentos Filmes e Imagem contra a Conceptos, Lety e Tomás decidiram abrir um pequeno escritório de contabilidade com a intenção de auxiliar empresas que passassem pelo mesmo problema que a Conceptos enfrentou, porém de forma transparente e legal perante a justiça. Com isto, Lety pediu que seu pai trabalhasse com eles, já que era um grande contador e estava sempre disposto a trabalhar.

Enquanto isso, dona Julieta, como toda boa dona de casa, tirava a mesa e separava as louças que deveriam ser lavadas, porém estava sempre atenta ao que sua neta fazia. Realmente amava aquela menina e se preocupava muito com ela.

– O que está fazendo, meu amor? – dona Julieta perguntou a ela

– Estou organizando a mesa, vovó, para que a senhora não tenha que arrumar de novo.

– Muito obrigada, meu anjo.

Dona Julieta tinha muito orgulho de sua filha ainda mais agora por ter lhe dado uma neta tão atenciosa e carinhosa como Fernanda. Ela se recordava muito bem do dia em que Lety e Fernando anunciaram a gravidez.

Lety tinha chegado a casa de seus pais no horário normal de quando ela ainda morava com eles, os cumprimentou com muito carinho e subiu até o seu antigo quarto. E, preocupada, dona Julieta foi atrás dela.

– O que você tem, Lety?

– Nada, mamãezinha. Por que?

– Você me parece pálida, minha filha. Aconteceu alguma coisa com o seu Fernando? – ela ainda o chamava assim

– Não, mamãe, claro que não. Nós estamos muito bem!

– Então, por que veio para o seu antigo quarto?

– Eu estava apenas com saudade, mamãe e...

Neste momento, Lety foi interrompida pelo som da campainha. Provavelmente era o seu marido que acabara de chegar.

– Lety, seu Fernando acabou de chegar! – seu pai a avisou

– Mamãe, espere aqui, por favor, tá?

– Aonde você vai, minha filha?

– Não se preocupe, mamãe. Eu já volto!

Lety desceu até a sala e pediu que seu Erasmo e Fernando a acompanhassem até o seu quarto. Ela indicou a cama para que seus pais se sentassem e, ao lado de Fernando, lhes deu a notícia.

– Amor, você já contou a eles? – Fernando sussurrou ao ouvido dela, fazendo-a rir

– Ainda não, meu amor. Vou contar agora! – ela sussurrou de volta

– Ei, o que vocês tanto cochicham aí? – seu Erasmo os questionou

– Nada de mais, seu Erasmo, fica tranquilo... – Fernando respondeu

– Bem, mamãe, papai... eu os chamei até aqui porque Fernando e eu temos uma notícia para dar...

– Na verdade, é uma super notícia! – Fernando completou, animado

– Mamãe, eu vim aqui, no meu antigo quarto, porque quero saber se podemos mudar a decoração... Ah, também temos que trocar os móveis!

– Bem, meu amor, você pode fazer o que quiser com seu quarto, mas... – dona Julieta estava intrigada – Por que quer mudar tudo?

– Porque eu não acho que estes sejam móveis adequados para um bebê, mamãe.

– Lety tem razão, dona Julieta. – Fernando concordou – Afinal de contas, um bebê precisa de um lugar para trocar as fraldas, um guarda-roupas para guardar as roupinhas e, principalmente, um berço para dormir na casa do vovô e da vovó!

– Espere um pouco, seu Fernando. – seu Erasmo o interrompeu – O senhor está querendo dizer que...

– Eu estou grávida, papai! – Lety exclamou

Aquela noite havia sido mágica, cheia de alegria, celebração pela chegada do bebê que seria recebido com muito amor e carinho além de muitas lágrimas de felicidade. Ali, dona Julieta se tornava avó, se tornava mãe pela segunda vez! E o melhor de tudo era ver que aquele bebê fora gerado pelos pais com muito amor. Agora, ali estava a linda Fernanda Mendiola Padilha, uma menina doce, meiga, inteligente e carinhosa.

– Vovó? – Nandinha a chamou pela terceira vez – Vovó, a senhora está bem?

– Sim, meu amor, estou bem. – dona Julieta riu ao perceber que estava perdida em seus pensamentos – Você precisa de alguma coisa?

– Preciso de ajuda no meu dever de casa, vovó.

– Ah, meu amor, você sabe que a vovó não entende nada de matemática.

Elas riram do comentário.

– Mas não é de matemática, vovó.

– Ah, não?

– Não. Na verdade, tenho que escrever um texto bem bonito sobre o meu papai.

– E para que?

– Nesta semana iremos homenagear os pais e a professora me escolheu para ler um texto na frente de todos.

– Puxa, é uma grande responsabilidade, meu amor. E você já sabe sobre o que vai falar do seu pai?

– Ainda não, por isso preciso de ajuda. Você pode me ajudar, vovó?

– Claro, meu amor.

– Então, vamos lá, vovó. – Nandinha puxou uma cadeira para que dona Julieta se sentasse e logo também tomou assento ao lado dela – Eu vou entrevista-la, vovó.

– Nossa, mas que chique! – dona Julieta riu

Fernanda pegou um bloco de anotações, um lápis, cruzou as pernas e, como toda repórter, olhou seriamente para sua entrevistada para, então, perguntar:

– Quando e como a senhora conheceu o meu papai?

Imediatamente dona Julieta se recordou daquela confusa noite na casa da família Padilha.

Lety recebera uma ligação de, até então, seu chefe, seu Fernando. Já era tarde da noite e dona Julieta ficou preocupada com a atitude de sua filha pois esta lhe dissera que seu Fernando estava com problemas e precisava de sua ajuda. Mas Lety não quis ouvi-la, simplesmente vestiu um casaco e implorou que não contasse nada ao seu pai, sabia que ele não a deixaria sair àquela hora ainda mais para pegar um táxi. Porém, dona Julieta confiava em sua filha e, por isso, a ajudaria mantendo seu pai distraído para que não percebesse que ela havia saído.

Com o passar do tempo, dona Julieta começou a se preocupar mais ainda. A menina não tinha voltado. “Será que aconteceu alguma coisa, meu Deus? ” Dona Julieta pensou, aflita. “Por favor, São Judas Tadeu, proteja a minha filha e a traga de volta para casa! ”

Mais alguns minutos e ela pôde ouvir a porta da sala ser aberta. “Lety chegou! ” E parecia não estar sozinha, pelo que pôde perceber ao escutar os passos de mais alguém. Logo Lety aparecera na porta de seu quarto. Dona Julieta correu para o corredor.

– Filhinha, graças a Deus, você chegou! Diga, como foi?

– Seu Fernando tá lá em baixo. – Lety murmurou

– O queee??? – dona Julieta se espantou

– Shhhhh... – Lety sinalizou para que ela não gritasse – Fala baixo, mamãe.

– O que faz aqui o seu Fernando? – dona Julieta queria saber

– Preciso que empreste uma roupa do papai.

– Pra que?

– Para o seu Fernando, mamãe!

– Para o seu Fernando? – dona Julieta estava mais confusa com aquela situação – O que está acontecendo? Por que? Por que ele quer uma roupa do seu pai? O que ele vai fazer com ela? Vai se disfarçar? Vai dar de presente?

– Ai, mamãe, não faz tantas perguntas, por favor. Me empresta uma calça, uma camisa e um paletó. Ah, e uns sapatos, por favor! – Lety perceber que sua mãe não faria aquilo, então, apelou para seu último argumento – Aí, mamãezinha, o seu Fernando está sem roupa!

– Está pelado???? – dona Julieta arregalou os olhos

– Shh! – Lety reagiu – Não, mamãe, como é que ele vai estar pelado? Não, ele se fantasiou e não pode chegar assim em casa. Me ajuda, mamãezinha, por favor. Sim? Leva lá pro meu quarto.

– Sim, sim. – dona Julieta concordou

– Tá bom, tá?! Vai rápido. Não faz barulho, tá?

Neste instante seu Fernando chamou por Lety e elas se apressaram para fazer o que precisavam para ajudá-lo. Enquanto Lety estava no andar de baixo, dona Julieta correu para pegar uma roupa de seu marido, porém, ele a surpreendeu mexendo no armário.

– O que é isso? – ele se sentou na cama

– Esqueci de passar a roupa de amanhã... – ela deu uma desculpa qualquer

– Passará agora de madrugada?

Ela riu completamente nervosa.

– Vem dormir! – ele ordenou – Vem!

– Não, não, dorme você.

– Não, deixa isso para amanhã.

– Não, não, se não passar agora, não vou conseguir dormir preocupada. É melhor me livrar disso. Dorme, meu amorzinho, não se preocupe, dorme. Você estava dormindo tão bem...

Assim que ela conseguiu fazer com que Erasmo voltasse a dormir, correu para o quarto de Lety.

– Lety? Lety? – dona Julieta não a encontrou lá – Aí, essa menina, meu Deus!

O jeito era descer até a sala para que pudesse entregar as roupas a sua filha. Desceu as escadas tranquilamente até que se deparou com uma grande e inusitada surpresa.

– Virgem Santíssima!!! – ela exclamou

Lety e seu Fernando ficaram chocados ao ver dona Julieta ali. Ninguém poderia dizer qual deles possuía a pior cara de espanto.

– Ca-calma, mãezinha... – ela gaguejou

Lety demonstrava estar bastante nervosa enquanto dona Julieta a encarava completamente assustada e mesmo assim os apresentou.

– Seu Fernando, minha mãe!

– Muito prazer... – dona Julieta tentou se aproximar dele, mas ainda estava em choque – Eu imaginava o senhor diferente...

Fernando pigarreou um pouco e, com sua postura masculina, postou-se em pé para cumprimenta-la.

– Oi, senhora, como vai? Muito prazer, Fernando Mendiola. – ele falou com a voz mais grossa que pôde fazer - Sou presidente da Conceptos. Eu peço que me perdoe por chegar a sua casa a essa hora da madrugada, principalmente, desse jeito, não é mesmo?

– Não se preocupe, mas o senhor está tão diferente do jeito que sai nas revistas... – dona Julieta o olhava de cima a baixo

– Mamãe, ele está fantasiado porque foi a uma festa a fantasia! – Lety explicou a ela

– Então, a senhora conheceu meu pai vestido de mulher, vovó??? – Nandinha perguntou, espantada

– Foi, sim, meu amor. Mas desde aquele momento eu senti que o seu Fernando era um homem diferente...

– Como assim, vovó?

– O seu Fernando sempre se mostrou um homem elegante, educado e que gostava muito da Lety. Naquele momento ele mostrou o quanto confiava nela.

– Que bom, vovó! Agora eu entendo o porquê dos meus pais serem tão companheiros um do outro.

– E isso é muito importante, meu amor!

A campainha soou.

– Deixa que eu atendo! – dona Julieta encaminhou-se para a porta

– Olá, mamãe! – Lety a beijou o rosto

– Olá, minha filha, como você está?

– Muito bem, mamãe, obrigada. Só passei para buscar Nandinha. Onde ela está?

– Bem, ela estava ali na mesa até agora a pouco.

– Oi, Lety! – Tomás a cumprimentou

– Olá, Tomás, como vai?

– Muito bem, chefa! Não se preocupe, pois, a sua querida filha está lá em cima se despedindo do vovô Erasmo.

Em poucos segundos e Nandinha descia as escadas acompanhada por seu Erasmo. Ela correu para os braços de sua mãe assim que a viu.

– Oi, mamãe!

– Oi, meu amor. – Lety a apertou em seus braços – Senti tanta saudade desse abraço...

– A gente já vai pra casa, mamãe? – ela se soltou do abraço de Lety

– Sim, meu amor. Você está cansada, não é?

– Um pouco.

– Bom, então, vamos. Já se despediu do vovô e da vovó?

Nandinha se apressou para dar um beijo na bochecha de seu Erasmo e outro na bochecha de dona Julieta depois juntou suas coisas e, antes de sair, também se despediu de seu tio Tomás. Lety também lhes desejou boa noite e seguiu para o carro com Fernanda.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Espero por suas opiniões!
Bjuus
Até a próxima!