Fix me. escrita por Sherry


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!


Este capítulo é um pouco menor, porque é apenas com lembranças da vida do Castiel; Se eu colocasse antes de um capítulo normal, ficaria muito grande, então resolvi fazer esse em especial, portanto, não pretendo postar mais capítulos só de lembranças ok? Por hora, creio que esse vá ser o único.

Para quem gosta de ignorar as lembranças, ou lê-las correndo, achando que é aleatório, dou a dica de que é importante ler, essas lembranças ( todas, desde o começo da fanfic ) mostram fatos que moldaram o caráter do Castiel, e coisas que ajudaram ele se tornar um jovem tão depressivo e retraído a ponto de tentar o suicídio.


Então, sem mais, boa leitura!



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Chegou na audiência com quase meia hora de atraso, mesmo que Nathaniel tenha avançado vários sinais e seguido o caminho com grande velocidade, acabou atrasado.

Castiel estava com uma camisa branca de mangas até os cotovelos e botões, a calça social estava tão amarrotada quanto seu rosto, e o sapato estava sem meia. O cabelo, estava amarrado em um rabo de cavalo baixo, os fios extremamente lisos e finos, estavam alvoroçados para todos os lados.

Correram até o escritório do advogado, e Nathaniel parou na sala de espera, lançando um olhar incentivador ao moreno.

— Vai lá. Eu te espero aqui. — o loiro falou, tentando encorajar o amigo.

Castiel sentiu seus olhos arderem por trás dos óculos escuros, mas assentiu, e seguiu para a sala indicada pela secretária.

Lá dentro, encontrava-se o advogado, um senhor de meia idade bem conservado com um terno polido, sentado na cadeira luxuosa atrás da mesa mogno. Em uma das duas cadeiras atrás da mesa, estava a mulher branca de cabelos negros presos em um coque bem elegante. Ela estava sentada, com uma postura impecável, a roupa cara e elegante, fazendo boa combinação com as joias que ostentava.


— Senhor Wolff, finalmente chegou. — o advogado falou em um tom simpático, e sorriu — Boa tarde! — completou, levantando-se para cumprimenta-lo.

Castiel foi até em frente a mesa, e apertou a mão do homem, seriamente.

— Queira se sentar por favor, para começarmos. — o homem falou mostrando a cadeira.

Castiel assentiu e foi se sentar. Na única cadeira que ainda tinha ali, bem ao lado de Adeline. Isso, ela era Adeline, e não sua mãe.

O advogado começou a falar sobre burocracias, e coisas que Castiel não tinha o menor interesse. Ele acabou com o olhar vagando pela sala do advogado, e pelo canto do olho viu Adeline. Ela parecia inquieta, e o observava também pelo canto do olho. A diferença era que ele estava de óculos escuros, então seu olhar era escondido.

— Então, posso começar a leitura do testamento? — o homem perguntou, em um tom respeitoso pela morte de Pietra.

Ambos assentiram, e ele começou, lendo as últimas palavras da senhora:

Como é de total conhecimento, existem apenas dois herdeiros diretos de todo o patrimônio da família Chermont.
Gostaria de deixar minhas notas de explicação sobre a decisão da divisão de bens da nossa família:
Lutei contra o câncer de pulmão nos últimos tempos, apenas com a companhia e a força do meu querido neto, Castiel. Ele apareceu para mim, como uma benção, e eu, pelo pouco tempo que tive, não pude deixar muito para ele além das minhas poucas palavras de força, perseverança e orgulho. Então, como prova do meu amor, e afeto, deixo para ele, Castiel Chermont Wolff, toda minha herança em patrimônio bancário, de ações empresariais, e imobiliários.
Tenho o desejo de que, de forma alguma, nenhum destes bens, sejam direcionados a qualquer outra pessoa, a não ser a ele.
A minha filha Adeline Ann Chermont, deixo a tarefa de ser tornar uma mulher íntegra e independente, que procure seu sustento de forma honrada, afim de não causar mais tristeza e amargura ao nome da família Chermont.
Lembro-me de quando casei com Antonie Chermont, aos dezenove anos, desde então, juntos, meu falecido marido e eu, triplicamos as rendas da família Chermont; Sendo desta forma, desejo que minha filha mostre seu valor, e aprenda a ganhar seu sustento de forma respeitosa, principalmente depois de se divorciar de seu marido americano.

Desejo que este testamento seja lido o mais rápido possível após meu falecimento na presença da minha filha, e de meu neto, pelo advogado da família Edmond Garret.

Sem mais, Pietra Ann Chermont
.”

Ao final leitura, um silêncio colossal inundou a sala. Castiel dava graças aos céus por estar de óculos escuros, porque sentia seus olhos arderem e se inundarem de lágrimas.
Ele estava tão emocionado com o fato de sua avó dizer que ele havia sido sua força... Que ele havia sido uma benção. Era feliz, nostálgico, e melancólico, pensar que alguém que partira, sentia tanto por ele.

— Como? — a voz de Adeline saiu aguda.
— É claro que a falecida senhora Chermont, deixou todo patrimônio para o senhor Wolff. — o advogado falou profissionalmente, sem tomar partido — Gostaria de, de ante mão, prestar minhas condolências, e oferecer meus serviços. Como sabe senhor Wolff, sou advogado e contador da família Chermont há vinte e sete anos, e gostaria de continuar este legado de honra e respeito. — tagarelou o homem, virando-se para Castiel, ignorando completamente Adeline.

Castiel fungou discretamente, e abaixou a cabeça, tentando disfarçar as lágrimas. Era a primeira vez que chorava desde que sua avó havia morrido.

— Eu não posso ter sido deserdada. — Adeline prosseguiu, levantando-se de sua cadeira, indignada — Sou a primogênita. Minha mãe deveria estar delirando nos últimos momentos em que escreveu isso. Ela estava idosa, e tomando medicamentos fortes devido ao câncer. Deve haver alguma maneira de tentar reverter este infortúnio e direcionar a mim, alguma quantia deste patrimônio, que eu, obviamente mereço. — tagarelou, rapidamente.

Castiel, ainda sentado, sentiu os olhos secarem. Adeline não estava nada emocionada, ou tocada com a morte da mãe, ela apenas pensava na fortuna. Coisa que nem se passava pela cabeça de Castiel.

— Você pode tentar entrar com uma ordem judicial de divisão de bens, mas não posso garantir nada. Os exames médicos da senhora sua mãe, garantiam que ela estava lúcida e bem orientada, até o momento de seu falecimento. — o advogado falou, profissionalmente.
— Oque me aconselha? — Adeline perguntou, de forma astuta, espalmando uma mão na mesa.

A advogado olhou para a mulher e depois para Castiel, de forma sugestiva.

— A aconselho a conversar com seu filho. — ele falou, como se fosse obvio — Ele é o dono oficial de todo o patrimônio agora... — completou, seriamente.

Adeline então lançou um olhar de piedade para o filho, e deu um sorriso mínimo.

— Filho... Você não vai deixar a mamãe desamparada assim não é? Seu pai e eu nos divorciamos, e eu vivo da pensão dele, mas não acredito que isso vá durar por muito tempo. — tagarelou, baixinho e tentou tocar a mão de Castiel.

Castiel se levantou de sua cadeira bruscamente, não deixando a mulher o tocar.

— Então sugiro que você, Adeline... — frizou bem o nome dela — Arrume um emprego. — completouamargo, com um sorriso duro nos lábios .

Adeline arfou em choque, e o moreno virou-se para o advogado.

— Edmond, você agora vai ser meu advogado e cuidar do patrimônio como tem feito por todos esses anos. — afirmou, fazendo-o o advogado assentir seriamente — Quanto você ganha por essa função? — perguntou duramente.
— Seis mil por mês senhor Wolff. — ele respondeu rapidamente.
— Acrescento três mil por mês ao seu salário, se você garantir que não deixar Adeline tocar nesse dinheiro. — Castiel decretou.
— Certamente senhor. — o homem garantiu, profissional.

Castiel se sentia despedaçado. Ele só queria fazer a vontade de sua avó valer. Ele estava sofrendo pela morte dela, enquanto Adeline, parecia achar que a morte de sua mãe, era um mero detalhe.

Adeline bateu com a mão na mesa, frustrada e perplexa.

— Minha família tem patrimônio total estimado de nove bilhões de dólares! Isso não pode ficar nas mãos de um garoto dessa idade. — ela insistiu, ultrajada — Ele ainda nem é maior de vinte um! — completou, olhando para o advogado esperando alguma confirmação.
— Eu sou emancipado, e tenho um advogado que também é contador, para cuidar disso pra mim. Não se preocupe Adeline, o patrimônio da família está a salvo. — falou azedo, sem olhar a mulher — Edmond, tem mais alguma coisa pra me falar? — perguntou, sem vontade.
— Não. Não senhor, nada por enquanto. Tenho algumas burocracias para serem resolvidas, mas posso aguardar que o senhor se recupere melhor da perda, para entrar em detalhes. De qualquer forma eu entro em contato. — explicou, dando um sorriso profissional.

Castiel assentiu, e foi saindo do escritório, sendo seguido por Adeline.

— Não acredito que vai fazer isso comigo Castiel. Eu tenho tanto direito quanto você. Você não pode ser tão ambicioso e ficar com todo o dinheiro assim. — tagarelava em seus ouvidos.

Castiel apertou o passo, sentindo o sangue ferver em suas veias. Ele só queria lamentar a morte de sua avó em paz. Não tinha forças nem para discutir.

Chegou até a sala de espera, e encontrou com Nathaniel, sentado em um dos sofás, com uma expressão tensa.

— Eai mano, foi tudo bem? — o loiro perguntou de imediato, levantando-se para alcançar o amigo.
— Vamos embora cara. — Castiel falou, passando direto até o elevador.

Nathaniel ficou parado por alguns segundos, e olhou para Adeline.

— Ah, a senhora deve ser a mãe do Castiel. É uma grande satisfação conhece-la, senhora Wolff. — ele falou educado, esticando a mão para a mulher.

Ela parou, se aquietando um pouco, e se voltou ainda aflita para Nathaniel.

— Não sou mais a senhora Wolff, agora sou a senhorita Chermont, e se você não ajudar a colocar algum juízo na cabeça do seu amigo egoísta, eu vou ficar na sarjeta. — tagarelou, segurando a mão do loiro, entre as suas.

Nathaniel pestanejou confuso.

— Anda Nathaniel, vamos logo. — Castiel chamou, segurando o elevador.
— Que? — ele perguntou, olhando do amigo para a mulher.
— Sou uma mulher divorciada, e minha mãe por algum desatino, me deserdou! Agora meu filho não quer dividir nem um terço da fortuna da nossa família comigo. Estou falida. — se lamentou, dramática.
— Senhora... Senhorita... E-eu. — gaguejou, confuso.

Nathaniel estava tonto de ser tão envolvido nos problemas de Castiel. Ele precisava ser muito amigo para lidar com tudo.

— Eu to indo sem você. — Castiel anunciou, entrando no elevador.

O loiro ainda titubeou. Olhou para o moreno, depois para a mulher, mas quando viu que a porta do elevador iria se fechar, correu para lá, se despedindo da mulher entre desculpas.

Nathaniel se enfiou no elevador, com a porta quase fechando em seus braços.
Ele suspirou, ao lado de Castiel. O Benitte estava estressado, e confuso. Sabia que o amigo não se ligava em dinheiro, e que menos ainda era egoísta, ele enchia Debrah de presentes, e dividia tudo que tinha com qualquer um que aparecesse sem a menor cerimônia, não entendia a atitude do moreno. Resolveu falar alguma coisa.

— Cara, que atitude! Sua mãe disse que você vai deixar ela na sarjeta, porque sua avó deserdou ela. — o loiro começou, balançando a cabeça consigo mesmo como se tentasse assimilar a situação — Não é do seu gênero ser mesquinho, oque ta acont- foi cortado pelo outro.
— Nathaniel, cala a boca. — o moreno falou, com a voz meio arranhada.

O loiro se virou para o amigo, e arfou em choque, ao constatar o rosto molhado do moreno. O óculos escuro tampava seus olhos, e ele tentava disfarçar a todo custo com a postura rígida e o queixo erguido, mas era notável que ele estava chorando.

— Mano... Foi mal... — Nathaniel começou, mas as portas do elevador se abriram, e Castiel saiu andando desvairado. — Castiel. Ei, cara. Aonde você vai? Eu ia te levar de volta pra casa, lembra? — perguntou, elevando a voz, ao ver o moreno quase correndo para longe dele.
— Não precisa, não quero ir pra casa. — ele respondeu, já saindo pelo saguão do prédio.
— Você pode ficar lá em casa se quiser. — o loiro sugeriu, correndo atrás do amigo — Eu falo com a Ambre pra ela não te perturbar. — completou quase aos gritos, saindo pela porta do prédio.

Castiel acenou com a mão para Nathaniel, enquanto atravessava a rua na frente dos carros, para pegar um táxi.
O loiro assistiu o amigo quase ser atropelado, então resolveu esperar o sinal fechar para atravessar, mas nesse meio tempo, o moreno já havia entrado no táxi que estava parado do outro lado da rua.

O loiro viu o táxi com Castiel sumir pelo final da rua, sem poder fazer nada.


Nathaniel foi para casa, e guardou para si oque havia acontecido com Castiel. Ele havia visto o moreno chorar, pela primeira vez, em cinco anos de amizade. Era difícil. Era difícil de imaginar pelo que ele estava passando.

No outro dia, pela manhã, o loiro resolveu chamar na casa de Castiel. Ele chamou, chamou, chamou... E ninguém atendeu. Pela tarde, ele chamou novamente, e foi atendido. Mas não pelo amigo.

— Nath! — Debrah exclamou, com um sorriso enorme de satisfação — Veio me ver? — perguntou, maliciosa, ainda segurando a porta de modo que o loiro não pudesse entrar.

Nathaniel trincou o maxilar, respirou fundo, procurando por paciência. Não era possível que aquela garota fosse ser tão vagabunda e idiota, em uma situação tão delicada e trágica.

— O Castiel ta ai? — ele perguntou, afastando-se um passo para trás, ficando quase no meio do corredor.

Debrah pareceu murchar, e fez bico.

— Não. Cheguei aqui de manhã, e ele ainda não apareceu. — ela respondeu sem muito interesse — Mas e você? Não quer entrar e... — ela começou, mas ele a cortou.
— Eu não vejo ele desde ontem, depois da leitura do testamento da senhora Pietra. — o loiro tentou argumentar, para ver se trazia alguma reação aquela inútil — Pelo jeito ele passou a noite fora, e não apareceu até agora... — completou, pensativo e preocupado.
— Relaxa. Daqui a pouco ele aparece. — ela rolou os olhos despreocupada.
— Seu namorado passou a noite fora, e você não ta preocupada? — ele perguntou perplexo, mas logo se recompôs — Hum, bobeira minha te perguntar isso. Você nem gosta dele. — falou para si mesmo, do que para ela.

Debrah tomou fôlego para falar, mas o loiro falou passando por cima dela.

— Aliás, como que você ta na casa dele, sem ele ai? — perguntou, verdadeiramente confuso.
— Não é a casa dele, é a nossa casa. — ela explicou arrogante — Eu tenho uma chave daqui. — ela respondeu, dando de ombros.

Nathaniel pareceu levar um tapa na cara. Céus, Castiel era mesmo um idiota. Ele deu uma chave para a louca vagabunda.

— Por que você ta com essa cara? — ela perguntou debochada, e largou a porta escorando-se na soleira — Eu tenho os cartões de débito dele, o número da conta bancária e as senhas... Ter a chave desse apartamento aqui, é bobeira. — ela garantiu, sorrindo consigo mesma.

Nathaniel estava quase caindo duro. Castiel era a pessoa que ele conhecia, que menos se importava com posses e dinheiro, mas tinha uma mãe e uma namorada pra la de interesseiras! Coitado dp Castiel, ele precisava de uma intervenção para abrir os olhos, e era urgente!

— Olha, não precisa ter um derrame. — a garota voltou a falar, tranquilamente — Você é muito bonito pra morrer. — piscou — Se isso te preocupa tanto, eu ligo pra ele. Ai seu amiguinho volta pra você, e tudo fica bem. — ela falou cheia de deboche, pegando o celular do bolso da mini saia jeans.
— Você acha que eu já não tentei ligar pra ele? — o loiro perguntou, tentando conter a irritação — Ele não atende. — completou, passando a mão pelos cabelos nervosamente.

Debrah pareceu não ouvi-lo, e discou, levando o celular ao ouvido.

— Ele não atendeu a você. — ela explicou — Mas vai me atender, com certeza. — completou confiante, e deu um sorriso maldoso.

Nathaniel tomou fôlego para falar, mas ela levantou o dedo pedindo para ele não falar.

— Alo, amor?! — ela falou, fazendo uma expressão de vitoria para o loiro — Amor, cadê você? Acabei de chegar aqui na nossa casa, e não te achei aqui... Fiquei preocupada. Aonde você ta? — ela tagarelou, com a voz doce.

Só de Nathaniel ouvir ela usando aquele tom, já ficava enjoado.
Como ela podia ser tão vadia? Ela disse para ele que havia chegado ali pela mannhã; Ela havia notado que ele não estava, mas nem se importou. Mas para Castiel disse que havia acabado de chegar, que assim que notou sua ausência, ligou preocupada. Mentirosa. Manipuladora.

— Ah sim. Tudo bem. Eu entendo. — ela falou, rolando os olhos — Eu espero você aqui, então. A gente se vê amanhã. Pensa em mim... Eu vou dormir na nossa cama, sentindo seu cheiro. — houve uma pausa, em que ela ouvia oque ele falada do outro lado — Awn, to morreno de saudades de te sentir também. Te amo muito, muito. — falou com a voz doce, mas a expressão de tédio. — Ok, beijinho amor, até. — completou, e desligou.

Nathaniel estava em estado catatônico, tamanha a canalhice da garota.

— Ele disse que ta na casa de campo do Lysandre, e que volta amanhã de manhã. — ela falou despreocupada e bocejou — Viu? Seu amigo ta vivo! Ebá! — falou com deboche e riu — Não precisa surtar, assim vou ficar com ciúmes... Preciso ter ciúmes? Vocês não tem um caso né?! — ela completou rindo como uma retardada.

Nathaniel resolveu nem responder e virou-se para voltar para sua casa, ignorando os chamados da garota.
Estava incrivelmente chocado com os acontecimentos. Mas pelo menos, sabia que Castiel estava bem, e com Lysandre.
Lysandre e sua família, haviam ido para a casa de campo afim de aproveitar os dias das férias de Julho melhor.
O loiro se sentia idiota por precisar passar pela tortura de falar com Debrah para descobrir onde Castiel estava. Era idiota de não ter pensado que ele havia ido para lá, afinal era notável que o moreno tinha mais afinidade com Lysandre, mesmo que isso fosse aquele tipo de coisa que os três amigos não verbalizassem.

Nathaniel foi para casa, e passou a tarde toda pensando sobre a situação. Era tão difícil ser amigo de Castiel... Ele era um verdadeiro idiota. Atendia a ligação da namorada vadia, mas não a ligação dele.

Acabou cochilando no final da tarde, e acordou com o celular tocando.
Atendeu ainda meio grogue sem ver quem era.

– Alo? – sua voz saiu rouca.
– Panaca? – era Castiel, sua voz parecia meio estranha.

O loiro pulou da cama e se sentou na ponta da mesma, completamente acordado.

– Oi cara, fala. – foi só oque ele conseguiu dizer.
– Eu menti pra Debrah. – ele começou com a voz enrolada, e riu, uma risada meio desesperada – Falei pra ela que eu tava na casa de férias Lysandre pra ela não se preocupar, mas eu to na casa do Dakota. — completou, meio amargo.

Nathaniel tentou se situar. Dakota era colega de turma deles. Meio superficial, festeiro, mulherengo, e bem traiçoeiro. Oque Castiel estava fazendo na casa dele?

– Mano... Que merda você ta fazendo na casa desse otário? – perguntou confuso.

Houve uma pausa. Nathaniel pulou da cama procurando roupas para se vestir, ainda com o telefone no ouvido.

– Deixa, eu vou buscar você. – o loiro decidiu.
– Não. Não... Não quero ir pra casa. As coisas da minha avó tão espalhadas por todo lado... – respondeu, com a voz arrastada.
– Você fica aqui em casa, enquanto eu e a Ambre vamos lá e guardamos as coisas dela. – sugeriu, se enfiando de qualquer jeito da calça.
– Não quero te encher o saco. – o moreno respondeu, vagamente.
– Somos amigos seu idiota. Amigos não enchem o saco! Você ta enchendo o saco do Dakota ai.- respondeu, meio ríspido.

Castiel riu. Aquela risada estranha e meio desesperada. Nathaniel se apressou em se enfiar em algum casaco, e saiu batendo a porta do quarto.

– Não precisa, eu só queria avisar porq- Castiel tentou falar, mas o loiro o cortou.
– To indo te buscar, sossega ai nessa merda e me espera. – falou, e desligou.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!ATENÇÃO!

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Eu tenho estado muito confusa quanto ao rumo da fanfic, porque poucas pessoas dão suas opiniões, e expressam seus pensamentos por aqui.

Então é isso! Reviews?



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