Fix me. escrita por Sherry


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Volteeei!

Capítulo fresquinho, com mais novidades!
Queria agradecer os comentários, amo amo amo! A nossa fanfic está com mais acompanhamentos e visualizações! Weee *-*


Apenas tenho a agradecer.

Boa leitura sz'



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Era a primeira vez depois de cinco anos, que veria sua mãe novamente. E não era porque ela estava com saudades ou preocupada, era porque sua avó tinha morrido e o testamento precisava ser lido na presença dos parentes vivos.

Castiel não sabia dizer ao certo como se sentia. Ele estava deprimido, e perdido devido a morte de sua avó, claro, mas uma parte de sua racionalidade lhe dizia que estava certo ela ter partido. Ela estava descansando, finalmente havia parado de sofrer tanto.

Foram quase dois anos de quimioterapia, até que nos últimos seis meses, Pietra precisou de internação, Castiel fora emancipado, estava afastado de seus amigos, Debrah nem sempre estava presente... Ele estava sozinho, terrivelmente sozinho, perdido, abandonado, e com raiva.

Por que ele tinha raiva? Porque raiva era melhor do que ter pena de si mesmo, raiva melhor do que melancolia. Raiva era o resumo de tudo que ele sentia. Era muita tristeza, muita angustia, muito sofrimento para lidar sozinho, a única coisa que ele sabia fazer com todos os sentimentos era transforma-los em raiva, porque com raiva ele sabia lidar. Era fácil.


Na noite anterior a leitura do testamento, ele se trancou em seu quarto com várias garrafas de uísque e encheu a cara com Debrah. Ele não sabia oque fazer, e essa foi a ideia que ela deu.


Acordou com Nathaniel esmurrando sua porta. O loiro havia se oferecido para levar Castiel até a audiência de leitura de testamento; Nathaniel havia acabado de passar na autoescola, e ganhou um carro de sua mãe, logo ofereceu-se para levar o amigo até o escritório. E se não fosse por ele ir chama-lo, Castiel iria perder a hora.

— Cara, oque aconteceu? Por que você ainda não ta arrumado? — o Benitte perguntou, alarmado quando o outro abriu a porta do apartamento, todo desgrenhado.

Castiel tentou se situar, espremeu os olhos pro relógio pendurado na parede da sala, e lutando contra a dor de cabeça e enjoo, saiu correndo para o quarto afim de arrumar o mais rápido possível.

Com a movimentação e o barulho dentro do quarto, Debrah acabou acordando; Ela passou pela sala até a cozinha, de calcinha e blusinha, sem a menor preocupação com o fato de Nathaniel estar bem ali.

O loiro fechou a cara, e abaixou a cabeça quando a viu passar. Nathaniel já tinha chegado a sua cota de brigas com Castiel por causa de Debrah, a última coisa que ele queria era esquentar a cabeça do amigo com fofocas e picuinhas, em um momento tão delicado.

— Você cortou o cabelo. — Debrah falou com a voz meio arranhada de sono.

Ela parou na soleira da porta entre a sala e a cozinha, se encostou ali, com uma garrafa de água na mão, e ficou parada encarando o loiro no sofá.

Nathaniel a ignorou solenemente.

— Prefiro homens de cabelo curto. — ela falou com um sorriso malicioso — Essa roupa social combina muito mais com seu cabelo assim. Acho que é mais másculo — completou, e deu uma golada na garrafa d’agua.

Nathaniel continuou calado, de cabeça baixa, pedindo a todos os santos que Castiel saísse logo do quarto pra eles irem embora.

— Nossa, você ta com tanta raiva de mim que nem pode olhar na minha cara?! — ela falou, com a voz manhosa.
— Garota, vai se vestir. — foi oque ele respondeu, sem levantar a cabeça.
— Ai que chato você. — ela resmungou — Mas eu entendo, o clima ta realmente chatinho por causa dessas coisas que aconteceram recentemente não é? — ela insistiu.
— A avó do seu namorado, morreu. O clima tá mais do que chatinho, tá péssimo. — ele rebateu, entre dentes, com as mãos no rosto e os cotovelos apoiados nas pernas.
— Pessoas morrem. Ela já estava idosa, Castiel sabe disso. — Debrah respondeu entediada — Nós estamos aqui, somos jovens, e estamos vivos. — completou.

Nathaniel viu os pés descalços dela, a sua frente. Ela estava perto, perto demais. Se ele levantasse a cabeça, daria de cara com o umbigo dela.

— Por que você me atormenta tanto garota? — ele perguntou, mais para si, do que para ela.

Ela esticou o braço e tocou o cabelo dele, mas Nathaniel deslizou para o lado do sofá, e se levantou tão rápido, que a garota nem teve tempo de se aproximar.

— Castiel, agiliza isso ai cara, já passou da hora. — ele falou alto, com o olhar apavorado para cima de Debrah.

Se Castiel a visse tão próxima dele, iria ter porrada, com certeza. Nathaniel, definitivamente, não queria piorar as coisas para o lado de Castiel.

— Calmae’, to indo já. — o moreno respondeu, de dentro do quarto.

Nathaniel se colou a porta de saída, mirando seus olhos âmbar em Debrah, com receio que ela se aproximasse novamente.

— Você sempre foge de mim! — ela falou fazendo bico — É o reflexo das aulas de boxe que você vem fazendo, ou é só medo de se deixar levar?! — completou, dando um sorriso debochado.
— Você não tem escrúpulos. — o loiro sussurrou irritado — Quando essa situação toda passar, eu vou contar pro Castiel quem você é. — sibilou para ela.

Ela prendeu o riso.

— Tenta. Vamos ver em quem ele acredita. — ela falou cheia de deboche.

Nathaniel escancarou a boca e piscou atordoado. Deuses, ela era pior que o demônio, como Castiel não via isso?

Vendo a expressão de choque do loiro, a garota deu uma gargalhada, bem na hora que Castiel passava para sala pelo corredor.

— Qual a graça? — o moreno perguntou, desconfiado.

Só que ele, desconfiava da pessoa errada.

— Nada. O seu amigo tropeçou quando foi se levantar do sofá. — ela falou docemente, e se inclinou para beijar os lábios do moreno, em uma despedida.

Nathaniel desviou os olhos pra não assistir tal atrocidade. Já não aguentava mais as loucuras dessa garota. Será que Castiel não estranhava ela de calcinha na sala, na frente dele?

— Vai ficar aqui amor? — Castiel perguntou, abraçando-a.
— Vou comer alguma coisa, e ir em casa. Talvez eu volte amanhã. — foi oque ela respondeu, indo para o quarto dele.

Castiel assentiu, e passou para o lado de Nathaniel.

— Vamos correr, que você já ta atrasado. — o loiro disse, tentando um pequeno sorriso de insentivo.






–--


~ Um mês depois ~

Já estávamos entrando na segunda semana de Dezembro, o frio estava ainda maior, e na área rural a neve já estava caindo, e junto com ela a frieza de Lucy. Ela realmente não havia voltado a falar comigo, estava me ignorando solenemente quando o pessoal se reunia, e eu, deixei pra lá no começo, não queria me aproximar, estava puto com a historia dela com Nthaniel, mas com o passar dos dias a coisa foi ficando ruim de suportar.

Eu me sentia mais solitário do que nunca, mais deprimido do que nunca.

O pessoal todo estava ocupado com seus últimos dias da faculdade, e eu, cansado de não ter oque fazer, resolvi ir pra academia. Veja bem, não sou do tipo que fica querendo um ‘corpo maromba’ ou um abdome de aço, como o otário do Nathaniel, mas voltar para os antidepressivos que deixavam quase vegetando, e o vício do cigarro, não eram uma opção.

E eu definitivamente precisava fazer alguma coisa, tanto pela minha saúde física, quanto pela mental. Não dava pra ficar parado esperando o ano letivo começar para voltar a ocupar a minha mente, era terrível demais ficar confinado no apartamento, ou saindo por ai com a galera e vendo Lucy me ignorar... Então, resolvi que fazer academia, era melhor que fazer nada.

Com quinze dias frequentando aquele lugar, descobri por um twett da Charlotte, que Lucy estava fazendo aula de zumba com ela. Eu não sabia que diabos era zumba, mas fui me informar na academia e descobri que era uma espécie de dança pra modelar o corpo; Descobri também os dias e os horários que tinham as aulas, e resolvi stalkear pra ver se encontrava com Lucy por lá.

Olha só, eu não a persegui, por coincidência descobri que estávamos na mesma academia, então, já que o destino fez questão de nos juntar no mesmo lugar, por que eu não poderia ajustar o meu horário para o dela? Era justo não? Afinal, eu tava morrendo de saudades de falar com ela, ouvir a voz dela... Eu precisava falar com ela, alguma coisa, qualquer coisa que fosse, nem que fosse um pedido de desculpas ridículo.

Me vesti pra academia ainda nem eram 15h da tarde, sendo que a aula de Lucy era só 19h. Eu me perguntava como ela conseguia conciliar faculdade, dois empregos e academia quando acabei cochilando no sofá.

Tive um sonho maluco, em que eu me agarrava com a Lucy em cima de um dos aparelhos de levantar peso, e acordei com uma presença nada agradável.

— Nojento. — ela falou, torcendo a cara e dando meia volta.

Me sentei em um pulo, completamente desnorteado.
Natalie estava com uma sacola de mercado nos braços, e ajudava Lysandre a guardar as compras na cozinha, mas é claro que ela deu uma olhada em mim na sala, e tragicamente constatou minha ereção, devido ao sonho maravilhoso que eu estava tendo.

— Castiel, você ta ai cara? Pensei que tivesse na academia. — Lysandre comentou da cozinha, se ocupando em guardar os mantimentos.
— Quem me dera ele estivesse... — Natalie comentou com a voz arrastada e cheia de amargura — Teria me evitado ver essa cena de terror. — completou, torcendo a cara enquanto esticava o pacote de macarrão para Lysandre guardar.

Me endireitei no sofá, em um misto de constrangimento e raiva.
— Essa é a minha casa, esquisitona, se ta incomodada a porta é bem ali. — falei, me levantando do sofá e mostrando a porta de saída de forma bem brusca.
— Castiel, por favor. — Lysandre pediu, com a voz cansada — Ela é minha convidada. — completou, apontando pacote de biscoito para mim.
— Ah, então ela é sua convidada?! — falei debochado, cruzando os braços — Então a coisa entre vocês é oficial agora? — alfinetei com um sorrisinho irônico, só pra botar uma pilha.

Mas, a coisa ficou estranha. A expressão normalmente neutra, e até tediosa que Natalie insiste em manter perto de mim, mudou. Suas sobrancelhas arqueadas, formaram quase uma linha reta pelo jeito que ela franziu a testa, e seu rosto geralmente branco como cera, assumiu uma coloração quase tão vermelha quanto a blusa de mangas que ela usava.

Houve uma pausa dramática, que durou quase todo um minuto.
Lysandre estava lívido, com a boca levemente aberta e o pacote de biscoito fixo na mão.

— Castiel... Mas do que você ta falando? — Lysandre começou, dando um sorriso descontraído — Ta pegando o espírito maluco do Alexy de imaginar coisas? — completou, voltando-se a tarefa de guardar as coisas.

Continuei parado, observando-os. Natalie desviou os olhos do vazio, olhou para Lysandre durante alguns segundos, e voltou a olhar pra mim.
Ela me lançou um olhar fulminante, de pura raiva e rancor, e foi caminhando até a porta.

Ela pegou o casaco longo e pesado, que havia pendurado no apoia casacos atrás da porta e começou a vesti-lo.

— Sua convidada está se desconvidando a ficar aqui. — comentei para Lysandre, um tanto arrogante.

Ele se virou para atrás e finalmente viu que a garota estava já saindo.

— Natalie, aonde você...? — ele perguntou meio perdido, olhando-a da copa da cozinha.
— Me recuso a ficar no mesmo lugar que essa bicha ridícula e escrota que você chama de amigo. — ela respondeu cheia de desprezo.


Tomei fôlego para retribuir o insulto, mas ela já estava batendo a porta e saindo as pressas.

Lysandre e eu trocamos olhares. Ele parecia confuso, e eu estava sem paciência.

Sai entrando na cozinha pra pegar minha garrafinha de água da geladeira, e ele ficou no caminho, com cara de paspalho.

— Você constrangeu ela. — ele começou, com o olhar distante, como se estivesse pensando no caso.
— Não. Você constrangeu ela, quando disse que era maluquice eu insinuar que vocês estavam ficando. — respondi de imediato, quase passando por cima dele para chegar até a geladeira.

Lysandre deu uma risada, e acenou no ar, como se eu tivesse acabado de falar algum absurdo.

— Ela não gosta de mim desse jeito. — ele garantiu, voltando a sua tarefa de guardar as compras lentamente.
— É mesmo? — perguntei cheio de deboche, saindo da cozinha.

Sentei no sofá, afim de amarrar os cadarços do meu tênis.

— Natalie é diferente de todas as garotas que eu conheci. — ele comentou, confortavelmente — Nós somos muito amigos, se ela gostasse de alguém me falaria. — garantiu, assentindo para si mesmo.
— Mesmo que fosse de você? — perguntei, amarrando o segundo cadarço.

Ele pareceu refletir. Peguei a bolsa de academia que estava jogada no braço do sofá, e enfiei a água dentro dela.

— Castiel, eu to tentando superar a Lucy, não começa! — pediu, cansado, escorado na bancada da cozinha.
— Você já superou. — garanti, me levantando do sofá — Você quase não fala mais dela, voltou as atividades normais, vem flertando com toda garota bonita que aparece... Ta sendo você mesmo. — completei, indo até a porta.

Lysandre pareceu titubear para me responder, e eu resolvi sair antes que ele começasse com o falatório.

— Té’ mais cara. — falei, escapulindo do apê.




Fiz o caminho todo correndo, pra esquentar o sangue. Não era muito longe , mas dez minutos correndo, no frio e com garoa me deixaram com o moletom todo molhado.
Prendi o cabelo da melhor forma possível, já que tava tudo molhado, e coloquei aquela faixa preta engraçada no cabelo, que a Íris me indicou pra deixar o cabelo longe da cara na seção de exercícios.

Passavam das cinco quando cheguei na academia, então usei toda minha ansiedade em ver Lucy nos exercícios, e acabei ainda mais molhado do que antes.

Quando deu sete horas, tomei um banho no vestiário, e subi as escadas, afim de esperar a tal aula de zumba terminar.

O segundo andar, era tão grande quando o primeiro, mas o primeiro eram só de aparelhos, e o segundo, eram salas cheias de espelhos. Uma de boxe, uma de aeróbica, e sala mais próxima da escada, a sala de dança, que assim como as outras, tinha uma parede de vidro transparente, que permita a visibilidade, tanto de dentro pra fora, quanto de fora pra dentro.

Havia um espaço entre as salas de aulas, com um bebedouro e alguns bancos, onde algumas pessoas ficavam para descansar de suas aulas puxadas, ou esperar sua próxima aula.

Estava indo para algum banco, me sentar e disfarçar. Afinal eu não queria parecer um stalker maluco, com a cara na porta de vidro, olhando Lucy dançando la dentro, com aquelas roupinhas coladas de academia

Eu queria observar tudo, sentado, porque eu estava cansado.

Procurei o banco que me desse melhor visibilidade da sala que eu sabia que Lucy estava, e tive o desprazer de notar que já havia um pervertido ali. Mas, eu não deixaria de me sentar ali, só por causa dele, ele que se fodesse.

— Castiel! — ele falou, dando um sorriso falsamente amigável — É bom te ver voltando a ativa, depois daquele seu acidente de moto. — completou, se levantando para apertar minha mão.

Fechei a cara, deixei a mão dele no vácuo, e sentei bem onde ele estava.

— Há que devo o desprazer Dakota? — perguntei, sem a menor vontade.

Ele continuou com o sorriso falso, e recolheu mão que estendeu para mim, disfarçando e passando-a nos cabelos tingidos de loiro.
Dakota era o tipo de pessoa que me deixava estressado, só de saber que ele existe. Falso, cínico, e faz qualquer coisa pra conseguir uma xoxota. Inclusive trair amigos. Sei bem disso, porque ele já aprontou uma comigo.

— Eu não consigo acreditar que você continua puto comigo, depois daquela bobeira de adolescentes no final do colegial. — ele comentou casualmente, sentando-se ao meu lado.
— Chamar um amigo de gay, só pra chamar atenção de uma garota, não é “bobeira de adolescentes”, é coisa de cuzão otário. — respondi, mantendo minha voz baixa.
— Não sabia que sua masculinidade era tão frágil. — ele alfinetou, fazendo cara de inocente.

Eu ri da tentativa patética dele de me deixar puto. Tão previsível.

— Acho que só o fato de eu ter o cabelo comprido, e vermelho, já mostra que eu sou muito seguro sobre a minha masculinidade, e não preciso provar nada a ninguém. — respondi, desviando o olhar da cara feia dele, para ver a aula de Zumba pelo canto do olho.
— Boa resposta. — ele admitiu, e riu rapidamente.

Eu queria que ele fosse pra puta que pariu, e saísse do meu lado.

Graças aos céus, ele ficou de bico fechado, e eu pude observar a aula se seguindo. Já estava no final, mas eu pude ver os últimos quinze minutos de Lucy, fazendo passos coreografados e rebolativos, em frente a espelhos enormes, com um shortinho de lycra preto, e uma blusa cavada lilás.

Assim que a aula acabou, a mulherada começou a sair da sala sorridente e tagarelando entre si. Lucy e Charlotte ficaram lá dentro por poucos minutos, falando com a professora, oque fez elas saírem por último.



Charlotte veio vindo atravessando a sala com parede de vidro na frente, e quando ela acenou para Dakota eu resolvi disfarçar; Lembrei de colocar o capuz do meu moletom ainda meio molhado, pra não dar muito na cara que eu tava ali. Afinal, não existem muitos caras com o cabelo igual o meu.
Me levantei e virei de costas rapidamente indo até o bebedouro para disfarçar. A última coisa que eu queria, era levar um fora, ou um vácuo da Lucy na frente do otário.

— Oi Charms. — ouvi ele cumprimentar Charlotte.

Ridículo como ele coloca apelidos nas garotas pra conseguir intimidade. E mais ridículo ainda, o fato dele conseguir alguma coisa com essa atitude.

— Dake! Quanto tempo. Não te vejo desde aquela noite na boate. — ela respondeu.
— É, sabe como é, eu estive em outras cidades, promovendo novas festas. — ele respondeu, se gabando.

Revirei os olhos comigo mesmo.

— E oque te trás de volta a cidade? — ela perguntou curiosa — Especialmente aqui na academia? — completou, dando uma risada.

Ouvi Lucy se aproximar, e cumprimenta-lo com um educado, porem nada íntimo, “Boa noite”.

— Ah boa noite, gatinha. — ele falou todo cheio de coisas.

Ouvi a risada de Charlotte, mas não ouvi a de Lucy.

— Eu vou indo ta Lotte’? — Lucy falou, e eu quase me virei para ir atrás dela.
— Não. Não vai, eu vim falar com vocês. — Dakota falou, dando uma risada meio nervosa — Especialmente com você Lu. — completou, em um tom que ele deveria achar sexy.
— Já ta tarde, você poderia adiantar a conversa? — Lucy respondeu, meio seca.

Isso soou como uma patada.

— Que amiguinha nervosa você tem, hein Charms?! — ele comentou, dando uma risada pra descontrair.
— Ela ta cansada, só precisa dormir. — Charlotte explicou, meio sem graça.
— Ah, sei, andou festejando muito mocinha? — ele perguntou, divertido.

Tive vontade de vomitar no bebedouro.

— Não. Andei trabalhando. Chefiei o plantão de enfermagem da noite na emergência, pela manhã tive aula, e a tarde terminei um trabalho manuscrito. — ela respondeu, com a voz doce.

Mas eu sabia que aquele tom, era de deboche, só pra deixar ele fraco. Ahá, isso ai Lucy, acaba com ele!

— Ah, você trabalha?! — ele perguntou retoricamente, parecendo subitamente animado — Ah, então não tem problema se eu cobrar pela sua entrada gratuita na G6 mês passado! — completou, completamente malicioso.

Charlotte riu do assanhamento do safado, e eu precisei de muita força de vontade pra não sair do meu cantinho e ir socar a cara dele.

— Você foi o promoter daquela festa? — Lucy perguntou.
— Eu mesmo. — ele respondeu, parecendo satisfeito demais consigo mesmo — Então, como pretende pagar sua dívida? Sai comigo pra um almoço, pra um jantar, ou quer sugerir algo? — completou, no mesmo tom de malicia que antes.

Houve uma pausa. Charlotte riu novamente, e anunciou sua saída, para deixar os ‘dois a sós’. Lucy não retrucou, e deixou a loira sair.

— Então... — ele insistiu.
— Não encosta em mim. — ela falou séria, mas ainda educada — Desculpa pelo mal entendido, eu não sabia que você era o promoter e nem que precisaria pagar, Ambre me disse que era Vip. Mas não tem problema, você me diz o valor, que eu te pago em dinheiro. — ela respondeu.

Houve uma pausa. Ele riu.

— Ah, você tem senso de humor garota. Admiro isso. — ele disse risonho.
— Tem um caixa 24h, aqui em baixo, posso pegar o dinheiro agora mesmo e te pagar, se você me falar o valor que te devo. — ela prosseguiu tranquilamente — Sempre carregou meu cartão de débito comigo, pra caso de alguma emergência, como essa. — ela completou, com a voz séria e firme.

Mais uma pausa. Eu me virei de lado para ver a situação que se seguia pelo canto do olho.
Lucy estava de costas para mim, com seu shortinho colado modelando seus quadris e as pernas. A blusa cavada nas costas, estava acompanhada de um top preto por baixo, a bolsa de academia estava pendurada em seu ombro, e seus cabelos estavam presos em um coque no alto da cabeça, com alguns fios soltos.

Ela mantinha uma postura ereta, e firme, encarando o otário do Dakota.
Ai caralho, isso que é mulher!

— Pera’, você ta falando sério? — ele perguntou ultrajado — Eu só tava brincando! Queria uma desculpa pra te convidar pra sair. — completou, sem graça.
— Eu entendi sua tentativa machista e agressiva de tentar transar comigo, mas não vai rolar. — ela respondeu altiva, e colocou uma mão no quadril — De todo jeito, agora faço questão de te pagar pela minha entrada vip da festa. — completou, firme.

Dakota pareceu desmontar. Ele ficou calado e boquiaberto por alguns segundos. A pele bronzeada da cara dele, estava começando a ficar avermelhada.

Não consegui conter a risada. Eu estava vivo, para ver Dakota Pierro, levar um toco violento daqueles.

Lucy se virou para mim, e me lançou um olhar de descaso, como se não estivesse surpresa por me ver ali.

— Não vai me dizer quanto te devo? — ela insistiu, virando-se para ele sem paciência.
— Gatinha, não quero seu dinheiro. Não preciso dele. — ele respondeu arrogante, com um sorriso presunçoso na cara.

Ela bufou, e saiu andando, deixando ele com cara de taxo sozinho.

— Ei, Lucy, perai’. — chamei, indo atrás dela.

Mas ao passar ao lado de Dakota ele me puxou pelo casaco. Olhei pra ele revoltado.

— Dá pra soltar? — perguntei irritado, olhando pra mão, e depois pra cara de pau dele.
— Você veio ver ela também? — ele perguntou, parecendo confuso.
— Não é da sua conta. — respondi impaciente — Agora solta, antes que você perca os dedos. — completei, quase entre dentes.

Ele riu, debochado, e soltou meu casaco, mostrando as mãos em sinal de paz. Mas eu fiquei, pra ver do que ele tava rindo.

— Qual a graça? — perguntei, irritado.
— Não tenho o menor interesse na enfermeirinha. — ele contou, rolando os olhos — Na real, só vim aqui, porque a Ambre pediu. — completou, torcendo a cara em uma expressão sebosa.
— Ah, e você ta me contando isso só porque é muito bonzinho. — falei debochado — Tu ta é com vergonha, porque levou esse toco monumental. — completei, cheio de sarcasmo.

Dakota passou a mão pelo cabelo da nuca, e sorriu minimamente, parecendo sem graça.

— Tem razão. Eu fiquei sem graça. Nunca levei um fora desses. — confessou, e piscou demoradamente — Mas, a real ironia de tudo isso, é pensar que você crucifica o Nathaniel até hoje, porque segundo você, ele deu em cima da Debrah. E e agora, você pega e faz o mesmo com ele. — ele contou, fazendo uma careta — Acho que isso é oque você chama de hipocrisia. — completou, já saindo fora.

Me adiantei em segurar ele pela barra da camisa, e ele se virou para mim, com uma falsa expressão de surpresa.

— Oque? — perguntei, completamente confuso — Como assim? — perguntei, querendo não acreditar no que meu cérebro me fazia entender em juntar as peças.
— Ah, qualé’, você estuda Contabilidade não é? É do grupo de ‘exatas’, deveria ter um pensamento rápido e racional, pra fazer a ligação. — sorriu, puxando sua camisa da minha mão — A Ambre me pediu pra vir dar em cima da Lucy, pra ver se ela cairia. É tipo um teste de fidelidade, porque a enfermeirinha dos peitões, ta saindo com o Nathaniel. — completou, casualmente.

Eu não quis acreditar, mas de certa forma, até que fazia sentido.
Sai descendo as escadas da academia correndo, pra ver se conseguia alcançar Lucy, e ainda pude ouvir de fundo, Dakota rindo de mim.

Cheguei na rua, e vi que a chuva havia engrossado. Sai correndo, e não precisei de muito para ver um pouco mais a frente, Lucy, abrigada em baixo do toldo de uma farmácia. Ela estava digitando no celular, levemente molhada de chuva; Deve ter se abrigado ali assim que a chuva começou a cair mais forte.

Parei a sua frente, todo encharcado. Ela se assustou por alguns segundos, mas logo voltou a sua postura de me ignorar, e apenas virou de costas, voltando-se para o celular novamente.

— Vai ficar me ignorando até quando? — perguntei, me colocando de frente a ela.

Ela continuou a olhar o celular, sem me responder. Como se eu não estivesse ali. Respirei fundo, e tentei me acalmar. Não adiantaria nada ser rude e começar a falar um monte de merda como da última vez; Eu precisava segurar meus ímpetos, e tentar ter uma conversa descente com ela.

— Sabe que sua atitude ta sendo infantil não sabe? — perguntei tentando ser o mais suave possível, tocando seu ombro de leve.

Ela tirou a minha mão de seu ombro delicadamente, mas firme o suficiente para eu entender que ela não queria que eu a tocasse.
Guardou o celular dentro de sua bolsa, e começou a andar pela chuva, ainda me ignorando.

Fui atrás dela, de baixo daquele aguaceiro, me segurando para não fazer nenhuma idiotice. Ela já tava puta o suficiente, e eu também. Não queria me exaltar ainda mais.

— Lucy! Lucy! — chamei, caminhando ao seu lado na chuva.

Ela estava emburrada, tentando proteger a bolsa o máximo possível da chuva, abraçada com ela. Seus passos eram tão firmes e longos, fazendo-a parecer que estava marchando, no chão molhado.

— Sério, Lucy, você quer que eu implore? — perguntei descontrolado com aquela situação.

Eu não aguentava ser ignorado. Não dava pra viver assim. Eu não tenho nada que eu goste de verdade, e quando acho alguém, ela simplesmente finge que eu não existo!

— Eu prefiro que você me odeie, me xingue, me bata, faça qualquer coisa, mas não me ignora! — pedi, andando meio inclinado pra ela.

Ela me ignorou solenemente, e apertou o passo. Eu parei. Derrotado.
Parei na calçada, em frente a um barzinho meio vazio, no meio da chuva, e fiquei olhando ela andar, pra longe de mim.

Então, ela parou. Dez passos a frente, e ficou lá, de costas pra mim, na chuva, em frente a uma loja fechada.

Corri até ela, só por impulso. Eu estava ofegando, mas não era da corria. Sentia meu peito pesado, e os olhos ardendo. A angustia era tão grande, que dava falta de ar, o embrulho do estomago era absurdo, e eu podia sentir minhas mãos suando, mesmo com a chuva forte.

Parei na frente dela, e antes de poder ver sua expressão, a abracei.
Eu sei que agi por impulso, mas foi isso ai. Lucy ficou paralisada por alguns segundos, e então começou a me empurrar, e tentar me estapear. Eu a apertei ainda mais contra meu corpo, sentindo como ela estava fria devido a chuva. Ela começou a ralhar comigo, com o rosto apertado contra o meu peito,e a voz abafada.

Era muito chato que ela estivesse querendo que eu a soltasse, mas a sensação era boa demais pra eu me afastar.

— Se você não me soltar, vou te morder. — ela ameaçou com a voz abafada, usando as mãos para beslicar minha barriga.

Eu ri da atitude dela, e a soltei. Ela me encarou desconfiada. Com os lábios meio sem cor e trêmulos de frio. Ela me encarou cheia de raiva, quase estapeou minha cara. Mas segurei sua mão no ar, a centímetros do meu rosto. Ela tentou se soltar de mim, mas puxei seu pulso, confesso que sem muita delicadeza, ela bateu com o queixo no meu peito, passei uma mão por sua cintura para mante-la colada em mim, e coloquei sua mão gelada no meu rosto, delicadamente, segurando-a ali.

— Eu to com saudades, Lucy. — falei, fechando os olhos rapidamente para sentir seu toque.
— Você é doido! — ela falou com a voz meio histérica e entrecortada, me fazendo abrir os olhos — Você ta me segurando aqui a força! — completou, com a voz elevada.
— Isso não quer dizer que você não queira estar aqui. — garanti, soltando seu pulso, só para segurar sua nuca e fazê-la continuar olhando para mim — Lucy, eu preciso que você me diga, se você ta com o Nathaniel. — falei direto, olhando-a nos olhos.

Ela pareceu ainda mais desconfortável com a nossa proximidade, e se bateu tentando se soltar, sem me responder. A apertei ainda mais contra mim, e a levei ( lê-se arrastei ) até a parede da loja fechada, prensado-a ali. O impacto de quando suas costas bateu na parede, a fez arfar, e ela me lançou um olhar meio chocado.

— Desculpa. — pedi, tentando um sorriso — As vezes sou meio sem jeito. — confessei.
— As vezes, não, sempre! — ela vociferou, irritada.

Mas pelo menos havia desistido de se debater. Me poupava esforço.

— Você não respondeu oque eu perguntei. — insisti, tentando usar um tom suave, para não repeli-la.
— Por que eu não tenho obrigação de responder. — ela rebateu no mesmo segundo, parecendo transtornada — Eu não te devo satisfação Castiel. Você é desorientado, e precisa de tratamento psiquiátrico, essa sua atitude... — ela começou a falar, e eu parei de ouvir.

Me concentrei no som da chuva, e em como nossos corpos pareciam em sintonia tão perto; A figura dela molhada, o rosto irritado, os lábios tremendo levemente de frio enquanto falava...

— Cala boca. — verbalizei meu pensamento sem querer.

Ela franziu o cenho, realmente perplexa, e paralisou completamente. Aproveitei do momento para beija-la.

Seus lábios estavam gelados, mas seu hálito era convidativamente quente. Coloquei o joelho entre suas pernas, sentindo o calor dela na minha perna, e mordi seu lábio para ela dar passagem ao beijo. Ela parecia relutante, mas quando deslizei as mãos por seus braços, e os levantei a cima de sua cabeça, prendendo-os na parede com uma das mãos, e desci a outra por sua cintura, era resolveu parar de tentar se afastar, e retribuiu.

Senti todo o mundo desaparecer enquanto nos beijávamos. Seu corpo começou a esquentar rapidamente em minhas mãos, e coloquei a mão por dentro de sua camisa apertando seu quadril, fazendo-a arfar entre no beijo. Aproveitei para descer com a língua em seu pescoço, sentindo o sabor de sua pele com a água a da chuva. Cheguei até o colo, onde já começava o volume do seio, desci mais o rosto e mordi o seio esquerdo por cima da roupa, ela arfou novamente, um pouco mais alto.

— Castiel... Estamos, na rua. — ela sussurrou, com a voz doce e suave.

Eu já estava excitado, e ouvir sua voz arfando, não ajudava muito.

Olhei para ela, ainda prendendo seus braços para cima. Ela me encarou parecendo confusa, e visivelmente excitada. Aqueles lábios, aquele olhar de deleite, aquela expressão, aquela voz... Era tudo meu, só podia ser meu. Ninguém mais poderia provar, eu ficava com raiva só de pensar que alguém a tinha.

— Você ta ficando com o Nathaniel? — insisti, com a voz meio rouca.

Ela piscou atordoada, e a apertei mais contra mim. Não havia espaço para nada entre nós.

— Responde, Lucy. — pedi, apavorado pela demora de sua resposta. — Por favor... — insisti, me sentindo derrotado, enfiando o rosto na curvatura de seu pescoço.

Houve um pausa. Soltei seus braços, e apenas a segurei pela cintura.
Ela ficou alguns segundos com os braços longe de mim, mas logo senti a ponta de seus dedos na minha nuca, e o calor de seus braços ao meu redor.

— Não Castiel, eu não to ficando com o Nathaniel. — ela respondeu parecendo cansada — E nem com ninguém. — completou, em um sussurro.

Respirei aliviado, pensando que eu havia caído em um veneno de Dakota, mas ela voltou a falar.

— Ele tem tentado se aproximar mais de mim nesses últimos dias, e a Ambre anda botando pilha, mas... Eu não to afim. — confessou, no mesmo tom cansado e baixo que antes.

Tirei o rosto de seu pescoço, só o suficiente para ver seus olhos, sem me afastar muito. Não queria dar a chance dela sair correndo.

— Me desculpa pelo surto daquele dia no shopping... — comecei, e ela desviou o olhar — Não, não, olha pra mim. — pedi.

Ela não olhou, e eu soltei uma mão de sua cintura para puxar seu queixo para cima, afim de fazê-la me olhar.

— E desculpa por agora pouco também, tá? — pedi, e ela mordeu o lábio inferior, com o olhar rancoroso para cima de mim — Eu detesto agir assim com você, mas o Dakota me disse que você tava saindo com o babaca do Nathaniel e eu... Surtei. — confessei, soltando seu rosto.

Ela suspirou, e passou a ponta dos dedos pelo meu pescoço, parecendo distraída.

— Você é instável Castiel, isso me assusta. — ela confessou, amargamente. — Não consigo me sentir segura perto de você, não sei quando você vai fazer alguma loucura. — completou, me olhando de baixo pra cima.

Eu assenti. Ela estava certa. Eu era completamente instável, e desorientado.

— Sei que sou descontrolado, mas isso é só com você. — falei sem pensar, passando as mãos por suas pernas — Você me deixa assim, você me deixam sem rumo, sem controle de nada. — completei, passando os lábios pelo seu queixo.

Senti ela se arrepiar lentamente com meus toques, e me senti satisfeito. Ela era tão vulnerável a mim, quanto eu era a ela.

— Isso não é saudável, e você sabe. — ela sussurrou, puxando meu rosto para ela.

Nos encaramos. Eu quis falar alguma coisa, mas eu sabia que ela estava certa.

— Oque você sugere? Oque você quer que eu faça? — perguntei, alarmado, com receio de sua resposta.
— Só me solta. — ela disse suavemente, e deslizou a mão para meu pescoço.
— Não. — respondi imediatamente.

Ela revirou os olhos.

— Eu to cansada, preciso dormir. Podemos conversar outro dia. — ela garantiu casualmente — Agora me solta, você ralou meus braços e provavelmente fez hematomas no meu pulso e nas minhas pernas. — ela falou seriamente, e eu a soltei rapidamente.

Ela olhou os pulsos rapidamente, ajeitou a blusa, o shorts e a bolsa. Respirou fundo, e piscou.

— Vamos com calma ta legal? — falou, e tomou fôlego — Devagar, sem exageros, sem loucuras, e sem envolver terceiros. — completou, firme.

Pensei em relutar, mas ela apenas saiu andando e atravessou a rua.
Então percebi que o carro de Rosalya, a estava esperando ali. Provavelmente ela pediu para a amiga ir busca-la devido a chuva, e ela ficou ali esperando assistindo.

Rosalya abriu a janela do carro, e olhou para mim perplexa lá de dentro. Sorri para ela, e acenei confortável. Eu estava verdadeiramente feliz com a resposta de Lucy.
Eu não me importava em nada que Rosalya havia visto alguma coisa, eu queria dormir e acordar um novo dia, sabendo que Lucy, agora era minha.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO! ATENÇÃO!

Queria avisar que quem não lê a lembrança no início dos capítulos, vai ficar perdido e confuso, as lembranças são de suma importância.

Aew aew, estão gostando do rumo das coisas? KKK Castiel é meio doido, adoro kkkkkk Reviews?



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