H.I.D.H.Y. — Honestly I Don't Hate You escrita por Mily Nyan


Capítulo 10
Filler I- Sakura Chiyo


Notas iniciais do capítulo

Hai hai Nyah!
Estavam com saudades? Eu estava, espero que não tenham me abandonado. ç.ç
Mais uma vez me desculpem pela demora, mas agora arrumei um jeito de escrever sem que a preguiça me pegue. Sabem como?
Estou usando o gravador de voz do celular para escrever, o lado ruim e que ele escreve muita coisa errada e depois fica difícil corrigir tudo. T.T
Então se virem algum erro me falem ok?
Bom, como devem tem percebido no título esse não é um capítulo normal, mas sim um filler. Esse capítulo era para falar só da vida da Chiyo, mas acabei falando da Mio e Yui também.
Ah! A historia narrada aqui acontece entre o capítulo 5 e 6 da fic.
Acho que ficou um pouco grande, mas espero que gostem.
Aproveitem a leitura!



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Acordei com a forte luz do sol batendo em meus olhos impedindo que eu visse algo mais que um clarão.

— Mio! Eu não disse que queria dormir até tarde hoje? — disse enquanto cobria meu rosto com os cobertores, a única coisa que eu queria era voltar a dormir.

Minha colega de quarto não parecia estar por perto, mas eu podia ouvir o som do chuveiro ligado. Virei para o lado oposto às janelas e tentei dormir novamente, mas antes que conseguisse dormir ouvi meu celular tocando debaixo do travesseiro. Ele tocou tão alto que levantei em um pulo. Pensei em ignorar o toque, mas vi que era o meu pai, eu precisava atender, já estava morrendo de saudades.

Meu pai e eu somos inseparáveis, nunca tinha ficado um dia sem vê-lo, mas agora comigo estudando em outra cidade já tem quase um mês que não o vejo.

“Bom dia papai!” disse animada ao telefone.

“Bom dia meu anjo, estava dormindo?” Pela voz percebi que ele estava feliz e isso me deixou aliviada.

“Não, eu não estava dormindo, acabei de acordar. Como o senhor está?”

“Eu estou muito bem, obrigado filha. E você? Como Está? Está se alimentando direito?” Agora a voz dele parecia aflita e cheia de preocupação.

“Também estou muito bem e sim estou me alimentando certinho, não precisa perguntar a mesma coisa todos os dias.”

“Você virá para casa neste fim de semana?” Ele queria que eu fosse para casa visto que eu iria ficar três dias sem aula por causa de um feriado prolongado começando por hoje.

“Papai…” comecei choramingando, “eu já te disse que não posso ir para casa hoje, prometi a Mio que iria com ela para a cidade dela e você já tinha deixado não pode mudar de ideia agora.”

“Mas filha, eu estou com saudades, não te vejo a quase um mês, todos aqui em casa estamos te esperando ansiosos.” Ele insistia e eu tentava resistir ao máximo visto que eu também queria vê-lo, mas não podia furar com a Mio.

“Papai, só porque fiz uma amiga não vou te abandonar e não se preocupe semana que vem eu vou te visitar, tudo bem?”

“Esta bem então meu anjo, mas eu quero que você traga essa sua amiga, quero conhecê-la.”

“Sério que quer que eu leve a Mio?? Muito obrigada papai. Eu te amo muito! Beijos! Bye!”

Desliguei o celular no mesmo momento que a Mio saiu do banheiro, primeiro fiquei sorrindo de orelha a orelha enquanto a encarava, mas logo depois me lembrei de que horas eram.

— Estou atrasada! Vamos perder o trem! — disse enquanto saia em disparada para o banheiro para tomar banho.

Chegamos à estação atrasadas por minha causa e perdemos o primeiro trem, quando próximo trem chegou fiquei maravilhada, nunca havia andado de trem antes, afinal sempre que queríamos sair, meu pai e eu, nós usávamos o Jatinho. Achei a experiência tão interessante que não conseguia parar de sorrir. A viagem demorou horas, mas como estava na companhia de Mio não consegui ficar entediada, nos divertimos muito conversando e contando mais de nossas histórias. A paisagem que se vê através das janelas do trem é maravilhosa! Vimos as montanhas, as praias e tudo mais que passava tão rápido na frente dos nossos olhos que mal conseguimos acompanhar, mas mesmo assim conseguimos aproveitar um pouco da beleza da natureza.

Chegamos à cidade de Mio muitas horas depois, lá pelo fim da tarde, claro que isso foi por minha culpa fui eu que me atrasei e por isso perdemos o trem. Tivemos que andar mais um pouco até chegar a casa dela. Era uma casa simples, mas me pareceu muito aconchegante como se eu me sentisse em minha própria casa.

Mio entrou correndo dentro de casa gritando pela mãe o que fez eu me sentir emocionalmente instável, afinal nunca conheci a minha mãe, ou melhor, não me lembro dela. A mãe de Mio apareceu de repente de um cômodo, secando as mãos em um avental que estava preso em sua cintura e nos cumprimentou abraçou Mio e as duas começaram a chorar, talvez pela saudade, aí me lembrei do meu pai e quanto tempo faz que não o vejo. Fiquei emocionada, triste por não ter uma mãe e feliz por ver que minha amiga estava tão bem.

Depois de guardar nossas coisas “jogar em um canto da sala” Mio saiu correndo pela porta enquanto eu fiquei esperando falando com a mãe dela, não se passou nem dois minutos ela estava de volta acompanhada de uma garota que pelo que me lembro deveria ser a Yui. Eu já havia falado com ela junto com a Mio por chamada de vídeo e por telefonemas, já a considerava minha amiga. Nem precisei dizer quem era e ela já correu em minha direção e me abraçou, nós nos cumprimentamos e sorrimos. Yui era simpática e divertida, ela tem cabelos longo castanho claro, olhos cor de mel e baixinha assim como eu, mas infelizmente ela ainda era poucos centímetros mais alta que eu.

A mãe de Mio que já havia preparado várias coisas para nós, preparou uma mesa para nós jantarmos com várias coisas deliciosas, muitas coisas que eu nunca tinha provado antes. Quando estávamos nos sentando para comer apareceu uma criança correndo gritando pela Mio, era um pequeno garoto com cabelos escuros, olhos castanhos claros da cor dos olhos da Mio, parecia ter cinco anos. Ele pulou no pescoço da Mio e a abraçou chorando e gritando que estava com saudades, devia ser o irmão que ela me falou, acho que se chama Yoru. Ele me cumprimentou de longe, envergonhado, roubou alguns pãezinhos que estavam na mesa e depois voltou para o colo da Mio enquanto contava sobre suas aventuras na escola.

Depois de comer fomos para o quarto de Mio, ele era pequeno talvez menos que a metade do meu quarto, mas parecia muito aconchegante. Por todos os lados tem quadros com desenhos infantis, uma parede com painel enorme de fotos da Mio e da Yui e mais algumas crianças que eu nunca conheci, deve ser tão bom ter boas lembranças divertidas da infância para poder lembrar sempre. É claro que tenho fotos da viagens que fui com meu pai, mas essa experiência de ter amigos foi algo que eu nunca conheci, nunca experimentei antes de ter conhecido a Mio.

Nós estendemos três futons no chão e depois pegamos várias guloseimas, nós três estávamos nos divertindo, Yui contava sobre escola nova e em como sentia saudades de Mio e depois Mio e eu contávamos como era estar no nosso colégio. Depois Yui trouxe alguns jogos da casa dela e nós brincamos, nós três e o pequeno irmão da Mio, enquanto a mãe dela, sentada na cama, nos observava e dizia se divertir apenas de ver a filha feliz e segura em casa. Depois de cansar tanto fomos dormir lá pelas três ou quatro da manhã. O dia seguinte iria prometer novas aventuras e novas experiências para mim.

A vida da Yui e Mio sempre foi muito diferente da minha, percebi que ela cresceu num ambiente repleto de amor, muitos amigos, uma mamãe e o irmão que a amavam. Claro que recebi muito amor do meu pai, nós dois sempre fomos bons amigos, ele sempre foi meu melhor amigo, mas a minha vida sempre foi muito diferente. Sempre disseram que meu pai era um monstro terrível por não me deixar sair, ter amigos, ter a vida de uma criança ou adolescente normal, mas eu entendo o lado dele, eu sei por que ele fez tudo isso para mim, sei que foi para me proteger e para impedir que acontecesse comigo o mesmo que aconteceu com a mulher que ele amou, a minha mãe. Minha mãe morreu quando eu tinha apenas dois anos, depois de um atentado que ela sofreu por me proteger dos inimigos da família, pessoas sem uma gota amor no coração, apenas queriam fazer sofrer pessoas que nunca fizeram mal a ninguém. Ela morreu em um acidente terrível, enquanto eu sofri apenas alguns machucados leves. Depois disso meu pai se fechou para o mundo para me proteger. Eu não me lembro como ela era, nem lembro como era seu abraço ou o seu carinho, não lembro como é ter uma mãe que cuida e ama seus filhos, por isso me emocionei tanto quando vi a Mio com a mãe dela e o bom relacionamento que elas têm.

No dia seguinte nós três saímos para nos divertir, a cidade de era bem pequena e todo mundo parecia se conhecer, por onde passávamos todos cumprimentavam a Mio e diziam ter sentido saudades. As meninas me levaram para o pequeno riacho que havia próximo ao final da cidade, nos divertimos pulando na água, nadando e jogando. Esse será um dia que nunca vou esquecer-me durante a minha vida! Mio me contava como as crianças da cidade brincavam todas juntas e o quanto se divertiam com as brincadeiras mais simples. A única coisa que eu conheci de diversão são os jogos de videogame e de computador. Mas também, estudando dentro de casa sem conhecer o mundo além da própria família e os empregados, talvez por isso me sinto tão sozinha, ou melhor, me sentia, não sinto mais pois agora tenho amigos e pessoas que me querem, pessoas que me mostraram que esse mundo é maravilhoso, que existe muitas coisas boas além do que, eu sempre achei que o mundo estava repleto de maldade, assim como meu pai me dizia das coisas que aconteceram comigo quando eu era pequena.

Mas agora eu sei que existe o lado bom da vida! E é isso o que minhas novas amizades estão me ensinando, eu posso ser feliz sim e sempre terei ao meu lado pessoas que nunca me abandonarão.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
espero que não tenham achado a leitura enjoativa. ç.ç
Gostariam de ver outro filler?
De quem?
Pensei em fazer um da Kin ou do Haru.
Gostaria da opinião de vocês.
Mas uma coisinha, espero não estar pedindo muito...
Se vocês curtem a historia, gostaria que divulgassem ela para seus amigos e pessoas que talvez possam gostar, recomendem, e para vocês que nunca se manifestaram, gostariam que pelo menos passassem para me dar um "oi". Eu e a galera de HIDHY ficaríamos muito felizes!
Até a próxima!



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