Surge Uma Vingadora escrita por Helem Hoster


Capítulo 5
Almoço


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas passei a semana atolada nos trabalhos da escola. Agora que consegui um tempinho, aproveitei pra postar mais um. Espero que gostem. bjs amores♥
Boa leitura♥



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Lena e Banner passaram a manhã no laboratório trabalhando no algoritmo. Na hora do almoço...

– Por que não vai comer alguma coisa? – Banner aconselhou.

– Vai ficar bem aqui? – Lena sentada na mesa o olhou através da tela transparente do computador trabalhando nos códigos do algoritmo.

– Vou. Eu dou conta. – Banner falou.

– O que quer que eu traga? – Lena perguntou.

– Traga o quê? – Banner ficou confuso.

– Hey! Essa pergunta é minha! - Lena brincou parecendo séria. Banner deu um pequeno sorriso.- O que quer que eu traga pra você comer?

– Hã, nada, obrigado. – ele deu ar de riso.

– Se não me disser eu trago tudo o que tiverem lá e faço você ou o outro cara comer. Você escolhe. – Lena cruzou os braços. Banner suspirou.

– Seria bom um sanduíche de atum. – Banner comentou. Lena fez cara de nojo.

– Tá de dieta, senhorita? – Lena zombou.- Não, vou te trazer um hambúrguer com uma porção de fritas e um copo de refrigerante. – Lena declarou afastando o computador e descendo da mesa. Banner riu. Ela não tinha medo de falar com ele, e nem se preocupava em medir palavras por medo de irritá-lo. Ela fazia piada com isso. E o divertia.

Lena saiu do laboratório e perambulou pela nave. Chegou à ponte e encontrou Ben jogando Gálaga.

– Hey! Seu nerd, vamos comer alguma coisa? – Lena chamou se apoiando na mesa dele.

– Agora não dá, Lena. Eu tô quase fechando essa fase! – Ben retrucou sem desviar os olhos do computador.

– Você não deveria estar checando as turbinas ou algo assim? – Lena franziu o cenho.

– Não. – Ben falou tranquilo. – Está tudo bem. Se tiver algum problema o computador avisa. Tá sussa.

– Tá. Mas vamos comer alguma coisa! Eu tô com fome! – Lena reclamou sacudindo a cadeira em que ele estava sentado.

– Hey! Pare! Aqui, ó. Toma. – ele deu a ela meia barra de chocolate que ele não tinha terminado. Ele bufou e tacou o chocolate na cabeça dele. – Ahai! – ele reclamou.

– Vamos, Ben! Por favooor! – ela insistiu.

– Carter. – ouviram Natasha chamar. Os dois olharam.

– Agente Romanoff, poderia levar sua amiga pro refeitório? – Ben pediu. Natasha deu de ombros.

– Chato! – Lena empurrou de leve sua cadeira. Mesmo assim a moveu do lugar. Ben bufou e deslizou de volta pra onde estava. Lena saiu da ponte junto com Natasha.

– Continue o provocando assim e vai arrumar confusão com a Hill. – Natasha comentou.

– O que foi, heim? – Lena bufou.

– Ainda está chateada comigo. – Natasha concluiu. – Que patético.

– Patéticos são vocês. Ficam condenando o mundo e deixam o futuro da humanidade nas mãos de um punhado de esquisitões. Criaturas perdidas. Estava cada um em seu canto. E vocês tinham que mexer com o que não devem. – Lena retrucou.

– Deixe de ser criança. Você não tem mais 15 anos. Pare de birra. Apenas faça o que te mandam, e depois pode ir pra casa. – Natasha rosnou.

– Claro. Agora eu sou só um chiclete que vocês mascam e depois cospem fora! – Lena resmungou.

– Quer achar o caminho pro refeitório sozinha? – Natasha perguntou.

– Eu queria não ter que estar a caminho do refeitório de vocês. Eu nem queria estar aqui.- Lena comentou. Elas entraram no refeitório. Era espaçoso.

– Basta dizer “obrigado”. – Natasha falou rumando pra fora do refeitório.

– Obrigada. – Lena resmungou a seguindo.

– Ah! Lena. – Natasha chamou. Lena a olhou. – Larga mão de ser chata.

Lena deu um pequeno sorriso segurando uma risada.

– Está bem, Frankie. – ela falou divertida. Lena entrou na fila e pegou seu almoço e o de Banner. Voltou pro laboratório.

– Ah! Oi. – Banner sorriu.

– Alguma novidade? – Lena perguntou deixando o almoço dele na mesa.

– Bom, parece que os espectrômetros que precisamos, estão calibrados, e alinhados. – Banner falou animado.

– Bom, isso é uma boa notícia, doutor. – Lena sorriu.

– Por que não tira o dia de folga? Já me ajudou bastante. – Banner falou.

– Quer se livrar de mim, doutor? – Lena brincou.

– Nã... não, não. De jeito nenhum. Só... achei que poderia estar cansada. – ele gaguejou sem jeito.

– Relaxa, Banner. Tô brincando. – Lena o cutucou bem humorada. Ele riu aliviado.

– Vai descansar um pouco. – ele falou. – Se eu precisar de você, eu te chamo. – ele a dispensou.

– Tem certeza? – ela perguntou.

– Tenho. Vou ficar bem. Prometo não fazer uma bomba nuclear, enquanto você estiver longe. – ele brincou ao se lembrar da conversa que tiveram durante a viajem. Ela o olhou desconfiada.- Vaza garota. Vai dormir. Preciso que esteja bem disposta mais tarde.

– Está bem. Vou descansar um pouco, mas eu volto. – ela falou pegando seu almoço e saindo do laboratório. Chegou no refeitório e avistou Natasha sentada numa mesa num canto isolado. Ela fitava a comida como se estivesse perdida em pensamentos. Lena se aproximou e se sentou na frente dela a assustando. – O que foi?

– Nada. – Natasha respondeu tranquilamente. – E aí? Se sente realizada? – Natasha perguntou se apoiando na mesa.

– Pelo quê? Por ter a oportunidade de trabalhar com um dos caras que eu mais admiro no mundo da ciência? - Lena brincou pegando seu sanduiche. – Eu poderia dizer que me sinto nas nuvens, mas advinha! Eu estou nelas. Literalmente. – ela deu uma boa mordida no seu hambúrguer.

– Sei que está chateada comigo. Mas eu só seguia ordens. – Natasha falou tranquilamente.

– Você sabe que isso não te defende, né? – Lena a olhou divertida.

– Eu não disse “Em minha defesa”. Disse? – Natasha sorriu.

– Não de fato. – Lena sorriu divertida. – Estava pensando no quê?

– Pensando? Por que acha que eu estava pensando? – Natasha perguntou.

– Porque você estava com cara de nada, sem um ponto fixo, e se assustou quando eu cheguei. Então, ou tá devendo pra alguém, ou estava pensando. – Lena deu de ombros.

– É. Eu estava pensando sim. Algum problema com isso? – Natasha questionou.

– Bem que eu senti um cheirinho de fumaça quando cheguei. Não pense, Romanoff. Pode ser perigoso, sabe, queimar sua maça cinzenta. – Lena brincou.

– Olhe o respeito. Você pode ser de maior, e inteligente, mas eu ainda sou mais velha e mais experiente. E entendo sarcasmo melhor do que ninguém. – Natasha falou séria.

– Falou tia. O que vem agora? – Lena perguntou terminando de comer e tomando seu refrigerante.

– Como assim, o que vem agora? – Natasha franziu o cenho.

– É, avançamos no programa, então, tenho o resto da tarde livre. O que vamos fazer? – Lena perguntou terminando seu refrigerante.

– Você não dá a mínima pro seu peso, né? – Natasha perguntou surpresa com a quantidade de comida ingerida por Lena.

– Ciência me dá fome. – Lena deu de ombros. – Eu não engordo mesmo.

– Ah! É. Esqueci desse detalhe. – Natasha comentou desviando o olhar.

– Logo você? Que também perdeu a capacidade de engordar? Você come salada de fresca. Sabe que não precisa. – Lena falou divertida.

– Está bem, “de maior”. Não enche. – Natasha se levantou. Lena a seguiu.

– Pode me mostrar meu quarto, Nat? – Lena pediu.

–“Natasha”. – Natasha corrigiu.

– Seu nome é muito longo. – Lena sorriu.

– Sim, eu posso te mostrar nosso quarto. – Natasha resmungou.

– “Nosso”?

– Algum problema em dividir o alojamento comigo?- Natasha perguntou.

– Nenhum. De forma alguma, mentora. – Lena ergueu as mãos em sinal de rendição. – Se Clint estivesse aqui, diria que isso não vai dar certo. – ela riu. Natasha não respondeu. – Desculpe. – Lena pediu temendo ter pegado pesado.

– Tudo bem. É o que ele diria mesmo. –Natasha sorriu disfarçadamente. Lena fungou. Natasha a guiou pelos andares até chegarem num andar com muitas portas. Elas entraram na última porta do corredor.

– Não devíamos ficar nos quartos da frente? – Lena perguntou enquanto Natasha destrancava a porta.

– É o regulamento, mas os quartos são reservados conforme a escolha dos superiores. – Natasha deu de ombros abrindo a porta. – Mas pelo menos ficamos com o maior quarto do corredor.

Lena riu entrando, e Romanoff ascendeu a luz. Era de fato bem espaçoso. Tinham duas camas, cada uma com uma prateleirinha de metal como criado mudo, e uma luminária em cima com um despertador digital. Tinha closet, banheiro, e armário.

– Meio simples pro nível SHIELD, né? – Lena cruzou os braços.

– Você não se cansa de nos questionar, né? Se não está do seu agrado, talvez prefira dormir num dos Quinjets de novo. – Natasha retrucou tirando a jaqueta.

– Tudo bem. Vai ser divertido. – Lena falou bem humorada. Natasha deu ar de riso rumando pro closet.

– Qual o seu problema com o Fury, afinal? – Natasha perguntou.

– Ele me colocou nessa roubada. Não aceita “não” como resposta. Sempre escondendo o jogo. Sempre tramando alguma coisa. Achando que suas maquinações vão passar despercebidas. E ele sabe que não consegue me enganar. Mas continua insistindo. Diz que precisa de mim, mas vai ser temporário. Logo serei mais uma ferramenta que ele usa quando dá na telha, quando ELE precisa. Não se importa com quem sofre as consequências dos planos dele. – Lena falou se encostando na parede.

– É por causa do Daniel? – Natasha perguntou.

– O Dani foi só mais uma vítima. Agora, o mundo está sofrendo as consequências por causa um líder que tomou as piores decisões que poderia tomar. Então, o que o torna diferente dos agentes da KGB? – Lena perguntou. Natasha pareceu pensativa.

– Ele sabe que você não gosta dele. Mas não dá a mínima pra isso. – Natasha comentou saindo do closet.

– Eu sei. Mas ele não vai me fazer mudar de ideia. Não importa o que faça. – Lena a olhou e notou que ela estava de uniforme. – Uniforme novo?

– Como sabe?

– É num tom mais escuro, e o antigo não tinha salto. – Lena respondeu.

– Não. Como sabe que ele vai tentar te convencer a mudar de ideia? – Natasha explicou.

– Apesar de ter convivido com ele só um mês, eu conheço um narcisista quando vejo um. E ele é egocêntrico, egoísta, e astuto. Ele não vai desistir enquanto não conseguir o que quer. – Lena respondeu. Natasha deu ar de riso.

– Sabe de nada. Acredite, você ainda não viu o narcisista nível hard. – Natasha falou rumando pra porta. Lena ergueu as sobrancelhas. – Venha. Vamos treinar um pouco. Quero ver se não perdeu a manha.

– Ok. – Lena desencostou da parede a seguindo.


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Notas finais do capítulo

Nossa, que clima. Que coisa Lena! Deixa de ser chata! kkkk
Espero que tenham gostado amores. bjs e não esuqeçam de comentar. Por favor. seus comentários são importantes. bjs amo vocês.♥♥ Happy Valentine's day for all!!♥♥