Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEEEEEEI *-*
Meu filhote passou pela transfusão de HD hoje, assim que recebi comecei a escrever esse cap, ficou pequeno, mas já demorei demais :3
Muito obrigada pelas recomendações, agradeço de coração. Os comentários :3 tão fofos, a cada um que eu recebia ficava mais otimista em relação a fic e ao pc *-* vocês são as melhores.
Avisando que vem fic nova e atualizações mais frequentes que antes *-* estou morrendo de saudade de vocês meus amores *-*
Espero que gostem e... antes que eu me esqueça::
Thai, vai fazer quase um mês de atraso, mas feliz aniversário, que você tenha muitos e muitos anos de vida cheios de boys magia haha



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Dois dias depois da partida.

O som quase inaudível dos carros na rua invadia o apartamento de Vicente, se o total silencio não estivesse presente, ele não conseguiria distinguir o tamanho de cada veículo que passava debaixo de sua janela. Dias atrás esse silencio estaria sendo preenchido pela risada encantadora de Pamela, sua doce voz cantarolando logo cedo, as promessas que faziam juntos como se fossem invencíveis, só eles contra o mundo. A dor em seu peito parecia não ter data para partir, em todos os cantos que olhava podia ver sua menina sorrindo e chamando seu nome de jeito manhoso, o jeito que só ela tinha. Era insuportável ouvir o telefone tocar e ouvir as mensagens que seus amigos deixavam, pareciam realmente preocupados, mas que se danem nenhum deles traria sua Pamela de volta, nem mesmo Camila.

Três batidas leves soaram à porta, Vicente não se moveu, sequer pensou nisso, não estava a fim de falar com ninguém, nem ver.

Estava sentado entra as várias almofadas que a sua irmã fazia questão de ter espalhadas pela sala, uma boa forma de mantê-la viva por ali. Um pouco masoquista da parte dele. Não se importava com a bagunça e nem com a aparência desleixada dele, o cabelo bagunçado, a barba por fazer e as roupas desalinhadas, pra que ficar bonito se ela não o veria?

Eu sou um covarde – pensou passando a mão pesada no rosto.

Foi a vez de o telefone tocar, parecia muito mais alto quando não havia barulho. Respirou fundo apertando os olhos, sentindo-se incomodado com aquilo, se deu conta do quão estúpido estava sendo, não podia se afastar de tudo num momento como esse, seu pai aparecia e levava o amor de sua vida, enquanto isso ele ficava jogado dentro de casa como um mendigo?

Uma vez ele disse que se a perdesse, o apartamento seria sua cripta, e realmente seria, depois que ele lutasse por ela até o ultimo suspiro, é claro.

[...]

Deprimida. Era assim que a garota estava desde que tudo aconteceu, num momento estava beijando-o, compartilhando com Vicente todo aquele amor que sentia, a saudade que sentiu naqueles minutos em que ele ficou fora, nada que fizessem separaria os dois, até que seu pai apareceu. Seu mundo ruiu em questão de segundos.

Dois dias chorando e se perguntando por que tudo tinha que se complicar justo naquele momento, estavam tão felizes, tão intocáveis naquele apartamento que acabaram esquecendo-se do que podia acontecer.

— Pamela, posso entrar? – ela ergueu os olhos para a porta.

Estava deitava entre várias cobertas e travesseiros, era mais aconchegante, e assim não pensaria muito em Vicente, evitaria mais sofrimento. Tentou ligar para ele durante um dia inteiro, não dava nada, só caía na caixa, tinha certeza de que estava arrasado, sentia sua falta tanto quanto ela sentia a dele. Queria poder voar para seus braços novamente, sentir o calor de seus braços ao redor de seus ombros, sentir-se amada novamente.

— Sim – respondeu ajeitando-se no colchão e limpando as lágrimas.

Carla entrou apoiando-se na porta por alguns segundos, ficou ali analisando a menina de rosto inchado fitando-a de volta. Encostou-a aproximando-se dela com o típico sorriso materno que Pamela conhecera nesse momento ruim em que estava.

— Você não vai jantar com o seu pai?

Ela desviou o olhar para a janela aberta.

— Quero ficar bem longe dele – murmurou – Carla, ele não pode me afastar do Vicente dessa maneira.

— Você sabe que ele pode. Pamela, isso é incesto, é errado, crime e pecado – disse tentando manter o tom sério, coisa que ela nunca conseguiu com a menina, sempre falava de modo mais doce.

— Qual é o crime em amar alguém? – alterou-se.

— Isso não é amor, você está apenas enfeitiçada pelo seu irmão, porque convenhamos, é muito atraente, mas infelizmente ele está usando isso para abusar-

— Vicente não abusa de mim! Mas que droga, vocês não ouviram uma palavra do que eu disse durante esses dois dias?

A mulher fechou os olhos sentando-se no colchão.

— Isso vai passar, acredite em mim querida – Pamela mordeu o lábio afastando a vontade de chorar, não era hora para aquilo – um dia você vai acordar e perceber com tudo foi uma grande besteira, vai olhar para o Vicente e vai enxergar apenas o seu irmão, porque é isso que ele é.

— Então me deixem descobrir ao lado dele, por favor – as lágrimas venceram – eu não agüento mais ficar longe dele, pelo menos um instante como Vicente, é tudo o que eu peço.

— Oh Pamela – ela afagou seu rosto sentindo pena da menina, não merecia estar passando por isso e no fundo sabia que ela realmente se apaixonara pelo irmão, mas não acreditava que ele sentia o mesmo.

Pamela voltou a afundar nos lençóis puxando-os para cobrir seu rosto e abafar os soluços. Era demais para ela, seu pai lhe tomara até o celular, não deixava que saísse de casa e nem atender ao telefone, era um castigo que ele pensava estar aplicando numa garotinha que não conhece os próprios atos.

Sua madrasta se levantou pesarosa, tentou conversar com Sérgio quando tudo aconteceu, mas o homem era irredutível, não parava de repetir o quão nojento era esse tipo de relação entre dois irmãos, de nada adiantava ficar batendo na mesma tecla enquanto ele estivesse irritado, precisava deixar a poeira baixar para explicar que afastá-la tão bruscamente só pioraria as coisas, e nesse meio tempo tentaria fazer a menina perceber que de nada adiantaria essa paixão, que era coisa passageira.

Isso era o que Carla pensava.

Vicente apanhou o celular encima da mesa de centro e voltou para o sofá, ao seu lado tinha um sanduíche e uma caixinha de suco, procurou algum numero em sua agenda, alguém que pudesse ajudá-lo com poucas informações, e já sabia quem seria essa pessoa.

Esperava que ela lhe atendesse logo, mas pela terceira chamada ele começou a perder as esperanças, ela devia estar muito irritada.

Eu devia te dar um gelo do tamanho da Antártida – Camila gritou do outro lado – e diga para aquela sua coisa pequena de olhos exagerados que ela não e mais a minha amiga. Qual o problema de vocês? Estou ligando há dois dias, dois dias!

Ele respirou fundo voltando a morder o lanche enquanto a garota gritava suas frustrações e ameaças direcionadas aos dois, queria poder rir, achar graça em alguma coisa desde a partida da menina, em outra ocasião ele estaria engasgando-se com os gritos da amiga.

— Posso falar agora? – pediu limpando a boca com as costas da mão.

Não, você não pode. Não quero saber dos seus problemas com a Pamela, morra com aquela traíra.

Deslizou o aparelho desligado pela face segurando-o sem saber o que faria depois daquilo, talvez fosse até a casa do pai levar sua namorada de lá a força.

O celular tocou novamente, olhou quem era e o atendeu imediatamente.

Só porque estou curiosa – ele sorriu minimamente – fala logo, mas se for pedir alguma coisa vou logo adiantando a resposta. Não!

— Meu pai descobriu sobre nós e a levou – disse sem rodeios.

Camila surtou de um jeito que Vicente nunca pensou que veria, ela gritou e o xingou por não ter feito nada por dois dias, e ela tinha toda razão, deveria ter ido atrás dela, procurado onde seu pai estava morando e tentar de tudo para ele ver o quanto se amavam.

Mas no que ele estava pensando, seu pai nunca entenderia, ninguém nunca entende que dois irmãos podem se apaixonar, por mais raro que seja. Começava a se perguntar se havia algo errado com ele. Não, não era possível que tudo aquilo fosse algum tipo de doença, o que sentia pela menina era tão bonito que se arrependia de como a tratava antes.

No dia em que foi embora de casa tudo estava favorável, seu pai trabalhando, os empregados na cozinha fazendo o jantar e sua irmã fora do seu campo de visão. Arrumou todas as malas sem deixar nenhum objeto para trás, olhou ao redor dobrando as mangas da camisa, era hora de sair daquele inferno. Pegou as duas maiores aproximando-se da porta, passou pela porta do quarto de Pamela e não a viu por ali, respirou fundo olhando para a foto dos dois na mesinha perto da porta, ela devia ter uns sete anos na época, fez questão de chamar todos os amigos dele para uma foto no seu aniversário, subiu em suas costas sorridente como a menina alegre que era, para registrar aquele dia. Ele ainda não sabia por que ela gostava tanto daquela foto, tinha três espalhadas por toda a casa, sempre que ela passava por uma sorria do mesmo jeito que a imagem.

Vicente sorriu de lado deixando o porta retrato no mesmo lugar, virou-se para seguir seu caminho indo direto para a escada. Não foi difícil descer com as malas, era apenas questão de jeito com o corrimão que às vezes atrapalhava. Pôs as duas ali embaixo e voltou para buscar as outras duas, quando desceu viu a menina segurando o zíper de uma delas pensativa.

— Pam – ele chamou aproximando-se dela.

A menina olhou para ele tentando sorrir, mas ele viu que estava triste.

— Você vai embora – disse abaixando o rosto – você disse que não ia me deixar nunca.

Seu coração pareceu ser esmagado por uma bigorna, não esperava que ela falasse daquela forma, que ela visse a situação daquele jeito.

Ele agachou ao seu lado cobrindo sua pequena mão com a dele.

— Eu não vou te deixar, meu amor – falou acariciando seu braço – preciso de trabalho, sabe disso.

— Mas você vai voltar? – perguntou olhando-o nos olhos.

Vicente quis dizer a verdade.

— Claro que volto meu anjo, vai ser a primeira coisa que farei quando me instalar.

— Você volta mesmo?

— Eu juro.

[...]

— Eu vou buscar você Pam, eu prometo – Vicente disse para si mesmo enquanto parava com o carro na frente do condomínio onde o pai estava morando.

Ele iria lutar por ela, começando naquele instante.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é como se fosse um bônus, um aperitivo auahsuash o próximo vai pegar fogo.