Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Quem está correndo contra os segundos para postar??? EEEEEEEU
Ia postar ontem mas a internet caiu - como os outros dois dias .
#TacaFogoNoProvedor
E #VicenteSemCamisa :3 aiai, vocês ainda me matam de rir nos comentários uheuehueheu

Leiam a fic nova - please *-* - se puderem comentar também agradeço. Não, eu não vou abandonar essa, vou continuar atualizando rapidinho.

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Pamela suspirou enquanto andavam em direção à porta do restaurante, seu irmão parecia muito mais tenso do que antes, seu roto estava serio e os lábios unidos numa linha reta e firme. Talvez estivesse e perguntando o que diria ao pai, afinal ficara seis anos sem pôr os pés em sua casa, apenas atendia as ligações ou ele mesmo ligava para saber de Pamela, só ela importava naquela casa, a sua bailarina que ficara para trás.

Ficou para trás por minha culpa. Se eu a tivesse trazido para cá antes, com certeza teria tido uma vida mais feliz. Se bem que agora que ela está comigo vejo como foi bom, quer dizer, eu não a vejo como uma irmã, ela é bem mais que isso pra mim.

Vicente deslizou sua palma pela dela, cruzando os dedos com os dela apertando-os como se dissesse que estava tudo bem. A menina olhou para cima e sorriu ao encontrar os olhos iluminados do irmão.

Quando finalmente entraram no lugar puderam ver como interessante, era muito bem iluminado por causa do grande circulo de vidro no teto, as mesas eram de um bom gosto impecável – como toda a mobília – eles passearam com o olhar procurando pelo pai, até que a menina o viu numa mesa no canto do restaurante. O senhor Sérgio de Carvalho parecia animado ao lado da esposa, sequer olhavam em volta para ver se os filhos haviam chegado.

Ela começou a caminhar na direção deles, arrastando Vicente atrás de si, o rapaz ainda não tinha visto o pai, até que chegaram a duas mesas de distancia. Sérgio de levantou assim que viu a sua menina, usava um short branco e uma blusa azul deixando claro ao pai que não havia mudado muito com a viagem, o que o agradou muito.

— Minha filha – disse abraçando-a calorosamente por alguns segundos.

Carla se aproximou de Vicente cumprimentando-o com um beijo no rosto – seu lado paulista havia aparecido.

— Veja Carla, ela não está linda? – olhou para a esposa ainda sorrindo de orelha a orelha – até mais corada, feliz. Qual a fórmula?

Os beijos do meu irmão.

— Com certeza esse clima maravilhoso – respondeu Carla abaixando-se para abraçar a menina – que saudade, minha princesa.

Os olhos do homem caíram sobre a carranca do filho mais velho. Vicente estava com a mão nos bolsos encarando-o como se estivesse anotando cada movimento.

— Meu filho – disse finalmente – um homem feito. Não sabe como estou orgulhoso de você.

— Não, eu não sei – replicou frio – vamos almoçar logo? Ainda tenho que trabalhar.

Pamela olhou para ambos como se já soubesse o que estava por vir, um encontro muito “animado” para um pai e um filho que ficaram anos sem se ver.

— Claro, sentem-se, por favor. – Sérgio falou voltando-se para a mesa.

Carla pousou a mão nas costas da menina indicando o lugar para se sentar, como precaução indicou o acento ao lado de Pamela para o rapaz. O clima estava começando a pesar, o velho olhou para o filho e após segundos olhou para a garota assustada que não sabia para quem olhar e o que dizer no momento.

— Hum – a garota começou – no telefone o senhor disse que tinha duas surpresas para nós.

— Ah, sim – disse sorridente para a esposa – mas antes vamos ao cardápio.

Ela assentiu vendo-o sinalizar para o homem uniformizado que perambulava pelo estabelecimento, notou que havia um enorme espelho atrás de seu pai e a mulher que dava para ver bem o que acontecia à suas costas, viu casais conversando e trocando carícias contidas, pereciam bem apaixonados, um pouco mais para o meio do salão havia uma mulher sozinha, mas logo apareceu um homem de meia idade sentando-se após um beijo no rosto. Pamela sorriu ao imaginar-se com Vicente num lugar público jantando à luz de velas, era realmente de iluminar os olhos a imagem dele sorrindo para ela, tocando sua mão e dizendo...

— Algum problema?

Pamela piscou os olhos com força como se quisesse voltar a seus sonhos, olhou para o lado vendo o irmão encarando-a divertido, virou o rosto para o pai e por sorte ele estava ocupado com Carla investigando o cardápio. O mesmo que havia nas mãos de Vicente. Constatou ao olhar para o irmão mais uma vez.

— Eu só estava pensando – respondeu sorrindo.

— Como sempre – comentou passando o polegar em sua testa para afastar os fios que começavam a deslizar para ali – o que vai querer?

Ela se inclinou para ler as pequenas letrinhas que pareciam dançar e zombar de sua cara. Sentiu-se imensamente incapaz e soltou um muxoxo frustrado.

— Eu – pigarreou – eu não consigo ver sem os óculos.

Vicente sorriu ainda mais, gostava de quando ela falava desse jeito, parecia uma gatinha de tão manhosa.

E eu ainda me pergunto como me apaixonei por ela.

— Pamela e sua miopia, agora acredito em amor verdadeiro – Carla brincou tocando o braço da menina – já fez a revisão? Está na hora.

— Ah, é – coçou a nuca endireitando-se na cadeira – eu acabei esquecendo isso. Mas prometo que vou providenciar na semana que vem.

— Está cuidando bem da sua irmãzinha? – seu pai perguntou a Vicente, que olhou para a menina dando um sorriso, que escondia pura malícia.

— Ah, o senhor nem imagina – respondeu tocando o cotovelo da menina – outro dia tivemos um desentendimento, mas logo resolvemos. Não é mesmo Pam?

Desentendimento. Os flashes do que havia acontecido no banheiro fizeram a menina juntar as pernas. Uma imensa vontade de repetir aquilo tomou conta do seu corpo.

— Er...

— Ela adorou o que fiz com ela, nem sabia o que dizer.

Pamela grudou os olhos na mesa sem conseguir dizer uma palavra, seu irmão só podia estar louco por falar daquela maneira, mas o que adiantaria? Seu pai não entenderia nunca o que estava se passando entre eles naquele apartamento, mas ela sabia, e Vicente estava fazendo aquilo justamente para deixa-la embaraçada. Uma maneira de agradá-lo naquele almoço, Deus sabe como ele gostava quando a menina ficava constrangida.

— É mesmo? Fico feliz – seu pai disse rindo.

— Nós também.

— Não é melhor pedirmos logo a comida? Estou morrendo de fome. – ela apressou-se em dizer antes que seu irmão continuasse com aquilo.

Sérgio assentiu fazendo outro sinal para o homem, após entregarem os cardápios mostrando o que queriam ele se inclinou na direção de Carla para beijá-la, foi o bastante para Vicente acariciar a coxa de Pamela por baixo da mesa fazendo-a encara-lo. Ele sorria docemente para ela o que a fez ver que aquele outro predador e irresistível Vicente havia se controlado. Não que esse irmão doce não fosse irresistível, o fato era que ele era irresistível de qualquer maneira.

Seu celular vibrou sobre a mesa, e cm estava com a tela virada para cima a menina pode ver quem estava ligando.

Heloísa.

— Insistente ela – comentou afastando sua mão dali bruscamente.

Seu pai parou com o namoro fora de hora e hora olhando para a filha visivelmente inquieta. Vicente desligou novamente sem dar explicações à mulher, o ciúme já tomava conta da menina.

— Então pai – ele começou. Para a surpresa de todos chamando o homem de pai – o que te fez vir até o Rio? E não diga que foi apenas saudade da sua filha porque eu e você sabemos que não é bem assim.

Ah meu Deus – lamentou a menina internamente.

— Você me julga muito mal, filho.

— Porque será? – sorriu cínico pondo os braços sobre a mesa.

— Veja bem, eu e Carla decidimos vir até aqui para ver vocês dois, eu senti falta da minha menina de verdade. E você é meu filho mais velho, nenhum pai quer brigar com seu filho pelo resto da vida.

— Ah que pena, tenho que mudar os planos – Pamela afundou as mãos no rosto querendo sumir dali, a situação estava fugindo do controle e para ver mesas voando era apenas uma questão de tempo.

— Ora Vicente, não comece a agir feito um moleque do ensino médio.

— Tenho meus motivos para agir assim.

— Aposto que são os de sempre. Eu nunca te dei atenção, sempre fui distante e você era só uma criança. Por favor, muda o disco, já está grande para isso.

Pamela sentiu o irmão se enfurecer a seu lado, a única coisa que conseguiu fazer foi tocar sua perna delicadamente por baixo da mesa.

— Eu não ligo mais, isso ficou no passado. O que me preocupa é a Pamela, não se cansa de enganá-la?

— Enganar? – perguntou como se aquilo o ofendesse – agora vai querer envenenar a minha menina contra mim?

— Será que vocês podem parar? – Carla alterou-se ao notar a menina com os ombros encolhidos – Sérgio, não viemos aqui para brigar. Não vê o quanto a Pam está desconfortável? Caramba.

Os dois se encararam como se quisessem rolar aos murros ali no chão, e as garotas desejaram que isso não acontecesse.

— Me desculpe Vicente. Acabei perdendo o controle – admitiu o mais velho a contra gosto.

— É, eu também.

— E eu não sei nem o porquê – cantarolou a esposa de seu pai fazendo Pamela relaxar um pouco.

É, sem dúvida aquele almoço renderia muita coisa, se nenhum dos dois fosse parar no hospital ou delegacia entre uma garfada e outra, é claro.

Os quatro permaneceram em silencio até que os pratos começaram a chegar, Sérgio aos poucos foi puxando assunto com o filho novamente, perguntava a respeito de trabalho e em certo momento chegaram até a falar sobre a empresa dele estar precisando de uma nova campanha, estavam tão entusiasmados com a conversa que chegaram a rir, imaginem, os dois conversando amigavelmente como se não tivessem tentado arrancar a cabeça do outro minutos antes.

Pamela comia tranquilamente com Carla enquanto ouvia os dois tagarelando, vez ou outra a mulher perguntava alguma coisa sobre os amigos, como estava sendo ficar com o irmão, como eram as refeições e todas essas coisas que as mães perguntam após passarem um período longe.

— Sinto muito, mas tenho que ir agora – Vicente disse após limpar a boca.

Pamela olhou assustada para ela, não haviam combinado nada disso. Agora ele ia simplesmente larga-la ali e se mandar?

— Mas porque meu filho?

— Trabalho. Andei tirando umas folgas atrasadas, mas agora não posso fazer isso, a empresa também precisa de mim – explicou sorrindo.

Seu pai assentiu como se entendesse seus motivos. Na verdade ele entendia, cansou de fazer isso quando era mais novo para ficar com a mãe de Pamela e as crianças.

— E eu? – a menina perguntou olhando para ele.

Ele lançou um olhar estranho para o pai pouco antes de se levantar, pensando no que faria.

— Posso te deixar na casa da Camila. Se o papai não se importar.

— Imaginem, podem ir – segurou a mão da esposa – eu e Carla temos que resolver umas coisas por aqui, então nem teríamos tempo para a Pamela.

Ainda bem, ainda bem – ela não queria ficar com o pai, claro que gostava dele e tudo mais, só não queria desgrudar do irmão. Não sabia bem o motivo.

— Então até breve – Pamela sorriu levantando-se.

Foi até o pai dando-lhe um beijo de despedida.

[...]

Em casa, como era bom chegar ali e sentir seu cheiro por todos os lados.

Depois de passar a tarde inteira vendo filmes e conversando sobre o novo relacionamento dela e do irmão, Pamela se sentiu feliz e segura ao se sentar no sofá da sala, Camila parecia uma louca a cada palavra que a menina dizia sobre o rapaz, até porque não era sempre que uma amiga se apaixonava pelo próprio irmão e era correspondida.

Tirou as sandálias deitando ali para tentar relaxar, seu pai parecia esquisito, como se estivesse escondendo algo dela como Vicente chegou a mencionar.

Ora, isso é totalmente ridículo. O que meu pai poderia esconder de mim?

E ele nem havia mencionado as tais surpresas, talvez não tivesse mais clima para tal coisa depois da briga com Vicente.

Jogou os braços por cima da cabeça, fechando os olhos tentando não pensar em mais nada, o dia fora muito esquisito, é talvez essa seja a palavra certa para definir tudo aquilo. Seu corpo relaxou mais, estava exausta – não sei de que – e logo sua respiração se acalmava deixando tudo ficar silencioso.

[...]

— Sol – Pamela resmungou puxando o lençol para cobrir o rosto.

Ela respira calmamente ainda sonolenta, sua vontade é fechar os olhos e voltar a dormir, mas ainda era terça-feira e tinha que fazer coisas, como conversar com o pai e ver o irmão. Na verdade não tinha o que fazer, só procurava uma desculpa para não ficar jogada na cama o dia todo.

Sentiu o colchão ceder como se alguém estivesse subindo nele. Lutando contra a preguiça ela abaixou o lençol sentindo algo bater em seu rosto, passou a mão na testa e pegou algo sedoso como uma pétala.

Pétala? Quem foi o desg...

— Bom dia – ela olhou para cima vendo Vicente com as mãos cheias de pétalas.

Ele sorriu derramando-as sobre o corpo da menina como se aquela fosse a coisa mais normal do mundo. Pamela franziu a testa, não sabia se ficava irritada por ter sido acordada, por ele ter destruído suas flores ou se ficava feliz com aquela surpresa. Seu irmão ajoelhou-se a seu lado sorrindo como um menino travesso, ela forçou-se a esticar-se na cama e sorrir um pouco em sua direção.

— O que deu em você? – perguntou gesticulando para as pétalas.

— Nada, só quis te acordar de um jeito diferente – respondeu jogando-se a seu lado – não vou trabalhar hoje.

Pamela observou ele brincar com a bainha de seu short.

— Como não? Vicente você pode ser demitido se continuar tirando folgas dessa forma.

— Estou de férias, trabalhei direto nesses dois anos, meu chefe já estava praticamente me expulsando de lá.

— Tá, e porque agora? – questionou balançando a cabeça.

Vicente tocou sua mão, acariciando-a com os dedos suavemente.

— Agra eu tenho um motivo especial para ficar em casa – respondeu olhando para ela – eu to apaixonado por você Pam, foi difícil aceitar no começo, mas agora- agora eu sei o que realmente sinto.

Puta que pariu – era só isso que a menina conseguia pensar. O que diria a ele? Ah, o que também sentia já era um bom começo.

Abriu a boca para falar, mas as palavras pareceram fazer um bloqueio em sua garganta e um nó se formou, não era tão fácil dizer o que sentia, pelo menos não como era na televisão.

— Mas a Manuela está esperando um filho meu e-

— O que? – perguntou abrindo os olhos abruptamente.

Pamela piscou algumas vezes ainda apavorada com o sonho, seu coração estava acelerado e a garganta gelada o suficiente para fazê-la ficar muda.

— Que o que? – Vicente perguntou atrás do sofá segurando um prato de torta.

Ele havia chegado pouco depois dela apagar, resolveu não acordá-la, a menina não costumava dormir fora de hora, então se isso aconteceu foi porque estava realmente cansada. Assim como ele também, mas era cansaço psicológico, aquele almoço com o pai, a tentativa de conter a vontade de jogar toda a merda no ventilador.

Não, Pamela não merecia aquilo.

— Sonho ruim, é? – ela o encarou, estava rindo dela com a boca cheia de creme – pois saiba que terminei com Manuela, mas-

— Diga que ela não está grávida – gemeu lembrando-se do sonho.

Uma gravidez da cunhada a essa altura do campeonato seria o pior dos acontecimentos. Vicente riu caminhando em volta do móvel, ela observava cada passo seu, parecia diferente, como se tivesse escondendo algo dela desde cedo.

— Impossível – respondeu afundando a seu lado – e se estiver, não é meu.

Camisinha. Claro que ele usava Vicente não é nenhum tapado.

— Ultimamente ando apavorada com qualquer coisa relacionada a bebês, sei lá, parece que a qualquer momento alguém vai surgir na minha frente e dizer – mudou a voz para um tom de falsa euforia – estou grávida.

Ele riu jogando a cabeça para trás, pondo mais um pouco de creme na boca, então Pamela notou que não era torta, era apenas creme de confeiteiro, seus olhos correram para a cozinha vendo a bagunça na pia, ele havia feito mesmo.

— Não me diga que quer um bebê? Se quiser posso dar um jeito – piscou fazendo-a corar.

— Vicente!

— Mas agora falando sério – ele olhou em sua direção lambendo o dedo melado – o que acha que seu quer conosco?

— Nosso – ele revirou os olhos apoiando a tigela na mesa de centro – acho que só está passando por aqui, talvez resolvendo algum problema no trabalho.

Pamela ficou observando o irmão balançar a cabeça com o olhar perdido, e do nada ele levou as mãos para a barra da camiseta e a puxou pelos braços. Prontamente ela mordeu o lábio analisando seu corpo, ele era tão lindo, a barriga dividida em gominhos que pareciam gritar por suas mãos, e o peitoral dele. Ela não quis pensar sobre aquilo.

O corpo de Vicente não era tão musculoso, era bem definido e os poucos músculos faziam perfeitamente seu trabalho para encantar as desavisadas que se perdiam naquele monumento. Como ela.

— Quer tocar? – perguntou passando o dedo na barriga fazendo Pamela engolir em seco.

Ela agitou a cabeça negando.

— Isso não é justo comigo – encolheu-se no sofá desviando seu olhar para o rosto dele – não pode tentar me seduzir.

— Não estou tentando te seduzir agora – falou pegando seu creme novamente – eu disse agora, pois quando eu decidir fazer isso, tu já era.

— Para de ser tão tarado comigo – alterou a voz arremessando-lhe uma almofada.

Ele riu inclinando em sua direção. Passu o dedo dentro da tigela e esticou o braço até o rosto da irmã, a menina olhou para aquilo na ponta do seu dedo e abriu a boca para apanhar, mas Vicente a enganou passando n canto de sua boca. Ela se sentiu a mais tola de todas as criaturas, odiava quando faziam isso.

— Não limpe – ordenou quando ela ergueu a mão para limpar.

Ela bufou irritada e o viu chama-la com o dedo indicador.

O rubor tomou conta de sua face quando percebeu o que ele queria com aquilo, então ela fez o que lhe foi pedido, arrastou-se no sofá chegando perto o suficiente para que ele lhe agarrasse pela cintura, puxando-a para seu colo. Lá estava ela sentada sobre ele com uma perna de cada lado do seu corpo, podia ouvir sua respiração pesada perto do seu rosto, não estava nem aí para o que aquilo parecia, seus hormônios já gritavam com a situação.

— Do que você lembra sobre sua mãe? – ele perguntou pressionando o polegar em sua cintura enquanto inclinava-se de seu rosto.

Pamela estranhou a pergunta, mas continuou parada com as mãos ousadas em seus ombros enquanto sentia dos lábios do irmão perto de sua boca, tirando todo o doce da região, era bom demais para permiti-la pensar sobre a pergunta.

Buscou informações em seu cérebro tentando desconectar seus pensamentos dos toques molhados que agora migravam para seu pescoço.

— Ela dançava, era bonita, olhos castanhos... Ah – soltou um gemido involuntário afastando-se dele.

— Desculpe – pediu sorrindo. Ele havia mordido seu pescoço, não foi muito forte, mas foi o suficiente para dar uma fisgada – quando o papai disse que ela havia morrido, pouco depois de ir embora-

— Eu era muito nova, acho que quatro para cinco anos – disse olhando para seu rosto – não sei, naquela época não tinha muita noção de morte. Lembro que perguntei ao papai quando eu iria me despedir dela, ele disse que não podia que seu corpo estava longe demais.

Vicente a sentiu contrair desconfortável. Era hora de acalmá-la novamente.

Tocou seu rosto com a ponta dos dedos trazendo- de encontro aos seus lábios, delicadamente ele deslizou pelos de Pamela. Foi um toque breve, o bastante para o brilho voltar a seus olhos.

— O circo em que ela estava pegou fogo e – fez uma pausa relembrando as palavras do pai, anos mais tarde – ela voltou para ajudar um companheiro de espetáculo, mas não conseguiu sair.

— Foi o que ele disse?

— É o que eu sei – respondeu tocando o rosto dele – porque quer saber?

Ele suspirou apertando a cintura da menina.

— Nada, só curiosidade – disse sorrindo para ela – e sobre o papai, você iria com ele?

Os olhos da menina se arregalaram, agora ele estava assustando-a, parecia estar querendo manda-la embora de alguma maneira. Não, era apenas paranoia, nada com que tivesse de se preocupar, Vicente gostava dela, e já havia deixado claro que não a queria longe dele, só faltava ela dizer o mesmo. Era o momento certo.

— Não consigo me imaginar longe de você – murmurou passando o indicador por seu rosto – já te pertenço.

O rosto do rapaz iluminou-se com aquilo.

— Me pertence? – ela assentiu sem rir – isso soa erótico.

— Meu Deus, você tem o dom de destruir momentos fofos – fez menção em se levantar, mas ele a segurou forçando-a a se sentar firmemente.

Pamela não pode conter o riso que escapou de sua garganta, seu irmão.

— É mais forte do que eu – falou beijando seu pescoço – meu lado cafajeste, que eu sei que você adora – ela ficou quieta sentindo suas mãos passearem por suas costas – quando eu te aperto – prendeu a respiração com as mãos fortes do rapaz apertando sua cintura.

Os lábios dele atacavam seu pescoço pouco abaixo da orelha, a respiração quente fazia o corpo de Pamela se contorcer, era bom. As mãos da garota seguravam sua nuca, vez ou outra arranhando seu couro cabeludo.

— Fica toda molinha nos meus braços – continuou abandonando seu pescoço olhando-a nos olhos. Estavam em brasa, ardendo de puro desejo – diz pra mim que também me deseja.

— Eu- eu...

— Continue, posso fazer isso a noite toda – disse antes de atacar seu ombro, abaixando a alça de sua blusa.

Pamela não conseguia dizer mais nada, só arfava sentindo os lábios do irmão passeando por seu ombro e descendo para seu colo. Ela jogou a cabeça para traz, a outra alça foi abaixada e Vicente parou onde estava.

— Eu não posso – sussurrou contra seu colo.

Argh!


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, esse foi o primeiro fósforo, a primeira coceira atrás da orelha auhsaushaush