First Date escrita por Ametista


Capítulo 9
9º: Spamano


Notas iniciais do capítulo

AMO ESSE DOIS YAY
Me pediram faz um tempo, mas aí está!
Música: https://www.youtube.com/watch?v=61jSSF3Vu54 (COMBINA VÁ)
Também vou uma declaração pra uma leitora de nome BluPrinci, já que ela PEDIU :V
Você é muito carente
Mas ainda é divosa
Mesmo assim ME ENTENDE
SUA LINDA PODEROSA



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Era só mais um aniversário. Lovino realmente não entendia o que as pessoas viam de tão especial neles, afinal, só são um outro dia na vida, fazendo as mesmas coisas de sempre. Certo, ganhar presentes é legal, mas isso também acontece em tantas outras datas...o italiano simplesmente não achava que era tão especial assim.

Já sabia de tudo que aconteceria naquele dia: receberia ligações, talvez alguns abraços – Nojentos – de pessoas que conhecia, presentes que provavelmente seriam trocados por outro par de utensílios de cozinha ou camisetas de futebol, e..claro, como poderia esquecer disso? Uma festa enorme, mas nunca solicitada.

Não que Lovino não gostasse das festas. Também não podia dizer que eram ótimas, afinal, sempre cortavam seu tempo de ficar na cama pela metade. Mas ele já estava ficando cansado delas. Nunca pensou que diria isso, mas sim, uma pessoa pode ganhar muitos porta-retratos. Ainda mais quando ele não tinha fotos para todos eles.

Dessa vez não. Decidiu o italiano, e pegou o celular. Ainda estava na cama, enrolado nos lençóis. Não estava frio em pleno Março, mas ele já estava acostumado a dormir daquele jeito.

Ciao, Antonio.”

“Ah, Lovi! Feliz cumpleaños! Não se preocupe, sua fes-“

“Não vai ter festa.” Interrompeu Lovino, os olhos focados na parede. O espanhol ergueu a sobrancelha do outro lado da linha.

“E-eh? Mas Lovi, você adora as festas, como-“

“Não.vai.ter.festa. Quer que eu fale mais alto, imbecile?!” Perguntou, sarcástico. Antonio suspirou, e Lovino afastou o telefone por causa da estática.

Bueno. Mas..você..você não gosta das festas?”

“Eu só não quero esse ano, Antonio! Sem festa. Não quero muita gente aqui.” O italiano disse, alto e claro.

“Ah! Entendi! Tenha um bom dia, hombre, hoje você fica mais velho, hm?” Antonio riu do outro lado da linha. O menor virou os olhos.

“É, pode ser. Vai embora.” Resmungou, e desligou o telefone.

Aah, finalmente, paz..não vai vir ninguém pra me incomodar, e-

“LOVI!” Os pensamentos do italiano foram interrompidos por alguém abrindo a porta bruscamente. Os olhos de Lovino se abriram no instante, e ele agarrou a almofada, enfiando os dedos na fronha. NÃO É POSSÍVEL.

“O QUE FOI QUE EU FALEI, IDIOTA?!” Exclamou, do quarto mesmo. Antonio correu até lá, e pulou na cama do lado do italiano, que corou, de raiva e de vergonha. “ANTONIO, NÃO!” Gritou.

“Antonio si! É seu dia, Lovi, eu tive que vir para-“

“FORA.”

“Aah, mas hombre, vai ser tão legal-“

“EU FALEI PRA VOCÊ SAIR, CAZZO.

O espanhol suspirou.

Bueno. Se não me quiser aqui, eu vou.” Disse, num tom triste, e o italiano enrubesceu. Droga. Eu..eu odeio quando ele fica assim. EU ODEIO ELE.

“....pode ficar.” Disse, de braços cruzados e fazendo um bico. Antonio sorriu largamente, e o abraçou forte na cama, coisa que o fez corar mais ainda. “AÍ JÁ É DEMAIS!” Reclamou, e empurrou o outro pra fora.

“Hã? Ah, ainda está de pijama?” indagou o espanhol, e Lovino respirou fundo.

“E-eu não durmo de pijamas.” Disse, e Antonio ergueu a sobrancelha.

“De roupão? Jeans e camiseta?” perguntou, e Lovino puxou o lençol.

“NÃO INTERESSA!” rebateu, mas Antonio puxou o lençol de novo. O italiano usava um moletom um pouco grande, vermelho e amarelo, e as cuecas. Seu rosto ficou mais vermelho do que antes assim que viu a reação do espanhol.

“Aaw, Lovi, é o moletom que eu esqueci aquele dia! Que coisa fo-“

“É SÓ PORQUE É QUENTE, IDIOTA!” Disse, irritado, e abraçou uma almofada. Antonio riu.

“Eu sei que você pensa em mim quando usa, Lovi! É tão fofo..”

“NÃO É. Agora SAI DO MEU QUARTO.”

“Sem pressa!” O espanhol saiu, fechando a porta atrás de si. Lovino bufou, e pegou um par de jeans para usar. Só porque não estou com vontade de tirar esse moletom. NÃO É PORQUE É DELE.

Foi até a sala, e o espanhol já tinha começado a cozinhar. Quem deixou ele mexer na minha cozinha?! Aah, esse idiota! Pensou. Mesmo assim, Lovino tinha de admitir que cheirava bem. Pareciam ser ovos mexidos, nada demais, mas o italiano estava com fome. Mas eu ainda cozinho melhor que ele.

Antonio sorriu de canto ao notar que o outro ainda usava o moletom.

“Ah, Lovi! Perdón, eu deveria ter pedido para usar a cozinha.” Desculpou-se, e o italiano virou os olhos.

“Deveria, mas você é um idiota mesmo.” Respondeu, e o espanhol deu de ombros,

“Eu estava pensando. Se nós vamos ficar aqui mesmo-“

“Não vamos, eu vou. Você sai assim que eu quiser.” Interrompeu, e Antonio não pareceu se importar. Lovino pegou uma xícara de café já pronta.

Bueno. Mas então, eu estava pensando..você gostaria de sair, talvez?” Perguntou, e o italiano quase cuspiu o café, corando tanto pela vergonha quanto pela bebida quente.

“E-eu sair com você?” Perguntou, como se não tivesse escutado.

“É! Eu acho que seria muito diverti- LOVI?” Lovino desabou no chão.

“Hã..?” O italiano abriu os olhos lentamente, mas deu um pulo quando viu um rosto – muito – próximo do seu. “A-AHH!”

“CALMA, HOMBRE!” Antonio advertiu, dando um passo pra trás. Lovino encheu o braço do espanhol com socos, não muito fortes – Eu poupei os ossos do idiota. – mas insistentes.

“SAIR? COM VOCÊ?” Perguntou, perplexo. O espanhol fez que sim com a cabeça. “E-eu..eu tô vendo estrelas de novo..”

“NÃO! Lovi, você não tem que ir se não quiser!”

“MAS EU QUERO, IDIOTA!” O italiano gritou, respirando mais rápido que o normal. “ACHEI QUE NUNCA FOSSE ME PERGUNTAR!”

“Aah..bem, gracias!” O espanhol começou a fazer cócegas no pescoço do outro, que ria e se contorcia no sofá.

Cessa questo!” Lovino reclamou, e finalmente conseguiu se soltar. Seu rosto estava muito vermelho, e quente também. Não ajudou quando teve a ideia “brilhante” de dar um beijo – leve – nos lábios do espanhol, que ficou quase tão vermelho quanto ele. “Te vejo lá, idiota.”

“A-até lá..” Antonio gaguejou, e saiu pela porta, com a mão nos lábios. Diós, porque ele tem que ser tão estranho?

Foram até um restaurante. Italiano. Ele prefere assim.

Antonio já estava esperando numa mesa, e Lovino entrou não muito depois.

E agora? Pensaram, ambos um tanto corados.

“É..bonito, não?” Perguntou o espanhol, tentando acabar com o silêncio. Era um pouco constrangedor, e nesses momentos, sempre acabava encarando o outro. Às mãos do italiano eram sempre inquietas, principalmente quando falava. Os olhos era simplesmente impossíveis de se ler, até para alguém geralmente bom em entender a situação como Antonio. E os lábios, bem..eram quentes, geralmente nervosos e um pouco trêmulos, mas o espanhol também tinha certeza de que, no momento certo, seriam incríveis.

“É, eu acho..” Lovino resmungou, e desviou o olhar para a janela. De repente, sentiu-se corar. Antonio segurava sua mão em baixo da mesa, o que o deixou prontamente nervoso. Virou-se, mas recebeu, ao invés de uma explicação, um sorriso. Corou mais. Ele fica muito..bonito..assim..NÃO, NÃO FICA. É UM IDIOTA.

Lovino não reparou que gritou a última parte: É um idiota. CAZZO.

Antonio não parecia chocado, mas soltou a mão do outro imediatamente. O italiano xingou baixinho. Não queria que isso tivesse acontecido. Sabia um modo de se redimir, mas..ah não, Lovino não saberia fazer isso. Provavelmente estragaria tudo. E teria de chamá-lo de idiota para afastar a culpa. Era sempre assim que funcionava.

“Hã..Lovi?”

“AH!” Lovino deu um pulo na cadeira. Os pensamentos já tinham ido muito longe.

“Alguma coisa errada, querido?”

QUERIDO?

“N-n-não!” Lovino respondeu, mas o espanhol ergueu a sobrancelha.

“Tem certeza, amor?”

Lovino sentia vontade de gritar. Por que ele tinha de continuar chamando-o dessas coisas? Só tinha um jeito de calar a boca dele.

O italiano se inclinou contra a mesa, hesitante, e...não alcançou. DROGA.

“Hã..” O espanhol não parecia entender, e Lovino suspirou fundo.

“Só me beija logo, idiota.” Resmungou, e Antonio riu.

Bueno.” Disse, e fez exatamente isso, tendo que puxar o outro pra cima da mesa um pouco. Quando se separaram, o italiano parecia prestes a explodir, vermelho.

“I-isso nunca aconteceu, idiota. Capisce?” perguntou, e o espanhol riu.

“Ah, você pareceu que queria que acontecesse.” Disse, com um sorriso de canto, e o italiano bufou.

“U-um pouco.” Admitiu, depois de um tempo de braços cruzados. “M-mas não conta. Pra ninguém.”

Bueno, Lovi. Vai ser nosso segredo, capisce?” disse, brincalhão, mas o outro enrugou o nariz.

“Nunca mais ofenda minha língua assim.” Disse, num tom mais sério do que queria, mas o espanhol riu.

“Tudo bem, então. Prometo que meu próximo beijo não vai ofender sua língua assim.”

“NÃO ERA ESSA LÍNGUA, IDIOTA!” Reclamou, corando. Lovino desviou o olhar. “E-essa não estava tão ruim assim.”

Antonio riu mais uma vez.

“Aah, Lovi, você é o melhor..”

“Claro que sou, idiota.”


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Notas finais do capítulo

Traduções by BluPrinci:
Cazzo = Carai
Imbecile = Imbecil mesmo :v
Capisce = ENTENDEU?