First Date escrita por Ametista


Capítulo 11
11º: AusHun


Notas iniciais do capítulo

Eis o AusHun :v Me pediram PruHun com o mesmo número de votos, então esse vai sair hoje à noite!
Música: https://www.youtube.com/watch?v=uiH4BFTELME (BLU ME MATARÁ MAS COMBINA)



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Ela já estava cansada de esperar. Faziam o que, três anos? Pelo amor de deus, até moravam juntos. Elizaveta não tinha paciência inesgotável: um dia teria de acabar. Se ele não vai colaborar, eu colaboro.

“Roderich.” A húngara chamou, de braços cruzados e uma expressão claramente impaciente. O outro levantou o rosto, sem sair do sofá. Claro, é preguiçoso como sempre. “Nós vamos sair.”

“Acabou o leite?” perguntou, erguendo a sobrancelha. Realmente, o austríaco não via motivos para sair de casa.

“Não. Nós vamos sair num encontro, Roderich.” Ela disse, de nariz em pé.

“E-encontro?” O moreno não parecia estar entendendo as coisas. Como assim encontro? Tinha quase certeza de que ela o odiava, então..não fazia sentido.

“Nós vamos a um concerto. O da orquestra.” Ela disse, e juntou as mãos como uma prece. “Por favor? Só dessa vez, você não poderia fazer o que eu peço?”

Não precisou pedir de novo.

“C-claro, hã..eu só..só preciso encontrar uma roupa.”

Só uma calça jeans e blusa estariam ótimos..a húngara virou os olhos, e riu discretamente. Realmente, ele se preocupava mais com aparências que ela, mas sem Elizaveta, a casa estaria coberta pelas cuecas do austríaco. Ele não tem disposição pra limpar.

“Vai lá. Só prometa que você vai no encontro.” Disse, sorrindo, e Roderich sentiu o coração pular uma batida. Claro que iria.

“Vou.” Confirmou, e se dirigiu até seu quarto para encontrar alguma roupa adequada. Ora, não poderia dispensar um concerto de orquestra, ainda mais se fosse com ela. Claro, os dois brigavam. Especialmente quando se tratava de limpeza: Roderich não poderia se importar menos, e Elizaveta enlouquecia com a roupa espalhada nos cômodos. Mesmo assim, sentiam uma certa atração um pelo outro. Não podiam evitar.

“Aah, essa agora..vai começar em 15 minutos..” A húngara resmungou, olhando o relógio. Tinha tentado se arrumar para a ocasião: vestido até os joelhos, dourado, com saltos que a faziam andar de um jeito mais desajeitado que o normal. Elizaveta não era boa com essas coisas “chiques”.

Sentou-se numa cadeira perto do palco, e pegou o celular para passar o tempo. Mandou uma mensagem para o austríaco: “Onde vc ta?”

Droga.

Roderich já estava pronto. O único problema é que não queria sair. Não que a culpa fosse dela, não era. Bem, ele imaginou que não fosse. O problema era que, depois de ela ter saído e ele comer um iogurte da geladeira, o estômago não quis cooperar. Se sentia nauseado, e tonto. Provavelmente deveria estar vencido.

Ouviu o celular, e checou a mensagem. Ah, ótimo. Agora ela queria saber onde estava. Bem, dizer que estava ajoelhado no banheiro, encarando o vaso sanitário não seria uma boa opção.

“Em casa.” Respondeu, e recebeu o retorno pouco depois. Não foi lá muito educado.

“VC TA BRINCANDO COMIGO???” e um emoji com raiva. Roderich já podia sentir um tapa dela no rosto.

“Não posso ir.” Respondeu, e adicionou outra coisa. “Desculpa.”

“COMO NÃO? EU VOU PRA CASA.” Foi a resposta, e o austríaco gemeu alguma coisa, se inclinando pra frente mais uma vez. Nada, claro. Ia ter de ficar lá mais tempo.

“RODERICH EDELSTEIN!” Elizaveta entrou em casa com raiva, sapato de salto na mão e tão descabelada quanto poderia estar. Um tornozelo estava torcido da corrida com o salto.

Procurou a casa inteira, até que ouviu alguém choramingar no banheiro. Ah, não..

“Roderich?” perguntou, e se inclinou contra a porta fechada. “Posso entrar?”

“N-não..” ele resmungou, e suspirou fundo, tentando se acalmar.

“Roderich, eu..hã..eu não estou mais irritada.” Elizaveta tentou parecer convincente. Não estava, mas o tom de voz estava trêmulo demais pra ser claro.

“Por favor, não..” ele disse, encarando a porta.

“Me desculpa.” A húngara entrou, e fechou a porta atrás de si. Ajoelhou-se ao lado do austríaco, que ainda estava com um terno e os cabelos mais arrumados que os dela. Parecia claramente mal, e isso a fez se sentir um pouco culpada.

“Falei pra não entrar..” ele resmungou,e ela deu de ombros.

“Tive que ver se estava tão ruim.”

“Só não grave isso.” Ele disse, respirando fundo, e se inclinou contra o vaso de novo. Nada.

“Sabe, é melhor que eu fique em casa também.” Ela disse, encarando o chão. Roderich puxou os cabelos pra trás.

“Por que? Vai d-desperdiçar os ingressos...”

“É, mas eu acho melhor cuidar de você um pouco.” Ela disse, com um sorriso de canto. O austríaco suspirou.

“Não vou rejeitar a proposta.” Resmungou, mal-humorado, e ela deu um beijo em sua testa, que o fez corar.

“Vou pegar um cobertor pra você, idiota.” Elizaveta saiu do banheiro, e foi fazer exatamente isso. Roderich sorriu discretamente.

“Pronto.” A húngara cobria o outro, que estava deitado no sofá, com um termômetro na axila e a camisa jogada em algum lugar. Tiro de lá depois.

“É realmente necessário que eu fique sem camisa, ou-“

“É. Você pode ter febre.” Elizaveta interrompeu, e riu de um modo travesso. “Não queremos que você fique quente demais, certo?” perguntou, e se inclinou contra ele, subindo no sofá. O austríaco sentiu as bochechas queimarem.

“V-você vai me..?”

“Não, idiota, não vou te beijar nem nada assim. Credo, você passou mal ali no banheiro agora, Roderich.” Ela disse, e virou os olhos, rindo. “T-talvez eu faça. Depois.”

Roderich também sorriu torto.

“Eu vou ficar bem logo, sabe.”

“É, eu espero. Agora vai dormir, idiota.” Ela disse, e corou um pouco também. “Vai me dever uma.”

“Pode deixar, amanhã eu pago.” O austríaco se virou pro outro lado do sofá, rindo, travesso. Elizaveta acertou-o com a almofada.

“Roderich! P-pare de falar essas coisas!” Ela disse, e cruzou os braços. “...pode ser hoje mais tarde.”

“Sem problemas.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥
Lembrem-se, PruHun sai hoje à noite, ENTÃO YAY



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