Capítulo 13. Katherine

Olhos verdes vidrados, sorriso de lado, mãos macias tocavam meu rosto tão suave que parecia que eu iria quebrar a qualquer momento, eu ouvia cada batida de seu coração e juro por tudo que é mais sagrado batia num ritmo frenético como um de uma bateria.

–Por que está dizendo estás coisas Katherine? - sua voz saiu falhada, parecia que tinha medo da resposta, uau eu causava isso nele, medo.

–Eu quero que você saiba que eu quero fazer isso aqui dar certo. - apontei para nós. - Eu sei que não vai ser fácil para ambos, mas quero tentar ser aquilo que você precisa.

–Você não precisa ser nada. - nossos olhos não se desgrudam por um único misero segundo.

–Não? - abaixo o olhar derrotada, pensei que seria fácil.

–Não, você já é o que eu preciso. Só de você estar aqui comigo já é tudo. - ele levantou meu olhar para o lugar certo.

–Eu sei que eu não sou fácil de lidar e provavelmente vamos brigar o tempo todo, mas eu vou tentar me abrir mais e ser eu mesma, e não a ignorante.

–Não quero que seja fácil, pois tudo que vem fácil se vai fácil também. - seu sorriso cresceu quando disse isso. - Te trouxe aqui para termos paz e nos conhecermos melhor, para aprendermos a lidar um com o outro.

–A partir de agora nada de fugir, somos eu e você.

–Somos nós agora.

Olhei para seus lábios rosados imaginando quão macios devem ser, minhas mãos criaram vida própria e partiram para seu rosto moldando-o, pude sentir a macies de sua pele e sua barba por fazer, era tudo tão intenso e novo ao mesmo tempo, lábios tão próximos que dava para sentir sua respiração batendo no meu rosto, meus olhos estavam se fechando quando.

–Vossa majestade, o rei Maxon exige falar com o senhor. - Um dos guardas ali presente chamou Stefan bem na hora, ele bufou, mas se levantou e pegou o telefone na mão.

–Já volto, fique de olho nela. - mandou Stefan saindo do meu campo de vista.

Uma gota de água caiu em meu ombro e depois outra, a garoa caia fina e calma, me levantei e fechei os olhos sentindo a paz do lugar e a chuva que levava todo o mal com ela, o cheiro de grama molhada era maravilhoso tinha cheiro de infância, não resisti e comecei a me mexer em um ritmo só meu como se tivesse uma música boa tocando ali, me permiti sentir, só aproveitando o momento. Eu estava assim a uns vinte minutos, completamente ensopada, meu cabelo molhado grudava no meu rosto e pescoço mesmo assim não me importei, senti meu cabelo sendo afastado do meu pescoço e mesmo não vendo-o eu sabia que era ele por causa da corrente elétrica que senti quando roçou os lábios na minha pele.

–Você vai acabar ficando gripada. - passou a mão ao redor da minha cintura fazendo com que eu me vira-se para ele.

–Vale a pena correr este risco. - coloco os braços em seu pescoço trazendo-o para perto.

–Me concede a honra de uma dança princesa ?

–Claro meu querido príncipe.

Dançamos lentamente sentindo o calor passar de um para o outro de forma avassaladora, a chuva parou e a dança também, fomos conduzidos de volta ao hotel e almoçamos no restaurante de lá mesmo que causou a maior confusão, já que algumas pessoas pediam fotos a cada cinco minutos.

Coloquei um macacão preto comprido com uma blusa branca curta, botas baixas preta, mochila de couro, óculos escuro e o cabelo solto para completar o look. Stefan me esperava na sala de estar e se parecia com um adolescente normal, boné virado pra trás, camiseta cinza e calça jeans escura, perfeito.

–Pronta para se divertir? - perguntou ele logo pegando minha mão e entrelaçando na minha.

–Sim capitão.

–Vamos antes que o tempo mude de novo e acabe com meus planos.

–Aonde vamos?

–Surpresa.

Demoramos meia hora para chegar ao local, eu estava quase surtando de curiosidade e mais uma vez me surpreendi quando chegamos em nosso destino. Era um parque, só que dessa vez era de diversão gigantesco, pelo que eu pude ver através do vidro do carro o lugar estava fechado, somente funcionários, que estranho.

–Está fechado que pena.

–Sim está, achei que seria melhor termos mais privacidade.

–Como assim?

–O lugar está fechado para o público e não para nós.

–O.MEU.DEUS. - agarro-o enchendo ele de beijos no rosto.

–Uau, foi melhor do que eu pensei. - ele me aperta um pouco e depois solta. - Vamos temos muito que fazer.

O parquinho era incrível, sonho de toda criança era um dia estar neste lugar, era meio que mágico., com várias áreas temáticas. Ao entrarmos tiramos uma foto com todos os funcionários do local, achei bem legal da parte dele fazer isso já que ele não gosta muito de contato.

Primeiro fomos no chapéu mexicano, depois na enorme montanha russa, tirolesa, carrinho de bate- bate, evolution, até tiro ao alvo, as xicaras que rodavam me deixaram tontinha da silva, o splashe me deixou ensopada só que os funcionários nos deram toalhas e logo ficamos secos de novo, me pergunto se eles fazem isso com todos, acho que não.

Fomos em uma área que recriava o fundo, tartarugas, tubarões, golfinhos e muitos peixes esculpidos em cera enfeitava o lugar que parecia um túnel de água, no final do túnel tinha uma piscina gingante e uma moça veio ao nosso encontro com roupas de mergulho.

–Vossa majestade, sou Cassandra instrutora de mergulho. - a moça baixinha e rechonchuda tinha os cabelos vermelhos presos em um coque alto.

–Olá Cassandra. - cumprimenta Stefan todo formal e eu apenas aceno.

–Aqui está a roupa de vocês e ao final deste corredor ter dois banheiros, aguardo-os aqui.

Seguimos para banheiros separados onde tive dificuldades em colocar aquela roupa de mergulho apertada, mas no final eu acabei conseguindo, sai do banheiro e Stefan já estava na água conversando com a tal da Cassandra, deus me de paciência para aturar este homem que atrai tanto rabo de saia. Entrei na água e Cassandra começou a nos explicar algumas coisas antes de trazer a Roxy, um golfinho lindo e fofo.

Roxy deixou que fizemos carinho nela e fazia barulhos de beijo o tempo todo, sai para pegar a câmera a prova de água que Stefan me deu hoje quando chegamos aqui, sim outra câmera desse jeito vou ficar mal acostumada, tirei muitas fotos dos dois em várias poses, Stefan estava com um ar calmo e brincalhão, dava para ver isso através das fotos.

–Cassandra poderia tirar uma foto nossa por gentileza? - pediu Stefan que pegou a câmera da minha mão e entregou para Cassandra que sorriu concordando.

Roxy no meio de nós, sorrimos quando ela espirrou água em nós e foi nessa hora em que Cassandra tirou a foto, depois disso nadamos com Roxy até nossos braços cansarem, confesso que foi difícil deixa-la eu queria ficar mais com ela só que Stefan queria comer e percebi que ficava irritante quando estava com fome.

Comi babata frita com cheddar e bacon, refrigerante estilo gigante, lanche de frango para dar uma equilibrada no prato gorduroso, comi feito criança com as mãos e me sujando toda.

–Tem molho na... - Stefan passou o dedo no canto dos meus lábios limpando a sujeira. - Pronto criança.

–Quero sobremesa tio. - imito a voz de uma criança pidona.

–Vamos pedir sorvete para você minha criança gulosa.

Tomei meu sorvete e metade o do Stefan porque o coitado não aguentou então aleguei que era feio jogar comida fora. Paramos na lojinha onde compramos um ´boné de golfinho e camisetas que o mesmo me obrigou a usar, na minha dizia " Meu príncipe" e uma seta apontando para ele, na dele estava escrito "Minha princesa" e também tinha uma seta apontando para mim, logico que a vestimos na hora e tiramos uma foto sorrindo e com seu braço em minha cintura.

Deixamos a roda gigante por último porque Stefan disse que ao anoitecer era mais bonita a vista, e ele estava certo dava para ver a cidade inteira do alto, as luzes das casas iluminava o cair da noite. Sentamos um de frente para o outro e não perdi oportunidades para tirar fotos dele assim calmo e distante, viajando em seus próprios pensamentos.

–Obrigado por hoje eu amei. - agradeci quando a cabine parou bem no topo da grande roda.

–Eu que agradeço por ter aceitado.

–Não sei como retribuir tudo o que vivemos hoje,espero um dia conseguir.

–Acho que eu tenho uma ideia de como você poderia me retribuir. - sua voz estava rouca e sexy, seus olhos ganharam um tom mais escuro.

–E como seria isso? - pergunto mesmo sabendo a resposta, estava nervosa de ansiedade.

–Assim. - Stefan fica em pé na cabine e me puxa para perto de seu corpo, colando então seus lábios no meu de forma suave, minhas mãos foram parar em seu cabelo puxando-o para mais perto, cabelos sedoso que parecia massagear minhas mãos de tão macio. Sua língua pediu passagem e a concedi ansiando por mais contato, quando a sua se encontrou com a minha, as duas dançavam de forma ritmada e perfeitas, cada uma explorando o novo local, querendo conhecer cada parte ali ainda desconhecida. Sempre imaginei que quando beija-se alguém eu sentiria um gosto bom de alguma fruta, porém uma vez Celeste me disse que isso era coisa da minha cabeça de bv ( boca virgem) , acabei descobrindo que ela estava errada, ele tinha gosto de morangos, os melhores morangos que já provei, doces e macios, a eletricidade que fluía em nós poderia abastecer uma cidade inteira. Quando o ar falto e o beijo chegou ao fim sua boca continuava encostada na minha, abri os olhos bem na hora que ele abriu os dele.

–Se eu soubesse que ia ser assim teria tentado mais. - murmurou.

–E eu deveria ter cedido antes. - sorrio e encosto a cabeça em seu peito ouvindo seus batimentos irregulares, ele fazia carinho em meu cabelo fazendo com que eu fique sonolenta. Tudo que aconteceu esses dias pareciam com um sonho daqueles em que você não quer mais acordar, perfeito e surreal demais.

–Vamos antes que eu te agarre de novo. - ele me puxa para fora da cabine e eu só queria dizer que eu queria muito isso, pois estava viciada nele, só que o sono me dominou e cai em seus braços cansada, ele arrumou um blazer de um dos seguranças e me cobriu, carregando-me como um bebe, ou uma pedra preciosa.