Make me Smile escrita por Fanny


Capítulo 10
Capítulo 9 - A Lembrança




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Notas:

Hey amores ♥
Pessoal, vocês não sabem como fiquei feliz com os comentários! Sério mesmo. Quero agradecer todas as meninas que comentaram, vocês são umas lindas viu ♥
Está ai um dos capítulos mais esperado! Espero que gostem.
Boa leitura ^^

~♥~

Nightingale - Demi Lovato

Eu não consigo dormir à noite
Bem acordada e tão confusa
Tudo está em ordem
Mas estou machucada

Eu preciso de uma voz a ecoar
Eu preciso de uma luz para me levar para casa
Eu meio que preciso de um herói
É você?

Eu nunca vi a floresta por entre as árvores
Eu realmente poderia usar sua melodia
Querido, estou um pouco cega
Eu acho que é hora de você me encontrar

~♥~

Delilah! Sua espertinha, não adianta fugir meu amor. Eu sempre te encontrarei, esqueceu? – a voz maliciosa de Hector ecoava na mente da pequena garota de 13 anos. – Lilinha. Não seja tímida. – ouve um estrondo. Um vaso de vidro havia estilhaçado pelo chão. – Eu já estou ficando impaciente, Delilah!

Lila se encolheu debaixo da cama.

— Então é isso? Não acha que está um pouco velha para brincar de esconde-esconde? – era possível perceber certa irritação na voz do homem. Suspirou. – Certo, se é assim.

A garota pensava apenas uma coisa naquele momento. Fugir, escapar daquele fétido alcoolizado. Todos os sentimentos passavam como um flash back sobre seu corpo. Papai havia morrido naquele miserável acidente de carro. Tristeza. Mamãe não era mais a mesma, entrou em depressão. Dor. Casou-se com um verme. Ódio. Um verme que tinha prazer de estuprar uma menininha que tinha apenas 10 anos. Raiva. Mamãe morreu de coma alcoólico. Um sentimento vazio. E a partir daquele momento, passou a viver com Hector. Já que ainda era menor de idade.

Sentiu uma mão áspera e bruta pegar sua perna fina. Puxou para fora da cama. Lila estava uma mistura de assustada, traumatizada e em pânico. A única coisa que fazia era se debater, até levar um tapa dolorido no rosto. Ela depositou uma mão na face, onde podia sentir a ardência. Lágrimas escorriam sobre sua bochecha rosada.

— Oh, minha florzinha. Sabe que odeio quando tenho que ser ríspido, mas você não me deu escolha.

— Eu te odeio. – sussurrou baixinho.

Hector gargalhou alto, como se aquilo fosse uma piada.

— Eu também te amo, Lilinha. – ele suavizou a expressão, um sorriso malicioso tomou conta de seus lábios. O odor de cigarro e álcool davam náuseas. Estudou cada detalhe do corpo da garota, naquele vestido de alça que ia até os joelhos. Hector subia o vestido vagarosamente, quando Lila debateu-se.

— Você não vai tocar em mim. – gritou alto. Para sua infelizmente sorte, moravam em uma casa afastada da cidade de Nova York. Isso aconteceu quando mamãe tentou se isolar. – Minha mão morreu faz duas semanas! Você não tem um pingo de ressentimento, seu desgraçado?

— Ah, daquela vadia? Graças a Deus sua mãe foi embora, não aguentava mais ela. No entanto, ela foi boa o suficiente para deixar um brinquedinho para mim. – Korman sorriu melancólico. - Lilinha, você me atraiu para este lugar, não sua mãe. Agora temos a eternidade para passarmos juntinhos. Para sempre.

Eternidade... Sempre.

— A polícia vai saber um dia tudo sobre você seu infeliz! – ela se debateu mais ainda. Hector irritado levantou-a pelo pulso, jogando seu corpo frágil na cama de casal. Lila se encolheu. – Você vai ser preso, Korman. Isso que faz é crime.

— Não, não. Isso nunca vai acontecer, não fale asneiras, princesinha.

Lila sentiu o corpo pesado do homem sobre o seu. Aquele cheiro, aquele odor lhe dava ânsias. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Sentiu seu vestido ver rasgado em pedaços, depois jogados ao chão frio. O inferno iria começar.

A boca feroz foi pressionada contra a sua. Delilah pode sentir o hálito de cigarro, mordeu o lábio de Hector fazendo-o sangrar. Ele riu, sem dizer nada. Retirou sua roupa por completo, batendo agressivamente no rosto da garota que soluçou.

— Olhe para mim!

Hector era sadomasoquista. Buscava prazer na dor. Em questões de segundos, Lila estava nua. Deixando a amostra seus pequenos seios ainda não desenvolvidos por completo. Seu corpo ainda não era desenvolvido. Ela não via a hora daquilo acabar. De aquele homem estar morto.

[...]

Quando percebeu que o homem estava dormindo, Lila aproveitou para sair. Voltou correndo para seu quarto, pegou uma muda de roupa; voltando-se para o corredor novamente. Adentrou o banheiro, simples, afinal nunca teve uma boa condição financeira. Olhou no espelho, ainda nua. Havia hematomas roxos pelo seu corpo inteiro. Encarou a gilete em cima da pia. Pego-a. Passou lentamente pelos seus pulsos, sentindo um líquido viscoso escorrer pelo seu braço.

Nojo.

Era tudo que ela sentia naquele momento. Enfim, entrou no chuveiro, tentando livrar-se do cheiro indesejável. Por mais que doesse seus pulsos e suas pernas, a partir que a água escorria pelo seu corpo, ela continuou. Ódio corria pelas suas veias.

Um estrondo.

A porta esmurrada. Revelando um homem de meia idade.

— Você não deveria ter saído do quarto, Lilinha. – Hector sorriu maléfico.

~♥~

Delilah respirava com difilcudade. Exasperada. Levantou-se da maca, ainda desnorteada. Charles tinha razão, era doloroso demais lembrar-se daquilo. Percebeu que ainda segurava a mão de Steve. O loiro tinha o olhar baixo, mas encarou-a.

— Irei deixá-los a sós. Procure-me depois, Delilah. Irei ensiná-la como controlar seu poder. – Charles alegou antes de sair da sala.

— Me desculpe. – disse Lila, sem olhá-lo.

— Pelo oquê? Lila, - ele ficou em silêncio, parecendo pensar. – Você não sabe o quão grato fico por ter compartilhada essa lembrança difícil comigo. Talvez agora, eu posso te entender.

— Pode?

— É, eu posso. Você é um quebra cabeça bem trabalhoso de se montar.

Delilah soltou um riso, colocando uma mecha atrás da orelha.

— Essa lembrança ainda é pouco, por tudo que já passei. – comprimiu os lábios. - Venha, vou te mostrar o que posso fazer.

Delilah e Steve voltaram para o andar de cima. Caminharam até o jardim, onde Charles estava. Jean Grey, instrutora, ensinava as crianças recém chegadas a controlar seu poder.

— Achei melhor que duas mutantes com poderes iguais pudessem se entender melhor. – o Professor sorriu, assim que notou a aproximação da moça.

— Professor, sabe que eu nasci de um laboratório. Não nasci com o DNA já modificado.

— Porém para o instituto, você é considerada uma mutante. Não importa como conseguiu isso, você é uma preciosidade. Jean! Pode vir até aqui, por favor?

— Olá, Delilah. – cumprimentou a ruiva. –Você precisa treinar para controlar suas habilidades. Consegue levitar, - Jeans olhou para os dois lados, procurando algum objeto. Retirou do bolso, seu celular. – Levite.

Jean segurou apenas com as pontas dos dedos o aparelho.

— Irei soltá-lo.

Assim que a ruiva soltara o objeto, o aparelho ficou intacto no ar. Lila encarava aquilo, sem ao menos piscar. Steve estava impressionado, olhando a cena, perplexo.

— Irá ficar por aqui? – perguntou a mulher, pegando o objeto de volta. Lila balançou a cabeça, voltando para o presente. – Você precisa treinar, irei ensiná-la tudo que precisa. Telecinese, projeção de campo de força, ilusão telepática, controle mental, manipulação, telepatia.

— Tem certeza que sou capaz disso tudo? – perguntou, confusa.

— Poder você tem, basta ter força de vontade. Não sei como conseguiram modificar seus genes, os cientistas foram espertos. – começou Jean. – Acho melhor você e seu amigo descansarem um pouco.

Delilah assentiu, gesticulando a Rogers para que a seguisse. Antes, ouviu algo que a deixou hesitante.

— Ela tem poder.

— Acha que a Fênix pode abandoná-la, e encarnar no corpo da garota? – Charles hesitou.

— Possivelmente.

Lila voltou-se para os quartos, entre os corredores, Steve puxou assunto.

— Então, você é uma mutante?

— Acho que sim. O experimento mudou meu DNA. Eu sou poderosa, Steve. Está explicado o porquê do Pentágono me querer de volta. – suspirou. – Quando tinha dezesseis anos, Nick me trouxe até o instituto no intuito de saber o se ocorria comigo. Eu não tinha controle, as coisas ao me redor começavam a levitar do nada.

— Então você bloqueou suas habilidades?

— O Professor Xavier fez isso a mim. Ele manipulou o poder, deixando-os bloqueados. Se bem que, eu ainda conseguia fazer algumas coisas. Como você pode apreciar em Las Vegas. – a morena parou de frente a um quarto, abrindo-a. – Às vezes eu ficava aqui no instituto. Nesse quarto, então deve ter acumulado poeira.

O local possuía um armário simples e rústico. Duas camas de solteiro e uma poltrona. No canto superior, havia um banheiro pequeno e discreto. E a paisagem que vinha a janela era incrível, podiam ver a entrada da mansão. Lila fechou a porta, se esgueirando na janela. Steve apenas assentou na cama.

— Já se sentiu que sua vida está desmoronando pouco a pouco? – Lila ressaltou.

— Algumas vezes. Por quê? – Steve arqueou uma sobrancelha.

— Eu estou sentindo isso. Hector está solto e a minha procura; o Pentágono está contra mim; tenho que controlar sozinha todo o poder abdicado ao meu corpo. Não consigo dormir sem pensar nisso, eu só queria voltar para minha casa, ter paz, sabe?

—Todos gostariam de ter paz. – ela virou-se para o rapaz, fitando-o. – Você vai se livrar dessa. É só questão do momento certo para que Hector vá preso novamente e o Pentágono desista.

Lila sorriu.

— Você é positivista demais, Rogers.

— Você, não? – contraditou ele, sorrindo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou chato? Tedioso?
Me digam sua opinião. Críticas ou elogios são bem vindos, okay? Digam no que preciso melhorar.
Beijão