P.O.V Ally

Ally? Austin? Gêmeos? MAS O QUÊ?

O que eu tinha acabado de ver? Deve ter sido só uma ilusão da minha cabeça. Estou muito confusa ultimamente. Isso nunca aconteceu, e com certeza não vai acontecer.

Eu e Austin? Pfft, só que nunca.

P.O.V Austin

No outro dia..

Já havia amanhecido, e Ally não acordou. Os pais dela vieram aqui, e viram a filha. Mais gente chorando.

Não que eu não esteja com saudade dela, da sua voz, seus olhos.. Vamos parando por aqui né Austin?

Mas voltando, eu realmente sinto a falta dela. Mas tenho certeza que tudo ficará bem.

A quem quero enganar? Eu acho que dentre os presentes eu sou o mais acabado! E só faz um dia desde que ela entrou em coma.

Mas foi duro. Ficar sem ver seu sorriso. Sem ouvir sua voz suave. Sem ver seus grandes e redondos olhos castanhos..

Sim, eu admito. Eu sou apaixonado pela Ally. E não é de agora. Desde os nossos 16 anos eu não a vejo a mesma. O namoro com a Kira foi todo para encobrir minha paixão platônica por Ally Dawson.

– Allyson tem direito a uma visita. Quem é o candidato? – Dr. Dallas perguntou.

– O Austin. – Penny falou.

– Não Penny, pode ir, ela é sua filha. Eu sei que precisa vê-la. – A contrariei.

– Austin, vá. – Insistiu ela – Eu sei que VOCÊ precisa vê-la. Além do mais, eu aposto que ela também gostaria de vê-lo. – Pela primeira vez naquele dia, eu sorri. A ruiva sorriu de volta. E eu acompanhei o médico até o quarto de Ally.

Entrei e a vi lá. Naquela cama, pálida, com os olhos fechados. Lábios rachados, aparência totalmente diferente da de Ally que eu conheço. Ally era vaidosa. Sempre maquiada. Eu sempre disse que ela era linda de qualquer jeito – o que é totalmente verdade –, mas ela sempre insistiu em usar.

– Oi. – Falei baixinho, mas com esperança de que me ouvisse. – Eu sinto muito sua falta, sabia? – Acariciei seu rosto e a beijei. Não que eu esperasse que ela correspondesse. Eu só queria sentir seus lábios sobre os meus novamente. – Eu te amo.

(.......)

– Austin, vá pra casa. – Falou Penny pela terceira vez. – Ao menos troque de roupa. – Neguei e ela desistiu de me chamar.

– Cara, vamos pra casa. A mãe tá preocupada contigo. Ela me ligou milhões de vezes hoje perguntando de você. – Ryland, meu irmão mais novo tomou a voz dessa vez.

– Ryland, sério, avisa a mãe que eu não saio daqui enquanto a Ally não sair também. E diz para ela não se preocupar. Eu sou grandinho e sei me cuidar.

Ele bufou e disse: – Tá bom. Mas se ela resolver dar uma de mãe vergonhosa e vir te buscar aqui, eu não vou segurar ela. – Só o Ryland mesmo.

– Tá bem, por mim está ótimo. – Levantei minhas mãos em sinal de rendição. – Eu aguento a versão vergonhosa de Mimi Moon.

Horas e horas passaram e bateu um sono enorme, o que me fez acabar dormindo todo estatelado naquela cadeira desconfortável da sala de espera – o que fará um belo estrago nas minhas costas mais tarde.

No meio da noite eu acordo e percebo que minhas costas parecem que está toda quebrando. Eu escuto cada parte da minha coluna estralar. Eu devia ter dormido em um lugar melhor.

Quando finalmente consigo dormir, alguém me cutuca. Era Dr. Dallas, médico de Ally.

– Austin! Tem alguma coisa muito ruim acontecendo com Allyson. – Ele falou, com tom extremamente preocupado. – Ela não para de repetir seu nome. Os batimentos cardíacos dela estão altíssimos, além de quê com a entrega dos exames de hoje, descobrimos que ela bateu com a cabeça. E precisamos leva-la para cirurgia imediatamente.

– Levem-na, façam que ela fique bem. É só o que eu peço.

– Faremos o possível. E o impossível também.

Ele correu e levou Ally para a sala de cirurgia.

Só espero que ela fique bem..

Continua...