Love The Shadows escrita por Jocy Di Ângelo


Capítulo 8
Muitas surpresas para um dia só


Notas iniciais do capítulo

HEY OH ~leva pedrada~ Já acabou Jéssica?
Sei que eu demorei (Jura? Ninguém reparou né?), mas é que eu fiquei sem internet o mês inteiro -pra que eu fui tentar baixar aquele jogo mesmo?
Mas isso não me impediu de continuar a fanfic, agora, sem mais demoras
AO CAPÍTULO!



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Já fazia uma semana desde que eu cheguei aqui em Eldarya. Ykhar ultimamente tem agido estranha comigo, ela fica nervosa. Quase nem mais falo com os rapazes ou Miiko, e Alajea e eu estamos mais confusas do que nunca. Blume, a minha pequena Becola, tem crescido muito e o Black Dog que ajudei na floresta vem me visitar cada noite.

Lembro-me quando perguntei a Kero sobre aquela criatura, ele ficou nervoso no começo, mas me explicou exatamente o que era, do perigoso que podem ser e dos cuidados que eu deveria ter quando me encontrar cara a cara, mas eu confio no Black Dog que vem me visitar. Mery e eu ficamos mais próximos, tão próximos que considero-o como um irmão menor. Muitas coisas ocorreram esta semana, mas somente uma coisa ainda perturba a minha cabeça: Minha metade Faelienne.

Fiquei me perguntando qual era a minha outra metade. Que espécie eu sou? De quem eu herdei essa outra metade? Minha mãe ou meu pai? Pensando neles, será que eles estão preocupados comigo? Será que eles estão me buscando? Se existisse uma forma de eu saber como eles estão, ou talvez, de dizer a eles que estou bem aqui em Eldarya.

Senti Blume se remexer em cima da minha barriga. Estava deitada na grama, afastada da vila e do Q.G, precisava pensar um pouco. O céu hoje estava com nuvens brancas cobrindo quase toda a imensidão azul. Isso me traz tantas lembranças de casa, dos meus amigos...

–Samantha! –alguém gritou meu nome, fazendo que Blume e eu levássemos um susto.

Ykhar corria em nossa direção sem mais algum tipo de fôlego. Por que ela esta sempre correndo? Esse é um dos grandes mistérios que eu nunca eu vou saber. Levantei-me limpando minhas roupas enquanto Blume se espreguiçava no chão.

–Ykhar, pelo amor, não faça mais isso. –digo- O que foi que aconteceu?

–... –ela fez sinal de espera enquanto tomava fôlego para poder falar- Preciso que você me acompanhe!

Ela pegou meu pulso e me puxou pra só Deus sabe onde. Blume batia freneticamente as asinhas tentando seguir os passos apressados de Ykhar. Ela me levou para dentro do Q.G no corredor das guardas, e ficamos paradas na frente de uma porta.

–Ykhar, por que você corre tanto? –pergunto.

–Eu tenho pernas curtas, esqueceu? –na verdade eu nunca reparei nisso, pensei.

–E do mesmo jeito você é mais alta que eu. –digo e ela me da uma cotovelada no braço- Ai!

–Ta, eu tenho que te mostrar uma coisa! –ela tira uma chave de um dos bolsos do vestido e abre a porta- Bem-Vinda Sammy!

Quando a porta se abriu, pude ver um quarto pintado de roxo com desenhos de rosas na parede, uma cama que parecia ser confortável, guarda roupas, prateleira de livros, etc... Fiquei confusa vendo aquela cena. Ykhar me empurrou para dentro sem nenhum sinal de dó.

–Ykhar... –chamo-a- O que significa isso?

–Esse é o seu quarto! –Kero entrou no quarto junto de Miiko e dos rapazes. –Pensamos que você merecia ter pelo menos um quarto só pra você, enquanto esta em Eldarya.

–Nossa, obrigada! –digo envergonhada- Eu adorei! Obrigada mesmo.

–Não é pra gente que você tem que agradecer. –diz Valkyon olhando para Miiko, que, milagrosamente, estava sorrindo. Isso explica o céu com nuvens.

–Não precisa agradecer Samantha. –diz Miiko- Pelo menos agora você vai poder sair do quarto da Ykhar.

–Ei! –reclama a ruiva. –Que seja, que bom que você gostou! É uma surpresa de boas vindas... Atrasadas.

Isso sinceramente não esperava deles. Eles se deram o trabalho de fazer um quarto só pra mim, sendo que eu praticamente não fiz lá muita coisa por eles. Claro que eu já pensei em buscar Ykhar ou Kero para receber uma missão, mas eles sempre se afastavam. Minha pequena bolinha voadora entrou no quarto e deitou na cama cansada.

–Ah, já ia esquecendo. –diz Ezarel. Ele saiu do quarto e em poucos segundos ele trouxe um tipo de caminha para gatos, só que maior. –Fiz esta caminha para o seu familiar. Espero que ele goste.

Blume chiou brava.

–Primeiro, é ela e o nome é Blume. –digo- E em segundo, obrigada Ezarel.

–Eu fiz isso pra ELA. –ele da ênfase no “Ela”- Então não precisa agradecer.

Depois de alguns minutos conversando, eles decidiram deixar-me apreciar meu quarto. Por alguma estranha razão, Nevra não falou nada, somente sorria. Alguma coisa naquele sorriso não me agradava nada. Ele só pode estar aprontando alguma coisa, e coisa boa não é. Quando todos já estavam preste a sair, ele disse:

–Obrigado pela cópia das chaves, pessoal! –falei que coisa boa não era.

–Cópia das chaves? Isso é uma brincadeira, né? –tentei ocultar o nervosismo, mas tudo foi por água abaixo quando ele pegou uma chave idêntica que Ykhar tinha me dado. Olhei diretamente para a garota de cabelos ruivos.

–Não olha pra mim. O encarregado da chave era o Kero. –olhei indignada para o garoto de cabelos azuis.

–É, mas se não fosse pela Ykhar ele não teria insistido tanto! –ele revirou.

–Mas, mas...

–Já chega! –grita Miiko- Agora vamos deixar Samantha apreciar seu quarto novo. Depois resolvemos este assunto.

Miiko sorriu pra mim. Ela. Sorriu. Pra. Mim. Nunca vou esquecer este momento! E saiu do quarto, os outros também saíram e, como sempre, Nevra deu uma piscadela para mim. Não vou conseguir dormir tranqüila á noite sabendo que ele tem uma cópia da chave do meu quarto.

Deitei-me na minha cama macia e fiquei olhando o teto branco. Então era por isso que todos estavam estranhos comigo nessa semana: Eles estavam construindo este quarto para mim. Até o Ezarel ajudou!

Cerrei os olhos por um momento...

X-X-X

Não tenho idéia de onde estou, mas não parece ser dentro dos muros de Eel. Parecia mais uma clareira da floresta. A grama verde brilhava com o por do sol e os pequenos familiares corriam entre as árvores.

Alguém estava tentando se esconder atrás de uma árvore, mas eu não conseguia ver seu rosto. SÓ PODE SER O MASCARADO, pensei. Caminhei até ele decidida á ter respostas, mas quando cheguei mais perto, vi que não era o mascarado. Era o Nevra!

Ele sorria de maneira gentil, não como um pervertido. Em suas mãos ele carregava um buquê de flores, que identifiquei ser algum tipo de tulipas brancas. Ele me entregou o boque me olhando de maneira... Apaixonada!

Ele se aproximou vagarosamente do meu rosto. Eu conseguia sentir seus lábios sobre os meus, sua mão gélida segurando meu rosto com delicadeza. Uma tentação de beijar-lo preencheu-me por completo. Eu queria, eu desejava aquilo...

X-X-X

Abri os olhos calmamente. Olhei ao redor e ainda estava no meu quarto. Não consigo acreditar que eu tinha sonhado com o Nevra e ainda tinha o desejo de beijar-lo! Mas eu realmente sinto esse desejo?

–Nevra!

Um grito vindo do corredor chamou minha atenção. A porta estava entre aberta, deve ser por isso que consegui ouvir o grito. Olhei a janela e o sol já está se pondo novamente.

–Nevra, me espera!

Outra vez, mas agora já tenho uma idéia de quem está gritando: Kero. Corri até a porta e pela pequena abertura da porta vi Kero e Nevra no meio do corredor. Kero não parecia nada feliz,e ao mesmo tempo incomodado.

–Aconteceu alguma coisa Kero? –perguntou Nevra.

–Sim, sim aconteceu! –diz Kero- Não conseguimos conversar direito esta semana por causa do quarto da Samantha, mas agora temos tempo de sobra.

–Vamos Kero, fala logo o que você quer!

–Quando eu voltei com o teste da Samantha uma semana atrás, o que você pretendia fazer com ela?

–Kero! –Nevra fingia indignação na voz- Isso é coisa que se pergunta?

–Quando se trata da segurança da Samantha, sim! –agora ele parecia bravo- Eu vi que você esta quase cravando os dentes no pescoço da Samantha.

O que? Cravando os dentes? Me aproximei mais para ouvir melhor.

–Eu? –agora Nevra parecia nervoso- Como você pode pensar que eu seria capaz de machucar a Sammy?

–Não se faça de santinho Nevra, porque todos nós sabemos que você não é. Desde que a Ykhar te emprestou aquele livro você está fazendo de tudo para ficar mais próximo da Samantha.

–Ah, aquele livro... Sinceramente, os humanos tem uma interpretação ruim sobre minha espécie.

–Não troque de assunto. O que você ia fazer?

–Somente estava brincando com ela, nada mais. –ele deu de ombros.

–E brincar agora é beber o sangue dela?

Livro? Beber sangue? Ok, isso está ficando muito estranho!

–Kero, eu sei me controlar! E eu nunca iria fazer algo para machucar a Sammy. Não sou como todos os vampiros.

Espera um minuto! Ele falou vampiros? O Nevra é um Vampiro?

–E é isso que me preocupa também! –a voz de Kero parecia preocupada- Caso alguma hora você perder o controle...

–Olha Kero –diz Nevra- Já deu! Já entendi que você está preocupado. Agora, vou me retirar. Obrigado!

Afastei-me da porta quando ele passou por ela. Ele parecia nervoso e bravo ao mesmo tempo, coisa que me deixou incomodada. Sentei-me na cama e Blume venho até mim. O Nevra é um vampiro, e isso nunca passou pela minha cabeça. Cabelos negros, pele pálida e fria, eu sou tão trouxa assim ao ponto de não notar tal fato?

Kero disse que depois que a Ykhar emprestou um livro pro Nevra ele agora esta tentando ficar mais próximo de mim. Melhor eu ir ver que livro é esse! A curiosidade matou o gato, mas eu não posso impedir isso.

Bati na porta do quarto dela e em poucos segundos ela abriu a porta.

–Oi Samantha. –ela diz- Aconteceu alguma coisa?

Sim, muita coisa!

–Não, ainda não. –digo- É que eu estava pensando se você não teria um livro para me emprestar?

–Claro, que tipo você quer?

–Bem... Ultimamente você emprestou um livro pro Nevra? –pergunto e ela me olha confusa.

–Sim, por quê?

–É que eu fiquei curiosa pra saber que livro é esse que fez o Nevra querer ler-lo. –sou uma péssima mentirosa.

Ela entrou de volta pro quarto e trouxe um livro em suas mãos. Capa negra, uma maçã vermelha e o nome “Crepúsculo” brilhava em letras prateadas. Então esse é o tal livro.

–Aqui, tome! –ela me entregou o livro- Não é lá muito bom, mas o Nevra pareceu adorar. Deve ser pelo fato de ter uma garota normal e um vampiro no meio.

–Obrigada, Ykhar! –digo e volto para meu querto.

Agora entendi o que ele quis deizer com “Os humanos tem uma interpretação ruim sobre minha espécie.”


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Notas finais do capítulo

Eu sei, a fic ta um pouco parada, isso porque o mistério real está no meio desses capítulos. Antes de chegar no capítulo em que a treta vai ficar feia, leiam bem os capítulos. Tem coisas que você precisam ter em mente... Muahahaha!
Até... Amanhã? Não sei, talvez?