A seleção - Interativa escrita por MisteryGirl


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oie, minhas estrelinhas! Sei que o que mais tenho feito ultimamente é pedir desculpas a vocês pela demora para postar, então, decidi que será melhor se eu postar os capítulos uma vez por semana, pois infelizmente não estou tendo muito tempo. Não pensem que é falta de inspiração, pois amo escrever para vocês, é falta de tempo. Mais saibam que todo o tempo livre que tenho dedico a vocês. Peço que não fiquem chateadas.
Quero agradecer pelos comentários de vocês, fico feliz por receber cada um deles por mais pequeno ou grande que seja. Agradeço também pelas recomendações que algumas de vocês fizeram, fiquei imensamente feliz em ler cada palavra.
Desfrutem!



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Fleur

Enquanto um cliente espera embalo dois buquês de flores ao mesmo tempo, esse é um dos meus favoritos passatempos. Perdemos muitos clientes ultimamente e isso aconteceu de repente. Acredito que a notícia tem se espalhado e por isso que perdemos muitos clientes.

Nasci uma Sete, filha de jardineiro. Meu pai começou a crescer durante uma primavera-outono e seu nome foi reconhecido, como “Dedos Verdes”, pois diziam que fazia até mesmo florescerem lírios em meio ao inverno. Foi assim que juntamos dinheiro suficiente para montar uma floricultura e nos tornamos Três.

Enquanto dou um laço na fita do segundo buquê observo o cliente que os encomendou. Ele esfrega as mãos o tempo todo, como se estivesse com frio, então presumo que ele está nervoso. Ele não é muito novo nem velho demais, acredito que provavelmente deve ter uns 54 anos. Essas flores devem ser para sua esposa ou filha, provavelmente está nervoso porque é uma data especial.

Assim que termino de embalar seus buquês o entrego. Ao me pagar ele sorri e vira as costas para ir embora, mas percebo que ele me deu dinheiro sobrando, então chamo-o e acrescento mais uma rosa em cada buquê. Não entendo quando os outros me dão “presentes”, sempre acho que precisarei dar algo a esta pessoa, incluindo abraços, palavras ou flores. Não consigo viver pensando que deixei de pagar o que devo. Não há sentimento que prevaleça no meu coração que o senso de justiça. E essa justiça me faz ter honra. Me considero uma pessoa digna e disposta a arriscar tudo para retribuir algo que me fazem.

Olho para o relógio e vejo que já está na hora de encerrar o expediente. Viro a plaquinha de “fechado” da loja e tranco as portas. Saio pela porta dos fundos e a tranco.

No caminho para casa observo a cidade enquanto caminho, está tudo agitado, as pessoas caminham de um lado para o outro, apressadas para chegar em casa para assistirem ao Jornal Oficial.

Também me inscrevi para a Seleção, mas não pelo mesmo motivo que a maioria das garotas. A Seleção é o único meio de conseguir o dinheiro necessário para impedir a execução do meu pai em Praça Pública. Nós não temos o suficiente para pagar e a execução está marcada para pouco tempo depois do sorteio da Seleção, ou seja, em poucos dias. Tenho esperança de conseguir conversar com o príncipe ou com algum membro da família real e convencê-lo de que meu pai é inocente para que o soltem e não o matem. Não sei como seria minha vida sem meu pai. E tudo isso está acontecendo porque ele estava na hora e local errado ao lado de um cadáver recém-assassinado. Papai não me contou o que aconteceu exatamente, pois ele quer me proteger, mas acredito em sua inocência e sei que ele não teve nada a ver com o assassinato.

Chego em casa e me sinto um pouco só, todos os lugares para que olho me lembram a presença do meu pai, nem sei em que condições ele vive na prisão, pois não posso visitá-lo. Não por enquanto.

Ligo a TV e o Jornal já tem começado, não faço ideia em que Selecionada está. Vou até a cozinha e pego um copo de leite para mim. Enquanto estou voltando para a sala escuto meu nome ser chamado pelo apresentador.

– Fleur Níobe de Savoya, da Flórida, florista, Três. Tem 20 anos.

Meu copo de leite cai no chão e só consigo pensar na liberdade de meu pai. Só espero que o príncipe seja nobre o suficiente para acreditar na inocência dele.

~*~*~

Kamille



Estou voltando para casa acompanhada das minhas amigas, Izadora e Camila, minha aula de violão só não foi melhor porque tivemos que voltar mais cedo. Hoje será a apresentação das selecionadas para A Seleção do príncipe Daniel e minha mãe não quer que eu perca de forma alguma. Eu e ela não nos damos muito bem, mas ela é minha mãe, tenho que obedecê-la.

– Seu irmão estará em casa, Kami? – pergunta Izadora.

– Sim, por quê?

– Acho que nós vamos assistir ao Jornal na sua casa – responde Camila e dá uma risadinha para Izadora.

– Podem tirando o cavalinho da chuva, não divido o Jason com ninguém – digo.

Elas riem e piscam pra mim. Sou muito ciumenta quando se trata do meu irmão, ele é a pessoa que mais amo no mundo, e também é meu melhor amigo. Também tenho outro irmão, o Liam, nós nos damos bem, mas ele já é casado e não é mais da nossa casta, então não nos falamos muito.

Faço aulas de violão – escondido – graças a Izadora e a Camila. Sou a filha mais nova e minha mãe me culpa por meu pai ter se casado com outra, então ela me proíbe de fazer as coisas que gosto, como cantar e tocar, mas não ligo, sempre tive amigos muito bons que sempre me apoiam. Sou uma Cinco, então tenho talento para a arte e minha mãe me obriga a pintar, pois não quer que eu cante. Tenho talento para a pintura, mas isso nunca foi o que eu realmente quero. Por isso me inscrevi na Seleção; para poder melhorar minha vida pelo menos um pouco, e quem sabe eu não me apaixono pelo príncipe...

Chego em casa com as meninas e subo diretamente para meu quarto, não vi minha mãe na sala, então acho que provavelmente ela deve estar ocupada no quintal ou na cozinha. Jason deve ter escutado minha chegada pois alguns segundos depois que tranco a porta ele dá leves batidas e abre, colocando só a cabeça para dentro.

– Estou atrapalhando? – pergunta ele.

– Claro que não! – Izadora responde e logo se levanta e vai terminar de abrir a porta para ele.

Reviro os olhos e olho para a Camila.

– Daqui um pouco e ela babará pelo seu irmão – cochicha Camila.

Sorri e olhei para Izadora, mesmo estando com um pouco de ciúmes. Izadora nem hesita em dar uma abraço em Jason e foi engraçada a reação surpresa dele, mas acho que ela já foi longe demais. Me levanto e vou até eles.

– Ok, vamos parar com isso, né? Chega de agarrar meu irmão! – digo me colocando no meio deles.

– Que tal irmos assistir ao Jornal Oficial? Acho que já começou – propôs Camila.

– Ótimo! – digo.

Descemos todos para a sala, com Izadora e Jason falando baixinho atrás de nós. Minha mãe já estava assistindo ao Jornal e ela olhou para nós – eu, Camila e Izadora – com a cara fechada. Ela nem sempre gosta quando trago minhas amigas aqui, mas não ligo. Também tenho meus direitos.

– Você também se inscreveu para a Seleção, Camila? – Pergunta Jason.

– Sim, quero muito conhecer o palácio e a família real – responde quando sentamos no sofá.

Grivery começa a apresentar as selecionadas alguns minutos depois que nos sentamos. Todas as garotas que foram apresentadas até agora são bonitas, mas confesso que não gostei de algumas, parecem ser metidas demais, provavelmente são as garotas de castas altas.

– Kamille Dandara Alencar, de Chester's Mill, pintora, Cinco. Tem 17 anos.

Vai ser bom fazer novas amizades, elas vão me ajudar a esquecer os problemas que tenho em casa com minha mãe, e provavelmente vou me esquecer a relação do Jason com a Izadora por um tempo.

~*~*~

Paige



Rodopio mais algumas vezes em cima do palco do antigo Teatro Municipal, algumas pessoas estão amontoadas em volta de mim olhando minha pequena apresentação. O Teatro está muito lotado hoje, pois grande parte dos Cinco de Holland virão assistir ao Jornal Oficial aqui. Passo boa parte do tempo aqui, desde que nasci, e nunca me canso de rodopiar em cima deste palco.

Mesmo depois do incêndio que ouve aqui o palco não foi atingido e o melhor de tudo é que ele é enorme. Estamos divididos em vários subgrupos em cima do palco, cada um fazendo o que sabe fazer. Meu pai, por exemplo, está ao fundo do palco dando aulas de violino para um de seus alunos, não é a toa que ele é conhecido como “ouvido absoluto”.

Avisto mamãe ao longe com minhas irmãs e termino minha apresentação rapidamente para poder ir para perto delas. Ao chegar perto delas dou um abraço em Jasmin e em Otilie, minha duas irmãos mais novas.

– Tem mais um capítulo pronto, assim que o Jornal acabar te mostro – Otty diz quando a abraço.

Otty é uma garota quieta e tímida. Normalmente corre de todos, é assustadiça. Mas uma grande pintora. Ela não gosta de contato físico e de barulho, diferente de Jasmin. Otillie normalmente não está no mesmo ambiente que Jas, mas tem um talento muito lindo, que é a escrita. Amo ler as histórias que ela escreve, e a única pessoa a quem ela mostra suas histórias é a mim.

Jas me puxa um pouco longe da mamãe e da Otty e cochicha no meu ouvido.

– Você nem vai acreditar no que o Justin fez – diz ela. – Ele está passeando para cima e para baixo com a Daniela. Minha vontade é... Arg!

Jas é apenas um ano mais nova que eu e por isso nos dmos muito bem. Somos melhores amigas. Jas é temperamental e sanguínea, explode facilmente e se irrita constantemente. Mas não costuma descontar fisicamente, ela gosta de gritar. É barulhenta, agitada e incansável. Frenética. Com ela não há calma. Mas a amo e gosto de ouvir sua desilusão amorosa com Justin, ela está apaixonada por ele e acredito que ele também está apaixonado por ela, mas ela tem um gênio muito difícil e acho que é isso que o afasta um pouco dela.

– Fique calma, tudo vai se resolver, aposto que ele não tem a intenção de irritar você – digo para acalmá-la.

– Como não? Ele sabe que eu e ela não nos damos muito bem.

– Você não pode privá-lo de ter amizades, e enquanto você não tomar coragem e contar para o papai que ele quer namorar você ele continuará agindo assim, você o conhece melhor do que eu.

– Papai nunca me deixará namorar, sou muito nova.

– Eu sou apenas um ano mais velha que você e ele deixou eu me inscrever em uma competição para concorrer à mão do príncipe, tenho certeza que você conseguirá convencê-lo – falo e a abraço novamente.

– Meninas, venham para perto do palco, o Jornal começará – chama minha mãe.

Pisco para Jas e enlaço nossos braços para irmos juntas para perto do palco. Assim que chegamos perto do resto da nossa família sentamos no chão assim como o resto das pessoas no teatro. Como tem muitas pessoas decidimos não colocar cadeiras, pois seria injusto algumas pessoas ficarem em pé, então decidimos todos sentar no chão, aconchegados nas nossas famílias e amigos. Amo isso.

Assim que Grivery começa a apresentar as Selecionadas todos no teatro batem palmas, e isso se segue toda vez que uma Cinco é apresentada.

– Paige Allison Brook, do Michigan, bailarina, Cinco. Tem 16 anos.

Assim que meu nome é anunciado se forma um festa ao meu redor. Minha mãe me abraça já com lágrimas nos olhos.

– Estou tão orgulhosa de você querida – diz mamãe.

Sei que sentirei falta dos meus pais, da Jasmine, da Otty, dos meus dois irmãos mais novos, mas estou muito feliz por saber que fui selecionada. Quem sabe o príncipe não seja meu conto de fadas e meu final feliz.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me pelos erros, não tive tempo de revisar o capítulo. O blog brevemente será atualizado com as fotos das novas selecionadas.
COMENTEM! PRECISO SABER A OPINIÃO DE VOCÊS.

PERGUNTA PARA AS SELECIONADAS:
O que vocês acharam da Fleur? Gostariam de ser amiga dela?
O que vocês acharam da Kamille? Gostariam de ser amiga dela?
O que vocês acharam da Paige? Gostariam de ser amiga dela?

Hoje só temos essas perguntas, no próximo capítulo tem mais.
Não fiquem chateadas comigo ;)
BJ minhas estrelinhas!