A seleção - Interativa escrita por MisteryGirl


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oie, minha lindas! Desculpem a demora para postar, mas tive alguns imprevistos essa semana e não tive muito tempo para escrever, mas hoje estou aqui e para compensar postarei dois capítulos hoje, e teremos cinco selecionadas. Gostaram da notícia?
Bem, vamos ao capítulo porque o tempo é precioso. ;)



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Amanda

Passo o lápis levemente pelo papel, dando mais uma curva na borda do lindo vestido, que nem acredito que consegui desenhar. Ou melhor, acredito sim, porque é isso que eu faço. Nunca faço nada que não seja perfeito, e acho que é por isso que sou tão perfeita. Nasci para brilhar. Sozinha. Nunca precisei de ninguém pra subir na vida, ou melhor, eu nunca precisei subir na vida, pois já nasci rica e famosa.

Sou modelo e amo desenhar, mas minha mãe diz que isso é uma fraqueza, pois só quem trabalha com arte são os ignorantes de castas baixas. Concordo com ela e por isso que guardo meus desenhos dentro de uma caixa com tranca.

Eu e meus pais nunca fomos “unidos”, pois prefiro passar meu tempo desfilando nas passarelas do que dando a atenção a eles. Eles são ricos, não precisam de mim. Minha fama é a única coisa que me importa.

Acredito que eu sou a pessoa ideal para o cargo de rainha, pois tenho classe e sou linda. Não é apenas isso que uma rainha precisa? Claro que sim! E eu serei a rainha, custe o que custar. Não me importa o que terei que fazer ou quanto charme terei que usar, nem quantas meninas terei que colocar contra o príncipe. Ganharei essa Seleção.

Fecho meu caderno de desenho e o coloco dentro da caixa, tranco-a logo em seguida. Ouço meu telefone tocar e vou até minha bolça e o pego. Gordan. Quando ele vai parar de me perseguir?

– Gordan, querido...

– Não tente me enrolar amanda. Que história é essa que você se inscreveu para a Seleção? – Diz com a voz alterada.

Quem ele pensa que é?!

– Não é história, é verdade.

– Você disse que me amava, Amanda. Disse que nós nos casaríamos...

– Oh, por favor, pare de choramingar e seja um homem. – ouvi o silêncio do outro lado. – Eu disse que te amava da mesma forma que diria a um Oito. Você é bonito, eu sei. Você é sobrinho-neto de um dos conselheiros do rei, eu sei. Mas, cá pra nós, eu mereço coisa muito melhor. Serei a rainha, não posso mais perder meu tempo com pessoas como você.

Como ele pode achar que eu escolheria ele ao invés da coroa? Haja paciência!

– Você é uma mentirosa...

– Essa é minha melhor qualidade – o interrompi.

– Você vai se arrepender disso...

– Como? – o interrompi novamente. – Você vai mandar seu tio conversar com o rei? O que ele dirá? “Majestade, sua futura nora trocou meu sobrinho-bastardo-idiota-neto por seu filho”? – Uma gargalhada escapou. – Faça-me o favor e não me ligue mais, Gordan.

Desliguei o telefone, sem nem esperar ele responder. Sua voz estava me dando náuseas.

Sai do meu quarto e fui para a sala de TV. O Jornal logo começaria e eu não iria perder nem um segundo dele.

Quando o jornal começou e as selecionadas começaram a ser apresentadas fiquei decepcionada com a maioria delas, onde estão as Dois que não foram boas o suficiente para serem escolhias?

Olho a expressão do príncipe e vejo que ele é “todo sorrisos” para todas, provavelmente ele é um bom ator. Será muito fácil conquistá-lo.

Em seguida, a voz de Grivery é como música para meus lindos e atentos ouvidos.

– Amanda Salvatore, da Flórida, modelo, Dois. Tem 18 anos.

Olho para o canto superior direito da tela e vejo o irmão mais velho do príncipe Daniel se aproximar de seu ouvido e falar algo. Ótimo! Conquistei os dois irmãos.



~*~*~

Leena

Folheio o livro de inglês à minha frente, e confesso, hoje não estou muito animada para estudar. Estou um pouco ansiosa para o Jornal Oficial e também porque estou um pouco preocupada com minha mãe. Somos Três, mas a nossa situação não está boa. Meu pai morreu e não nos deixou quase nada; mamãe não me deixa trabalhar, para me dedicar nos estudos. Então é ela que banca nós duas e a casa. Dispensamos a empregada assim que papai morreu e descobrimos que ele não tinha nos deixado muito dinheiro, e não sei o que foi pior, perdê-lo ou descobrir que ele não tinha nos deixado nada.

Fecho o livro e olho para a foto do meu pai que está colada na cabeceira da cama. Sinto saudade dele, muita. Ele era um bom homem. Me pergunto se meu futuro marido será como ele. Sinceramente não sei, pode ser até o príncipe. Dispenso esse pensamento rapidamente da minha cabeça, não quero criar esperanças. E não posso me esquecer que não estou na Seleção para me apaixonar. Tenho que ajudar minha mãe.

Já me peguei me imaginando na Seleção, isso é idiota, eu sei. Mas não consigo parar de pensar em como minha mãe ficará se eu for sorteada. Moramos sozinhas aqui nessa casa, e se eu for para o castelo ela ficará aqui sozinha, e isso significa que eu não vou ter um minuto sem preocupação naquela Gaiola de Ouro.

Olho para o relógio e vejo que já está na hora do Jornal Oficial. Estranho, mamãe não veio me avisar ou me chamar para assistir com ela. Saio do quarto e vou para a sala a procura dela. A TV está ligada e o Jornal já começou, mas ela não está lá.

Estou prestes a sair da sala a procura dela quando reparo no controle caído ao lado do sofá. E é aí que vejo. Não deixaria de reconhecer aquela mão. Corro para perto do sofá e a medida que me aproximo o medo dentro de mim aumenta. Ao ver seu corpo caído atrás do sofá entro em desespero, não consigo segurar as lágrias. Coloco cuidadosamente sua cabeça no meu colo e tento acordá-la com tapinhas na bochecha, mas não tenho nenhuma resposta. Coloco sua cabeça novamente no chão, me levanto e vou correndo para a dispensa a procura de álcool e algodão. Assim que o acho vou para perto dela novamente. Molho o algodão com álcool e aproximo o mesmo do nariz dela. Nada. Faço novamente enquanto peço em pensamento. Acorde! Não me deixe, preciso de você. Você é tudo o que eu tenho...

Depois de algumas tentativas a vejo mexer a mão levemente. Seus olhos abrem e sinto meu corpo relaxar. Ela olha pra mim um pouco confusa e depois pousa uma das mãos na testa.

Leena Morgan, do Mississípi, estudante, Três. Tem 17 anos.

Ao ouvir meu nome olho para a TV e deparo com minha foto. Nem morta deixarei minha mãe sozinha.

~*~*~

Anny

Sinto o suor escorrer pela minha testa e tento enxugá-lo antes que ele chegue a meus olhos, mas só consigo livrar um olho. Meu olho direito começou a arder e tive que pousar o machado rente ao tronco da árvore e comecei a esfregar meus olhos.

– Está precisando de ajuda, Anny? – ouvi uma voz masculina dizer.

Sabia que era o James, a voz dele era grossa e rouca. As vezes ele me ajudava a carregar alguns pedaços de madeira, principalmente quando via que estava pesado demais. Mas também conseguia ser insuportável quando queria.

Tirei a mão do olho e ignorei o incomodo que ainda estava tendo, ao olhar pra ele.

– Nada, foi apenas o suor – respondi.

– O trabalho de lenhadora não é fácil, se não consegue aguentar sabe que pode desistir, não é?

Ele falou sério, mas sabia que estava brincando, era assim que ele sempre brincava.

Peguei o machado e o choquei contra a árvore, depois olhei para ele.

– Posso ser apenas uma moça, mas aguento muito mais peso do que muito marmanjo. Você deveria me respeitar – disse.

Ele ficou calado por alguns segundos.

– Seu turno já acabou. Pensei que a primeira coisa que você faria ao largar seria ir correndo para casa assistir ao Jornal Oficial e ficar babando pelo príncipe.

Revirei os olhos.

– Não sou uma patricinha sonhadora. Quero ajudar minha família. E quer saber? Cansei de você, já deu minha hora.

Me despedi dele e de mais alguns amigos que estavam trabalhando por perto. Segui meu caminho para casa e vi uma casa em meio a uma festa no meio do caminho. Provavelmente era algum Dois fazendo festa em torcida por alguém.

Quando abri a porta de casa mamãe já estava sentada no sofá com meus dois irmãos Daniel e Elai, se dividindo para dar comida aos dois. É bom ver que hoje temos uma quantidade decente de comida para dar a eles. Somos Sete e muitas vezes não temos muito o que comer, pois o salário de empregada da minha mãe e o meu não dá conta de tudo. Muitas vezes eu e mamãe tivemos que abrir mão do nosso prato de comida para ter o que dar para meus irmãos, que ainda são bebês.

Sempre tive o sonho de ser uma conselheira, ajudar as pessoas, realizar projetos para o melhoramento de vida das pessoas de castas inferiores, dar melhores condições de alimento, entre outras muitas coisas. Mas acima de tudo, ajudar minha família e protegê-los. Acredito que a Seleção será muito importante para que eu poça mostrar minha capacidade, e quem sabe, realizar meu sonho ou me apaixonar.

– Que bom que chegou, já estava ficando preocupada, querida – minha mãe fala ao me ver.

– Acabei perdendo a hora.

– Deixei um pouco de sopa no forno do fugão para você. Nossos vizinhos foram muitos gentis em nos dar um pouco.

A família Calaway sempre nos ajuda. E é ótimo ter vizinhos como eles, são nossos amigos, e mesmo sendo uma família de Quatro, não nos tratam com indiferença.

Ouço a voz de Grivery vir da televisão – que foi doada pela família Calaway. Eles iam jogá-la fora, mas a Sra. Calaway generosamente decidiu nos dar para que pudéssemos assistir ao Jornal Oficial em nossa casa.

– O Jornal já começou? – Pergunto ao pegar o prato de sopa no forno do fogão.

– Sim, ele já apresentou duas Selecionadas, venha ver como essa é bonita.

Me dirigi para a sala com o prato de sopa nas mãos. Cheguei a tempo de ver a foto da terceira selecionada, muito bonita por sinal. Na minha opinião, todas que se seguiram são lindas, algumas mais que outras. Em alguns momentos olhei para o rosto do príncipe e a meu ver ele parecia uma estátua com um sorriso no rosto, certamente estava nervoso.

– Anny Amelia Lancaster, do Canadá, lenhadora, Sete. Tem 17 anos.

Dessa vez quando olhei para o rosto do príncipe vi o mesmo sorriso em seu rosto, mas havia algo diferente lá. Seu sorriso parecia mais... terno. Por um momento me perguntei se aquele sorriso era porque ele tinha gostado de mim ou era por... pena.


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Notas finais do capítulo

Hoje não estou com muita inspiração para falar em notas, mas estou muito feliz por poder postar. Hoje não teremos muitas perguntas, mas em breve chegarão mais ;)
Estou sentindo falta de algumas garotas nos comentários. Comentem meninas, a opinião de vocês é muito importante.

PERGUNTA PARA AS SELECIONADAS:
1. O que acharam da Amanda? Gostariam de ser amiga dela?
2. O que acharam da Leena? Gostariam de ser amiga dela?
3. O que acharam da Anny? Gostariam de ser amiga dela?
4. Quem vocês gostariam que narrasse o primeiro capítulo depois das apresentações das selecionadas?
*
No próximo capítulo colocarei uma lista das selecionada, porque tive um probleminha com as fichas, mas não se preocupem.
PS: Desculpem-me pelos errinhos.
BJ, minhas estrelinhas!