Aqueles que foram, Sem nunca terem sido... escrita por BecaM


Capítulo 4
O Garoto da Festa - Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!



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Não sei ao certo quando começou. Não sei como e não sei porquê, mas o que eu sei, é que: ele parece ser diferente. Diferente do quê, aliás? Diferente de todos. Diferente dos meus amigos, diferente das pessoas com quem convivo. Diferente de todos os caras por quem já me apaixonei. Mas isso não é explicação, certo? Afinal, todos eles em algum momento me pareceram tão diferentes e tão certos. É tudo uma questão de tempo.

Não sei como descrevê-lo. Afinal, mal o conheço direito para escrever tão poeticamente quanto pretendo. O conheço há tão pouco tempo que me surpreendi ao perceber o tamanho da queda que acabei deixando-me ter. Nem sei quando isso começou. Não sei se foi quando ele sorriu para mim pela primeira vez. Ou quando o vi no canto da sala, observando todos os rostos desconhecidos que passavam. Ou quando ele se sentou ao meu lado nas aulas de Química. Talvez, tenha sido quando resolveu ser parte de meu grupo no Laboratório. Tudo o que sei, é que me dei conta na noite da festa.

Aquela festa que eu fui acompanhada de minhas amigas. Aquela festa que ele sentou-se ao meu lado quando me vi sozinha. Aquela festa que eu dancei funk pela primeira vez. Aquela festa em que eu o vi vestindo aquela camisa azul pela primeira vez. Aquela festa em que eu o procurava com o olhar para observá-lo dançando tão despreocupadamente.

Ah… Ele dançando… Era algo tão engraçado e viciante de se ver. Todos os dois mesmos passos repetidos durante musicas inteiras. Mesmo sendo praticamente a mesma coreografia, o tempo todo, era incrível olhá-lo dançando com aquele rosto sorridente. Ele era o exemplo perfeito da frase “Dance como se não houvesse o amanhã”.

E eu ali, sentada diante de uma mesa com uma cadeira que deixava meus pés pendurados no ar. Apenas o olhando. O sorriso em meu rosto era algo tão verdadeiro que eu pude sentir meu coração batendo forte. Tudo o que eu queria naquele momento, era dançar com ele. Não ao lado dele, mas com ele.

E na segunda festa, então. Cheguei tão ansiosa quanto antes, apenas pensando que o encontraria novamente. E realmente, eu estava certa. Lá estava ele. A mesma camisa azul da festa passada. Eu estava tão nervosa e ansiosa que mal o cumprimentei. Apenas acenei rapidamente e sentei em uma mesa próxima.

Minhas mãos tremiam tanto que tive de escondê-las embaixo de minhas pernas, que por sinal, tremiam tanto quando as mãos. Respiração acelerada, sorriso bobo. Caramba! Estava tão na cara assim?

 


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Notas finais do capítulo

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