Quando chegou em casa foi direto para a cama e lá acabou por dormir embalada ao sorriso dele.

A correria nas casas era visível para aqueles que passavam, hoje era Dia de Ação de Graças, um dos maiores feriados nos E.U.A..

Ally não sabia a proporção do evento, mas fez sua parte na casa. As sobremesas estavam prontas desde ontem e o almoço estava quase pronto.

–Ally. -Chamou a dona da casa. -Hoje meu filho volta para casa. -Ela falou com receio, a jovem não fazia ideia de quem ele era, a mulher nunca tocou naquele assunto, e nem foto existia do garoto.

–Tudo bem. -A garota nem ao menos notou o comportamento da senhora. Ela não fazia questão de conhecê-lo, afinal, ela iria embora em duas semanas.

Ela se arrumou e pegou a torta destinada a sua amiga, era uma receita nativa de seu país, que todos haviam gostado.

Entregou a sobremesa ao dono e foi para casa, tinha apenas três quarteirões de diferença, ela foi a pé.

Terminou de colocar a mesa quando a campainha soou, era o filho do casal que voltava de viajem e era recebido pelo pais. Ela estava na sala de jantar a terminar de arrumar a mesa. Faltava apenas trazer os alimentos a mesa.

Tudo pronto quando dona Mimi a chamou. Ela levava o vinho do casal que ela havia comprado para eles.

Ela entrou no local e viu um garoto de costas para a porta.

–Ally, esse é o nosso filho. -O garoto se virou. -Austin Moon.

Foi rápido demais. O vinho se espatifou no chão e os olhos da garota se arregalaram. Era ele a sua frente. Ela não tinha ideia do que faria, mas teria que fazer.

–Me desculpa. -Ela gaguejou se ajoelhando com a intenção de retirar os cacos da antiga garrafa. -As mão dela tremiam, causando um profundo corte com o vidro. -Ai.

A mãe do garoto viu o estado e logo a socorreu pedido ao marido que termina-se de limpar enquanto limpava o corte da jovem.

Antes de sair de lá ela o olhou novamente. Ele tinha um enorme sorriso no rosto, ele havia à encontrado da maneira mais simples e estranha, mas a reação dela o assustou. Será que ela não queria aquele reencontro?

Já no quarto a senhora Moon, pedia desculpas a garota por não ter contado a verdade. No fundo ela sabia o porque da situação.

–Não precisa se desculpar. -Ela sorria para a mulher loira a sua frente que tinha um sorriso fraco. -Eu sei que vocês não tinham ideia de quem estavam abrigando, poderia ter sido uma fanática por seu filho ou qualquer outra coisa.

A mulher a abraçou, como poderia existir uma pessoa tão gentil e carinhosa como ela. Essa sim era a filha que nunca teve.

Com a mão enfaixada e abraçada com aquela que a tratava como uma filha, ela foi almoçar com o resto da família.

A reedição foi feita em puro silêncio, cada um estava em seus pensamentos mais escondidos. Os pais estavam nervosos como aquela situação afinal, havia mentido para a garota que entendia o que passava, mas seus pensamentos estavam no garoto a sua frente que tentava em vão não sorrir. Ele estava feliz por vê-la novamente, mas não tinha ideia de como iniciar uma conversa com ela. Acho que ninguém iria ter coragem o suficiente para começar uma conversa.

–Ally, parabéns. -Elogiou o senhor Moon. -A sobremesa está maravilhosa.

A garota riu.

–Parabéns. -o garoto começou. -Ally.

Foi estranho escutar o som de seu nome ao ser pronunciado pela voz grossa dele. Era uma sensação de arrepio que descia pela espinha.

O resto da tarde, Ally passou em seu quarto falando com seu pai, mal esperava para voltar para casa. Mesmo assim nada tirava-o da sua mente.

Em compensação ele estava alegre, vê-la tinha sido o melhor presente que havia ganho durante anos. Ela era exatamente como sua mente reproduzia. A ideia de viver no mesmo teto que ela era a melhor.