Passado Sangrento - Ketsueki Kako escrita por Ben Numenjadaí


Capítulo 5
#5 - Rito das Sombras


Notas iniciais do capítulo

"- Apesar de estar decepcionado, irei ajudar vocês. Afinal, eu sou o Líder não é mesmo?"

Leitores da Madrugada! Vocês com certeza irão adorar esse capítulo. Nesse, eu tentei explicar um pouco da situação política da Vila. Para vocês terem um maior entendimento da trama. Não pretendo deixar pontas soltas nessa história.

Boa Leitura tebayo!



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– Então Kyoto já havia sido capturado. Interessante, muito interessante. – Disse Shen.

O Líder da Organização Kyofu no Kage se encontrava em um bar exótico onde saquês iam e viam para todas as mesas. Havia vários aquários e pinturas e uma iluminação um tanto forte. Estava completamente apinhado de pessoas. Shen estava sentado em uma mesa, distante dos outros. Com ele estavam o alto escalão da organização. Nove pessoas. Seus nomes eram: Mazu, Daini, Sado, Rumu, Fifusu, Shikkusu, Sebunsu, Daihachi e Rasuto. Esses não eram seus nomes verdadeiros e sim nomes que foram dados pelo próprio Shen. Eles raramente mostravam seus rostos e se vestiam completamente de negro. Mas, por estarem em um lugar comum com pessoas normais, mostravam o seu rosto normalmente, para não despertar suspeitas.

– Sim. E parece que foi o próprio Kyoto que matou os ninjas que estavam consigo. – Disse Sado.

– Eu tenho uma observação a fazer, Shen. – Disse Daini.

– Prossiga minha querida. – Respondeu Shen coma voz calma enquanto bebericava seu saquê.

– Um dos Jounnin’s tinha um ferimento peculiar. De uma Kunai. Exatamente em sua cabeça. Outro também tinha um ferimento semelhante no joelho. Kyoto não carregava uma Kunai consigo.

Shen suspirou.

– Vocês planejaram tudo. Subornaram o Alto Escalão da Vila da Pedra para que eles libertassem Kyoto, e facilmente o levassem para um de nossos esconderijos. Sem nenhuma gota de sangue ser desperdiçada. Eu confiei em todos vocês. Acreditei em vocês. E vocês me decepcionaram. Decepcionaram nosso cliente que está muito irritado. Como posso dar credibilidade a essa informação?

O silêncio recaiu sobre a mesa. Daini tentava procurar palavras para argumentar enquanto Shen bebericava mais saquê.

– Se havia ferimentos de Kunai, a captura foi realizada por um Shinobi das Cinco Vilas. Para onde levaram Kyoto? – Disse ele quebrando o silêncio.

– Konohagakure. – Respondeu Daini.

– Isso torna tudo mais interessante. E difícil para nós é claro.

Não seria fácil invadir Konoha e capturar Kyoto. As fronteiras da Vila estava m sendo vigiadas dia e noite. Os habitantes mal podiam sair para fora da Vila. Proteção máxima. “E agora com Kyoto em suas mãos, o Sandaime não vai cometer nenhum erro.”

– Parece que a felicidade do nosso cliente não vai aumentar. – Disse Shen tamborilando os dedos na mesa.

– Nós iremos capturar Kyoto... – Começou Mazu.

– Vocês VÃO capturar Kyoto. Nós temos um contrato. Nunca falhamos em nenhum trabalho até agora. Somos famosos e temidos por isso. – Interrompeu Shen.

– O que vocês fizeram não tem nenhuma remediação. Estou realmente muito desapontado. Com todos vocês.

Novamente o silêncio recaiu sobre a mesa. Shen estava irritado.

– O prazo que foi dado pelo nosso cliente é de Seis horas. Vocês têm Seis horas para capturar Kyoto e traze-lo até a mim. Mas até lá, vocês precisam planejar como irão fazer isso não é mesmo?

Uma atmosfera forte recaiu sobre a mesa. Os nove ninjas sabiam o que iam acontecer. Shen retirou de suas vestimentas um Dragão negro talhado em madeira com olhos vermelhos como rubis.

– Apesar de estar decepcionado, irei ajudar vocês. Afinal, eu sou o Líder não é mesmo?

Silêncio.

– Como prova de minha bondade, vocês irão poder planejar sua estratégia calmamente. Dentro de Long. Ele está com saudades de vocês. Creio que uma hora seja o suficiente. Então vocês têm cinco horas para trazer Kyoto até mim. Boa Sorte.

– Shen... por favor...

Ninpou: Shadoudoragon

Em um instante, os nove ninjas eram sugados para a estátua do Dragão. Algo que causou um barulho ensurdecedor. Agora, os olhos do Dragão brilhavam em um vermelho muito nítido, podendo até iluminar uma caverna escura. Todos no bar olhavam Shen com perplexidade. Alguns, pela bebedeira, estavam com as mãos tremendo. Shen jurou ter sentido um cheiro de urina.

– O que foi? Um homem não pode cuidar de seus negócios? – Disse ele sarcasticamente. Com o efeito da bebida, todos começaram a rir e voltaram para suas conversas boêmias.

“Não posso deixar vocês impunes pelo que fizeram. Se não cumprirmos o contrato, vocês com certeza irão sentir saudades de Long. Inclusive eu...”

– Estou preocupado com aqueles três. Acho que Tonzi foi muito para eles. – Disse Michigawa enquanto caminhava com Mya pelo centro de Konoha. O Sol já começava a se esconder atrás das montanhas.

– Definitivamente você foi duro demais. – Disse Mya cantarolando.

– Afinal Mya, o que você quer? Você não percebeu que eu nem troquei minhas roupas da viagem?

– Eu quero passar um tempo com o meu irmãozinho. Já que Karui tem Ayumi, eu só tenho você para perturbar. – Disse ela com um ar doce.

– Já que estamos aqui, vamos comer uns Dangos. Não comi nada desde que cheguei.

– Sim, irmão. Depois, iremos para a casa. Tenho certeza que você sentiu falta de sua cama.

– Realmente senti. Ter que dormir ao lado de Karui por cinco dias foi aterrador. Você lembra dos roncos dele?

– Se eu me lembro? Os dois desataram a rir alto. Michigawa e Mya adoravam a companhia um do outro. Os dois pararam em frente à loja de Dangos quando sentiram a terra tremer. Era Tonzi que saia de um pequeno buraco.

– Tonzi! Onde estão meus Gennin’s? O tatu grunhiu. Ergue-se nas patas traseiras e com as outras patas fez um selo. Em um piscar de olhos uma fumaça branca surgia. Quando ela começou a se dissipar, Michigawa pode ver Jensen, Joosukke e Taji completamente esgotados. Tonzi ainda carregava o sino em seu pescoço.

– Vocês falharam! Mas que pena. – Disse Michigawa rindo. Michigawa e Mya ajudaram os Gennin’s a se levantarem.

– Creio que para o primeiro dia, fizemos algum progresso não? - Nós nem nos aproximamos de Tonzi. – Disse um cabisbaixo Jensen. Seu rosto estava roxo de tantas vezes que Tonzi lhe bateu.

– Não tem problema. Creio que eu exagerei demais. Mas não fiquem tristes. Vamos comer alguns Dangos. Com Dangos, todos os ferimentos se curam. Pelo menos era o que contavam para mim quando criança.

– Acho que vou levar alguns para o Itachi-San. – Disse Taji já se animando.

– Karui-San, você está atrasado. – Disse Namikaze Minato.

– Desculpe Minato. Tive que passar e ver Ayumi antes de vir para cá.

– Essas mulheres, no meu caso, Kushina só falta vir comigo para o campo de batalha. Os dois homens riram. Eram amigos de longa data. Karui havia aprendido muita coisa com Minato quando era apenas um Chunnin.

– Então, o que temos aqui? – Disse Karui. Os dois Jounnins estavam de frente para um crime ambiental terrível. Uma floresta inteira havia sido queimada. Tudo estava negro. Cinzas estavam espalhadas por todos os lados.

– Não sabia que os ninjas da Névoa sabiam lidar com fogo. – Disse Karui em um tom sarcástico.

– Tenho a impressão de que a Vila da Névoa não está associada a esse ataque. – Falou Minato em um tom pensativo.

– Provavelmente foram os Katsudoka. Mais um protesto deles contra a guerra. – Ponderou Karui.

– Creio que não. Conheço membros do Katsudoka. Eles apenas desejam o bem estar da vila. Nunca cometeriam algo desse nível. Bom. Se ficarmos apenas ponderando não iremos chegar a lugar algum. Vamos dar uma olhada.

– Entendido.

Os dois avançaram pelo deserto fumegante em busca de algum indício que denunciasse os autores daquele ataque a natureza. Reviraram as cinzas em busca de sinais, mas não conseguiram nada. Quando já estavam quase desistindo, ouviram um gemido ao longe.

– Minato...

– Vamos lá.

Os dois correram em direção ao som do gemido apreensivos. O que encontrarão foi algo bem peculiar. O homem estava deitado no chão de barriga para cima. Mas aquilo era realmente um homem? Não se podia identificar nenhum traço humano. Seu corpo inteiro estava coberto por sombras. Não se via os olhos, boca ou nariz, ou qualquer coisa do tipo.

– O que é essa coisa? – Perguntou Karui um tanto perplexo.

Minato mal pode responder. Ele nunca iria esquecer a cena que estava prestes a presenciar. A sombra começara a deixar o corpo do homem. Enquanto ela “fugia” o corpo começara a aparecer. Se é que pode chamar aquilo de corpo. Apenas restava uma carne fétida e completamente apodrecida. Alguns ossos estavam aparecendo. Uma cena terrível. Os dois Jounnins ficaram completamente paralisados. Não sabiam o que fazer, enquanto a sombra corria pelo deserto negro que antes era uma floresta.

– Karui! Vamos! – Minato fez menção de começar a mover atrás da sombra, mas foi detido por uma mão em seu ombro. Karui o estava impedindo de avançar. Minato olhou para ele perplexo. Karui simplesmente apontou para frente.

Lá longe, Minato pode ver uma pequena silhueta de um outro homem coberto pela escuridão. Apesar de estar longe, sua presença poderia ser sentinda a quilômetros de distância. O ar começou a esfriar e o último raio de sol do dia desapareceu. Era algo completamente aterrorizante. Os dois Jounnin’s caíram no solo fumegante.

– O que aconteceu?

– Eu não sei, nós apenas o encontramos desmaiados.

– Os dois Jounnin’s mais qualificados de Konoha encontrados desmaiados enquanto faziam uma simples investigação. As pessoas vão adorar saber disso...

– Michigawa, fique calado.

– Tudo isso foi culpa minha. Enviar Minato e Karui sozinhos para a Fronteira foi um descuido. Hozaku, peço minhas desculpas.

– Sandaime-Sama. Você não tem motivos para se desculpar. Estamos em guerra. Mas isso é de fato estranho.

Karui estava consciente. Estava ouvindo a conversa inteira. Mas não podia se concentrar muito. Estava com uma dor de cabeça terrível.

– Quero que me avisem imediatamente quando eles acordarem. Onde está Kushina?

– Já enviei a mensagem para Tonzi, com certeza ela virá o mais rápido possível, destruindo tudo em seu caminho. Hoshino já foi se encontrar com ela para acalma-la.

Karui pode ouvir uma espécie de movimento brusco a sua direita. Parece que a janela do quarto do qual ele estava, estava aberta. Ele podia sentir o vento batendo em seus cabelos.

– Hokage-Sama. O Assassino. Ele acordou. Danzou-Sama requisitou a presença de todos.

– Entendido. Hozaku. Mande o aviso para Fugaku. E me encontre no Monumento dos Hokage. Michigawa, você vai ficar aqui juntamente com Mya para poder observar o seu irmão. Eu sinto um chakra estranho nele.

Karui escutou o barulho da sala sendo esvaziada e uma porta sendo fechada. Podia ouvir a respiração nervosa de seus dois irmãos.

– Que merda Karui. Eu queria ir a esse interrogatório... – Disse Michigawa tentando aliviar a atmosfera. Mas o que recebeu foi apenas um olhar feio de Mya.

– Um interrogatório é nada em comparação com o nosso irmão, Michigawa.

– Só estava tentando aliviar a tensão.

– Alivie a tensão com a boca fechada.

Michigawa bufou e viu Mya se aproximar de Karui que estava acamado. Ela fez um leve gracejo em seus cabelos.

– Onde está Ayumi? Já era para ela estar aqui. – Perguntou a irmã.

– Boa pergunta. Papai mandou um Bunshin avisa-la...

– KARUI!

Ayumi irrompeu na sala abrindo a porta com todas as suas forças e correndo para seu esposo.

– E-Eu disse para não ir nessas missões... – Disse ela em um ar choroso.

– Mamãe. – Disse Michigawa ao ver Hoshino com um ar cansado, entrar no quarto. Ela estava ofegante.

Mya se afastou do irmão a abraçou sua mãe. Os últimos dias tem sido exaustivos para o Clã Homatsu. Michigawa estava completamente fatigado. Mal tinha sentado desde sua chegada na Vila.

– Michi. Vá para a casa se recuperar. Sei que está cansado. – Disse Hoshino com a voz baixa.

– Não mamãe. Irei ficar aqui com vocês...

– Eu disse para você ir para a casa agora. Não precisamos de você aqui agora. Volte quando tiver descansado da viagem.

Michigawa começou a protestar mas após um olhar mortal duplo de sua mãe e irmã, ele achou melhor se retirar.

Realmente os tempos estão difíceis. O esforço de guerra está exaurindo as forças de Konoha. Exigindo que cada Shinobi faça quatro vezes o que faz normalmente. Um grupo chamado Katsudoka, foi recentemente criado por cidadãos comuns que não entendiam a Guerra em que Konoha estava. Eles exigiam trégua. Tensões políticas internas e externas estavam deixando a grande vila uma panela de pressão prestes a explodir. Os Katsudoka apelavam de todas as maneiras para deter o esforço de guerra da vila. Queimavam suprimentos, roubavam armas, interceptavam documentos. Konoha internamente estava beirando ao caos, e ainda tinha que manter suas fronteiras protegidas.

Michigawa estava completamente dominado pelo cansaço. Quando entrou em seu quarto, desabou pesadamente na cama. Lar Doce Lar?

END OF CHAPTER


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Notas finais do capítulo

"- Hokage-Sama. O Assassino. Ele acordou. Danzou-Sama requisitou a presença de todos."

O próximo capitulo sairá em breve! Até lá tebane!



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