Eros escrita por Malina Endou, Kokoro Tsuki


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos (as) leitores (as) de Eros! Como vão? Espero que bem :3 Vim atualizar essa budega aqui, aproveitando um surto de criatividade XD Espero que gostem desse capítulo, e gostaria de agradecer a Pika Girl pela lindíssima recomendação (sei que a Malina já fez isso, mas..) ♥ Obrigada, querida ♥



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Capítulo VI

Serena.

Abri meus lábios em surpresa com o que Malina me havia dito. Tudo bem, eu até podia entender que ela não queria contar a ele quando era apenas uma suspeita, mas agora tinhamos confirmado a gravidez. Além, de que, o Goenji seria o pai dessa criança que ela trazia no ventre. Por mais que a japonesa estevisse assustada com tudo isso, o namorado dela era o pai.

— Olha, eu não sei se é uma boa ideia escomder isso do Goenji-kun... Malina, ele é seu namorado e estuda Medicina também, sabe o quanto é difícil para uma mulher ter um filho... Ainda mais nessa idade... — tentei argumentarm a ruiva precisava me ouvir dessa vez, nem que fosse a última! Podia ser a pior decisão da vida dela.

— Não quero que ele saiba! — disse, com o tom de voz elevado, embargado pelas lágrimas de puro desespero. Me imaginei numa situação daquelas, realmente não sei o que faria... O que diria ao papai? Como ele iria reagir? O medo dela tinha fundamentos, mas...

— Ele é o pai. É o direito dele saber. — respondi, tentando ser o mais séria possível e não me derramar em lágrimas junto da minha melhor amiga, no entanto não obtive sucesso, quando dei por mim, estava secando os olhos com as costas das mãos. — Eu só quero o melhor para você, sua idiota! Vai esconder isso dele por quanto tempo? Já pensou o que vai fazer quando a barriga começar a crescer? Quando o bebê nascer? Pensou nisso? — tudo bem, eu estava exagerando, pensando num futuro distante, no entanto eram verdades que precisavam ser ditas.

— Não... — a dona dos cabelos avermelhados murmurou, desviando o olhar para a janela ao lado da cama. Suspeirei, já sabendo que por mais que insistisse não iria convencê-la. — Por favor, Serena... Por favor... Não conta pra ninguém... — pediu-me entre soluços, tapando uma das esmeraldas com a mão. Foi impossível vê-la naquela situação e não fazer nada, por isso, antes que eu mesma percebesse, a estava abraçando por trás, visando acalmá-la.

— Tydo bem, eu não conto... — concordei, suspirando. A cena me lembrava tantas da nosa adolescência, quando uma consolava a outra por motivos bobos, ou por garotos idiotas. Como eu queria que ela estivesse assim por uma briga com o namorado... Seria tão bom... — Eu estou aqui com você Malina, Eu estou com você...

***

Naquela noite eu não consegui dormir, a passei em claro, pensando em minha melhor amiga, em como ela estaria sozinha em sua casa. Fiquei me remexendo na cama até altas horas da madrugada por culpa daquela ruiva teimosa. Eu tinha insistido tanto para ela desobedecer os pais e dormir aqui! Mais do que nunca Malina precisava se um ombro amigo, precisava de mim.

Não sei de onde tirei coragem para levantar quando o despertador tocou, estava morta e minha vontade era de deitar e não levantar tão cedo. No entanto, tinha uma aula importante, além de que eu ia implorar para o professor me dar uma segunda prova, já que a primeira...

Estava de pé, com minha camiseta branca e uma saia de renda qualquer, sem nem prestar atenção na cor escolhida. Logo, meu celular tocou, acabando com o pouco de paciência — mesclado ao sono —. Quase o taquei no chão, poderia comprar outro hoje mesmo. No entanto, ao ver o número estrangeiro desisti da ideia, assim como quase não atendi.

— Olá papai... — cumprimentei, sentindo minha voz tremer. E pela resposta dada o adulto também havia notado.

Serena...? — o homem perguntou, provavelmente preocupado. Droga Serena! Você só dá fora! — Aconteceu algo, meu anjo?

— Não papai, não aconteceu nada — só minha melhor amiga que está grávida e não quer contar para o namorado. Nada além disso. —, só estou com um pouco de sono... Sabe como é, né? Passar a noite toda estudando... — sim, eu menti para o meu pai na cara de pau, sei que isso é feio, mas...

Essa é minha garota! A futura presidente das nossas empresas! Estou orgulhoso, meu amor... — neste momento meu coração doeu, e senti uma vontade enorme de chorar. Não. Não queria aquilo para minha vida. — Como está sendo estudar Administração? Está gostando?

— C-claro... — droga! Gaguejei! E para completar, ainda solucei. Se papai ainda não percebido algo errado, foi agora que notou. — É uma ótima faculdade, papai...

O outro lado da linha ficou em silêncio, mas eu ainda conseguia ouvir a respiração de meu genitor. Respirei fundo, esperando uma pergunta da parte dele.

Serena... Tem certeza de que não aconteceu nada? — perguntou novamente, fazendo com que eu me calasse e depois soltasse um alto suspiro.

— Tenho pai, tenho... Eu só... Só estava com saudades...

Está mentindo para mim?

— Não. — estou.

Tudo bem, querida. Tudo bem. Quanto estiver pronta para conversar, eu estarei aqui, esperando para ouvir sua voz e acariciar seus cabelos, como quando era pequena. Eu estarei sempre aqui.

***

Cheguei na faculdade um pouco atrasada, algo nada comum para Serena D. Saint, e com certeza alguns alunos e professores estranharam. A primeira coisa que fiz foi ir atrás de uma segundo opotunidade para uma prova, o que foi prontamente atendido pelo educador — que disse estranhar o papel em branco.

Segui pelos corredores um pouco lotados de estudantes, acabando por trombar com um que vinha correndo. Estava estremamente estressada naquela manhã, e tinha um palavrão na ponta da lingua para o imbecil, porém o moreno tratou de falar antes de mim.

— Ops, desculpe Serena! Foi sem querer! — pediu-me, juntando as mãos em sinal de oração. — Foi a pressa.

— Vê se não faz isso de novo, idiota! — ralhei, levando uma de minhas mãos até a cintura, mas logo me arrependi... — Desculpe... Eu não queria falar desse jeito, Mamoru-kun... Só... Só estou um pouco nervosa... — comentei, passando uma mecha cacheda para trás da orelha.

— Eu percebi! — o rapaz de cabelos castanhos sorriu, fazendo-me corar levemente e baixar os olhos azuis. — Você está atrasada, não é, Serena? Minha prima estava te procurando!

— Ah, estava é? — perguntei, piscando duas vezes, e pus-me a olhar para seu rosto, curiosa. Pela primeira vez o achei atraente. — E o que ela quer?

— Falar contigo, oras! Venha, a Malina está no lado de fora, com o Goenji! — disse e agarrou uma de minhas mãos, se pondo a correr mu puxando. Era uma sensação estranha e vergonhosa, mas ao mesmo tempo muito boa.

***

— Serena, onde você estava? Sabe que horas são? — a ruiva me perguntou assim que cheguei com o moreno, abrindo um sorriso falso. Ela podia ser uma ótima atriz para os outros, mas para mim estava na cara que mentia.

— Saí atrasada de casa, ruiva irresponsável! — devolvi o gesto, sem muita animação, e creio que Goenji percebeu, pela maneira que me encarou. — Boa dia Goenji-kun, como vai?

— Bem. — respondeu, sério, e logo chamou Mamoru para sair dali e fazer qualquer outra coisa, deixando nós duas sozinha novamente.

Apertei a alça de minha bolsa assim que eles se foram, um pouco nervosa, deixando esse sentimento transparecer para Malina, e ela fez o mesmo com a tristeza que vinha carregando em ser coração.

— Falou com seus pais?

— Não posso.

— Com Goenji-kun?

— Não posso.

— Poxa nem com o Mamoru-kun?

— Serena, já disse que não posso! — resmungou, irritada, e eu me calei novamente, ficando quieta por um tempo.

— Precisa fazer um exame de sangue... Sabe, ir ao médico para confirmar... — sugeri, sentando ao lado dela no banco de praça, próximo a área de recreação. — E também para saber de quantas semanas está...

— Sou menor, não posso ir sozinha. — respondeu e assenti, havia me esquecido desse detalhe. — Não sei o que vou fazer... — sua voz soou tão baixa que quase não ouvi, fazendo meu coração quebrar em mais um pedaço, no entanto tinha decidido não voltar a chorar tão cedo.

— Eu também não sei o que vai fazer, irresponsável. — sorri, dessa vez de verdade, colocando minha mão por cima da sua. — Mas, independente do que faça, eu vou estar com você, Malina. Nem que tenhamos de trocar fraldas as duas juntas às duas da manhã! Eu prometo.

E estava falando sério, não a abandonaria num momento como esse nunca! É numa hora dessas que se precisa realmente dos amigos, e eu estava disposta a ficar ao seu lado, nem que para isso tivesse que convencê-la a se mudar para meu apartamento!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Merecemos comentários? XD



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