Bloody Love escrita por French Mary


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

aí você fica sem internet e não posta capítulo por treze dias :c Mas enfim, mesmo eu tendo demorado (internet why) espero que gostem do capítulo 'w' Boa leitura!



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Capítulo 2

No dia seguinte Arthur havia decidido não ir até a mansão do vampiro, mas lá estava ele andando pelos portões que se abrem misteriosamente. Amaldiçoava sua curiosidade e a livraria que Alfred havia mencionado.

– Olá amigo. – Alfred dessa vez já havia descido as escadas. – A livraria é por este caminho. E eu gosto da sua curiosidade, não a amaldiçoe. Já existem coisas amaldiçoadas o bastante nesta casa.

– Já disse que odeio o fato de você ler mentes? – Arthur resmungou seguindo o vampiro pelas portas que se abriam sem esforço nenhum.

– Nunca disse, mas eu já sabia.

Arthur grunhiu, e olhou para o chão enquanto andava. Ele estava pensando em Amélia, a garota que Alfred capturou. Ele não ouvia mais as batidas e nem os gritos. Teria ela se acalmado? Ou estaria morta? Seus pensamentos foram interrompidos quando ele trombou nas costas do vampiro que havia parado de andar.

– Desculpe. – Ele disse e então olhou para frente. O lugar era enorme e todas as estantes eram altas. Muito altas. Havia uma janela enorme, mas as cortinas estavam fechadas. Bom, obviamente, afinal o sol provavelmente machuca Alfred. Ele devia perguntar se esse mito é verdade. Mas faria isso mais tarde. – Wow. – Ele sussurrou.

– Ainda está meio bagunçada, eu acabei tendo que cuidar dos negócios, mas eu fiz meu melhor. – Alfred disse entrando no cômodo e colocando alguns livros que estavam em um banquinho de volta na estante.

– Está... Perfeita. – Arthur entrou ainda em choque. – Eu posso... Explorar?

– À vontade. - Alfred sorriu. – Se não se importa eu preciso ir até meu escritório. Estarei de volta logo. Ah, e você já gastou sua primeira pergunta.

– Okay, vai logo. – Arthur ignorou a última frase e fez um sinal de “xô” para o vampiro que sorriu e então saiu do cômodo fechando as portas assim que saiu. Arthur tirou seus fones de ouvido do bolso e colocou em uma playlist calma e começou a escuta-la enquanto explorava.

X-X-X

O sol estava se pondo e Arthur havia passado o dia inteiro explorando a livraria e lendo trechos de livros que ele nunca havia ouvido falar sobre ou nunca tivera oportunidade de ler. Ele devia pedir alguns emprestados para Alfred. Foi só ele pensar no vampiro que a porta da biblioteca se abriu. Arthur pausou a música e retirou seus fones.

–Qual o seu trabalho?

– Você provavelmente já ouviu falar de Nightmare? Ou talvez Michaelis? – Arthur assentiu.

– São alguns dos meus livros favoritos. O autor tem tanto conhecimento e ele sabe como construir um suspense. É raro achar livros desse modo e ele me surpreendeu bastante com seu jeito de manter o romance como segundo plano na história. Isso é difícil. Você tem algo a ver com os livros?

– Bom... Estou honrado e aliviado que você pensa assim sobre os livros. Afinal, sou o autor deles.

Arthur olhou para Alfred incrédulo e surpreso. Alfred apenas riu.

– Não precisa ficar tão surpreso, sabia?

– Mas... Não faz muito sentido.

– Eu estou me sentindo levemente ofendido aqui. Porque é tão chocante que eu seja um autor?

– Não é chocante que você seja um autor, mas sim que você seja um autor que escreve tão bem. Afinal, qualquer um pode ser um autor.

– Gostei disso. – Alfred deu um sorriso de canto. - O sol se pôs. Gostaria de tomar chá na varanda?

– Varanda? – Arthur perguntou.

– Sim. Veja. – O vampiro abriu a cortina e pôde se ver a lua cheia e o céu estrelado. Assim que eles saíram Arthur percebeu que também dava pra ver grande parte da cidade de lá, inclusive sua livraria. Ele estava fascinado. Quando se virou havia uma pequena mesa redonda de vidro, duas cadeiras prateadas com almofadas douradas e em cima da mesa haviam duas xícaras de chá e o bule.

– Você é rápido. – Ele disse se sentando após Alfred puxar a cadeira para ele do mesmo modo que havia feito no dia anterior.

– Uma das vantagens de ser um vampiro.

– As batidas já pararam. Ela se acalmou? – Arthur perguntou calmamente tomando um gole de seu chá.

– Até eu estou surpreso. Ela lidou com a situação bem. Mas fez um pedido que eu diria ser estranho se não já houvessem coisas bem mais estranhas acontecendo na minha vida.

– Que tipo de pedido?

– Ela pediu... – Alfred suspirou massageando sua têmpora. – Ela queria ver os ossos de algumas das vítimas recentes. Aparentemente ela gostaria de estudar a decomposição de um corpo.

– Este realmente é um pedido estranho.

– Sim, mas ela disse que queria ver o que iria acontecer com ela. Ela não se mostra assustada ou abalada ou sequer surpresa ao ver os corpos. É uma garota interessante.

– Ela soa corajosa.

– Sim, é isso que ela parece ser. Mas quando eu vejo em sua mente.... Posso ver que ela ainda está em pânico, apenas escondendo isso de ela mesma.

– Curioso.

– Você só tem mais uma pergunta.

– Okay, vou fazer meu melhor então. –Arthur fez uma expressão pensativa. – Você já... Amou alguém?

– Nunca me permitiria. – O vampirou murmurou. – Amar é sofrer certo? Eu penso que se eu já sofro tanto não gostaria de dobrar meu sofrimento. Ou muito menos causá-lo a alguém.

Arthur assentiu.

– Te dou o direito de uma pergunta. – Arthur disse se sentando novamente.

– Certeza?

– Sim, essa última pergunta meio que valeu por duas. E isso significa que eu fiz uma pergunta a mais.

– Certo, então a mesma pergunta. Você já amou alguém?

Arthur assentiu.

– Sim. E é como você disse: Amar é sofrer. Mas eu acredito que você só sofre se não for a pessoa certa. Quando você encontrar a pessoa certa você ficará feliz durante todo o tempo desde que saiba que você vai abraçar aquela pessoa no fim do dia. Porque é isso que amar realmente é sobre: Estar feliz sobre os momentos tristes e felizes, os momentos calmos e desesperadores, os momentos juntos e separados. É estar feliz e satisfeito só pelo fato de que aquela pessoa faz parte da sua vida.

Alfred e Arthur olharam nos olhos um do outro em silêncio antes de sorrirem um para o outro e Arthur se levantar.

– Eu deveria ir andando. – Arthur sorriu para o vampiro que o olhou com certa tristeza, mas logo retribuiu o sorriso.

– Deixe-me te acompanhar até sua livraria. Afinal é de noite e os arredores de minha mansão são perigosos após o anoitecer. Principalmente em noites como essa.

– Noites como essa? Mas a noite está linda.

– Vamos apenas dizer que a lua cheia atrai lobos à minha mansão. E também lhe darei o direito de uma pergunta a mais se me deixar lhe acompanhar. – Alfred ofereceu seu braço para Arthur

– Como posso dizer não para isso? – Arthur sorriu e hesitantemente entrelaçou o braço do vampiro com o seu.

Eles conversaram normalmente sobre tudo e nada ao menos tempo. Ao virar a esquina para a livraria Arthur gritou:

– AH! LEMBREI! – Alfred deu um pulo de susto. – Eu te assustei? – Perguntou o inglês tentando conter sua risada.

– Claro que não. – O vampiro disse com vergonha. – Eu nunca me assustaria. Sou um herói! Heróis não se assustam.

– Aham, sei. – Arthur disse ironicamente. – Você pega fogo ou brilha no sol?

– Sério? É essa sua pergunta? Uma referência a crepúsculo? - Arthur assentiu sorrindo e Alfred suspirou derrotado. – Eu não brilho. Mas eu também não pego fogo. Eu só.... Tenho que passar muito protetor solar ou eu fico queimado.

– Isso é extremamente... desapontador. - Arthur disse sério, começando a rir assim que terminou a frase.

Eles soltaram o braço um do outro e se olharam por alguns segundos. Arthur imaginou o que aconteceria se beijasse o vampiro neste exato momento. Ele sentiu o calor subindo até sua face e estava realmente aliviado pelo fato do vampiro só conseguir ler sua mente na mansão.

– Vejo você amanhã? – Alfred perguntou.

– Com certeza. – Arthur respondeu entrando na loja, a trancando e acenando para Alfred pela porta de vidro. O vampiro sorriu e iniciou sua caminhada de volta para a mansão. Arthur estava se sentindo incrivelmente irritado pois não importava o quão alto ele escutasse à sua música ele sentia como se tudo ficasse em silêncio quando ele se distraía e tudo que ele ouvia era o riso discreto do vampiro.

“Merda” ele pensou “Tenho uma quedinha pela merda de um vampiro”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado! Se quiserem deixar um review eu aprecio ;w; Até o próximo capítulo!



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