Mundo medonho escrita por Helen


Capítulo 28
Epílogo.




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O som confuso e a luz eram as únicas coisas que Devit conseguia ver. Quando foi retirado, ouviu vozes. Uma mulher chorava, falando qualquer coisa que Devit não entendia na época, porque havia acabado de chegar ao mundo. Porém, agora sabia o que as palavras significavam. Aquele bebê, depois de ter sido tiradas suas secreções naturais, ouviu um daqueles que estavam de branco.

"Leve-o pra longe daqui." disse um deles.

"Não! Eu mudei de ideia! Deixe-me ver ao menos o rosto dele!" berrava a mulher, que Devit não conseguia ver.

"Calem ela! Está me dando nos nervos." outro.

Aquele bebê foi levado para uma outra sala. Lá, longe dos berros da mulher e das vozes confusas, uma resposta foi dada às perguntas que Devit fez enquanto assistia a memória.

"Ela acha que é quem pra querer pra si alguém tão raro?!" outra voz. Devit se lembra dela. É a voz de César, um dos homens mais importantes da Unidade onde estava. "Se ela apenas tivesse concordado, era bem provável que o outro gêmeo não tivesse sido enforcado pelo cordão umbilical agora." ele olhou para o bebê. "Parece que só sobrou você no mundo, Devit. Augusto foi pro saco."

...

Com a volta do medo, Devit teve suas lembranças restauradas pouco a pouco, sendo reveladas em sonhos. Aquela havia sido a mais antiga de todas, que explicava quem era Otsugua. Depois da revelação, o homem olhou para o teto, onde a alma flutuava e soltava seu som espectral.

— Você é meu irmão gêmeo natimorto, huh? Mas por que 'Otsugua'?

A alma disse para Devit escrever o nome original e colocar em frente a um espelho. O homem fez isso e percebeu que Otsugua era Augusto ao contrário.

— Esperto você. Tinha que ser meu irmão gêmeo. — ele sorriu. — Não sei o que eu faria se minha alma não fosse conectada com a sua.

E por um segundo, Devit teve a impressão ver aquele monte de rabiscos flutuantes abrirem um sorriso.

...

Naquela bela noite, Diana se despediu de todos os seus amigos nas suas redes sociais e saiu de casa, com uma mochila onde carregava todos os seus poucos pertences. Ela partiu, pegou um trem, e chegou em um monte onde pessoas normalmente iam para observar as estrelas. Parou no estacionamento do lugar, e olhou para as estrelas enquanto esperava.

Galxy desceu com sua nave, e quando pousou, esperou que a moça acabasse sua contemplação. Ao fazê-lo, Diana sorriu e se aproximou do veículo. O motorista perguntou a ela o destino, e ela disse: "Planeta 34".

— Aliás... Você conhece um cara chamado Gregório Edmundo? — perguntou Galxy, enquanto ela entrava por uma porta externa.

— Sim, por quê? — ela se sentou numa pequena cadeira ao lado do motorista.

—Ele me enviou uma mensagem, e mandou que eu a dissesse pra você.

—Qual é a mensagem?

"Então era verdade. Bom, até logo Diana, e não esqueça da gente daqui.".

A moça pareceu reflexiva depois da mensagem. Ela pensou um pouco, e perguntou a Galxy:

—Ei, tem como levar mais alguém com a gente?

—... Sim, por quê?

Diana sorriu.

—Eu tive uma ideia.

E foi assim que Gregório Edmundo, vulgo Detetive, desapareceu completamente do mapa.


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Notas finais do capítulo

Mais um 'extra' do que epílogo, mas meh.



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