O caminho fora tranquilo e completamente silencioso, já que Klaus concentrou-se em enviar e-mails importantes para os seus "sócios". Mantive-me completamente calada repassando cada palavras que Esther havia me instruído durante toda semana. Definitivamente eu nunca quis esse tipo de ensinamento, sabia que outrora isso não acrescentaria em nada em minha vida, no entanto, agora a situação era completamente oposta. Eu era inteligente o suficiente para entender o quanto a imagem daquela família era importante para continuarem tranquilos e estabilizados como dominantes em Nova Orleans. E como aquilo era importante para eles, tornara-se realmente importante pra mim já que agora eu faço parte desta família.

Antes falar sobre isso era completamente confuso e dez estabilizante, enquanto, agora parecia tão fácil e leve. Demorei bastante para entender e compreender perfeitamente que não havia forma alguma de não me envolver na vida deles. Eu tentei de todas as formas possíveis ser indiferente, tentei coniventemente odiá-los, porém, eu falhei. A começar com Klaus mesmo sendo completamente oposto daquilo que eu gostaria em um homem, roubará meu coração com tanta facilidade e, depois veio Kol com um sorriso sapeca no rosto e uma forma leve e divertida de lhe dar com sua vida. Rebekah também era de sua maneira muito agradável, e seus defeitos eram camuflados pelo carinho que ela demonstrava ter por mim, eu sabia que parte disto era porque dentre todos seus irmãos o preferido era Klaus. Eles tinha uma conexão completamente diferente, comunicavam-se apenas com olhares e procuravam entender um ao outro da melhor forma possível. E havia também Esther, que embora, eu tenha passado pouquíssimo tempo com ela em todo esse tempo, mostrou-se uma pessoa completamente oposta daquilo que eu julgara ser. Definitivamente, ela tinha lá suas futilidades e seus defeitos, entretanto, de uma maneira sutil ela demonstrava o quanto gostava e aprovava a escolha de Klaus e, mesmo não tendo quase contato com Elaijah eu já possuía uma afeição por ele.

No fim, eu estava completamente envolvida e ansiosa para me conectar com todos os outros. Era importante pra mim, saber que eles me aceitavam. Não era apenas a família de Klaus, era minha família. Haviam conquistado um espaço considerável no meu coração e o acolhimento deles me faziam feliz.

Klaus me despertou completamente dos meus devaneios com um toque suave em meus ombros. E ergueu as sobrancelhas arqueadas e um sorriso divertido no rosto. A porta do carro já estava aberta e eu suspeito que ele estava ali a alguns segundos, esperando pacientemente que eu finalmente resolvesse sair do carro. Dei de ombros, sorrindo, enquanto pegava em sua mão erguida, enquanto saia do carro com sua ajuda.

"Você tem certeza que você esta bem, Caroline? Esta pálida e completamente distraída hoje?" Ele resmungou baixo, enquanto caminhávamos para dentro do pomposo restaurante. Sorri abertamente para alguns fotógrafos posicionados estrategicamente pelas ruas, enquanto balançava levemente a cabeça.

"Estou perfeitamente bem, Klaus." Respondi baixinho, enquanto uma recepcionista sorridente caminhava em nossa direção.

"Senhor e Senhora Mikaelson, podem me acompanhar, por favor." Ela disse suavemente, enquanto nos indicava o caminho até a mesa onde aparentemente todos já estavam sentados nos esperando.

Sorri completamente envergonhada pelo atraso, enquanto Rebekah levantava-se animadamente, enquanto me abraçava fortemente.

"Ei, estou chateada você voltou faz uma semana e nem me convidou para um almoço! Pensei que fosse sua cunhada favorita, Care." Ela resmungou, enquanto soltava-me rapidamente. Ela sorria abertamente, quando uma mulher morena e com uma pequena barriga surgiu atrás dela com um sorriso brincalhão em seus lábios.

"Como ela pode saber se você é a cunhada favorita se ela nem me conheceu ainda, Bekah?" Ela perguntou seriamente, enquanto se aproximava. "Prazer Caroline, Hayley." Ela estendeu a mão pequena e delicada em minha direção, sorri abertamente enquanto apertava a mesma.

"Prazer Hayley." Falei calmamente, enquanto Esther nos observava.

Klaus puxou a cadeira ao seu lado para que eu sentasse, enquanto as garotas voltavam para seus receptivos lugares.

"Espero que não tenha tido problemas, irmão." Elaijah sorriu abertamente, enquanto olhava com atenção para Klaus.

"Elaijah." Klaus resmungou. "Não vamos falar de negócios...Tenho certeza que as garotas não estão interessada no assunto."

"Querido, por favor, seu irmão tem razão! Podemos almoçar tranquilos sem discursões ao menos hoje? E aniversario do seu pai, tenho certeza que ele gostaria de um almoço agradável." Hayley sorriu, enquanto Mikael assentiu rapidamente ao lado de Esther.

"Tenho certeza que Klaus sabe lhe dar com nosso problemas, filho. Vamos nos atentar a família hoje! Não queremos deixar Caroline com uma imagem pior do que ela já tem." Mikael falou tranquilamente, enquanto sorria em minha direção. Me remexi desconfortável na cadeira, enquanto os olhares eram focalizados para mim.

"Oh." Resmunguei, sentindo-me constrangida pela súbita atração. Uma loira sorridente surgiu antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, obtendo a atenção da mesa.

"Desculpem pelo atraso! Tive que resolver alguns problemas antes de vir." Ela justificou-se, enquanto inclinava-se para beijar o rosto de Mikael. "Feliz aniversario, pai." Ela resmungou, enquanto tomava o lugar ao lado de Klaus. Ela direcionou seu olhar em minha direção e abriu um sorriso encantador.

"Espero que eles não estejam lhe constrangendo, Caroline! Você estava com um cara de assustada, que parecia que sairia correndo a qualquer momento! Diga-me, meus irmãos já foram inconvenientes ao ponto de fazê-la discutir sobre o contraste da sua profissão para a família ao qual você encontra-se envolvida agora?"

Kol soltou um sorriso calmo, enquanto balançava lentamente a cabeça, levando sua taça a boca e sorvendo um pouco de vinho.

"Na verdade, você acabou de tocar no assunto." Ele falou calmamente. "Sinceramente não acho que seja necessário trazer este assunto a tona, já que claramente, nossa loira aqui, esta do nosso lado da força agora." Ele olhava-me com atenção como se esperasse por uma reação.

Me restringir a encara-lo de volta.

"Por Deus, ela nunca mais voltará em um almoço como este. Parem de importuna-la." Klaus resmungou irritado. A mesa inteira sorriu abertamente, rolando os olhos.

"Não se preocupe irmão...Você não tem mais porque pisar em ovos com sua esposa! Não vê? Ela esta completamente conformada!" Kol apontou. Rolei os olhos, divertida, enquanto sustentava um olhar em sua direção.

"Em que informação você se baseia nisto, Kol?" Perguntei, calmamente, enquanto recostava-me a cadeira.

"Em base no olhar completamente razoável que você esta direcionando a família, Caroline." Ele sorriu. "Assume loira, você nos ama!" Balancei a cabeça negativamente, enquanto soltava um sorriso.

"Nos podemos pedir, por favor? Eu estou realmente com fome?" Hayley resmungou. Elaijah soltou um riso divertido, olhando a mulher.

"Você está o tempo todo com fome, Hayley." Elaijah apontou rapidamente.

"Hei, eu estou produzindo uma vida, tem ideia do quanto de energia eu preciso para isso?" Ela falou irritada, enquanto todos riamos em sua volta.

O almoço decorrera em um clima completamente sossegado e leve, enquanto assuntos aleatórios eram discutidos. No fim, fora um almoço em família completamente comum. Se qualquer pessoas observasse aquela família, jamais ao menos cogitaria a possibilidade daquela família exercer qualquer tipo de atividade ilícita. Quando finalmente todos tiveram que voltar para suas atividades restou apenas Esther e Hayley.

"Caroline!" Esther me chamou calmamente, enquanto levantava-se da mesa. "O que acha de nos ajudar a comprar o enxoval de Hope?"

"Ah, eu adoraria se Hayley não se incomodar." Dei de ombros, olhando a morena sorridente em minha frente.

"Oh, claro que não! Vai ser divertido, Care."

Passamos o resto da tarde visitando as mais badaladas lojas de enxoval infantil, enquanto jogávamos conversa fora e nos encantávamos com as peças incrivelmente encantadoras de bebes.

"E então Klaus já te contou que vocês serão padrinhos da bebe?" Esther perguntou tranquilamente, enquanto segurava um vestido rosa nas mãos. Eu parei rapidamente, olhando-a surpresa. Esther soltou uma risada e balançou a cabeça negativamente.

"Não tivemos muito tempo para conversamos esta ultima semana, Esther." Respondi chateada.

"Oh, sim, claro! Eu assumo minha parcela de culpa nisto!" Ela sorriu docemente. "Elaijah sempre fora muito amigo do irmão e Hayley não se impôs contra! O convite oficial já foi feito mais acho que eles ainda estão esperando uma resposta sua!" Ela deu de ombros, enquanto afastava-se um pouco.

Sorri abertamente, enquanto rolava os olhos pelas roupas emolduras perfeitamente nas araras. Caminhei por entre as milhares de prateleiras afim de um presente especial para minha futura afilhada. Sorri ao ver Hayley resmungar algo com Esther e sentar-se em um sofá aparentemente confortável que havia no Hall Principal. Ela estava graciosamente sentada, enquanto remexia-se a cada segundo, desconfortável no lugar. Lembrei-me de Elena nos últimos estágios de gestação de Ian e nas milhares de reclamações que ouvia todos os dias. Eram dor nos pés, falta de ar, costas doloridas e tudo mais que um gravida poderia sentir.

Peguei o pequeno bore rosa que estava namorando a alguns segundos e caminhei em direção a gravida. Sentei-me ao seu lado e ela abriu um sorriso.

"Hei." Hayley sorriu, enquanto encostava-se no sofá.

"Deve ser desconfortável andar tanto com essa barriga!" Falei calmamente, ela assentiu rindo.

"Você nem imagina o quanto! Quando chegar a sua vez, vai ver como qualquer coisa te deixa extremamente cansada!" Ela falou docemente, enquanto rolava os olhos.

Sorri assentindo, enquanto lhe estendi o pequeno bore rosa com uma frase divertida. Hayley pegou o mesmo em suas mãos e abriu um sorriso largo em seu rosto.

"Você acha que eu sou demais? Então você deveria conhecer minha madrinha..." Ela leu rapidamente, enquanto ria.

"Pensei que Klaus ainda não tinha lhe dito!" Ela disse calmamente.

"Na verdade ele não disse!" Respondi sinceramente. "Esther se adiantou!" Expliquei-me. Ela assentiu.

"Esther está sempre um passo a frente. Espero que não esteja se sentindo pressionada a nada, Caroline." Ela falou seria, olhando-me atenta. Neguei rapidamente, enquanto me ajustava.

"Estou aceitando de coração, Hayley. De verdade, vou adorar ser madrinha desta garotinha!" Falei colocando a mão na barriga redonda dela. Ela sorriu feliz, enquanto assentia.

"Você já fez o chá de bebe, Hayley?" Perguntei curiosa, enquanto me ocorria uma ideia. Ela me olhou atenta por alguns segundos.

"Na verdade, não." Deu de ombros. "Estou completamente sem paciência para este tipo de coisa! Sem falar que me afastei de todas minhas amigas...A família de Elaijah são os únicos que tenho, Caroline!"

"Pois a madrinha da pequena, esta completamente disponível!" Sorri. "Vou preparar o chá de bebe mais badalado de Nova Orleans para nossa pequena!" Afirmei rindo, enquanto ela revirava os olhos.

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"Pensei que você estava liberada das garras da minha mãe depois de hoje?" Klaus perguntou, assim que pisei os pés em nosso quarto. Sorri abertamente, enquanto jogava os sapatos para longe. Meus pés estavam doloridos e um pouco inchados.

"Na verdade minha tarde foi muito divertida, querido!" Dei de ombros, enquanto ele me olhava curiosamente. "Porque você não me disse que seriamos padrinhos de Hope?" Klaus me olhou atento e surpreso.

"Estive ocupado durante toda semana e mau nos víamos, sweet." Ele resmungou demonstrando o desafeto pela informação. "Você parece feliz!" Ele apontou, sorrindo.

"E porque estou!" Dei de ombros, enquanto entrava em meu closet, pegando uma camisola. "Adoro crianças...Você sabe disso!" Ele assentiu enquanto me observava atentamente.

"Sei...Sei!" Ele deu de ombros, enquanto entornava um pouco do Whisky em seu copo. "Semana que vem Hayley estará se mudando para cá!" Ele disse calmamente. "Minha mãe disse que você se predispôs a cuidar dela, enquanto estivermos fora." Parei rapidamente no meio do caminho e dirigi o olhar para Klaus.

"Estivermos?" Perguntei confusa.

"Estarei viajando com eles, Caroline." Ele deu de ombros, como se aquilo não fosse uma informação importante. Bufei, chateada e dei de ombros, indiferente.

"Vou mandar preparar um quarto para ela!" Resmunguei, sentando-me na cama.

"Caroline?" Klaus chamou-me lentamente.

"Hm?" Resmunguei em resposta.

"Serão apenas alguns dias! São negócios importantes, querida!" Ele explicou tranquilamente.

"Já entendi, Klaus." Dei de ombros, negando-me em discutir aquele assunto. Ele aproximou-se lentamente e puxou-me para seu colo, depositou um beijo em meus ombros, fazendo meu corpo se arrepiar.

"Você é tão orgulhosa, Caroline." Ele resmungou, enquanto suas mãos percorriam minha cintura lentamente. Revirei os olhos, irritada.

"Como se você não fosse assim, Klaus." Resmunguei, afastando-me rapidamente dele. Ele me olhou, sorrindo, enquanto negava com a cabeça.

"Não. Você consegue ganhar de mim neste quesito, querida." Ele sussurrou, enquanto suas mãos agarravam minha cintura.

"Mentiroso." Resmunguei, suspirando, enquanto os lábios dele percorriam meu maxilar. Ele soltou um sorriso abafado, enquanto suas mãos firmavam-se em minha cintura, puxando-me de volta para seu colo. Circulei seu tronco com meus braços. Ele me olhou sorridente, aprovando minha desistência de resistir e me beijou.

Seu corpo cobriu o meu rapidamente, quando deitou-me na cama com calma, nossos olhos se fixaram, enquanto pacientemente ele levantava minha blusa. Antes que ele voltasse a selar meus lábios o barulho do telefone inundou o ambiente do quarto, fazendo-o recuar carrancudo. Involuntariamente sorri, diante de sua expressão carrancuda quando ele lançou-me o celular a contra gosto. Peguei o mesmo, enquanto escapava da cama e caminhava para a sacada do quarto, tendo como vista a enorme propriedade. Atendi o telefone, enquanto cai sentada sobre a cadeira de balanço que havia ali.

"Care, ei." Elena falou tranquilamente.

"Oi, Lena. Aconteceu algo?" Perguntei rapidamente, preocupada.

"Na verdade aconteceu..." Ela falou lentamente, enquanto pausava tomando folego. "Minha melhor amiga esqueceu da minha existência!" Resmungou magoada, enquanto eu soltava o ar que estivera prendendo, sorri, soltando os ombros, enquanto revirava os olhos.

"Ei, isso jamais aconteceria! Desculpe-me, estive um tanto quanto ocupada esses dias."

"Sei, claro! Provavelmente sua cama tem estado mais interessante agora que finalmente resolveu se livrar das "amarras" mais por favor, lembre-se de mim de vez em quando!" Ri ironicamente, dando-me conta que desde que havia voltado de Mistic Falls minha cama estava completamente calma. Dei de ombros, soltando o ar.

"Quanto drama, Lena!" Resmunguei. "Diga o que te levou a me ligar a essa hora? Por mais que acredite que você me ame, sei que deve ter algum motivo importante!" Apontei, tranquila, enquanto ajustava-me confortavelmente. Elena suspirou longamente do outro lado da linha e manteve-se calada por algum tempo. Esperei pacientemente até que ela estivesse pronta para me contar o que andava lhe perturbando.

"Care." Ela chamou-me baixo. "Você acha que teria alguma hipótese de Damon me trair?" Ela resmungou baixo e estrangulada. Parei de me mexer rapidamente, enquanto me ajustava confortavelmente na poltrona, enquanto rolava os olhos.

"De onde tirou isso, Elena?" Perguntei rapidamente.

"Ah, Care! Ele anda tão distante ultimamente." Resmungou manhosa.

"Tire isso da sua cabeça, Lena. Damon ama você, jamais faria isso!"

"Será?" Ela suspirou. "Eu sei que os plantões são estressante e complicados, só que ele tem estado tão distante e desligado ultimamente. Sinto que ele esta me escondendo algo!" Arfei, dando de ombros.

"Se estiver algo o incomodando uma hora ou outra ele vai falar, Lena. Não enfie caraminholas na cabeça, por favor." Pedi calmamente, ponderando. "Além do mais, você sabe que ele seria incapaz de lhe trair, Lena! Vocês tem uma família e se amam! Ele nunca faria nada para destruir isso, você o conhece." Ela suspirou pesadamente.

"Você tem razão. Vou tentar conversar com ele mais tarde, quando ele voltar do hospital! Agora me diz, o que andou fazendo esse tempo todo que não teve tempo nem pra responder minhas mensagens?" Ela resmungou brava. Sorri.

"Sei...Que tipo de conversa vocês vão ter, Elena!" Brinquei, descontraindo o clima ainda tenso que pairava pelo ar. "Acho que você esta carente, isso sim!" Pausei, enquanto ouvia ela rir. "Na verdade tenho feito apenas futilidades...Já que minha sogra esta se empenhando em me treinar para ser uma verdadeira dama da alta sociedade." Dei de ombros. "Nada relevante, entretanto, bem cansativo. Lena, estive pensando...Klaus vai passar algum tempo fora resolvendo alguma coisa importante, e vou ficar sozinha por aqui, junto com uma cunhada gravida! Você poderia vir passar uns dias aqui com o Ian, o que acha?" Perguntei animada.

"Eu adoraria!" Ela respondeu rapidamente. "Só que infelizmente terei que recusar. Estou completamente atrapalhada no hospital sabe? Meus horários estão completamente incompatíveis, mau tenho tempo de conversa com Damon e Ian tem estado bem chateado em busca de nossa atenção e acabei planejando uma viagem com a família este fim de semana." Justificou-se. "Se quiser pode vir conosco!" Acrescentou rapidamente.

"Obrigada. Dispenso, Lena. Você mesma disse que precisa de um tempo com sua família, além do mais, não quero segurar vela, já que claramente vocês vão fazer disto uma quarta ou será quinta lua de mel?" Brinquei, animada, enquanto ela gargalhava do outro lado. "Será que desta vez Ian ganha sua tão sonhada irmãzinha?" Perguntei. Consegui ter o vislumbre de Elena revirando os olhos, como fazia toda vez que falamos nisso.

"Quem sabe! Na verdade tenho pensando bastante nisto, ultimamente. Só que ainda acho um pouco cedo pra isso, talvez daqui a uns dois anos."

"Estamos progredindo." Murmurei.

"Falando em bebes, Dona Caroline eu gostaria de saber quanto a senhorita pretende me dar um afilhado?" Arregalei os olhos, contrariada e surpresa.

"Nem tão cedo, Elena." Resmunguei e ela desatou em uma gargalhada.

"Quer dizer que vocês não pretendem ter filhos tão cedo?" Ela murmurou curiosamente.

"Na verdade nunca falamos sobre isso, Elena! E prefiro manter as coisas assim." Resmunguei, tensa com o rumo da conversa.

"Hm...Que pena, estava realmente achando que isso seria rapido! Você tem se protegido então?" Ela perguntou calmamente, me paralisando rapidamente. De repente minha mente trabalhou avidamente apontando-me algo completamente apavorante. Dei-me conta de que nunca havia me dado ao trabalho de usar nenhum tipo de contraceptivo. Um calafrio passou pelo meu corpo, me arrepiando, enquanto eu suspirava pesadamente. Estava casada a três meses com Klaus e não me lembrava de minha menstruação ter dado o ar da graça em nenhum desses meses. Paralisei, sem ar.

"Caroline, ei você ta ai?" Ouvi a voz de Elena de longe, enquanto o choque e o medo me inundava rapidamente. "CAROLINE!" Elena bradou, irritada. Bufei, enquanto sentia o ar entrar dolorosamente pelo meus pulmões, enquanto meu coração batia completamente descontrolado do peito.

"Oh, Deus você não tem tomado remédio tem?" Elena resmungou do outro lado da linha, lançando-me uma realidade. "Care, quando foi a ultima vez que sua menstruação desceu?" Ela tornou a falar.

"Eu não sei." Foi tudo que consegui dizer, antes de sentir meu estomago se comprimir rapidamente em medo. "Caralho, Elena você acha que tem alguma possibilidade de eu estar...Bom...estar..."

"Gravida?" Completou rapidamente. "Bom o quão ativo você e Klaus são?"

"Bem, ultimamente estamos um pouco parado, mais somos bem ativos, Elena." Resmunguei apavorada.

"Percebeu algo diferente? Qualquer sintoma?" Ela perguntou animada, enquanto eu tremia.

"Não. Não sinto nada." Puxei o ar com força, deletando aquelas suspeitas da minha cabeça. "Eu tenho estado tão distraída...Mais saberia se estivesse gravida, Elena." Afirmei convicta. "Não estou gravida, tenho certeza! Lena, eu preciso desligar." Anunciei rapidamente, ainda um pouco perturbada.

"Tudo bem! Qualquer novidade me ligue, por favor." Ela pediu.

"Boa noite, Lena." Desliguei rapidamente o telefone, enquanto minha mente trabalhava avidamente em informações. Procurei em minhas lembranças qualquer sinal de um possível sintoma e, suspirei aliviada, quando não encontrei. Voltei para o quarto deparando-me com um Klaus seminu esparramado pela cama, ressonando. Sorri automaticamente, enquanto via ele suspirar cansado, enquanto remexia-se um pouco. Klaus era um homem surpreendente. Podia ser o diabo em figura de gente, entretanto, em alguns momentos tinha a beleza e a calmaria de um anjo. Um lindo e sedutor anjo, deparei-me com o desejo de estar carregando um filho dele. De repente, aquela ideia não parecia tão assustadora assim. Ter um filho com Klaus seria realmente uma experiência inesquecível, repassei a conversa que tivemos mais cedo e percebi que o medo que tinha resumia-se ao fato de achar que ele infiltraria a Máfia na vida de um filho. Senti-me orgulhosa do homem que me casei, no momento em que assimilei as suas palavras. Klaus era uma caixinha se surpresas, sempre deixando-me completamente desestabilizada com suas façanhas. Definitivamente ele era um homem ao qual poderíamos amar e odiar na mesma medida.

Sorri, balançando a cabeça negativamente, me infiltrando em baixo das cobertas aquecidas pelo corpo dele, enquanto me aconchegava em seu peito, automaticamente seu braço circulou minha cintura e ele colou-se a mim, enquanto suspirava satisfeito. Deixei que a inconsciência me guiasse para um mundo onde havia um pequeno menino correndo sorridente pelo enorme jardim da mansão de Klaus, enquanto eu analisava tranquilamente as semelhanças que aquele garotinho tinha. Era uma mistura perfeita minha e dele, entretanto o sorriso que ele me dava era malicioso e divertido, idêntico ao do pai.