O Preço do Amor escrita por Milla


Capítulo 21
Lide com isso, Caroline!




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POVK

Meu coração batia tão descontrolado dentro do meu peito, que cheguei a pensar, uma ou duas vezes, que poderia simplesmente morrer e reviver naquele momento. Dentre tudo que eu imaginara que se desenrolaria ali, com Caroline olhando tudo atenta e acuada, nada se comparava ao desenrolar dos fatos a minha frente.

Vê-la decidida, brava e simplesmente dominada pela raiva deixava-me tonto. Primeiro porque aquela maldita mulher mostrava claramente que não era fraca. Era tão poderosa quanto eu e se um dia eu realmente tivesse alguém merecedor de estar ao meu lado como minha rainha essa seria ela. Era simplesmente inegável o fato de que ela merecia seu lugar.

E em segundo lugar eu estava começando a ficar terrivelmente apreensível como seu emocional.

Caroline ainda era Caroline. Por mais que a satisfação de encontrar o garoto fosse a dominar por algum tempo, eu poderia apostar a minha vida que uma hora ela seria inundada pela culpa e se amaldiçoaria eternamente pelos seus atos impensados.

Foi por isso, e somente por isso, que eu poupei a vida dele. Se eu realmente estivesse certo - e eu sabia que estava - logo quando toda a excitação e alegria de ter Ian sã e salvo de volta nos braços da mãe, passariam e trariam consigo a culpa inevitável que ela sentiria.

Exatamente em um momento como esse, eu me pergunta seriamente o que aquela bendita mulher estava me tornando afinal? Uma maricas preocupado e realmente interessado em seus sentimentos. Não era para ser assim, essa nunca fora a minha intenção quando a obriguei a se casar comigo. Só que agora tudo estava feito e eu me negava fielmente a acreditar que em tão pouco tempo eu havia descoberto tantas coisas nela que me agradava.

Caroline não era apenas um rosto bonito e um corpo perfeitamente irresistível, por incrível que pareça havia conteúdo nela. Tinha um senso de justiça e compromisso assustador, além de se mostrar cada dia mais inteligente e surpreendente. Suas habilidades eu já conhecia perfeitamente bem, e não ficava nenhum pouco surpreso em vê-la manusear uma faca tão perfeitamente bem. O único problema em toda essa historia, era que definitivamente eu não contava com o poder que ela iria adquirir sobre mim.

Eu era um homem. O chefe da Máfia, e toda Nova Orleans simplesmente tremiam sobre suas pernas ao ouvir o meu nome, e eu simplesmente não podia me dar ao luxo de me dobrar diante de uma mulher.

Era ridículo! Porém, inevitável, quando a mulher era Caroline Forbes. A loira mais irritante e mimada que já havia tido o prazer e o desprazer em ter em minha vida. Se existia alguém que tinha poder suficientes para me deixar embasbacado e surpreso, essa era ela.

Caroline mais uma vez contrariando todas as expectavas fizera totalmente o contrario do que eu havia imaginado. E isso me deixava completamente furioso.

Maldita mulher. Que apenas com poucas palavras conseguia me deixar sem chão e completamente alheio ao meu poder, diante da sua teimosia e determinação.

POVC

Paz. Era a única palavra que eu conseguia assimilar ao sentimento calmo, intenso e controlador que havia se instalado dentro do meu peito desde que finalmente soubera onde Ian estava.

Eu sentia as lagrimas caírem, arrastando-se lentamente sobre o meu rosto, levando consigo todo medo que estive sentindo durante essa longas e intermináveis horas.

A alegria rompia tão bravamente dentro de mim que todo meu corpo tremia desesperadamente sobre minhas pernas. Eu tremia como jamais tinha feito antes e, minha cabeça estava leve como a tanto tempo não ficava. Por incrível que pareça eu havia realmente conseguido esvaziar minha mente, bloquear qualquer tipo de sentimento contrario ao que eu estava sentindo.

Tudo bem que em algum momento eles voltariam para me assombrar. No entanto, tudo que eu me importava naquele momento era que logo veria Ian novamente.

Suspirei extasiada, sentindo a esmagadora sensação de felicidade espalhar-se lentamente pelo meu corpo, me causando arrepios e suspiros aliviados. Assim que Kol avisou-me que finalmente havíamos chegado ao cativeiro, eu abri a porta do carro apressadamente e saltei em busca da entrada.

Era um local totalmente deserto e perfeito para se manter uma criança sequestrada. Não havia vizinhos, mercados, estabelecimentos, nada. Somente o silencio estrondoso e as plantações em volta do que em algum momento já foram um Celeiro.

Suspirei pesadamente, enquanto puxava o ar com força para os meus pulmões preparando-me mentalmente para o que poderia encontrar ali dentro. Estive tão anestesiada com toda a felicidade de saber onde ele estava, quem simplesmente não me atentei ao fato de que realmente poderia já ser tarde demais, tendo em vista que Tyler tinha uma parceira de crime e havia sido capturado. Será que uma mulher teria coragem de fazer mau a uma criança como Ian?

Bufei, repreendendo-me internamente. Eu tinha acabado de esfaquear um homem que fizera parte da minha vida por muitos anos e estava me acovardando quando estava tão próxima do fim?

Coragem, Caroline. Minha mente bradava rapidamente em minha consciência e eu voltei minha atenção para uma enorme porta alta de madeira velha e cheia de cupins e delicadamente entrei, tendo em mãos uma pistola de Kol havia me dado antes de entrarmos no carro, por precaução.

Observei meu cunhado bem ao meu lado com um olhar tranquilo e encorajador e sorri agradecida. De alguma forma aquele homem conseguia extrair uma sensação boa de mim. Sentia-me confortável em sua presença de uma forma que não conseguia entender. Talvez porque dentre todos da família Mikaelson, Kol era o único que conseguia me passar familiaridade.

Vi pele acenar tranquilamente em minha direção e de forma cautelosa empurrei a velha porta, tentando preparar-me para o que poderia encontrar ali dentro.

Prendi a respiração ao conseguir visualizar ao fundo do galpão, uma mulher extremamente pálida, algemada a uma barra de ferro. Seus olhos amedrontados nos fitavam receosamente e ela encolhia-se ainda mais em seu canto, enquanto protetoramente seu braço circulou em volta da pequena criança em seu colo o fazendo-o enterrar seu pequeno rosto em seu pescoço.

Soltei o ar lentamente, entreguei minha arma ao Kol e caminhei em direção a mulher que encolhia-se cada vez que me aproximava.

"Tudo bem. Eu não vou fazer mau..." Ian ao ouvir minha voz levantou a cabeça, soltou seus braços que estivera agarrados a moça em todo o tempo e ergueu o olhar em minha direção como se estivesse confirmando minha presença. Então um enorme sorriso acolhedor e satisfeito abrir em seus lábios finos e parecidos com o de Damon e, com uma voz extremamente infantil e suave ele bradou:

"Eu não disse que a tia Care, ia vir nos salvar? Ela é minha heroína." Feliz e revigorado, ele levantou-se em um pulo do colo da mulher e correu em minha direção.

Assim que segurei aquele pequeno pedaço de gente em meus braços, senti meu emocional desabar. Meus soluços romperam alto sobre o silencio do local, enquanto meus braços apertavam o corpo miúdo e frágil de Ian sobre o meu. Ouvir a voz daquele garotinho, depois do medo aterrorizante que senti essas horas, tê-lo envolto em meus braços definitivamente era um alivio.

"Tia...Tia, não chora! Você conseguiu, você me salvou. Eu sempre soube que você viria!" Sua voz melodiosa e tranquila fez com que meu coração se encolhesse dentro do peito.

Definitivamente eu jamais me perdoaria se algo de ruim tivesse acontecido a ele. Assim que senti todos os espasmos no meu peito se acalmar, soltei lentamente Ian, para olha-lo melhor.

Procurei por ferimentos em seu pequeno corpo e não encontrei nada. Ele tinha apenas a camiseta de seu uniforme escolar rasgada em uma das mangas. Seus pés estavam descalços e definitivamente pretos de tanta sujeira acumulada, seus cabelos estavam revoltos parecendo com os de seu pai quando acordava depois de uma bebedeira.

Sorri aliviada, ao saber que a essa altura Elena e Damon já deveriam estar chegando a mansão Mikaelson sob a perspectivas de terem seu filho de volta em seus braços.

"Você esta bem querido? Sente alguma dor?" Ouvi-me perguntar. Ele assentiu rapidamente e como se estivesse se lembrando de algo, suas sobrancelhas finas e perfeitamente alinhadas se ergueram momentaneamente, pensativo.

"Tia, você precisa ajudar minha amiga..." Ele virou-se para a mulher e eu sorri aliviada. "Por favor, tia. Você consegue soltar ela?" Perguntou curiosamente, enquanto corria em direção da morena que me olhava atentamente nesse momento.

Por um momento eu perguntei como eu deveria proceder diante daquela informação? Alguns dias atrás eu havia simplesmente me ajoelhado diante dela e oferecido minha vida por ter estado com a criança em todos os momentos e tê-lo protegido de forma tão intensa como fizera quando entramos ali. No entanto, nesse momento minha mente começava a trabalhar de uma forma diferente ao qual estava acostumada e eu me vi perguntar internamente se eu devia confiar nela.

Olhei-a desconfiada e soltei o ar, Klaus saberia resolver aquilo em outro momento, tudo que eu queria agora era levar Ian de volta para Elena.

"Querido, meu amigo vai fazer isso, tudo bem?" Falei tranquilamente, enquanto pegava em sua pequena e frágil mão que estava completamente suada. "Agora nos precisamos ir...Preciso leva-lo para sua mãe que esta muito preocupada com você." Informei-o calmamente e sorri ao ver um lampejo de preocupação surgir em seus incríveis olhos azuis que possuía de herança de seu pai.

***

Elena apertava Ian em seus braços a pelo menos dez minutos. Eu tinha a impressão que ela jamais deixaria que ele saísse dos seus braços novamente. Ian era um garotinho, surpreendente e forte.

Provavelmente deveria ter vivido momentos terríveis durante aquele tempo, no entanto, ele não demonstrava fraqueza, ou medo. Eu procurei constantemente algum sinal de chorou ou medo que ele pudesse manifestar durante todo caminho de volta e nada.

Definitivamente nada. Eu não sabia de certo se isso me aterrorizava ou me acalmava. Por um lado eu sabia que poderia ser questão de tempo até ele começar a perceber a gravidade da situação e desabar ou ele poderia simplesmente estar em um estagio de choque tão intenso que mesmo sendo uma criança, não conseguisse transmitir a intensidade de seus sentimentos.

No entanto, no momento em que o vi correr em direção a Elena que chorava desesperadamente ao ver seu filho bem, soube de tudo ficaria bem.

Talvez, Ian fosse mais forte que qualquer pessoa ali. Porque mesmo depois de tudo que viveu, sorria tranquilamente enquanto suspirava aliviado no colo da sua mãe.

***

"Tem certeza que você vai ficar bem, Lena?" Perguntei cautelosamente, enquanto a via me lançar um olhar irritado.

"Claro. Tudo está perfeitamente bem, Care. Ian está de volta! Você e Klaus o trouxeram de volta para mim e tudo ficara bem." Ela falava com tanta calma e sinceridade que por um momento eu deixei de me culpar.

"Escute, você deveria ir descansar e ir ver seu marido. Ele parecia estranho." Elena sorriu docemente como somente ela conseguia fazer e eu balancei a cabeça negativamente.

"Desculpe!" Sussurrei baixo, deixando meus ombros caírem em cansaço e recebi um olhar irritado de Elena em minha direção.

"Não faça isso... A culpa nunca foi sua!" Ela falou mansamente, enquanto sentava-se na beira da cama de hospedes onde ficaria aquela noite.

"E claro que foi. Nem tente me convencer do contrario Elena, nunca irei me perdoar por isso!" Desabafei.

"Caroline Forbes Mikaelson" Elena bradou, fazendo-me encolher-me sobre a poltrona em sua frente. "Não ouse fazer isso! Deixe de ser idiota! Você não teve culpa alguma nisso. Eu nunca a culparia. Jamais, Care. Você trouxe meu filho de volta, você e seu marido, então você vai sair do meu quarto nesse exato momento e vai para o seu e agradecer Klaus devidamente por tudo que ele fizera por minha família. Vá de uma vez por todas e pare de lamentar! Você é uma mulher adulta e muito forte pra ficar se auto mutilando por suas decisões. Encare-as." Elena puxou o ar com força e me olhou expressivamente. Encolhi os ombros diante de seu olhar mortal em minha direção e, em um pulo levantei e caminhei a porta.

"E Caroline..." Ela me chamou. Virei sob meus calcanhares para olha-la antes de fechar a porta. "Assuma de uma vez por todas e lide com isso! Você é uma mulher adulta. Lide com isso! " Assenti lentamente e fechei a porta, puxando o ar com força para os meus pulmões.

Lide com isso, Caroline. Minha mente gritou e todo meu corpo se rendeu ao cansaço de lutar contra. Caminhei em direção ao quarto que compartilhava com Klaus tomando um pouco de coragem para encara-lo.

Entrei cautelosamente no quarto. Soltei o ar lentamente ao fitar Klaus sentado sobre sua poltrona próxima a janela. Ele estava com um copo de bebida na mãos e um olhar distante.

Parecia nem ter notado minha presença ali. Passei algum tempo observando-o. Ele estava sem seu paletó e sua camisa social tinha alguns botões abertos deixando boa parte do seu peitoral definido e atraente exposto, as mangas dela estavam dobradas pouco acima do seu cotovelo. Seus cabelos loiros estavam um emaranhado e seu olhar desfocado perdido em sua própria mente.

Eu poderia passar a noite inteira apenas observando-o. Klaus era inegavelmente atraente e, toda vez que eu percebia o quanto meu corpo correspondia a ele, sentia-me como se estivesse traindo-me a mim mesma.

Tantas perguntas rondavam em minha mente, queimando em minha garganta. Só que eu estava tão cansada, psicológica e emocionalmente que me recusava a entrar em uma batalha de egos com Klaus nesse momento. Eu tinha praticamente todo o quebra cabeça montando em minha mente que apitava constantemente mostrando-me todos os pontos perdidos, entretanto, eu não queria saber. Eu me negava a entender aquela historia, eu me negava a perceber a precipitação em tudo que acontecia em minha volta. Me negava a admitir o quanto Roger estava afundando de cabeça naquela historia, fazendo-me que um sentimento de traição me inundasse.

Até onde aquela mentira ia?

Nesse momento não importava. Eu não me importava se aquele casamento já havia sido planejado antes mesmo de ter pisado meus pés em Mistic Falls, me negava a aceitar o fato de que tudo fora minimamente planejado.

Porque sinceramente não importava. Não mais. Já estava feito. Eu já estava em suas mãos. Ele possuía meu coração e tudo que quisesse mais de mim e se eu me envolvesse naquela historia agora, acabaria destruindo-me a mim mesma. Como o maldito do Tyler mesmo dissera: Quando toda essa historia finalmente entrasse nos trilhos e toda verdade viesse como uma bala perfurando o meu já tão fragilizado coração, eu estaria quebrado de um jeito que jamais poderia ser concertada, eu sabia que esse era O Preço do Amor que teria que pagar por amar Klaus.

Era definitivamente triste, mais um fato. Não havia saída confortável pra mim nessa historia, de todas as formas eu estaria destruída quando tudo viesse a tona. Então ignorar toda aquela situação naquele momento me parecia o melhor caminho por enquanto.

"Vai ficar ai parada me analisando a noite inteira? Ou vai compartilhar comigo o que esta acontecendo dentro desse cérebro brilhante?" Sua voz rouca e suave ondulou pelo quarto me causando arrepios.

"O que fez com April Youg?" Desviei de sua pergunta e Klaus me analisou por algum tempo. Ele ergueu as sobracelhas surpreso e deu de ombros.

"A libertei." Disse simplesmente, sorvendo um pouco de sua bebida.

"Como?" Minha voz alcançou uma oitava a mais. Klaus me olhou atentamente e fez uma careta, contrariado.

"O que esperava que eu fizesse, Caroline? Aquela mulher era tão refém quanto Ian. Roger mesmo lhe disse que os conteúdos das mensagens que eles trocavam deixava claro que ela não sabia que Ian estava sendo sequestrado." Ele explicou calmamente.

Suspirei irritada, deixando que todas as emoções do dia me cegassem.

"Você não fez isso sem antes averiguar, Klaus." Falei alto, chamando sua atenção.

"Não grite comigo." Ele rosnou em minha direção com um olhar frio.

"Eu faço o que quiser, Klaus." Gritei ainda mais alto, fazendo-o se levantar com uma expressão irritada. "Você não manda em mim, seu idiota!" Expulsei toda minha frustração e medos sobre ele.

Ele me olhou atento por algum tempo como se travasse uma batalha internada, caminhou em minha direção parando a pouco passos de distancia.

"Vamos. Comece seu interrogatória, querida! Sei que a essa altura você deve ter uma imensidão de perguntas em sua cabeça." Sua voz tinha adquirido calma novamente.

E ao invés de me sentir agradecida por isso, eu simplesmente senti-me ainda mais irritada por ele querer tocar naquele assunto que para mim já estava encerrado.

"Não tenho nada para perguntar a você, Klaus." Me ouvi dizer automaticamente.

"Não? E claro que tem, Caroline! Você não e burra! Posso ver em seus olhos que esta se remoendo por dentro." Ele aproximou-se um pouco mais e prendi a respiração ao notar o quão próximo ele estava. Eu conseguia sentir o cheiro de Whisky emanando de seu corpo.

"Eu não me importo, Klaus! Eu não tenho nenhuma pergunta para você." Falei incisiva, me afastando rapidamente dele. As mãos de Klaus alcançaram meu pulso me perdendo onde estava. Podia ver a desconfiança estampada em seu rosto.

"Caroline..." Ele rosnou como um aviso mudo em minha direção. Puxei meu pulso com força e apontei o dedo em seu rosto.

"Você ouviu o que eu disse? Eu-não-me-importo-mais!" Berrei alto e deixei que a frustação me dominasse.

Pude ver a raiva cintilar em seus olhos rapidamente e ele deu dois passos em minha direção me acuando um pouco. Eu estava definitivamente cansada de ficar me sentindo inferiorizada em sua frente. Tinha que ser forte, eu precisava ser forte.

"Como não se importa? Você enlouqueceu? Quer estar alheia as informações que posso fornecer pra você sobre sua vida mesmo?" Ele gritou alterado, jogando o copo de vidro na parede mais próxima de nos. Suspirei calmamente e fitei-o desafiadoramente.

"Não quero saber, Klaus." Falei calma e lenta, tentando fazer compreender que aquilo já não fazia mais nenhum sentido para mim.

Ele piscou os olhos confusamente e me olhou atentamente como se estivesse tentando me desvendar nesse momento. E era compreensível, tendo em vista que Klaus possuía a resposta para todas as perguntas que por muito tempo vieram me atormentando.

"Eu não entendo...Porque você não quer saber?" Sua voz soou alta e controlada sob o silencio que havia se instalado sobre o ambiente.

Suspirei extasiada, dando de ombros. Senti meus olhos umedeceram rapidamente e tudo que minha mente gritava era: Lide com isso, Caroline.

"Porque não vai mudar o fato de eu estar completamente apaixonada por você...E você ouviu o que o Tyler disse, você estava lá, eu sei que se tudo que está montando em minha cabeça realmente seja verdade, eu estarei quebrada de uma forma que nunca mais conseguirei ser a mesma, novamente Klaus. Esse e o preço que terei que pagar por amar uma pessoa como você, que provavelmente sempre será incapaz de demonstrar bondade ou sentimento algum. E sinceramente eu não sei se conseguiria continuar a viver tendo a certeza..." Puxei o ar com força, sentindo meu coração bater tão forte contra o meu peito que por um momento eu pensei que ele poderia rasgar minha pele. "Não me importa. Eu não quero saber." Finalizei, fitando seus olhos vidrados em minha direção.

(NA Se quiserem... A partir de agora seria interessante se colocassem pra tocar a musica Wrecking Ball da Miley Cyrus, enfim. Ou então apenas leiam a tradução.)

Nós arranhamos, acorrentamos nossos corações em vão

Pulamos, sem nunca perguntar por quê

Nós nos beijamos, eu cai no seu feitiço

Um amor que ninguém poderia negar

Ele me olhava fixamente como se estivesse realmente chocado com tudo que eu havia lhe dito, bom eu não estava. Sabia que de alguma forma ou de outra isso iria vir a tona e de certa forma sentia-me quase aliviada por finalmente ter me livrado desse peso. Eu não precisava mais fingir que sentia oídio por ele. Simplesmente eu não poderia mais. Não mais.

Klaus pareceu atordoado quando puxou o ar com força para os seus pulmões e rompendo o pouco espaço que ainda existia entre nós e cobriu meus lábios com o dele, me surpreendendo.

Tudo o que eu não esperava era isso. Eu tinha quase certeza que ele iria rir da minha cara com seu sorriso diabolicamente sexy e diria que isso era problema meu e não dele.

E isso só me provava o quanto eu não conhecia aquele homem. Porque mesmo ele sendo extremamente cruel e frio, possuía um coração. Porque de alguma forma absurda ele me beijava de uma forma completamente diferente de todas as outras vezes, não desejo puro e simples, havia muito mais nesse beijo do que eu poderia compreender um dia.

Eu te coloquei bem alto no céu

E agora, você não está descendo

Mudou lentamente, você me deixou queimar

E agora somos cinzas no chão

As mãos firmes e frias de Klaus envolveram minha cintura colando meu corpo ainda mais aos seu. Seus lábios moviam-se com calma em minha boca pacientemente, esperando pela minha reação.

Minha mente rodava em tantos pensamentos confusos, suspirei sob seus lábios e enfiei minhas mãos em seus cabelos, arranhado levemente sua nuca e os puxando para mais próximo de mim. Eu estava cansada de lutar contra aquilo. Cansada de estar negando-me desesperadamente aquilo. Estava feito. Não havia volta. Eu já estava na chuva, bastava apenas me deixar molhar.

Foi por isso que aprofundei ainda mais o beijo e Klaus respondeu empurrando meu corpo rapidamente em direção a parede atrás de mim. Seu corpo colou-se ao meu de forma possessiva, enquanto seus lábios desceram lentamente de meus lábios até o meu maxilar, depositando um beijo molhado ali e voltava a descer lentamente até meu pescoço. Senti ele aspirar lentamente ali, enquanto seus dentes arranhava minha pele já sensível ao seu toque. Eu sentia todo meu corpo em chamas naquele momento.

Suas mãos desceram lentamente da minha cintura e alcançaram minhas coxas as levanto lentamente a sua cintura. Obedeci cegamente, fazendo assim com que nossos corpos se encaixasse perfeitamente.

Nunca diga que eu apenas saí andando

Eu sempre irei te querer

Não posso viver uma mentira, fugindo pela minha vida

Eu sempre irei te querer

Minhas mãos tremulas passaram a desabotoar o resto dos botões de sua camisa. Eu estava tremendo, completamente ofegante e desejando um contanto ainda mais intimo. Aquilo não bastava, eu precisava de mais. Eu queria mais. O livrei de sua camisa sem muita dificuldade e minhas mãos desceram suavemente sobre seu peito, tocando seus músculos firmes e másculos. Klaus estava com a cabeça sobre meus ombros e sua respiração acelerada e entre cortada estava fazendo cocegas em meu pescoço.

"Merda, Caroline! Você vai ser minha perdição, mulher." Ele sussurrou lentamente, antes de voltar a me beijar com desejo.

Eu cheguei como uma bola demolidora

Nunca tive um amor com tanta força

Tudo que eu queria era quebrar suas paredes

Tudo que você fez foi me quebrar

Eu cheguei como uma bola demolidora

Sim, eu só fechei meus olhos e balancei

Me deixou abaixada no fogo e caiu

Tudo que você fez foi me quebrar

Sim você, você me destruiu

Suas mãos passaram a trabalhar agilmente retirando minha camiseta, seus olhos encontraram-se com o meu e eu suspirei extasiada ao ver o desejo refletido ali. Ver que Klaus me desejava de uma forma tão intensa era no mínimo reconfortante. De certo, ele jamais conseguiria sentir algo parecido com o que eu sentia a despeito dele, entretanto, ao menos ali, parecíamos conectados de alguma forma. No sexo, nos complementávamos.

Suspirei quando me dei conta que ele já havia se livrado do meu sutiã. Seus lábios cobriram os meus desesperadamente e eu correspondi como podia. Eu sentia que estar presa a Klaus daquela forma verdadeiramente me arrastaria para um inferno.

Qual escolha eu tinha? Era isso, ou ser destruída. Suspirei pesadamente, quando seus lábios tocaram meu seio exposto. Fechei os olhos ao sentir ele roçar seus lábios ali, enquanto um arrepio gosto espalhava-se sobre meu corpo lentamente.

Nunca tive a intenção de começar uma guerra

Só queria que você me deixasse entrar

E ao invés de usar força

Acho que devia tê-lo deixado vencer

Nunca tive a intenção de começar uma guerra

Só queria que você me deixasse entrar

Puxei o ar com força e tirei forças do meu interior para puxar o rosto de Klaus para mim novamente, e antes que ele pudesse protestar meus lábios já haviam atacado o deles com urgência.

Ele correspondeu com vontade, enquanto trabalhava para se livrar da minha calça jeans. Passei a fazer o mesmo com sua calça social, enquanto seus lábios ainda exploram o meu com vontade.

Eu não queria preliminares. Eu estava realmente necessitada de senti-lo dentro de mim o mais rápido possível. Estava pronta para recebe-lo desde o momento em que seus lábios tocaram os meus e Klaus pareceu entender, porque rapidamente se livrou da minha calcinha me imprensando ainda mais na parede, voltou a erguer minha coxa até ela estar acomodada em sua cintura e entrou duro e forte dentro de mim, me arrancando um gemido.

Uma sensação de plenitude invadiu meu corpo rapidamente e tudo que consegui fazer foi esconder meu rosto na curvatura de seu pescoço e tentar controlar a tempestade que acontecia dentro do meu peito. Klaus apertou suas mãos em minha cintura, enquanto seu corpo movimentava-se rapidamente contra mim.

Nunca diga que eu apenas saí andando

Eu sempre irei te querer

Eu cheguei como uma bola demolidora

Nunca tive um amor com tanta força

Tudo que eu queria era quebrar suas paredes

Tudo que você fez foi me quebrar

Eu cheguei como uma bola demolidora

Sim, eu só fechei meus olhos e balancei

Me deixou abaixada no fogo e caiu

Tudo que você fez foi me quebrar

Sim você, você me destruiu

Sim você, você me destruiu

Respirei fundo, sabendo que de agora em diante eu estava abrindo mão de tudo que eu havia me tornado por alguém que claramente não merecia nada. Nem digno de amor era, entretanto, mesmo tendo consciência de eu estaria me afundando em um mar revolto e provavelmente suicida, me deixei levar direto para o fundo sem olhar para trás.


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