A festa estava linda, muitas pessoas presente, todos querendo paparicar os netos do comendador.
Os gêmeos estavam com Clara e Vicente, enquanto Du e JL conversavam.
João Lucas: E aí Du tá curtindo?
Du: Até que não tá sendo tão ruim.
João Lucas: Olha lá, como nossos filhos são lindos, até eles estão se divertindo.
Du: Claro, com tanta gente paparicando e mimando, vão é estragar nossos Lekinhos.
João Lucas: Com os pais que eles tem, nem precisam de outras pessoas para estragar.
Du: Que isso Leki, fala isso não.
João Lucas: Mas não é verdade? Se eles puxarem a gente. Vamos ter muito trabalho, vai se preparando.
Du: Sabe de uma coisa?
João Lucas: O que?
Du: Se tu tiver do meu lado, acho que damos conta.
João Lucas sorri, aproxima seu rosto, encosta seus lábios no dela, dando um leve beijo.
Quando os rostos se afastam ele brinca:
João Lucas: Então podemos encomendar mais um, ou dois?
Du: Encomendar o que ?
João Lucas: Mais filhos pow.
Du: Tu tá loco né cara? Tá difícil cuidar desses dois, imagina ter mais Lekinhos. Esquece isso cara.
João Lucas: Tou brincando.
Du: Acho bom.
Du volta a observar Clara e Vicente, que estão com os gêmeos, quando vê Isis se aproximando e pegando Martinha no colo. Ela imediatamente, tenta se levantar, mas JL a segura pelo braço.
João Lucas: Onde tu vai?
Du: Vou lá cuidar dos nossos filhos.
João Lucas: Eles estão com a madrinha deles, vamos curtir mais um pouco aqui.
Du: Não Lucas.
João Lucas: Para Du, a Isis de certa forma faz parte da família, qual é o problema dela ficar perto dos nossos filhos.
Du: Eu não quero Lucas, tu sabe que quando eu vejo essa garota, eu lembro de certas coisas que eu tou tentando esquecer.
Du nem dá tempo de João Lucas argumentar e sai andando.
Du: Martinha, vem com a mamãe, vem. - Du pega Martinha do colo de Isis, que fica sem reação.

João Lucas chega logo após ficando meio envergonhado com a situação.
Du está brincando com Martinha, que se diverte em seu colo, quando de repente avista algumas pessoas que não gostaria de ver.
Seu corpo fica tremulo, seus olhos enchem de lágrimas, por um instante ela fica paralisada, mas quando retoma a consciência:
Du: Clara, segura a Martinha e leva os gêmeos pra dentro, por favor.
Du sai andando apressada em direção aquelas pessoas.
João Lucas se dá conta que o que ele mais temia aconteceu, os pais de Du estavam na festa, e ele tinha certeza que essa história não ia terminar bem;
Ele sai correndo atrás de Du :
Du, Du por favor me espera.
Du parece não ouvi-lo,
Os pais dela estavam conversando com o comendador, que apontava para onde estava seus netos.
João Lucas enfim consegue alcança-la, a puxa pelo braço, fazendo ela encara-lo.
João Lucas: Du espera!
Du: O que eles estão fazendo aqui?
João Lucas: Eu não sei.
Du: Não foi você????
João Lucas: Não, Não. Mas por favor se acalma, você tá muito nervosa.
Du: Se acalmar como Leki? Eu não queria...
João Lucas a puxa para si, dando um forte abraço, encaixando ela em seu peito, e envolvendo seus braços em sua volta, tentando proteger ela do mundo. Mas já era tarde, os pais dela estavam vindo ao encontro deles, junto com o comendador, ele sabia que não poderia evitar esse encontro.
Du: O que vocês estão fazendo aqui?
Edna [mãe de Du] : Eu falei, eu falei que não devíamos ter vindo. Essa moleca ingrata continua a mesma.
Du: Moleca ingrata? O que vocês estão fazendo aqui?
Francisco [pai de Du] : Quando recebemos o convite do batizado, resolvemos vim, conhecer nossos netos, ver como você está minha filha.
A voz de Du estava falha, seus olhos estavam cheio de lágrimas, João Lucas estava atrás dela, a segurando pela cintura, sentia ela tremer em seus braços.
Du: Agora? Vocês nunca se importaram comigo, porque agora?
Edna: Continua a mesma sem educação de sempre. Eu falei que não era uma boa ideia virmos aqui, essa menina já nasceu assim toda errada. Vamos embora.
Francisco: Eu tenho o direito de conhecer meus netos.
Du: Direito? Vocês só podem estar malucos.
Comendador: Se acalmem por favor. Essa é uma ótima oportunidade para vocês se entenderem, se não for por vocês, façam isso pelos gêmeos.
Du: Se entender? Eles nunca, nunca tá ouvindo, se importaram comigo, porque querer se entender logo agora?

Edna: É se antes você não nos respeitava, agora que tá dando o golpe no drogadinho rico, tendo vida de madame não vai querer saber dos seus pais, eu já sabia disso, não sei porque eu perdi meu tempo vindo aqui.
Du aumenta o tom de voz.
Du: Você, logo você me falando de respeito? Você me expulsou da sua casa me chamando de vadia pra baixo, e eu não tinha feito nada demais. Não vem me falar de respeito logo agora
Edna: Menina não grita comigo, que você leva um tapa no meio dessa sua cara.
Du: Um a mais um a menos não vai me fazer diferença, já estou acostumada com seus tapas, , seus gritos. Eu não entendo, meus filhos tem apenas 4 meses, e desde o momento que os senti pela primeira vez em minha barriga eu já amava mais que tudo em minha vida. E vocês? Vocês NUNCA, nunca se importaram comigo. Porque hein?
Francisco: Minha filha, não fala isso, sempre nos preocupamos com você.
Du: Sempre ? Eu não aguento mais ouvir isso.
Du sai andando, Edna continua a disparar seu veneno, criticando a filha,
Francisco vai em direção a Du, João Lucas ameaça ir atrás, mas o comendador o impede.
Zé Alfredo: Deixa eles, já está na hora deles se entenderem.
João Lucas: Mas pai.
Edna: Essa menina nunca teve educação... - Zé Alfredo a interrompe:
Minha senhora, pode fechar essa matraca? Chamei vocês aqui para se entender com a filha de vocês, não para brigar, eu hein, qual o seu problema? Tá não precisa falar que eu não quero ouvir.

Francisco consegue alcançar Du, que estava chorando muito.
Francisco: Minha filha, por favor me ouve.
Du: Eu não quero ouvir.
Francisco: Mas eu preciso falar.
Du faz que não com a cabeça, mas Francisco a segura pelo braço, ficando de frente pra ela.
Francisco: Me desculpa por ter sido um péssimo pai todo esse tempo, por ter ficado calado, sei que sua mãe é difícil de lidar, mas ela te ama, ama todos vocês, mesmo do jeito torto dela.
Du: Ama? Você chama isso de amar?
Francisco: É o jeito dela, ela é revoltada com o mundo, tem muitos problemas, mas ela sempre quis o seu bem.
Du: Meu bem??? Ela me expulsou de casa.
Francisco: Me desculpa, me desculpa minha filha por ter ficado calado todos esses anos.
Du: Mas por que agora?
Francisco: Porque amanhã pode ser muito tarde.
Du: Tarde pra que?
Francisco: Nunca se sabe o dia de amanhã Eduarda. Eu preciso do seu perdão, eu preciso conhecer meus netos.
Du: Eu não consigo, não agora pai.
João Lucas observa de longe a conversa de Du com Francisco, ele tenta se conter, mas não consegue, caminha rapidamente em direção aos dois ficando ao lado de Du e a envolvendo em seus braços.
João Lucas: Está tudo bem por aqui?
Francisco: Sim garoto, eu só queria falar uma coisa com a minha filha.
Du se sente mais segura quando sente João Lucas ao seu lado.
Os convidados já olhavam a cena desconfiados e sentem o clima tenso.
Du: Eu preciso, eu preciso de um tempo - diz passando a mão em seu rosto para limpar as lágrimas.
Francisco sorri, e faz que sim com a cabeça.
João Lucas pega na mão de Du, e juntos caminham para dentro do salão onde Clara estava com os gêmeos.

Apesar do clima um pouco tempo, a festa ocorreu sem nenhum problema, os convidados se divertiram, os gêmeos estavam tranquilos, Clara e Vicente cuidaram deles o resto do tempo, enquanto João Lucas tentava acalmar Du.
Enfim a festa chega ao final, Du não consegue ficar para se despedir dos convidados, pega os gêmeos e sai de fininho com JL.
Chegando em casa Du foi direto dar banho nos gêmeos , João Lucas foi ajudar, não queria deixá-la sozinha, sabia que ela estava se fazendo de forte mas no fundo estava sofrendo muito.
Du não tocou no assunto, deu banho em Alfredinho e depois em Martinha em silêncio. JL o tempo todo ao seu lado tentando puxar assunto mas ela estava sendo monossilábica.
Depois ela foi amamentar os filhos, primeiro Alfredinho, sempre o mais faminto.
JL segurava Martinha e observada Du.
Alfredinho dormiu em seus braços, ela o colocou no berço, depois foi alimentar Martinha.
João Lucas a admirava , Du sempre foi forte, ao contrário dele, que sempre dava um jeito de fugir dos problemas.
Martinha já dormia nos braços de Du, João Lucas pegou a menina e levou para o berço .
Du foi para o quarto deles, seguida por JL , ela se deitou na cama calada. João Lucas se sentou ao seu lado, acariciando seu rosto,
O olhar de Du estava distante .
João Lucas: Vamos conversar?
Du: Oi?
João Lucas: Em que planeta vc ta Eduarda?
Du: Desculpa Leki
Du se senta ficando de frente para JL, que a olha com ternura.
Du: Para de me olhar assim.
João Lucas: Assim como? - João Lucas coloca uma mecha de cabelo dela atrás da orelha e começa a acariciar de leve seu rosto.
Du: Com essa cara de pena, eu tou bem Lucas. - Du tira a mão de Lucas do seu rosto
João Lucas: Não Du, você está se fazendo de forte, mas se você quiser pode chorar, pode desabafar. Eu tou aqui cara, você sempre segurou todas as minhas ondas, também quero segurar a sua. Sei que ver seus pais mexeu muito com você .
Du: Eu, eu, eu... Du abraça forte João Lucas, que a segura firme em seus braços, os dois ficam ali imóveis por um tempo. Du se aconchega no peito de Lucas e ouve seus batimentos cardíacos, aquele som, de certa forma a deixava mais segura.
Quando enfim se separam Du fala:
Eu não quero falar disso, não hoje, não agora, pode ser Leki?
João Lucas: Claro, tu deve estar cansada né ? O batizado dos nossos Lekinhos foi um sucesso. Graças a você .
Du: Você chama aquilo de sucesso? Se aqueles dois não tivessem aparecido, até podia ser.
João Lucas: O importante é que agora nossos filhos estão batizados.
Du: Claro. Mas...
João Lucas: Mas nada foi um sucesso e pronto, agora você precisa descansar, relaxar...
João Lucas aproxima seu rosto,
Ele sorri e aproxima seus lábios até encostar nos dela, que sorri para ele.
Ele dá um selinho, iniciando um beijo lento e calmo logo depois. Quando os lábios se separam Du estava sorrindo.
João Lucas: Gosto de te ver assim, sorrindo .
Du: Ai para João Lucas, tu ta me deixando sem graça .
João Lucas: Sem graça por que hein, minha linda? Essa história de organizar festa, cuidar dos lekinhos te deixou muito nervosa, estressada. Pode não .
Du: Verdade Leki, tava uma pilha de nervos por causa dessa festa.
João Lucas: Agora você tem que se recuperar, porque daqui a alguns meses temos mais festa, e não quero qualquer uma, o aniversário de um ano dos Lekinhos tem que ser uma grande festa.
Du: Ai Lucas não me fale disso ainda , nem me recuperei da festa de hoje pow.
João Lucas: Eu te ajudo então.
João Lucas se levantou, fazendo Du abrir espaço para que ele se sentasse atrás dela, ele colocou as mãos em seu ombro e começou a fazer uma massagem .
João Lucas: Você tá muito tensa.
Du: Tou mesmo. Ai.
João Lucas: Relaxa amor.
Ele aperta seus ombros, acaricia seu pescoço, e fala bem baixinho em seu ouvido :
Agora eu vou cuidar de você .
Du: Leki, que horas são ? Daqui a pouco os gêmeos acordam .
João Lucas: Esquece a hora, quando eles acordarem vamos ouvir. Agora, já disse, relaxa .
Du ri baixinho.
João Lucas continua apertando seus ombros, Du se arrepia com cada toque de JL. Ele então distribui beijos em seus pescoço. Depois em um rápido movimento tira a blusa de Du. Que se vira de frente pra ele.
Du tenta falar algo, mas os lábios de João Lucas imediatamente encontram os dela.
Logo a camiseta dele também está no chão.
Entre beijos e carícias os dois de curtem, se amam e naquele momento o mundo lá fora não importava mais.

Du dormia nos braços de João Lucas, que ainda permanecia acordado, ele a observava dormindo e perdido em pensamentos lembra da época que eram apenas amigos. 'Como ele demorou tanto para perceber que aquela ruiva, que não desgrudava dele, seria a mulher da sua vida' - Ele acaricia seus cabelos ruivos e se sente completo tendo ela em seus braços - Seus pensamentos são interrompidos pelo choro de Alfredinho.

Ele se levanta com todo cuidado para não acordar Du, abre o guarda roupa pegando a primeira calça de moletom que encontra, e a veste rapidamente.
Chegando no quarto dos Gêmeos, ele pega Alfredinho no colo e tenta acalma-lo.
João Lucas: Não chora filhão, você vai acordar nossa princesa .
Ele troca a frauda de Alfredinho, mas nada do menino parar de chorar. Era fome, e como eles ainda não tomavam mamadeira, ele iria ter que acordar a Du.
João Lucas: Poxa filho, tu vai acordar a mamãe? Mancada hein - Brinca João Lucas enquanto caminha com ele nos braços para o outro quarto.
Logo que entram no quarto, Du desperta com o choro de Alfredinho, dando de cara com Lucas com o filho no colo.
Du: Meu Deus, eu nem ouvi ele chorar. Ta acordado faz tempo?
João Lucas: Não esquenta Du, eu já troquei ele, só que esse mini comendador é muito fominha, muito sapeca. - João Lucas começa a rir e Du também .
Du: Vem aqui com a mamãe, vem meu amor.
João Lucas entrega Alfredinho para Du, e os dois dão um selinho.
Alfredinho como encontra o que queria.
João Lucas se senta lado de Du e observa a cena .
Ele acaricia os cabelos ruivos de Du, depois faz um leve carinho no rosto dela.
Ela por sua vez sorri, mas não tira os olhos do filho.
João Lucas: Eles estão crescendo né ?
Du: Tão rápido.
João Lucas: Tão lindos como você .
Du vira o rosto para olhar para João Lucas, logo encontra os olhos dele fixados nos dela.
Ele sorri, um sorriso que poucas vezes ela viu naquele resto.
Du: que foi? - Perguntou sorrindo.
João Lucas: Eu tou feliz.
Du: Ah é? Algum motivo especial pra isso?
João Lucas: Você, nossos filhos, nossa vida.
Du encosta a cabeça no ombro de João Lucas.
Du: Eu também Leki.
Mais alguns instantes se passam e Alfredinho dorme nos braços de Du.
João Lucas pega o menino e o leva de volta para o quarto.
Quando retorna Du estava pegando a camiseta dele do chão e vestindo .
João Lucas: Tu gosta das minhas camisetas hein Leki.
Du: Eu tou com frio.
João Lucas: Frio, pera aí que eu vou te esquentar.
Du termina de vestir a camiseta e JL deita ao seu lado na cama, ela a abraça forte.
Du: Na verdade é que eu gosto de sentir o teu perfume.
João Lucas da um leve beijo em seu pescoço e diz baixinho em seu ouvido :
Eu também me amarro em sentir o teu, não consigo mais viver sem .
Quando Du fecha os olhos para voltar a pegar no sono, eles escutam o choro de Martinha.
Ambos começam a rir.
Du: Pode deixar que agora é minha vez de ir lá .
Quando Du volta para o quarto JL aparentemente já pegou no sono. Então ela se deita lentamente ao lado dele, tentando não fazer movimentos brutos para não acorda-lo .
Assim que ela se deita ele abre os olhos e sorri.
Du: Desculpa Leki, não queria te acordar.
João Lucas: Eu não tava dormindo, eu tava te esperando.
Du: É mesmo? - Du acaricia de leve o rosto de JL, e lhe da um beijo rápido.
João Lucas: Claro, eu não ia dormir sem ouvir um Boa Noite Maridão mais lindo desse mundo.
Du: Você se acha né Leki?
João Lucas: Eu não achou, eu sou Rosto com olho piscando
Du começa a rir, os lábios se aproximam novamente e outro beijo se inicia, um beijo calmo cheio de carinho e paixão .
Quando o beijo acaba, João Lucas pergunta:
E nossa princesa demorou para pegar no sono?
Du: Que nada, mamou e logo dormiu. Martinha é bem mais calma.
João Lucas: E nosso mini comendador ?
Du: Tava dormido como um anjinho.
João Lucas sorri e fica pensativo por um instante.
Du: Que foi Leki? Ficou calado, parece que ta longe.
João Lucas : É surreal né ? Temos dois filhos cara, eles ainda são tão pequenos e eu já os amo mais que tudo na minha vida.
Du: Eu também .
João Lucas: E cada um já tem sua personalidade, Alfredinho é mais agitado, Martinha é mais calma, eu fico pensando sabe Du, como eles vão ser quando crescer. Vão parecer comigo ou com você? Não vejo a hora de levar o Alfredinho para jogar futebol e ver a Martinha fazer coisas de meninas sabe?
Du: Eu também fico imaginando isso Leki. Nossos filhos. Pow, quem diria, nunca me imaginei com um filho, agora temos dois. Que se tornaram as consinhas mais importantes de nossa vida -Du boceja de sono.
João Lucas: Você está cansada né amor? O dia foi puxado para você, vem cá - Ele abre os braços deixando espaço para Eduarda se aconchegar em seu peito, ele a envolve em seu abraço e fica fazendo um cafuné nos cabelos vermelhos dela.
Du: Foi puxado mesmo, mas tendo você ao meu lado amor...
João Lucas: Vou tá do seu lado sempre.
Du: Você promete?
João Lucas: Eu juro