Simplesmente Acontece escrita por Steh


Capítulo 25
Capítulo 5 - Volta do Comendador




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Du ficou perdida em pensamentos e não conseguiu pegar no sono, ainda envolvida pelos braços de João Lucas que já dormia, abre os olhos, e olha para onde ficavam os berços dos bebês, e sente um vazio enorme. Então com muito cuidado, com movimentos lentos e delicados, se solta do abraço de JL, se levanta e caminha para o novo quarto dos bebês, que dormiam feito dois anjinhos.
Du faz um carinho de leve em cada um dos bebês, coloca a chupeta na boca de Alfredinho, admira mais um pouco os detalhes do quarto, e se deita em um pequeno sofá que havia lá.
Du não conseguia descrever o que estava sentindo, estava feliz, muito feliz, realizada como mãe, mulher e esposa, ela queria que essa felicidade não acabasse nunca.
Eduarda ainda fica perdida mais um pouco em seus pensamentos, mas logo pega no sono.
João Lucas, se meche na cama, e não sente o corpo da sua mulher junto ao seu, então ele desperta assustado procurando por Du. Ele olha ao redor do quarto, percebe que a luz do banheiro está apagada, se levanta e vai para o quarto dos bebês.
Assim que abre a porta, se depara com Du, toda encolhida naquele pequeno sofá, ele sorri e vai até ela, abaixando para ficar na altura no seu rosto, e fala bem baixinho, fazendo uma leve caricia :
Du acorda, acorda meu amor.
Du desperta assustada :
O que foi? Lekinhos acordaram?
João Lucas: Calma, não, eles estão dormindo feito anjinhos- Ele sorri.
Du passa a mão em seu rosto, e se senta, JL senta ao seu lado.
João Lucas: Nossa eu tava tão cansadão que nem ouvi quando eles acordaram e você veio pra cá. Foi mal Du, se tivesse acordado teria vindo de ajudar.
Du começa a rir :
Fica sussa Leki, eles não acordaram, tão dormindo desde aquela hora acredita?
João Lucas: Sério? Ual. Mas então o que tu tá fazendo aqui?
Du: É que eu não estava conseguindo dormir, e...e...e... Achei aquele quarto tão vazio, queria vê se tava tudo bem com eles.
João Lucas olha para Du com uma admiração, aquela menina que estava toda insegura em ser mãe, tinha se tornado a melhor mãe que ele poderia desejar para os teus filhos.
João Lucas a puxa para mais perto de si, dando um leve beijo em seu rosto, e falando baixinho em seu ouvido:
Quem diria hein Dona Eduarda, que mãe bobona tu se tornou.
Du: Que isso Leki – Diz, encostando a cabeça em seu peito.
Os dois se acomodam naquele pequeno sofá, Du como de costume está envolvida pelos braços de JL, com a cabeça em seu peito.
João Lucas: Eu tenho orgulho de você sabia? Tu tá percebendo que tu se tornou a melhor mãe desse mundo? Nossos Lekinhos tem muita sorte.
Du: Sorte que eu não tive, e nem você né?
João Lucas: Não vamos pensar nisso agora, o importante daqui pra frente, são apenas aqueles dois anjinhos.
Du: Tu tá certo Leki.
Eles ficam ali deitados, olhando os filhos dormirem, orgulhosos, por estarem conseguindo desempenhar bem o papel de pais.
As crianças parecem que sentiam eles estavam mais calmos, não choravam tanto, é como se estivessem muito felizes com a felicidade dos pais.
E logo também pegam no sono.

Os dias se passaram, todos ficaram sabendo que o comendador estava vivo, e ele voltou para casa.
As coisas na Império estavam cada vez pior, a Guerra entre José Alfredo e Maurílio estava declarada.

E apesar de todos os problemas João Lucas e Du estavam cada vez mais unidos, ela cuidava dos filhos e do João Lucas,
ele deixa os problemas e as preocupações do lado de fora quando chegava em casa, e só queria saber de curtir sua mulher e seus filhos.
Porém com a volta do comendador para aquela casa, acabou trazendo uma visita,
e sua presença naquela casa ficava cada vez mais frequente.
Fato, esse que não agradava Marta, muito menos Eduarda.

Era Domingo de manhã, Du tinha descido para tomar água, quando retorna ao quarto dos bebês ela estava lá, perto do berço das crianças, toda sorridente, ao lado de Lucas.
Du entra no quarto e vai direto para o lado do Marido, abraçando o por trás.
Ísis: Oi Du, passei aqui para ver como essas fofurinhas estavam.
Du: Estão bem, como você mesmo pode ver.
João Lucas olha com cara feia pra Du, mas ela continua a encarar Ísis.
Ísis: O Zé Alfredinho é a sua cara Lucas.
João Lucas: Gostosão que nem o pai.
Du dá um tapa nas costas de João Lucas, e Ísis começa a rir.

João Lucas: Aí, Du.
Du: Isso é pra você parar de ser convencido.
O comendador entra no quarto.
José Alfredo: Como estão meus netos?
João Lucas: Lindos como sempre.
José Alfredo: A alegria dessa família, vocês dois me deram o melhor presente que eu podia receber, ainda mais nesses últimos tempos, que tá tudo tão...
João Lucas interrompe:
Mas, vai melhorar pai, agora com o Senhor de volta pra colocar tudo em ordem as coisas vão voltar ao normal.
José Alfredo: Deus te ouça meu filho. Agora vamos tomar café.
José Alfredo pega na mão de Ísis e caminha para fora do quarto.
João Lucas: Vamos Du? Levamos os Lekinhos.
Du: Não, preciso dar de mama pra eles, mas pode ir Lucas.
João Lucas: Claro que não né Du, vou ficar contigo.
Du: Vai Lucas, vai tomar café com a sua queridinha.
João Lucas: De novo não Du. Qual foi hein? Vai ficar com essa palhaçada de ciúmes da Isis de novo ?
Du: Tu acha que é fácil ver essa aí enfiada aqui no quarto dos nossos filhos?
João Lucas: Essa aí é a mulher que meu pai ama Eduarda. E tu acha que é fácil pra mim ver que tu não confia em mim? Você é a mãe dos meus filhos, a minha mulher, tu não tem motivo pra ficar bolada Du.
Du: Eu já disse que eu confio em você Leki. Sei que ela é a garota do teu pai. Mas não é fácil pra mim, olhar pra ela, e lembrar de tudo. Lembrar o quanto você correu atrás dela, lembrar que você...
João Lucas se aproxima de Du, e não deixa que ela termine de fala, simplesmente cala sua boca com um beijo, que começou, mas com o passar dos segundos se torna intenso e cheio de movimentos rápidos. Eles só se separam quando falta o ar para respirar.
Du: Quem ama cuida Leki- Du fala ainda sem fôlego.
João Lucas: Não fica bolada, esquece o passado. Tu é MINHA mulher Eduarda, e eu amo ser cuidado por você.
Os lábios se aproximam novamente, mas o beijo logo é interrompido pelo choro de Alfredinho.
Os dois começam a rir.
João Lucas: Tem alguém que está com fome.
João Lucas e Du descem para tomar café da manhã levando os gêmeos, quando chegam na cozinha, apenas Marta ainda continuava na mesa.
João Lucas: Ué cadê todo mundo?
Maria Marta: Já se foram.
João Lucas: E a senhora ficou aí sozinha?
Maria Marta: O que eu posso fazer em João Lucas, se seu pai trouxe aqui pra dentro de casa a ninfetinha dele? Já estão trancados lá no quarto. Só me restou isso, a solidão.
João Lucas : Credo Mãe, não fala assim.
Du: Sua mãe tem razão, não sei como a senhora suporta a presença dela aqui.
Lucas e Du se sentam, e os bebês estavam quietinhos no carrinho, Marta brinca um pouquinho com eles.
Maria Marta: Eu também não sei como estou suportando isso viu Leki, Leki. Mas ainda bem que eu tenho essas duas fofurinhas, coisas mais lindas da vovó, a alegria das nossas vidas.
João Lucas começa a rir.
Maria Marta: Que foi Lucas?
João Lucas: Aleluia a senhora falou vovó.
Maria Marta: Falei nada né meus amores?
Todos começam a rir, e começam a se servir.

Maria Marta: Você também não suporta a presença dela né? – Diz Maria Marta olhando pra Du.
João Lucas: Ah mãe sem essa vai, não coloca mais pilha na Du.
Maria Marta: Deixa a menina responder João Lucas.
Du: Pra falar a verdade não.
Maria Marta: É isso aí Leki, Leki. Você tem que cuidar bem do que é seu, manter o João Lucas em rédeas curtas.
João Lucas: Que isso mãe? Dá ideia não- João Lucas, pega na mão de Du, e dá um leve beijo. Sorrindo pra ela, que também sorri pra ele.
Du: Sua mãe tem razão Lucas, sei bem que tenho que ficar esperta contigo.
João Lucas: Mas que isso é um complô contra o papai aqui? Agora só falta a Martinha falar que vocês duas tem razão.
Du: Mas elas tem razão papai.
João Lucas: Ah Meu Deus, essas mulheres da minha vida. Você vai me defender né filhão.
Maria Marta: Esse aí, desde pequeno já da pra perceber que puxou o gênio do pai, vai aprontar muito.
Du: Não fala isso Dona Marta, que eu já começo a ficar preocupada.
Maria Marta: Mas pode ficar, olha a carinha dele, João Lucas escrito.
Todos começam a rir, quando percebem que Alfredinho também estava rindo em seu carrinho.
Depois do café Du e Lucas resolveram passar o dia fora com os bebês. Arrumaram todas as coisas, e na hora de entrar no carro, Du insistia para que Lucas a deixasse dirigir, depois de muita insistência ele resolve deixar.
Eles colocam as crianças nas cadeirinhas e pegam a estrada.


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