Entre beijos e paixões - Season 2 escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 8
Sobre Skates


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, aí vai mais um capítulo! Espero que gostem! Boa leitura :*
Ah, e já sabem, né? (Comentem! u-u)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615466/chapter/8

Música pra acompanhar :3

“Porque será que as coisas têm que ser assim tão complicadas? Por que as coisas não poderiam ser simplesmente do jeito que esperamos?” Isso era uma coisa que talvez nunca fosse compreender, segundo ela mesma.

– Life's like this… That's way it is… – Sussurrava conforme a música tocava em seus ouvidos. De repente flashbacks surgiram em sua mente.

Flashback on

Um ano e oito meses atrás...

Maria encontrava-se com Tati e Teca, brincando na sala do orfanato, quando Gabriela Almeida Campos chegou ao orfanato.

– Gabi!!! – Exclamou Maria, correndo para abraçá-la. Gabrela vinha ajudando muito a garota e sua mãe, que se encontrava doente em um hospital.

– Oi Maria… – Cumprimentou Gabi, abraçando a garota. – Será que eu posso conversar com ela a sós meninas? – Perguntou dirigindo-se à Teca e Tati, que assentiram. Então Maria dirigiu-se ao pátio do orfanato, acompanhada de Gabi.

– O que aconteceu Gabi? Você tá com uma cara de preocupada… – Perguntou Maria, estranhando a situação.

– É que eu tenho uma coisa que não é muito legal pra te contar… – Afirmou Gabi.

– É sobre minha mãe? – Perguntou Maria. Gabi assentiu.

– Ela vai ter que ficar mais tempo no hospital? – Perguntou Maria. Nessa hora, Gabi respirou fundo.

– Maria… Você vai ter que ser essa menininha forte que você tem sido sempre… – Preparou Gabriela.

– Gabi, você tá me assustando… – Disse Maria, amedrontada.

– A sua mamãe foi morar no céu… – Lançou Gabi, como uma punhalada no coração da pequena, que passou a chorar descontroladamente.

– NÃO Gabi, você tá mentindo, né? Minha mãe não pode ter morrido! – Disse a garota, inconformada, sua mãe tinha acabado de encontrá-la, e agora estava morta.

– Sinto muito Maria… – Lamentou Gabi. Então Maria passou a gritar, saindo correndo dalí. – Maria espera! – Gritou Gabi. Porém Maria não deu ouvidos, saindo do orfanato.

Maria fugiu apenas com a roupa do corpo, passando dias desaparecida, foi quando encontrou um abrigo próximo à uma pista de skate, e foi lá que sua paixão por skate surgiu, lhe tirando de toda a tristeza vivida antes. Maria se tornou a mascote dos skatistas, que a ensinaram todas as suas manobras, e a deram comida e roupas novas. Até que a mesma ouviu notícias de que estava sendo procurada por todos do orfanato Raio de luz, que acabaram descobrindo seu paradeiro, então, seguindo o conselho de seus novos amigos skatistas, Maria voltou ao orfanato, depois de 11 dias fora. Porém, a Maria que voltou, não era a mesma Maria que havia saído, e todos perceberam a mudança, continuava sendo forte, porém não era mais aquela doce criança de antes, era uma menina rebelde e explosiva, que no fundo continuava tendo um bom coração. (Pareceu que tava falando da Bia e.e)

Flashback off

– Cantando inglês de novo, Maria? – Perguntou alguém, aproximando-se da mesma, perto da fonte. Neco.

– Yeah… – Respondeu a garota, sem dirigir o olhar ao mesmo. Então Neco pegou um dos fones de ouvido desta, e passou a ouvir a música junto com ela.

– Ah, Avril Lavigne, sabia… – Afirmou Neco, a encarando.

– Me conhece bem. – Disse Maria, desviando o olhar. Nessa hora Neco percebeu que Maria não estava muito contente.

– Você tá bem? – Perguntou, segurando a garota pelo queixo, fazendo assim com que a mesma o encarasse. Aquilo era uma tortura para Maria, pois, já fazia um tempo que esta se encontrava apaixonada pelo amigo, não sabia exatamente a quanto tempo, o fato era que ele a compreendia sempre e foi quem mais a apoiou quando ela mudou de personalidade.

“Como eu queria beijar você, Neco...”, pensou Maria.

– Maria? – Perguntou Neco, estranhando o olhar da garota.

– Oi? – Perguntou Maria, sacudindo o rosto.

– Eu perguntei se você tá bem… – Repetiu Neco.

– Ah, sim… É que, eu só tava lembrando de umas coisas. – Afirmou Maria.

– Que coisas? – Perguntou Neco.

– Coisas que eu não quero compartilhar agora. – Falou Maria, levantando-se da fonte, e saindo.

– Pera, aonde você vai? – Perguntou Neco, ficando no vácuo. – Eu queria… Perguntar uma coisa… Deixa pra lá. – Concluiu.

Maria pegou seu skate, que se encontrava ao lado da fonte, então direcionou-se ao portão de saída do orfanato.

– Pera aê! – Exclamou Ernestina a repreendendo. – Aonde você pensa que vai mocinha? – Perguntou.

– Na Lúcia. – Respondeu Maria.

Com autorização de quem Mocinha? – Perguntou Ernê.

– Minha. – Respondeu Maria, subindo em seu skate e se mandando.

– Ah tá. – Concluiu Ernê. – Espera! Assim não vale!!! – Exclamou, se tocando. – Droga… – Bufou.

Não demorou muito até que Maria chegasse a casa de Lúcia.

Helena atendeu a porta.

– Oi Maria. – Cumrpimentou, rudemente.

– Oi Helena, tudo bem? – Perguntou Maria.

– Tudo. – Respondeu Helena.

– Cadê a Lúcia? – Perguntou Maria.

– Ela está lendo, melhor vir outra hora. – Disse Helena. Maria soltou uma risada abafada.

– Lendo? – Perguntou Maria. – Vai me mandar voltar outra hora só porque a Lúcia tá lendo? – Perguntou Maria. Helena ficou sem jeito.

– Não é isso Maria, claro que não, é que a Lúcia tem seus afazeres. – Disse Helena.

– Ela tá de férias! – Exclamou Maria. – Vai ter o tempo todo pra ler quando acabarem. – Completou. Nessa hora Lúcia apareceu na porta.

– Oi Maria, entra aí! – Exclamou, convidando a garota para entrar. Então Maria sorriu para Helena e entrou.

No quarto de Lúcia

– Quando a sua vó vai deixar de ser chata? – Perguntou Maria.

– É que ela acha que você é a fim de mim. – Riu Lúcia.

– Quê? Sua vó pensa que eu sou lésbica? – Perguntou Maria, rindo. – Que merda! – Exclamou.

– Deve ser pelas roupas que você usa. – Disse Lúcia.

– Mas eu quase sempre tô de uniforme! – Afirmou Maria.

– Então deve ser pelo boné. – Lembrou Lúcia.

– Ah, foda-se. – Disse Maria.

– Maria! Essa é uma palavra feia! – Repreendeu Lúcia.

– Foda-se. Foda-se. Foda-se. – Repetiu Maria por implicância.

– Para com isso! Caramba! – Repreendeu Lúcia, mais uma vez.

– Tá, parei. – Concluiu Maria. – Vamo dar um rolê? – Chamou.

– Você não tava brava comigo? – Perguntou Lúcia.

– Já passou, foi de momento. – Disse Maria. – Você fica com o Neco se quiser, eu não vou empatar. – Completou.

– Você sabe que eu não quero, sabe de quem eu gosto… – Lembrou Lúcia.

– Tá, você esse seu amor impossível. – Disse Maria.

– Olha quem fala. – Retrucou Lúcia. – Que eu saiba o Neco também não faz ideia que você gosta dele.

– Tá, eu não quero discutir. – Encerou Maria. – Eu tava pensando em ir na Dani, e depois passar na pista de skate, vamo? – Convidou.

– Tá, pra Dani minha vó deixa eu ir. – Disse Lúcia. – Mas na pista de skate, sabe que ela não deixa… – Lembrou.

– Ela não precisa saber disso. – Afirmou Maria.

– Não gosto de mentir pra minha avó. – Disse Lúcia.

– Mas você não vai mentir, só vai omitir. – Rebateu sua amiga.

– Maria! – Repreendeu Lúcia.

– Vamo logo! – Insistiu Maria, puxando Lúcia pelo braço.

Depois…

– Eu tô mal… – Disse Lúcia, enquanto caminhavam para a parada de ônibus.

– Por quê? – Bufou Maria.

– Por não ter contado a minha vó que vou pra pista de skate… – Disse Lúcia.

– Você não precisa ir se não quiser. – Disse Maria. – Mas A Dani vai comigo com certeza. Ela é louca pelos meus amigos de lá. – Lembrou.

– Mas ela não disse que ainda gostava do Bin…

– Não repete isso aqui perto! – Repreendeu Maria interrompendo Lúcia. – Se isso cair nos ouvidos da Bia, a Dani morre. – Completou.

– Tá, é que esqueci. – Lembrou Lúcia.

– Lá vem o ônibus! Vamo! – Exclamou Maria, dando sinal ao ônibus.

Não demorou muito até que ambas chegassem a mansão Almeida campos.

Na mansão…

Dani ouvia música no quarto , enquanto olhava algumas fotos em seu celular.

– Aff… – Buffou ao ver uma das fotos. (Foto 1) Se tratava do perfil de Binho. – Ridículos… – Completou, olhando outra foto, de Binho co Bia. (Foto 2) – Hum, finalmente uma foto sem ela. – Acrescentou, ao ver uma foto do garoto sozinho. (Foto 3) – Um dia você vai ser meu, Binho… – Disse Beijando a tela do celular.

– Caham! – Exclamou alguém, a flagrando.

– Ai que susto, Mili! – Exclamou a garota, constrangida.– Não sabe bater na porta? – Perguntou. Mili prendeu o riso.

– Quem você beijava na tela do celular? – Perguntou a garota.

– Não te interessa! – Disse Dani, irritada. – O que você quer? – Perguntou.

– Só avisar que a Maria e a Lúcia tão lá embaixo querendo falar com você. – Respondeu Mili.

– Ah, tá. – Disse Dani. – Porque elas não subiram? – Perguntou.

– Porque tão indo pra pista de skate, querem saber se você vai. – Disse Mili.

– Vou. – Respondeu Dani. – Diz pra elas que eu desço já. – Concluiu. Mili assentiu e saiu do quarto.

Minutos depois…

Mili conversava com as meninas quando Dani desceu.

– … Caramba, mas ela tem ideia de quem pode ter sido? – Perguntou Maria.

– Ela pensou que era a Débora ou algum dos meninos passando trote. – Contava Mili. – Porque não tinha como ninguém mais saber que ela tinha assistido o chamado naquela noite.

– Do que vocês tão falando? – Perguntou Dani, chegando a sala.

– Do “trote” que a Bia recebeu. – Disse Mili.

– Que trote? – Perguntou Dani.

– Sete dias! – Falou Maria, imitanto a voz da Samara Morgan. Dani passou a rir.

– Será que foi trote mesmo? – Perguntou lúcia, com medo.

– Isso a gente só vai saber daqui a mais ou menos, 5 dias. – Disse Maria fazendo as contas. – Quando a suposta Samara aparecer. – Completou.

– Hum, pois espero que apareça e leve a Bia pro quinto dos infernos! – Desejou Dani, com um sorriso diabólico no rosto.

– Que é isso Daniela?! – Perguntou Carolina, que havia acabado de entrar na mansão. Carol também estava mudada, usava roupas mais formais, e agora era dona de um cabelo mais longo, porém, a personalidade era a mesma. Carol também havia aberto seu próprio consultório de psicologia.

– Oi Carol! – Exclamaram Maria e Lúcia.

– Oi Meninas! – Cumprimentou Carol. Dani revirou os olhos.

– Porque você tava falando aquilo, hein Dani? – Perguntou Carol.

– Eu tava brincando. – Disse Dani, friamente.

– Aham, sei. – Disse Mili. Dani revirou os olhos.

– E aí a gente vai ou não, pra pista de skate? – Perguntou Dani, direcionando-se as meninas, que assentiram. Logo, ambas se levantaram e foram em direção a porta.

– Caham! – Pigarreou Carol, fazendo ambas se virarem de volta. – Ô Daniela, não tá se esquecendo de nada, não? – Perguntou.

– Tá, eu vou com as meninas pra pista de skate, volto depois. – Disse Dani, sem paciência.

– Tchau Carol… – Disseram Lúcia e Maria.

– Tchau meninas. – Despediu-se Carol. Então as três saíram, acompanhadas de Dani. Em seguida Carol olhou para Mili, inconformada.

–A Dani tá a cada dia mais difícil de lidar, né? – Reparou Mili. Carol assentiu.

Depois…

As três garotas chegaram a pista de skate.

– E aí garotos! – Exclamou Maria, indo de skate até uma roda de amigos. Dani e Lúcia ficaram acanhadas em um canto.

– Falaê Mascote! – Exclamou um garoto ruivo de aparelho nos dentes, cumprimentando Maria. Em seguida mais dois vieram falar com a mesma, eram eles um bem alto e magro, e outro loiro, meio gordinho.

– Aquele ruivinho de aparelho é um gatinho… – Disse Dani.

– O Ferrugem? – Perguntou Lúcia.

– Mentira que você conhece ele? – Perguntou Dani.

– Não, só por nome, a Maria fala muito. – Disse Lúcia.

– Fala muito, no entanto, nunca apresenta nenhum deles. – Acrescentou Dani.

Enquanto isso…

– … Porque elas não são pro bico de vocês! Por isso eu não apresento. – Dizia Maria aos garotos.

– Mas já trouxe elas aqui três vezes, e nunca apresentou. E se elas gostarem da gente? – Perguntou Ferrugem.

– Você queria conhecer qual mesmo? – Perguntou Maria.

– Aquela de saia longa. – O garoto se referia à Lúcia. Aquilo soou como um ponto positivo para Maria.

– Tá, tá, eu vou pensar no caso. – Disse Maria.

– Apresenta a de mecha vermelha pra mim? – Perguntou o gordinho loiro, intrometendo-se.

– Não vou prometer nada Érick. – Disse Maria, já prevendo que Dani não ia querer. Enquanto Maria conversava com os amigos, Dani e Lúcia avistaram três pessoas conhecidas passando alí por perto, Vivi, Bia e Tati.

– Aff, olha quem tá alí… – Bufou Dani.

– Ah! As meninas! – Exclamou Lúcia. – Meninas!!! – Chamou, acenando. Dani revirou os olhos.

– Porque chamou elas? Demente! – Perguntou emburrada. Mas já era tarde demais, pois as três já tinham as visto, e estavam indo em sua direção.

– Meninas! – Exclamou Tati, correndo na direção das duas.

– Tati! – Exclamou Dani. Lúcia apenas sorriu. Então Tati as cumprimentou um abraço amigável ao mesmo tempo.

– Tão perdidas por aqui, meninas? – Perguntou Vivi.

– A gente tá com a Maria, ò ela alí! – Apontou Dani. Nessa hora Maria acenou, então se despediu dos garotos e foi em direção as meninas com seu skate.

– Oi Beatriz! – Disse Dani, falsamente ao ver que a garota optou pelo silêncio.

– Oi, Daniela. – Respondeu Bia, friamente.

– Oi Bia! – Cumprimentou Lúcia.

– Oi Lucia! – Falou Bia, normalmente.

– Hey, girls! – Cumprimentou Maria.

– Hey, Mary! – Responderam as meninas, americanizadamente. Maria riu.

– Pra onde vocês tavam indo? – Perguntou.

– A gente tava indo com a Bia no veterinário. – Respondeu Tati.

– Por que? Ela tá doente? – Perguntou Dani, num tom de deboche.

– Vai se foder, Daniela! – Retrucou Bia.

– Vai se foder, você! – Rebateu Dani.

– Eu não preciso, já tenho com quem. – Respondeu Bia, provocando a ira de Dani, que se conteve respirando fundo. – Que foi, tá com raivinha?

– Não me enche Bia! – Disse Dani irritada. Bia sabia que Dani invejava seu namoro com Binho, porém não esquentava muito com isso, pois Dani não seria nem louca de tentar algo, pois no fundo sabia do que Bia era capaz, então apenas a provocava.

– Já terminaram? – Perguntou Maria, com cara de tacho. Bia e Dani deram de ombros.

– Porque vocês vão no veterinário? – Perguntou Lúcia, interessada no assunto.

– Consultar a Felina. – Disse Bia.

– Felina? Quem é Felina? – Perguntou Maria. Bia riu acompanhada de Vivi e Tati, então tirou sua mochila que estava nas costas e abriu o zíper, entreaberto, revelando sua gatinha de olhos arregalados que soltou um “miau”.

– Awn!!! – Exclamaram Maria e Lúcia, que passaram a fazer carinho na gata. Dani apenas olhou de longe, fingindo não se importar com o animal.

– Ela é muito fofa, quem te deu? – Perguntou Lúcia.

– Meu irmão. – Respondeu Bia. – Bom, meninas, tenho que levar ela, é consulta marcada. – Afirmou. – Vivi, Tati, vamo lá? – Chamou. As duas assentiram, então se despediram das outras meninas.

– Ô Bia! – Chamou Dani, enquanto a garota caminhava. Bia se virou na direção de Dani. – Sete dias! – Zombou a garota. Nessa hora Bia sentiu um arrepio na espinha, a garota não demonstrava, mas aquela história continuava incomodando sua cabeça. Bia encarou Dani seriamente, e então continuou andando com as outras, a caminho do veterinário.

– Você não faz ideia mesmo de quem pode ter sido, Bia? – Perguntou Vivi.

– Não, e nem me importo com isso, vou apenas esperar. E quando o sétimo dia chegar, vou saber que foi um trote, porque nada vai acontecer. – Disse Bia, transmitindo confiança. Mesmo que não tivesse.

Depois…

Depois de conversar com os amigos e encontrar as garotas na pista, Maria foi tomar um sorvete com as garotas, na sorveteria próxima ao orfanato.

– Sabe Maria, a Lúcia e eu tavamos nos perguntando, porque você nunca apresentou seus amigos a gente. – Disse Dani, dando uma colherada no sorvete de flocos.

– Ei! Eu não perguntei nad… – Lúcia foi interrompida por um pisão de Dani em seu pé. – Ai!!! – Exclamou a garota. Maria passou a rir.

– Ai gente, sei lá, é que eu acho que vocês não combinam muito pra serem amigas deles, já que não curtem skate nem hip hop. – Disse Maria.

– Se fosse por isso a gente não era amiga. – Disse Dani.

– Mas nós somos amigas bem antes de eu gostar de skate, e a Lúcia também. – Lembrou Maria. Dani deu de ombros. – Bom, mas já que vocês fazem tanta questão de conhecer eles, eu tenho uma boa notícia. – Advertiu Maria. Dani e Lúcia esperaram que a mesma continuasse. – Eles querem conhecer vocês. – Revelou.

– Sério?! – Perguntou Dani levantando-se. – E porque diabos não apresentou a gente?! – Perguntou.

– Calma senhorita! – Repreendeu Dani. – Ainda vai ter tempo pra isso. – Afirmou. – Na festa que vai ter semana que vem.

– Festa? Que festa? – Perguntou Lúcia.

– Uma festa aí, do primo do Érick. – Contou Maria. – Eles me chamaram e pediram pra eu levar vocês. – Completou.

– Não vejo a hora. – Disse Dani, sorrindo.

– Eu não sei se vou… Talvez minha vó não me deixe sair. – Disse Lúcia.

– Só dizer que vai dormir lá em casa. – Disse Dani.

– Ela vai querer falar com a Carol. – Disse Lúcia.

– Ela fala. – Disse Dani. – A Carol também nem vai saber que eu vou. – Afirmou.

– Ta… – Concordou Lúcia, com um pouco de medo.

– Bom, se me derem licença eu tenho que ir pra casa. – Disse Dani. – Vou fazer umas comprar pela internet. – Completou.

– Eu também já vou, minha vó deve tá preocupada. – Disse Lúcia.

– Tá, eu vou pedir a conta. – Disse Maria. Então depois de pagarem a conta, cada uma tomou seu rumo. Lúcia foi pra casa, Dani pra mansão, e Maria tornou a andar de skate pelas ruas. Enquanto andava avistou alguém conhecido.

– Oi Maria! – Exclamou o garoto.

– Oi Tatu! – Respondeu. – Nossa, tá parecendo uma lagosta. – Reparou ao ver o bronzeado do garoto.

– Ah é, tava passando as férias em Canoa Quebrada. Acabei de voltar. – Contou o garoto.

– Eu soube, vi as fotos no facebook. – Disse Maria.

– Você tem visto a Tati? – Perguntou Tatu.

– Vi ela hoje. – Disse Maria.

– Ela perguntou algo sobre mim? – Perguntou Tatu.

– Não, na verdade ela nunca fala de você. – Respondeu Maria. Tatu mudou a expressão no rosto, havia ficado triste com a afirmação de Maria. Tati e ele estavam dando um tempo, e tudo isso por que o mesmo decidiu viajar com a família e não a levou. – Foi mau, eu não queria…

– Não tudo bem… – Disse Tatu. – Acho que ela deve ter achado alguém melhor que eu… – Completou, saindo.

– Pobre Tatu, sempre inseguro… – Afirmou Maria, suspirando, então pegou seu skate e andou até um dos bancos da praça, onde sentou-se para descansar, nessa hora, a imagem de Neco veio a sua mente.

“Porque será que as coisas têm que ser assim tão complicadas? Por que as coisas não poderiam ser simplesmente do jeito que esperamos?” Isso era uma coisa que talvez nunca fosse compreender, segundo ela mesma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Comentem! Recomendem! Favoritem! Beijos e até o próximo cap :3
haha