Forgive Me escrita por Aline Silva, Aline Eurich


Capítulo 19
Elisa


Notas iniciais do capítulo

"Quando o assunto é família, no fundo ainda somos crianças não importa o quão velho ficamos sempre precisamos de um lar para chamar de lar. Porque sem as pessoas que você mais ama, você não pode evitar em se sentir sozinho do mundo."



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Já fazia uns dois anos que não pisava em DC, e com a minha dispensa do exército pude finalmente voltar para casa. Depois da minha última missão não tem o que me faça voltar a ser militar, quando você vê crianças sendo mortas em bombardeios, mães sendo torturadas para revelarem esconderijos e pessoas serem usadas como moeda de troca enquanto a contagem de corpos só aumenta, isso simplesmente muda você. Decedi que não poderia mais conviver com isso, então no dia de minha dispensa, fiz minhas malas e embarquei para a capital. Não quis procurar meus pais, não enquanto não estivesse com minha vida já em ordem, como eles nunca quiseram que eu entrasse para o exército não queria que eles jogassem isso na minha cara. Quando cheguei em DC me hospedei em um hotel e comecei a pensar em como poderia tocar minha vida, demorei umas semanas até resolver enviar meu currículo para o lugar que visitei tantas vezes durante minha infância e adolescência. Mais outras semanas se passaram até eu receber uma resposta dizendo que eu seria uma agente em treinamento, porém antes teria que falar com o Diretor Gallo para ele decidir em que equipe eu poderia entrar. Quando chegou o dia da entrevista me arrumei e sai cedo de casa para evitar atrasos, quando cheguei naquele lugar com as velhas paredes laranjas já sabia aonde deveria ir, subi as escadas até a sala do diretor torcendo para que ninguém me reconhecesse. Fiquei na sala da secretária até que o diretor interfonasse dizendo que eu poderia entrar.
Entrei na sala e o Diretor, um homem de meia idade, começou a falar:
– Quando vi esses dois sobrenomes juntos entre os inscritos fiquei surpreso! Até onde eu sabia você seguia carreira militar.
– Fui dispensada, senhor. Resolvi mudar de rumo.
–Certo. Como seus pais não vieram me falar nada acredito que eles não estejam sabendo disso?
– Não estão. Quero ser uma agente por meus próprios méritos, não por ser filha de quem sou.
– Então sobre seus méritos, seus superiores deram ótimas avaliações sobre você, dizem que você estava sendo promovida e não aceitou. Porque?
– Como eu disse, queria mudar o rumo da minha vida.
– Senhorita DiNozzo, você está sendo aceita como agente em experiência. Vou pedir para um agente da sua equipe te conduzir.
Ele interfona para a secretária pedindo que o Agente Curtis venha até a sala dele. Poucos minutos depois o agente chega, ele devia ter a minha idade.
– Agente Curtis, essa é a agente em experiência Elisa. Ela fará parte da sua equipe.
Percebo que o Diretor evitou falar meu sobrenome, fico grata não queria que minha primeira impressão viesse com a "fama" de meus pais.
– Mas o agente...- Curtis começa, mas o Diretor corta dizendo:
– Ele será informado.
O agente Curtis sai e faz sinal para que eu o acompanhe.
– Olha nós estamos em meio a um caso então os outros dois agentes estão em campo, agora eu preciso ir no laboratório pois nossa perita forense encontrou alguma coisa.
Tia Abby, será que ela ainda trabalha no laboratório?- pensei
Quando estávamos no elevador Curtis avisou:
– Olha nossa perita forense Abigail, ela pode ser meio complicada e se ela não gostar de você no começo não se preocupe.
– Curtis, Curtis! - ela falou e quando me viu se surpreendeu. Curtis não entendeu e disse:
– Essa é a agente em experiência Elisa.
Abby disse para Curtis o que havia descoberto, fomos sair mas Abby pediu:
– Ela pode ficar para me ajudar?
Curtis assentiu e antes de sair sussurrou para mim: acho que ela gostou de você.
– Elisa não acredito que você vai trabalhar aqui! Seus pais sabem?- ela disse me abraçando
– Não, ainda não.
– Pelo jeito você não conheceu a equipe inteira.
– Não conheci, Curtis disse que eles estão em campo.
– Não se preocupem tenho certeza que vão gostar de você. - ela diz rindo- Mas porque saiu do exército?
– Resolvi mudar, seguir novos caminhos, voltar para casa. E o tio McGee, ele ainda trabalha aqui no NCIS?
– Ele comanda uma equipe cibernética, ele teoricamente trabalha aqui, mas eles sempre viajam. Sabe, é complicado.
– Entendo, tia.
Ela da risada ao perceber que a chamo de tia, então percebo que vou ter que parar já que vamos trabalhar juntas. Curtis telefona para Abby pedindo que eu retorne, subo com o elevador e ele me espera na saída do elevador.
– Olha Elisa, nosso chefe está quase chegando e ele não é exatamente muito amigável. Ele tem o histórico de implicar com novatos, então esteja preparada. A esposa dele não é muito diferente, ela era do MOSSAD antes de se tornar uma agente do NCIS.
Quando ele diz isso tudo o que eu consigo pensar é: Ahh não.
Curtis continua:
– Mas eles são ótimas pessoas, e excelentes agentes. Eles foram treinados pelo lendário agente Gibbs, e você pode não saber mas o agente Gibbs foi o melhor agente que o NCIS já teve. Elisa aquela vai ser a sua mesa, quando eles chegarem é sempre bom parecer muito ocupada, e se eles brigarem nunca interrompa nem se envolva, eles são um casal e sempre se acertam!
Nisso o elevador se abre meu pai e minha mãe saem junto de uma agente loira pouco mais velha que eu. Vou para trás da mesa e fico mexendo no computador seguindo a orientação que Curtis me deu para que meus pais não me vejam imediatamente.
– DiNozzo, Abby ainda está analisando o DNA encontrado na taça de vinho do morto, eu estou procurando por mulheres desaparecidas para ver se alguma bate com a descrição que a testemunha deu da mulher sequestrada. E temos uma novata da equipe. -Curtis diz
– E essa novata tem nome?- meu pai diz antes de se virar e me notar. E quando ele me vê se surpreende.
– Elisa! - minha mãe fala enquanto vem me abraçar.
– Filha!- meu pai também me abraça.
Me sinto desconfortável com essa cena família, mas não poderia ser de outra forma já que não nos vemos a tanto tempo.
– Você é filha deles?- Curtis diz surpreso- Então você não vai entrar para a equipe de verdade apenas veio visita-los?
– Não, eu estou entrando para o NCIS sim.
– Vai entrar para o NCIS filha, mas e o exército?- meu pai pergunta
– Sai. - minha mãe olha com uma cara de: eu te avisei!- o Diretor me colocou na equipe de vocês, mas não sei se é uma boa ideia.
– Não vou te dar uma chance de sair novata. Agora vá com o agente Curtis falar com a família da vítima! -meu pai ordena e então eu e Curtis saímos.
– Bom, já temos o agente DiNozzo e a agente David. E você seria agente?
– Acho que agente Elisa David DiNozzo seria muito comprido de falar, então acho que só Elisa é melhor.
– Agente David DiNozzo!- a agente loira diz.- Não me apresentei, meu nome é Meg Brody.
– Prazer, agente Brody.
– Olha só vou te chamar de David DiNozzo mesmo.- Curtis diz.- Parece estranho sabendo que você é filha deles mas, bem vinda a família NCIS!
– Ainda estão ai novatos? - meu pai grita em um tom de voz irritado, minha mãe da risadinhas de sua mesa e faz sinal para eu entrar no elevador. Sorrio e então entro no elevador.
Vai ser um desafio e tanto trabalhar com meus pais, mas ainda assim é melhor do que estar no exercício. Sei que o NCIS também não é fácil, mas pelo menos estou perto da minha família!


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Notas finais do capítulo

Agora sim acabou a história, agradeço a todos os que leram!



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