Forgive Me escrita por Aline Silva, Aline Eurich


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

"Amar pode doer
Amar pode doer às vezes
Mas é a única coisa que eu sei
Quando fica difícil
Você sabe que pode ficar difícil
Às vezes é a única coisa que nos mantém vivos."



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Gibbs retorna comunicando que Ziva vai retornar no dia seguinte, isso acaba aumentando minha ansiedade para rever Ziva e minha filhinha. Depois disso os dois saem e eu logo pego no sono. No outro dia, pela manhã, as coisas estão mais claras. Parece que aos poucos retomo a posse da minha vida, aos poucos volto a ser eu. As peças vão se encaixando, e as dúvidas sendo respondidas. Ducky passa para me ver e conta algumas histórias que auxiliam a responder algumas perguntas. Mais tarde McGee e Gibbs vão me visitar, juntamente com Abby.
– Tony como esta a sua memória? - McGee me pergunta
– Está voltando aos poucos. Lembro-me de que Elisa mora comigo porque Ziva nos deixou quando ela tinha sete meses, e que eu ia pedir ela em casamento esse dia.
– Não se preocupem, a memória dele vai voltar naturalmente. Essa perda de memória é consequência do coma, porém não foi tão grave quanto temíamos, ele logo vai se lembrar de tudo. - disse o médico que estava no meu quarto para me examinar.
– As coisas já estão bem menos confusas, acho que já estou lembrando tudo. Só não lembro o que fez nós sermos sequestrados.
– Isso eu não posso responder. - o médico diz antes de Gibbs ou McGee se manifestarem- O senhor está sentindo alguma dor ou mal-estar?
– Não, eu estou bem.
– Se seu quadro não se alterar eu te libero no final da semana, você já ficou tempo demais nesse hospital.
– Obrigado, doutor.
O médico me sai e me deixa a sós com Gibbs, McGee e Abby.
– Ziva vai voltar para a equipe. - Gibbs diz esperando minha reação.
– Mas e a Bishop?
– Pediu transferência.
– Provavelmente sentiu que aquele lugar nunca foi dela. - Abby fala, sincera.
– Que horas a Ziva chega?- pergunto
– Nessa madrugada, vou buscar ela no aeroporto 4 da manhã. - Gibbs responde.
Gibbs e McGee voltam para o trabalho e Abby fica me fazendo companhia.
– Tony você acha que agora ela vau ficar conosco?
– Não sei Abby, mas eu preciso que ela fique. Ela tem que entender de uma vez por todas que aqui é o lugar dela.
– Elisa vai amar ter os pais juntos.
– Quero ver eu aguentar a Ziva 1 e a Ziva 2 juntas. - brinco e Abby ri.
– Abby, você e o Tim. Quando vão assumir?
– Eu e o Tim, o que?
– Não se faça de boba, Abby. Eu sei que vocês estão juntos a mais de um ano, todo mundo sabe. Até Elisa.
– Ta maluco Tony? Deve ser essa explosão que mexeu com a sua cabeça. - Abby diz toda nervosa, atrapalhada e envergonhada.
– OK, vou fingir que não sei de nada. Mas Abby, não sejam como eu e Ziva, não percam tempo.
Abby apenas sorri e continua ao meu lado até Gibbs precisar dela na base. Fico entediado por horas, vendo filmes péssimos na televisão do quarto. Quando a noite chega tento dormir, mas não consigo, estava ansioso demais para a chegada de Ziva. Mas uma hora o sono me vence, durmo e só acordo no outro dia pela manhã. Abro meus olhos e encontro uma mulher sentada na poltrona.
– Zi! - chamo
– Tony, finalmente! Pensei que não ia mais ver a cor de seus olhos, assim que disseram que você estava acordado peguei o primeiro vôo que pude.
– É bom te ver finalmente também, Ziva. Onde está Elisa?
– Ela está dormindo na casa da Abby.
– E ela esta bem? Eles me contaram que...- Ziva me interrompe e diz:
– Ela está bem agora. Sente sua falta. Eles me contaram que você havia perdido a memória, mas e agora, já recuperou?
– A maior parte dela, o médico disse que algumas coisas eu nunca mais vou lembrar e disse que outras memórias vão voltar aos poucos, mas eu posso também esquecer de algumas coisas. Mas eu não lembro porque fomos sequestrados.
– Por minha causa. - ela diz, se sentindo culpada.
– Não é sua culpa, Ziva.
– Eu atrai eles quando eles me descobriram que eu era uma espiã, eles vieram até aqui atrás de mim. Eles machucaram você e Elisa para me ferir. Tudo aconteceu por minha causa.
– Não, isso tudo aconteceu porque ele são ruins, você não tem culpa disso.
– Eram, estão mortos agora. - ela disse, e eu podia sentir o alívio da voz dela.
– Para quem você estava trabalhando?
– ASEID.
– Agora vai voltar para o NCIS?
– Vou sim.
– Não vá mais embora, Ziva. Você não pode ir.
Ziva pegou minha mão, olhou nos meus olhos e disse:
– Eu não vou para lugar algum.
– Ziva eu não posso adiar isso e no momento eu não tenho nenhum anel, também não posso ficar de joelhos, mas, aceita se casar comigo?
– Aceito. - ela diz me beijando levemente, já que estamos em um hospital e estou machucado.
No outro dia o médico me deu alta, eu ainda não tinha visto minha filha, pois como ela estava um pouco doente e com a imunidade baixa, prefirimos deixar ela longe do hospital, para contragosto da pequena.
Finalmente eu estava indo para casa, finalmente as coisas começariam a melhorar, finalmente eu teria uma família.
Mal a porta de casa se abre, uma pequena garotinha, com os cabelos encaracolados soltos , pula no meu colo me abraçando.
– Papai!
– Filhota!
– Papai, Ziva disse que você tava doente, é verdade?
– É sim, mas agora estou bem e estou em casa.
– Papai, mamãe vai ficar com a gente?
– Vai sim filha, ela não vai mais embora.
A pequena pede "gentilmente" para que eu me abaixe e confessa para mim:
– Que bom, porque eu não quero que ela vá embora!
– Eu também não, filha.
Elisa me contou de todas as aventuras que teve com a mãe em Israel, que a mãe a ensinou a lutar. Nesse momento olhei para Ziva, repreendendo, ela se defendeu dizendo:
– Só o básico.
– Mesmo?
– Não, eu ensinei a ela tudo o que eu sabia com a idade dela. É necessário, Tony. Mas não se preocupe, não vou fazer dela o que eu sou.
– Uma mulher incrível?
Ziva ri e assim abandonamos o assunto, eu compreendo o fato de Ziva querer ensinar a filha a lutar, o mundo é mau, temos um trabalho perigoso. Apenas quero que minha filha aproveite o máximo ser criança.
– Tony? - Ziva me chama e me tira dos meus pensamentos.
– Sim.
– Eu tenho tanto medo de perder vocês.
– Eu também tenho medo de perder vocês, Ziva.
– Porque é sempre assim, vencemos um monstro, mas sempre outro aparece, nunca tem fim.
– Não mesmo.
– E o que podemos fazer?
– Vamos viver o momento, Ziva, vamos viver o momento.
– Essa é fácil, é de O Código, ano de 2012.
– Boa.


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Notas finais do capítulo

"Amar pode curar
Amar pode remendar sua alma
E é a única coisa que eu sei
Eu juro que fica mais fácil
Lembre-se disso em cada pedaço seu
E é a única coisa que levamos conosco quando morremos."



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