Tony e Kate seguiram para o apartamento de Kvale, bateram na porta umas três vezes até que a mesma foi aberta. Peter era um homem alto, forte, tinha olhos azuis poderia ser considerado por muitas mulheres um gato.

– Vieram devolver minha arma?

– Na verdade viemos te levar até ela. – disse Tony com um sorriso no rosto.

– Como assim do que estão falando?

– Estamos fazendo uma investigação e precisamos da sua presença na agência. – disse Kate em um tom calmo, mas desafiador.

– Droga, não se pode ficar em paz nessa cidade.

Peter vestiu uma camisa e seguiu com os agentes até o NCIS. Assim que Peter chegou Kate já o conduziu-o até a sala de interrogatórios, Gibbs já estava por lá esperando por ele. Peter se sentou e olhou Gibbs nos olhos:

–Então qual o problema?

Gibbs se sentou e permaneceu com o olhar fixo em Kvale:

– Então você é um ex-detento?

– Ninguém é perfeito.

– Seu pai era um terrorista muito procurado.

– Estamos aqui pra falar sobre meu pai? Porque se for pra isso estou de saída.

Peter disse já se levantando.

– Sentado Kvale. – Peter se sentou dando uma risada de lado, o jeito debochado dele deixava Gibbs completamente irritado. – Onde você estava a dois dias atrás?

– Eu estava em uma casa de campo.

– Alguém pode confirmar isso?

– Não senhor.

– Sua arma ela foi usada há dois dias. Como me explica isso?

– Eu usei a arma para espantar alguns moleques que estavam se aventurando por lá.

Gibbs apenas olhava para Peter mostrando claramente que não acreditava naquela historia:

– Olha eu sei o que está pensando senhor, mas eu não estou envolvido em nenhum assassinato.

– Eu nunca mencionei isso Kvale.

– Eu assisto ao noticiário e sei que um cara foi morto essa semana. Pode procurar na minha casa não roubei nada e, além disso, não tenho nenhum envolvimento com Ari. – novamente Gibbs o encarou com um olhar de desconfiança. – Já lhe disse assisto aos noticiários. Quer saber eu não vou ficar aqui para ser acusado de algo que não fiz, até porque você não tem provas o suficiente para me deixar em custodia.

Peter parecia completamente satisfeito e aquele sorriso cínico em seu rosto deixa Gibbs cada vez mais irritado.

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Ziva tinha acabado de acordar, assim que desceu as escadas avistou Tali, Ziva tentou subir para seu quarto novamente, mas não adiantou a menina já tinha a visto:

– Bom dia Zi. Como foi ontem?

– Uau devagar Tali. Primeiro bom dia...

Antes de Ziva terminar sua frase o telefone tocou, Ziva foi até ele e atendeu:

– Alô. Oi mãe algum problema?

Ziva ficou mais alguns minutos no telefone e desligou:

– O que a mãe queria?

– Ela pediu pra eu levar alguns arquivos pra ela. Bom eu vou agora que assim da tempo de voltar na hora do almoço. – Tali olhou para Ziva confusa. – Isso significa que você vai cozinhar Tali.

Tali fez uma cara de tédio, mas assentiu, Ziva pegou os arquivos em cima da mesa e dirigiu até a base. Quando chegou lá Jenny pediu para ela esperar na cafeteria.

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– Você pode ir embora, mas precisa me responder algumas coisas antes.

– Droga pergunte o que quer logo.

– Por que o seu pai foi morto, ele realmente era um terrorista?

– Claro que não. Aqueles idiotas do Mossad não podem encontrar uma pessoa com pensamentos contrários aos deles que já o chamam de terroristas.

– O Mossad matou seu pai?

Nesse momento a porta foi aberta interrompendo Gibbs. Era Tony, ele veio e disse baixo no ouvido do chefe que deveriam soltar o cara agora, os juízes não tinham achado as provas o suficiente para manter Peter preso.

– Some daqui. – Gibbs disse dando espaço para o rapaz passar.

Peter sorriu, pensou em dizer mais alguma coisa, porem só foi embora.

Ele estava um tanto quanto perdido, não conseguia achar a saída.

Ele andou até que chegou à cafeteria. Seus olhos brilharam ao ver aquele ser maravilhoso a sua frente, mesmo ela nem sabendo da existência dele, ele tinha uma queda enorme por ela. Quando Peter veio para Washington e começou a espionar a família David se apaixonou por Ziva, ela era tão linda e a maneira como cuidou de sua irmã quando descobriu a morte do pai o deixou mais encantado. Ela estava ali sentada praticamente ao seu lado, não resistiu e falou com ela:

– Está perdida?

– Não, só estou esperando minha mãe.

– Sua mãe é uma agente? – Peter sabia bem a resposta, mas não queria jogar as cartas na mesa agora.

– Não, ela é a diretora.

– Uau filha da chefa.

Ziva sorriu para ele, quando ia dizer alguma coisa foi interrompida por Gibbs:

– Eu não te mandei sumir daqui Kvale?

– Me desculpe senhor. Até mais moça.

Peter disse dando uma piscadinha para Ziva.

– Vem cá, sua mãe nunca te ensinou a não falar com estranhos?

Ziva olhou um tanto quanto assustada para Gibbs, ele estava praticamente gritando com ela. Ela só conseguia pensar em como ele podia estar fazendo aquilo, por que ele estava gritando com ela? Quem ele achava que era?