– É melhor não Tony, tenho que levar o carro pra minha mãe.

– Não tem problema, amanhã bem cedo eu te acordo e você leva o carro pra Jenny. – Ziva olhou para Tony e mordeu os lábios, Tony percebeu que pelo menos ela estava pensando na proposta dele. Então ele envolveu os braços na cintura de Ziva, colando seus corpos- Vai amor. Só hoje.

– Você é bastante insistente.

– A insistência é a maior qualidade em um homem, sabia?

– Tudo bem, eu fico. Mas amanhã cedo a gente sai daqui, Okay?

– Okay, meu anjo! Quer ver outro filme?

– NÃO! PELO AMOR DEUS, NÃO.

Tony gargalhou da reação dela:

– O que quer fazer então? – disse ainda segurando-a pela cintura.

– Eu quero deitar e dormir. Esse filme me deixou perturbada.

– Mas é um terror levinho. Espera, Ziva David com medo de um filme?

– Não estou com medo. Só disse que fiquei perturbada por que não queria dizer pra você que meu deu vontade de dormir o filme todo.

– Como você é abusada David, mas vem vamos dormir, já está tarde mesmo.

Tony conduziu Ziva até seu quarto e disse a ela que poderia já ir se deitando, ele ainda ia tomar um banho.

Ziva não esperou ele insistir, estava muito cansada, se deitou. Não dormiu, apenas ficou lá, deitada, esperando Anthony.

Tony não demorou vinte minutos no banheiro. Chegou em seu quarto e viu Ziva deitada em sua cama, pensou que aquilo poderia ser um sonho, mas a confirmação de ela estava realmente ali veio quando ele se deitou e ela se aninhou em seu peito.

Tony sentiu-se no céu ao inalar o cheiro daquela linda mulher que se deitava ao seu lado. Ziva tremeu um pouco por conta do frio, Tony então a abraçou firmemente esfregando as mãos em seus braços na tentativa de aquecê-los.

Ziva se virou um pouco até conseguir alcançar a boca de Tony e lhe deu um beijo calmo. Deram mais alguns selinhos ate que Tony a beija de verdade, sem entender como, Tony fez os dois se sentarem na cama, colocou as mãos nos cabelos de Ziva intensificando mais o beijo, Tony desceu seus lábios para o pescoço de Ziva e lentamente foi deitando a mesma na cama novamente e passou por cima dela sem colocar seu peso sobre ela. Tony sutilmente tirou a blusa que Ziva usava, voltou beijar-lhe nos lábios, esperou alguma reação negativa da parte de Ziva, como ela não reagiu contra seus beijos e carinhos, Tony em um movimento mais rápido e brusco tirou sua própria camiseta. Tony concentrou novamente os beijos no pescoço de Ziva. Ziva começou a arranhar levemente as costas de Tony, fazendo o mesmo perceber que poderia continuar. Desceu um pouco os beijos até chegar em na barriga de Ziva e em alguns minutos as outras peças de suas roupas já haviam sido jogadas em algum canto do quarto. E em um movimento Tony uniu seus corpos fazendo Ziva gemer roucamente. Tony começou com movimentos lentos, mas depois foi intensificando cada vez mais, deixando-os mais rápido. Depois de alguns minutos os dois chegaram ao clímax. Tony deitou-se na cama ao lado de Ziva, puxando a mesma para mais perto. A abraçou tão forte, fazendo ela se encaixar perfeitamente em seu peito e deu-lhe um beijo em sua cabeça:

– Boa noite amor. – Tony disse fechando os olhos.

– Boa noite Anthony.

Os dois dormiram feito pedra.

Na manhã seguinte Ziva acordou com um barulho insuportável ecoando em sua cabeça, se levantou e sentou na cama puxando o lençol para se cobrir. Procurou por mais alguns segundos de onde vinha aquele barulho, descobriu que era do despertador de Tony. Mas o problema é que ele marcava 8:30, Ziva por um momento desejou intensamente que esse relógio estivesse adiantado, pegou seu celular para confirmar a hora. Sim eram 8:30 e ainda por cima tinha dez chamadas perdidas de Jenny em seu celular.

– Droga! Ela vai me matar. Tony! Tony! Acorda.

Tony se sentou na cama ainda bocejando e meio tonto:

– O que foi meu anjo?

– São oito e meia, tenho que ir. E imaginei que você também deve estar atrasado. – Ziva dizia enquanto se vestia da melhor forma que podia, não queria que sua mãe soubesse que ela estava com Tony. A dona Jenny iria surtar.

– Caramba, oito e meia, droga. – Tony disse se levantando da cama. – Bom até mais tarde amor.

Tony deu um beijo em Ziva e foi para o banheiro se arrumar. Tudo bem que Gibbs o mataria, mas ele queria pelo menos morrer cheiroso.

Ziva pegou sua bolsa e a chave do carro. Saiu dirigindo feito uma louca pela cidade, demorou cerca de dez minutos para chegar em casa, não teve o trabalho nem de abrir a porta. Jenny fez esse favor a ela:

– ZIVA SÃO NOVE E MEIA. VOCÊ TEM IDEIA DE QUANTO EU ESTOU ATRASADA?

– Desculpa mãe, eu tentei acordar mais cedo e trazer o carro, mas eu...

– PRA COMEÇAR DAVID, VOCÊ NEM DISSE QUE IA DORMIR FORA. MEU CARRO VOCÊ NÃO PEGA MAIS. – Ziva revirou os olhos- E NÃO FAZ CARETA PRA MIM, ASSIM QUE EU CHEGAR VOCÊ ESTÁ ENCRECANDA MOCINHA.

Jenny saiu batendo a porta. Ziva olhou para as escadas e viu Tali se acabando de rir:

– O que foi? Não tem faculdade hoje não?

– Bom ter, eu tinha, mas alguém pegou o carro da minha mãe e ela não pode me levar. E eu não posso chegar atrasada.

– Qual é Tali, você tem pernas. Pode muito bem ir correndo.

Tali nem lhe deu ouvidos, desceu as escadas e pegou um copo de suco:

– Zi, pega a bolacha pra mim?

– Não. Tali a bolacha está do seu lado, eu não vou levantar do sofá. Você já está na cozinha se vira.

– A mãe ia ficar muito brava em saber que você passou a noite com o DiNozzo.

Tali era uma chantagista de primeira, Ziva se levantou e pegou a bolacha para Tali e lhe mostrou um sorriso bem forçado:

– Obrigada maninha. Como foi sua noite?

– Não quero falar sobre isso com você.

– Nossa quanto mau humor.

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– Tony onde você estava? O chefe vai te matar.

– Eu sei McCurioso. Mas vai, me informe.

– Alguém encontrou uma garota morta no bairro vizinho. Testemunhas a viram saindo de um bar com um cara. E com base nas descrições pode ser Kvale.

– Porque ele mataria essa moça?

– Não sei. Gibbs acha que pode ser para chamar a atenção.

Tony ficou muito pensativo a tarde inteiro, não se incomodou com o sermão que levou de Gibbs. Apenas ficou pensando em que motivos levariam Peter matar assim do nada. Será que ele havia parado de tomar os seus remédios?

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Peter estava cansado de esperar, deveria agir, deveria deixar todos com medo. Na noite passada não havia tomado seus remédios, apenas saiu para tomar algumas em um bar perto de casa. Conheceu uma garota bastante bonita, não se lembrava do nome da moça, Emma ou Mena, não conseguia, apenas se lembrava de chegar em casa com as mãos cheias de sangue. Aquilo não era novidade pra ele.

Não se importou se havia deixado ou não digitais na menina, ele já havia conseguido fugir do FBI, fugir do NCIS seria moleza. Peter sorriu com a imagem dele dentro de um avião voltando para a Rússia e o melhor de tudo, com Ziva ao seu lado. Na noite passada ele havia decidido segui-la e ficou completamente furioso ao ver que seu amor, a sua Ziva estaria indo ver DiNozzo. Peter sentiu uma vontade enorme de tirar ela de lá pelos cabelos, mas não queria machucar ela. Então pegou seu carro e foi para esse bar, conheceu essa garota e acabou matando-a.

Às vezes ele sentia até um pouco de remorso, mas nada de grandioso. Estava decidido a continuar, seguir em frente com seu plano. Mas primeiro iria parar de tomar seus remédios, sem eles Peter poderia fazer qualquer coisa sem nem pensar no amanhã. Peter pegou todos os seus vidros de remédios e os jogou ralo a baixo, sentiu-se livre, igual a um pássaro quando sai da gaiola. A primeira coisa que iria fazer era assustar Jenny, queria mexer com o psicológico dela, queria a ver ficar louca assim como sua mãe ficou.

Peter então pegou uma foto de Tali que tinha em seu computador, imprimiu e colocou a foto em um envelope destinado a Jenny, queria mostrar a ele que ele está por perto, que ele sempre esteve por perto.

As coisas só estavam começando a esquentar.