– Como assim Anthony? – Ziva perguntou mostrando estar um pouco confusa.

– Eu não sei como, mas quero que fique comigo!

Ziva sorriu de lado para Tony:

– Lembra que eu disse para irmos devagar?

– EU me lembro, mas é que eu não consigo mais ficar sem você, consegue me entender? Eu sei que não está em uma boa fase e que precisa de espaço, mas uma boa companhia pode ajudar, um pouco de carinho pode fazer você se sentir melhor. Eu gosto de você, gosto do seu jeito, gosto do seu sorriso, do seu cabelo, do seu cheiro, da sua presença. Sei que parece loucura, porém eu preciso de você, eu quero você comigo como nunca quis ninguém na vida.

Ziva olhou para Tony buscando a melhor resposta em sua mente. Tudo o que Tony havia dito foi lindo e ela não conseguia negar que se sentia muito atraída por ele. Tony era um cara tão incrível e compreensível com ela. Ziva também gostava dele, mas estava com medo de se entregar, estava com medo de amar.

Então Ziva apenas acariciou o rosto de Tony sem dizer uma única palavra, não queria dizer nada, não queria estragar aquele momento:

– Isso é um “sim”? – Tony perguntou olhando a morena nos olhos.

– Isso é um podemos tentar.

Tony sorriu feito criança quando vê a mãe, ele não conseguia acreditar que ela havia dado uma chance a ele.

Não pensou duas vezes, a envolveu de novo em seus lábios. Ficaram ali se beijando por mais alguns minutos até que Tony se lembrou do que realmente havia ido fazer ali:

– Meu anjo, temos que ir. Tenho que te levar para casa. – quando Ziva pensou em fazer qualquer tipo de protesto Tony a impediu. – Não adiantar teimar, querendo ou não eu vou te levar.

Ziva fez um bico, mas não se pronunciou mais e entrou no carro. Tony sentou-se no banco do motorista pegou seu celular e ligou para Gibbs avisando que havia achado Ziva e então deu partida no carro e seguiu até a casa da diretora, não pronunciaram mais nem uma palavra durante o trajeto, Ziva parecia distraída então Tony tocou a mão dela entrelaçando seus dedos, Ziva tirou sua atenção das ruas e sorriu para Tony. Depois de alguns minutos chegaram:

– Tenta se resolver com sua mãe Zi.

– Não prometo nada Tony, eu ainda estou muito chateada com ela.

– Não fica assim meu anjo, ela é sua mãe, precisam uma da outra.

Ziva assentiu e voltou a olhar Tony. Ziva estava nervosa, Tony percebeu isso porque notou que ela não parava de morder os lábios, ele então sorriu para a mesma e lhe deu um beijo de despedida. Ziva saiu do carro, entrou em sua casa e foi surpreendida por um abraço de Jenny, um abraço que transbordava preocupação:

– Ziva pelo amor de Deus, nunca mais sai por aí sem me avisar. O Peter ainda está solto e não sabemos o quão louco ele é. Meu amor não faça mais isso.

Ziva se esquivou do abraço de Jenny:

– Eu sei me cuidar. Não precisa ficar mandando gente atrás de mim. – Ziva disse isso olhando para Gibbs que estava escorado no balcão.

– Ziva eu só estava preocupada.

– Eu não ligo, não ligo mesmo.

– Pelo menos fique aqui em baixo para o jantar.

– Não, não quero me sentar com vocês. – Ziva ia subindo as escadas quando Gibbs a gritou pelo nome.

– VOCÊ VAI SE SENTAR AGORA E VAI OBDECER SUA MÃE. Respeitamos que esteja bravinha, mas você não tem o direito de falar assim com ela.

Tali que estava sentada no sofá da sala rapidamente subiu as escadas.

Ziva ficou olhando para Gibbs incrédula e depois se virou para Jenny como se dissesse “Vai deixar ele falar assim comigo”

– Jenny nos de licença.

Jenny subiu para seu quarto.

– Ziva pare de agir feito uma criança de cinco anos que não ganhou o que queria de natal.

– Vocês mentiram pra mim.

– Ziva, entende. Eli poderia dar condições de vida melhores pra você. Você ama o Eli? – Ziva balançou a cabeça positivamente. – Agora imagina se você tivesse vivido comigo todos esses anos. Não que eu não iria adorar pelo contrario, você é incrível Ziva e eu amo você, mas não fique de pirraça, você é melhor que isso. Sua mãe te ama tanto, ela não merece o seu desprezo.

– É que eu só estou chateada Gibbs.

– Eu sei. Promete que vai falar com sua mãe?

– Prometo.

– Ótimo agora eu já vou indo. – Gibbs abraçou sua filha e lhe deu um beijo no topo de sua cabeça. – Boa noite Zi.

– Boa noite.

Gibbs saiu e Ziva ficou parada olhando para as paredes criando coragem para falar com Jenny.

Ziva subiu as escadas e bateu na porta:

– Entre.

– Mãe, podemos conversar.

– Claro. Senta aqui na cama.

– Mãe, eu sinto muito por tudo, eu não queria ser grossa com você, mas é que você não faz ideia do quanto eu fiquei surpresa e chateada, eu só não esperava.

– Eu que peço perdão Ziva. Você está certa em ficar brava, eu não deveria ter mentido. Eu te amo meu amor.

Naquela noite as duas passaram o resto da noite conversando. Jenny contou mais de como se apaixonou por Eli e Gibbs e sobre seu casamento.

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– Bom dia chefe. – McGee disse já se levantando da cadeira entregando alguns papeis a Gibbs e passando algumas imagens no telão. – Eu passei o resto da noite passada procurando alguma coisa sobre Kvale, descobri que ontem a tarde ele foi a um café aqui perto, não foi muito inteligente da parte dele pagar com o cartão de crédito, mas nos ajudou.

– Os três vão fazer uma busca por toda a região. Não volte aqui sem me trazer ele.

Gibbs sentou-se em sua mesa olhou de um lado para o outro e se levantou.

Pegou seu carro e dirigiu até uma praça onde havia marcado com Fornell:

– Gibbs eu não tenho boa noticias. Não tenho nenhuma informação sobre Kvale e ele também está sendo procurado pelo FBI por torturar uma moça a seis anos atrás. Gibbs esse cara não pode ficar solto em hipótese alguma. Ele é mais perigoso que podemos imaginar.