Tales of the Supernatural escrita por Sr Mistério


Capítulo 5
Caso I — O diário de Bridget H. - Parte II


Notas iniciais do capítulo

E AI PESSOAL! Há quanto tempo, não é? Bom... Resolvi sair da minha "aposentadoria" e voltar a posta essa fanfic que amo tanto(tanto que a abandonei por mais de um ano...)... Hehe, deixem essa história para lá. Fico muito feliz em saber que ainda existem pessoas que acompanham a fanfic! Eu amo vocês! Sério... Achei que tinham esquecido dela...
Ah, chega de drama... O capítulo de hoje é continuação do anterior. Por isso, e outros motivos, não deve estar muito grande (>.<). Mas depois eu postarei maiores, não se preocupem! Sem mais delongas... Eis o capítulo!!!



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Suas pernas estavam trêmulas e não sabia o porquê. Realmente, podia dizer que estava bem empolgada para resolver os enigmas que Melinda havia deixado para ela. E então, a passos lentos, começou a andar em direção àquela mansão gigantesca.

Do lado em que estava sentia o calor do sol sobre sua cabeça e sua pele. Mas, quando entrou na sombra que aquela mansão projetava, sentiu um frio percorrer da ponta de seus pés até o último fio de seu cabelo.

Adentrou o pequeno portão enferrujado que se localizava na frente do jardim, negro e sem vida, e seguiu pela entrada de tijolos vermelhos na frente da casa. Olhou para cima e viu uma sombra na janela, porém, desapareceu rapidamente. Seus olhos estavam vidrados na entrada da casa. Continuou a caminhar até parar em frente às escadinhas que haviam na frente da varanda.

Aquela mansão a causava arrepios. Pensou em recuar, só que ao ouvir o rangido da porta se abrindo, virou-se e se assustou. A porta realmente havia sido aberta sozinha?

 — Foi só o vento... – comentou baixo — Não há nada para se assustar...

Nesse momento, vários morcegos saíram de dentro da casa, surpreendendo Lucy, que se abaixou na hora. Continuou a andar, até que estava dentro da casa. A porta, até então aberta, fechou-se atrás de Lucy, escondendo a luz do dia e trazendo a escuridão de dentro da casa.

Esmurrou e chutou a porta para que abrisse... Em vão. Parecia que algo estava puxando a porta do lado de fora. Resolveu ignorar. Caminhou até um ponto da casa que parecia com uma escada. Encostou-se no corrimão e, bem lentamente, começou a subir as escadas.

Sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando chegou ao final daquela grande escadaria. Viu algo no final do corredor. Parecia ser uma porta velha escancarada, rangendo com o vento que entrava pelas janelas.

Ao longo do corredor, mais quatro portas apareceram. Não entendia de onde tinham saído aquelas portas, afinal ao chegar ali só havia uma.  Achou que estava ficando maluca, mas, por um segundo apenas, esqueceu-se que estava em Magnólia, a cidade de “acontecimentos bizarros”.

Pensou um pouco antes de abrir a porta à sua direita. Parecia que essa estava mais conservada que as demais. Sua pintura parecia nova e sua maçaneta dourada ainda brilhava. Ficou um pouco assustada ao tocar na maçaneta gélida. Um calafrio percorreu todo o seu corpo, mais uma vez.

Ao abri-la, viu um enorme quarto. Novo, conservado, diferente do restante da casa: velha, acabada, caindo aos pedaços. Estranhou. Como poderia existir um quarto assim numa casa tão velha?

 — Saia...— ouviu uma voz sussurrar — Agora, menina! Saia deste quarto e desta casa!— a voz gritou. Parecia ser uma voz feminina, mas Lucy não sabia ao certo. Estava mesmo ouvindo essa voz?

— Quem é? É algum espírito? – perguntou a loira, mas sem resposta — Não quero fazer nenhum mal à você nem à essa casa. Só vim aqui atrás de um diário! – ao falar a palavra “diário”, o espírito pareceu se irritar. As janelas se abriram bruscamente e uma grande ventania entrou. Os quadros, que estavam pendurados na parede, começaram a voar e a bater no chão e no teto.

Lucy estava ficando cada vez mais afoita. Suas pernas tremiam cada vez mais. Mas disse para si mesma que não ia temer ao espírito. Aliás, porque estava com medo? Seu ceticismo era mais forte que qualquer presença espírita que pudesse aparecer.

 — Venha! Não tenho medo! – a loira gritou.

A entidade sentiu como se aquilo fosse um desafio e fez com que Lucy fosse arremessada na parede e desmaiasse.

Acordou e sentiu como se vários martelos tivessem sido lançados ao mesmo tempo em sua cabeça. Olhou para os lados e viu que continuava dentro da mansão, porém presa a uma cadeira de madeira velha. Viu que na sua frente havia uma poltrona que se mexia sozinha.

 — Quem é você? – Lucy estava séria, porém ainda não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo.

O espírito nada respondeu, apenas continuou a mover a poltrona, como se estivesse brincando de girar.

 — Responda maldito! – ao gritar, a poltrona imediatamente parou de se mexer e Lucy sentiu como se alguma coisa voasse para perto dela. Sentiu também que seu queixo era levantado por uma mão debaixo dele — Quer brincar, não é?

Sim...— a voz saiu como um sussurro, quase inaudível, porém deu-se para ouvir muito bem o que dissera.

A garota ficou ali, encarando o nada. Fechou os olhos por um segundo e quando os abriu viu que o espírito tinha se tornado visível.

— Ótimo, então finalmente resolveu aparecer para mim? – o espírito fez que sim com a cabeça.

Respirava perto do nariz de Lucy fazendo com que a loira sentisse o cheiro pútrido da morte. Não estava agüentando mais aquele cheiro, o que era engraçado já que tratava de cadáveres o tempo todo e sentia sempre o cheiro da morte. Mas aquele era diferente, era pior...

 — Do que vamos brincar?— perguntou à Lucy.

A loira pensou por um momento e respondeu:

 — Esconde-esconde... Aposto que mesmo sendo um espírito de milhares de anos, já deve ter ouvido falar dessa brincadeira. Estou certa? – Lucy perguntou num tom de deboche, o que parece não ter agradado muito o espírito.

Quais são as regras?— a voz soou pelo quarto escuro.

“Regras”?— pensou Lucy — “Ah, claro...”. Primeiro, me desamarre.

As cordas que envolviam os pulsos e os tornozelos de Lucy se desprenderam dela, como num toque de mágica.

— Ótimo... – ela comentou massageando seus pulsos que estavam um pouco doloridos — As regras são as seguintes: eu me escondo e você vem me procurar. Simples, não acha?

Apenas isso? – o espírito sussurrou.

— Só! – Lucy deu um sorriso imenso de orelha a orelha.

A entidade parecia que estava contente com aquela idéia. Pensava que, como Lucy havia acabado de chegar naquela mansão, não a conhecia muito bem.

— Agora, vá contar! – a loira apontou para uma parede perto dela.

O espírito nada disse. Apenas tampou seus olhos e começou a contar.

Um...

Lucy saiu dali em disparada. Ela não estava a fim de brincar de uma brincadeira boba como “esconde-esconde”. Ela queria mesmo era achar o diário que Melinda mencionava em sua carta.

Dois...

Tentou procurar no porão. Desceu a imensa escadaria que levava até o cômodo escuro e empoeirado. Mas não sem antes ascender um pequeno lampião que se encontrava ao lado da escadaria, pendurado em um prego.

Três...

Com dificuldade, chegou ao quinto degrau de dezesseis restantes. Mas não tinha tempo a perder, precisava se apressar. Tentou descer correndo, mas acabou por pisar em seu próprio vestido e descer rolando escadaria a baixo.

Quatro...

Enfim, havia chegado ao cômodo. Sentiu uma dor vinda de suas costas, mas resolveu ignorar. Viu várias cadeiras espalhadas por aquele lugar. Olhou em volta e pôde ver também uma pequena cama e uma mesinha de cabeceira ao lado da mesma.

“Alguém vivia aqui de baixo”?— Lucy estranhou. Como alguém poderia dormir naquele lugar imundo?

Cinco...

Também viu algumas correntes espalhadas por cima de uma cadeira e na cama. Estavam prendendo alguém ali embaixo?

Seis...

Não poderia ficar pensando em outras coisas agora. Precisava se concentrar para achar o diário de Bridget H... Começou a vasculhar as coisas para ver se encontrava algo.

A cama, a mesa da cabeceira, até mesmo atrás de todas as cadeiras.

Nada.

Não havia encontrado nada...

Sete...

Resolveu subir para o andar de cima novamente e tentar procurar em outro lugar.

— Já sei! – exclamou — Irei olhar nos quartos.

Então, de um a um, Lucy olhou todos os quartos da casa.

Menos um único... E ela sabia que não iria gostar de voltar para lá.

Oito...

O quarto se tratava do mesmo em que se encontrava alguns minutos atrás. O quarto em que o espírito estava.

Suspirou.

Nove...

Tentou voltar para o quarto silenciosamente. O espírito ainda estava com os olhos tampados e pronunciando os números de um a dez.

Mas, espere. Em que número ele estava mesmo?

Dez...

Uma ventania muito forte invadiu o local fazendo Lucy se desequilibrar e cair no chão.

— De novo?!

Um vulto passou por Lucy e ela sentiu um forte arrepio na sua espinha.

Achei você...— pronunciou em voz baixa perto do ouvido da loira.

A garota nada fez. Apenas permaneceu inerte, ali, naquele local.

Virou-se para encarar o espírito e se surpreendeu. Como não havia notado antes?

— Melinda? É você? – a loira ficou olhando atentamente para a “pessoa” a sua frente.

Como você sabe meu nome?

— Eu... Você... – a loira se atrapalhou um pouco na hora de falar — Você não me conhece, mas eu conheço você!

Como?— agora ela havia chegado mais perto de Lucy.

— Eu sou a detetive do seu caso... Eu sei que você foi assassinada e então achei um bilhete no seu bolso contando sobre um diário – a loira explicou e então Melinda ficou parada, um pouco atônita.

Eu... Eu...— a mulher parecia que ia chorar a qualquer momento — Então você é ela...

— Ela? Quem? – perguntou, porém sem resposta — Melinda! Por favor... Diga-me.

Ninguém...— ela se afastou de Lucy e foi até um canto da casa.

— Melinda!

Logo, Melinda voltou com algo em mãos. Parecia uma espécie de diário. Parecia não... Era o diário que ela mencionava em sua carta

Aqui está...— ela o entregou para Lucy — Isso te ajudará com os mistérios dessa cidade.

— Mistérios? Que mistérios?

Você descobrirá sozinha...— e então, o espírito de Melinda se dissipou no ar, deixando apenas uma sensação de vazio — Estou livre...— Lucy pôde ouvi-la dizer.

Na hora, a loira não pôde impedir que uma lágrima escapasse pela sua face e caísse no chão. Sentia-se mal por Melinda, mas estava feliz por finalmente ter uma pista do que estava acontecendo naquela cidade infernal.

Saiu daquela mansão imunda e se dirigiu diretamente para a prefeitura. Iria contar as novidades para sua irmã.

À caminho esbarrou-se com uma pessoa e praguejou alto por viver se esbarrando em todo mundo naquele lugar.

Levantou sua cabeça e pôde ver de quem se tratava.

Você...— Lucy cerrou os olhos com raiva — O que está fazendo aqui?

— Nada... Apenas estava passeando e acabei me esbarrando com você, Senhorita Heartfillia – o homem a provocou.

— Porque... Porque o Natsu me disse que você não existia? Ele me disse que o pai dele não tem nenhum conselheiro! Quem é você? – perguntou rápido.

— Senhorita Lucy... Há certas perguntas que apenas com certo tempo podem ser respondidas – ele ajudou Lucy a se levantar — Agora, com licença... Tenho afazeres.

“Maldito... Está achando que sou idiota”— pensou.

18h00min – Prefeitura

A loira subiu afobada diretamente para o quarto onde se encontrava sua irmã. Estava louca para contar a novidade para ela. Acabou por bater tão forte na porta, que essa se abriu sozinha.

— Está maluca? – perguntou Erza assustada — Peste! O que está fazendo? O prefeito já está dormindo.

— Mas já? – Lucy olhou para o relógio e viu que eram apenas seis da tarde — Está cedo. Mas velhos dormem cedo mesmo...

— Lucy! – repreendeu a menor — Mas o que é tão importante para bater na porta do meu quarto com tanta força a ponto de quebrá-la?

— Isso! – a loira tirou o diário, sabe-se lá de onde, e entregou para a irmã — Vê? Esse é um diário que nos ajudará a resolver o que está acontecendo nessa cidade.

— E o que está aconte... – parou de falar quando viu uma coisa que a deixou chocada.

— Erza... O que foi? – Lucy a sacudiu — Irmã!

— Hear... Hear... Heartfillia – pronunciou ainda olhando para o diário.

— O que? Porque está falando nosso sobrenome?

A maior apontou para a capa do diário.

“Diário pertencente à Bridget Heartfillia”

— Esse diário... É da nossa família?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Se tiver algum erro me avisem, por favor! e.e



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