Tales of the Supernatural escrita por Sr Mistério


Capítulo 4
Caso I — O diário de Bridget H. – Parte I


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, aqui está um novo capítulo! Sinto muito o capítulo ser muito pequeno ... sabe, não tive muita imaginação... maldito bloqueio! Mas o capítulo será dividido em 2 partes, por isso tb que o capítulo ficou pequeno. Bom, não vou mais falar. Leiam e comentem o que acharam!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614618/chapter/4

Abriu a porta e deu de cara com Erza. A loira estava afoita – por algum motivo – e seus cabelos estavam bastante bagunçados. Não sabia se era pelo fato de estar dormindo há um bom tempo ou pelo fato de não querer arrumá-los corretamente. Só sabe que, naquele momento, não pensou mais em nada, só em “tentar” resolver o caso.

Lucy tentou sair do quarto, porém foi impedida por Erza. A ruiva examinou a outro de cima a baixo e olhou atentamente em seus olhos.

— O que foi? – perguntou Lucy, inquieta.

— Suas roupas – Erza pronunciou rápido – Não vai descer de camisola, vai?

A loira se deu conta do que vestia e fechou a porta na cara da maior, soltando um “Já vai!” de dentro do quarto. Demorou uns cinco minutos para que Lucy terminasse de se arrumar e se encontrar com Erza – que havia se cansado de esperar e desceu as escadas, procurando algum canto para se encostar.

Desceu as escadas correndo e deu de cara com a maior, com seu semblante nada contente. Não ligou muito para isso e cutucou-a, dizendo que era para mostrar o lugar do assassinato.

As duas se dirigiram até a carruagem e adentraram o veiculo. Mas, por que entrar na carruagem? O lugar era tão longe assim? Lucy não parava de pensar em certas coisas durante a viagem. Como, por exemplo, a criatura que viu noite passada e o fato de ter visto uma pessoa que, simplesmente não existia.

Pensamentos e mais pensamentos invadiam a cabeça da loira. Mas logo foi tirada de seus devaneios pelo parar brusco da carruagem.

Haviam chegado ao destino.

Lucy foi a primeira a descer da carruagem. Andando até o local do assassinato. Deparou-se com a mesma cena de dias atrás: a vítima estava com seu pescoço rasgado e sua barriga aberta, com as tripas arrancadas.

A loira olhou atentamente para aquilo. Sabia o que tinha feito aquilo... Ou achava que sabia. Seu ceticismo era muito forte para poder acreditar em algo “sobrenatural”. Talvez a ciência pudesse explicar o que ela havia visto noite passada. Talvez fosse um animal que cresceu em algum lugar onde houvesse radiação.

Mas, espere... Não havia nenhum tipo de lugar assim perto da cidade de Magnólia. Era impossível uma criatura ter andado tanto assim só para chegar à cidade.

— Senhorita Lucy! – alguém a chamou.

Virou-se para ver do que se tratava, e deu de cara com um homem com alguma espécie de equipamento médico em mãos. Alto, moreno e com os olhos verdes. “Sem dúvida, um colírio” pensou Lucy, corando na mesma hora.

— S-Sim... – seus pensamentos foram além. Havia pensado em coisas... “Obscenas” e se repreendia mentalmente por tal pensamento. Sua bochecha, que antes estava normal, ficara rubra com a situação constrangedora.

— Eu sou Edward Jones, o legista – se apresentou o maior – Não pude vir para te ajudar no seu último caso, mas agora estou aqui! – comentou, se referindo ao caso de John.

— Não... Não tem problema. O importante é que agora está aqui! – ela sorriu envergonhada.

O maior retribuiu o sorriso.

O legista pediu para que Lucy se afastasse, para analisar melhor o corpo, é claro. Só que a loira se recusou a recuar, e continuou no mesmo lugar, dizendo que ela era a “chefe” daquele caso.

— Mas... Eu preciso analisar o corpo...

— Analise-o! Mas não me afastarei! Aliás, saia pra lá! – o empurrou – Eu não preciso de ajuda. Quem disse que eu precisava de um legista por aqui? - perguntou, com uma súbita mudança de humor.

— Eu... – foi interrompido.

— Não interessa! Agora me deixe fazer o meu trabalho, Sr Jones!

A menor se aproximou do corpo, com sua lupa em mãos, e começou a analisar o cadáver. Achou as mesmas marcas que havia encontrado no corpo de John.

Agora que tinha percebido: a vítima dessa vez era uma mulher. Sabia que as mulheres eram mais organizadas que os homens, então decidiu olhar os bolsos da mulher para ver se achava algo. Acabou achando uma carteira, com identidade e algum dinheiro.

Melinda Albert. Esse era o nome da vítima.

Pôde perceber também um pequeno papel dentro de sua carteira. O tirou, abrindo-o e o lendo logo em seguida. Percebeu que se trava de uma localização. A localização de um diário.

“Se você – seja quem for – está lendo isso, é por que eu vim a falecer. Talvez por motivos naturas, talvez assassinada, mas isso não importa. Gostaria de deixar algo para que encontrassem e soubessem com o que estão lidando. Essa cidade não é uma cidade comum... Não mesmo. E eu, Melinda Aubert, gostaria que encontrassem meu diário, que eu escondi muito bem em algum lugar dessa cidade. O diário foi passado de geração em geração em minha família, e, agora, gostaria que, quem o encontrasse, fizesse o mesmo com ele. Apesar de não pertencer a minha família, o diário é muito importante.

É o diário de Bridget H...”

A última parte estava incompleta. Estava coberta por alguma espécie de liquido vermelho...

Sangue. As letras estavam cobertas de sangue. Isso dificultava muito o trabalho de Lucy ao querer encontrar aquele objeto.

— Diário de Bridget H... – falou em voz baixa – Mas o que significa o “H”?

Fazia-se muitas perguntas naquele momento. E uma delas era porque uma família abrigava o diário de outra por gerações. Isso não é tão comum. Além do mais, porque Melinda havia escrito aquele bilhete? Porque ela queria que alguém encontrasse o diário?

Vasculhou um pouco mais os bolsos do cadáver, achando um outro papel no bolso esquerdo.

Começou a ler.

“Muito bem, para você que está lendo isso, saiba que eu escondi o diário muito bem escondido. Você deverá procurá-lo bem, pelas ruas de Magnólia. E isso não será um trabalho fácil, não é mesmo? Você deverá ser uma pessoa muito inteligente, que possa parar e se concentrar, nem que seja por apenas um segundo. Mas, para não dificultar muito as coisas, ai vai uma dica: o sol bate na torre do relógio e ilumina toda cidade. A escuridão desaparece, mas não por completo... Ainda sobra uma pequena centelha de trevas”.

Ao terminar de ler, Lucy se sentiu um pouco lisonjeada e meio confusa. Lisonjeada porque havia sido ela que tinha encontrado o papel, e seria ela quem encontraria o diário de Bridget H. E confusa por que não havia entendido aquela dica que Melinda havia dado.

“O sol bate na torre do relógio e ilumina toda cidade. A escuridão desaparece, mas não por completo... Ainda sobra uma pequena centelha de trevas”.

O que aquilo significava? Afinal, por que Melinda não havia dito logo a maldita localização do diário? Por que ela tinha que complicar tudo?

— Droga... – Lucy resmungou baixo – Mas não importa Melinda, eu irei encontrar o diário.

Edward, que até então estava calado, se pronunciou, assustando Lucy.

— O que você disse? – perguntou o legista.

A loira se atrapalhou toda ao se levantar, deixando a carteira de Melinda cair. Não falou nada, apenas deu um muxoxo e saiu dali andando, ou melhor, quase correndo. Foi até a carruagem e pediu para o cocheiro andar rápido.

Erza, que não havia entendido nada daquilo, apenas ficou calada, olhando atentamente para Lucy, que estava meio afoita.

Foram até a prefeitura e Lucy correu até seu quarto, se trancando lá. Começou a estudar os fatos. Esqueceu-se completamente do caso, e se concentrou apenas em achar o diário.

Pensou consigo mesma que o diário poderia estar na casa da própria Melinda. Sabia que a mulher não deixaria o diário em outro lugar, desprotegido, ao alcance das mãos de qualquer um.

Desceu correndo as escadas da prefeitura e se dirigiu até a casa de Melinda, que, de acordo com uma das empregadas, ficava perto da prefeitura.

Correu até lá e bateu na porta, esperando que alguém a abrisse.

“Besta” pensou. Como alguém poderia abrir a porta se, quem vivia ali, já havia morrido?

Mas, para sua surpresa, a porta se abriu com um rangido alto. Uma figura de longos cabelos pretos e pele pálida apareceu, olhando seriamente para Lucy. Parecia ter uma idade bem avançada, uma idosa.

A idosa analisou Lucy de cima a baixo e, simplesmente, empurrou a porta, para que se fechasse. Porém, a loira foi mais rápida e colocou o pé na frente da porta antes que acabasse batendo em seu rosto.

— Espere! – gritou – Não feche a porta... Por favor...

A idosa novamente analisou Lucy e, com um sinal com as mãos, pediu para que entrasse, dando passagem.

A loira entrou na casa. Parecia velha, abandonada. Como se ninguém morasse ali há anos. Pôde sentir também um forte odor vindo dos fundos da casa, um cheiro de podre. Além de ter várias teias de aranhas espalhadas por ali. Um arrepio percorreu sua espinha e uma voz na sua cabeça a dizia para sair dali.

A idosa sentou em algum lugar e pediu para que Lucy se sentasse também.

— O que faz aqui, jovenzinha? Perdeu-se? – perguntou à Lucy.

— Não, não! Eu não me perdi. Apenas gostaria de averiguar algo – explicou – Por acaso, essa era a casa da Melinda Albert?

— Sim, era. Por que a pergunta, jovenzinha?

— Porque eu gostaria de perguntar uma coisa... – a idosa fez sinal com as mãos para que Lucy continuasse – Você sabe algo do diário de Bridget H...?

A senhora, que até então estava quieta, começou a ficar inquieta. Levantou-se da poltrona de onde estava sentada e pediu para que Lucy fosse embora.

— Vá! Vá! Não há nada para você aqui, nesta casa! Vá! – a idosa empurrava Lucy para fora da casa, à força.

Acabou expulsando Lucy da casa e fechando a porta na cara dela. A loira não podia acreditar, que falta de educação! Como alguém podia fazer aquilo?

Acabou desviando o olhar para uma casa à sua frente. Percebeu que era a mesma casa que havia visto quando tinha ido à tenda da madame Hyuga com James. Sentiu que algo a guiava para aquele lugar.

O sol acabou batendo no relógio solar da cidade e iluminando a mesma. O único ponto que não era iluminado era a casa estranha à sua frente. Lucy acabou se tocando. Ela era um gênio! Melinda havia dado uma charada e a loira havia descoberto as pistas.

— Ótimo! Melinda...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Bom... espero que tenham gostado! E desculpem pelos erros... Escrevi de noite e não enxergo muito bem à noite. Bem, até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tales of the Supernatural" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.