Capítulo 12: Encontro

Jake’s POV

Nós andamos em silêncio até a moto.

- Aonde quer ir? - Perguntei enquanto ela se abraçava em mim
- Tanto faz. – Ela murmurou 

Essa viagem de moto foi mais satisfatória do que a outra, ao invés de suas mãos espalmadas em minhas costas, seus braços passavam por mim e suas mãos se enroscavam em frente a meu abdômen.

Eu a levei para comer pizza, não há muitas opções na cidade mesmo.

Foi realmente engraçado ver quando uma de suas amigas entrou e a viu comigo.

Foi uma noite divertida e engraçada.

Não havia como ser ruim a final de contas, estar com ela era a única coisa que eu queria.

- Jake? – Sua voz era doce e risonha

- Sim.

- Você vai ficar me olhando o tempo todo? – Ela perguntou rindo

- Alguma coisa contra?

- Não, mas acho que você consegue encontrar algo mais interessante pra encarar. – Ela disse sorrindo e mordendo o último pedaço de pizza

- Eu discordo. – Respondi sorrindo – Não existe nada mais interessante que você pra mim.

Ela corou e olhou para o próprio prato vazio.

- Se você já terminou acho que podemos ir. 

- Tem razão. – Ela murmurou se levantando

Nós andamos até a porta e ela fez careta

- Droga de frio. – Murmurou

Eu passei um braço por seus ombros

- Quer ir a mais algum lugar? – Perguntei encarando o nada

- Não acho que tenha um outro lugar pra ir agora... Já são quase nove horas.

- Tem razão... – Murmurei – Hey, você quer dirigir? – Perguntei sorrindo

- Sem chance, eu quero ficar viva até amanhã, se não se importa.

- Oras, eu vou estar aqui e posso te ajudar. – Eu disse encorajando-a

Ela mordeu o lábio hesitante

- Eu vou jogar você de um prédio um dia desses. – Murmurou.

- Acho bom você escolher um prédio bem alto. – Respondi alegre.

Ela se sentou pegando na moto com todo o cuidado.

- Não é de vidro. – Eu disse apertando sua mão por baixo da minha

Ela fez uma careta - Você consegue. – Eu disse sorrindo

- Eu consigo me matar na primeira curva. – Ela retrucou

- Não vai te matar se você tentar. – Eu disse rindo

- Você não escutou o que eu disse escutou?

- Anda Pam.

Ela olhou pra mim por um segundo e se virou pra frente mordendo os lábios, como sempre.

Aacelerou a moto com cuidado e extremamente concentrada, nós andamos uma boa distância até eu encostar o rosto no dela.

- Bom trabalho Pam.

- Não me desconcentre droga! – Ela reclamou fixando os olhos à frente

Eu ri 

- Tudo bem. – Eu disse em seu ouvido e ela se arrepiou

- Você realmente quer me fazer bater? – Ela perguntou irritada

- Não. – Respondi baixinho

Ela freou e fez um bico lindo

- Não da pra fazer isso com você me desconcentrando Jake. – Reclamou cruzando os braços.

- Desculpe. – Eu disse rindo

Ela recolocou as mãos na moto e arrancou

- Pam, a casa de Charlie é pro outro lado. – Eu disse quando ela ia virar

- Eu sei! – Ela disse sorrindo - Mas até que é divertido andar de moto quando você não pensa que vai rachar a cabeça. – Ela disse rindo

Eu fiquei em silêncio encarando-a.

Seu cabelo batia em meu rosto, sua risada ecoava por meus ouvidos, seu cheiro invadia minha mente outra vez.

Minhas mãos não estavam mais sobre as dela, estavam em sua cintura.

Sua pele era quase fria em relação a minha, mas fazia com que a minha ardesse em contato com ela.

Era o que importava pra mim... Era o que fazia o meu mundo girar, era o que eu queria que durasse pra sempre.

Ela freou e se virou um pouco pra mim.

- Ok, hora de Charlie achar que eu sou correta e não piloto motos. – Ela disse sorrindo

Eu me levantei e ela também, se espreguiçou e olhou para o céu.

- O céu está lindo hoje. – Ela murmurou

- Está sim. – Eu disse sem nem ao menos tirar os olhos dela.

- Assim não vale Jake, você nem olhou pro céu. – Ela disse rindo

- E quem liga? Não importa se tem mil estrelas ou nada, você está aqui, então o que quer que seja fica bonito, não tanto quanto você, mas mais bonito do que normalmente. – Eu disse sorrindo

Ela mordeu o lábio inferior novamente, pela luz fraca eu a vi corar e ela olhou pro chão.

Eu dei um passo pra mais perto dela, minha mão subiu até seu rosto e eu puxei–o pra perto do meu.

- Você não devia se morder. – Eu murmurei e ela deixou o lábio escorregar por seus dentes

- Não sei qual é o seu problema com isso. – Ela murmurou de volta

- Pra falar a verdade, eu também não. 

Ela sorriu e desviou o olhar.

- Olhe pra mim. – Murmurei a centímetros de seus lábios.

Seus olhos azuis fixaram-se nos meus.

Pressionei meus lábios nos dela uma, duas, três vezes.

Ela me encarou por um segundo, suas mãos foram para os meus ombros, porém uma delas subiu pelo meu pescoço até o cabelo.

Minha mão livre foi para sua cintura e a outra puxou seu rosto pra mais perto.

Sua língua era quase fria em comparação a minha, porém, me fazia arder.

Eu tinha necessidade dela, não só porque ela era minha impressão, eu sei que não, eu podia ver nas mentes dos outros, eles precisavam delas, mas eu não só precisava, eu dependia, dependia daqueles olhos azuis, das mãos macias e levemente frias, da boca rosa e quente, doce.

Nós nos beijamos por um longo tempo até que ela afastou seus lábios dos meus.

Apoiei minha testa na dela e encarei seu rosto sereno.

Ela estava com os olhos fechados e com a boca entreaberta, seu hálito quente batia em meu rosto enquanto ela respirava de forma irregular.

Meus lábios deslizaram de novo até sua boca, onde eu a beijei novamente, puxando a pra mim, acariciando-a, porém por menos tempo.

- Me deixe respirar um pouco está bem? – Ela disse rindo e apoiando-se em meu peito.

Nós ficamos um pouco em silêncio – Não é tão ruim assim namorar um lobisomem. – Ela murmurou – Você até que tem suas qualidades. – Ela disse e eu gargalhei

- Em comparação a que?

- Humanos normais e ao que eu pude observar de Edward.

Eu sorri e acariciei seus cabelos

- Por exemplo, - Ela começou – Um humano normal não é quentinho, vampiros são gelados.

- Ponto a favor. – Murmurei

- Um humano normal não pode me proteger... 

- Mais um.

- Meio, vampiros também podem proteger.

- Mas eles tentam drenar seu sangue. – Disse fazendo careta

- Não é o ponto que eu estou discutindo.

- Tudo bem, meio ponto.

- Edward, pelo menos, mal deixa a Bella viver, você por outro lado incentiva.

- Meio ponto, humanos fazem isso.

- Correto.

- Edward, de novo, mal pode encostar na Bella, já que ele quer matar ela.

- Eu acho que mereço um ponto por essa. – Disse sorrindo

- E por que? Humanos podem encostar em outros humanos.

- Mas mesmo assim... E você está comparando há vampiros agora... E além de ele mal poder encostar nela, me diga quantas vezes você já viu eles se beijarem. – Eu disse triunfante

- Nenhuma na verdade. – Ela murmurou

- Viu só? Eu posso te beijar, sem pensar em te matar, numa boa. – Eu disse sorrindo

- Humanos normais também.- Ela disse rindo

- Mas eu sou melhor que eles. – Eu disse torcendo os lábios. – Mais algum ponto pra eu ganhar?

- Modéstia. – Ela disse sorrindo

- E inteligência. – Eu disse balançando a cabeça afirmativamente

Ela riu.

- Claro Jake. Os pontos que você quiser ganhar. – Ela disse escorregando as mãos por meus braços.

Ela bocejou e abraçou minha cintura.

- Acho que é hora de eu te levar pra casa. – Murmurei beijando o topo de sua cabeça

- Pode ser. – Ela murmurou sorrindo e me soltando

Eu a soltei e levei-a pra casa.

Charlie era perfeitamente visível apesar de tentar se esconder na quina da janela.

Andamos em silêncio até a soleira da porta, onde ela se virou pra mim.

- Até amanhã. – Murmurei 

- Por quê? – Ela perguntou sorrindo

- Porque sim, nem que eu tenha que vir te buscar você vai lá me ver. – Eu disse sorrindo

- Então tecnicamente, você vai vir me ver. – Ela disse sorrindo

- Ah... Tanto faz. – Eu disse sorrindo

- Então tudo bem, até amanhã, e não se preocupe, eu vou, não precisa vir me seqüestrar. – Ela disse sorrindo

- Ótimo. 

Antes de ir eu a beijei uma última vez.

- Boa noite. – Murmurei 

- Boa noite. – Ela murmurou de volta e entrou, então eu fui embora.