It's You escrita por Malina


Capítulo 9
Mascarado


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que os nomes dos capítulos são bem nada a ver, mas é melhor que ficar botando "capitulo 1, 2, 3..."
Como prometido eu postei o episodio hoje :P

Boa leitura ;)



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Jane e Maura aproximavam-se do galpão lentamente, quando passaram pela porta quase não enxergavam nada por causa da escuridão. A única coisa que iluminava o local era a claridade da tarde de Boston entrando pela janela.

– Você não acha estranho? – Sussurrou Maura.

– O quê?

– Frost ter mandado mensagem. Ele sempre liga.

– Nah... – Pensou por um momento – Droga – parou subitamente fazendo a legista esbarrar em suas costas

– O que houve?

– É uma emboscada! – As duas viraram para sair, mas era tarde demais, havia uma figura masculina entre as penumbras. Ele fechou a porta.

– Ora ora ora...se não são minhas combatentes de crimes favoritas.

Jane e Maura se olharam. O coração da loira batia rápido demais, estava com medo, muito medo. Assim como Jane, mas a morena era treinada pra esse tipo de coisa. Tinha que permanecer forte, não demonstrar fraqueza, ou medo. Não podia deixar ser intimidada. Tinha que estar lá por Maura, tinha que protegê-la.

– Quem é você? – Perguntou Jane com a voz grave.

– Um velho amigo.

– O que você quer?

– Ah...deu de perguntas. Vamos ao que interessa – Ele foi se aproximando das mulheres.

O homem era alto, trajava roupas pretas que cobriam todo o corpo, talvez para não mostrar tatuagens assim não poderia ser reconhecido. Uma máscara completamente branca cobria todo seu rosto.

– Gostei da máscara, comprou no um e noventa e nove? – Perguntou Jane sarcástica.

– Gosto do seu jeito detetive – Disse segurando o rosto dela – Por isso você vai ser a última, mas não se preocupe. A vez da loirinha também irá demorar um pouco.

Ele fez soltou o rosto da morena e fez um sinal com as mãos. Logo dois homens corpulentos, apareceram por trás delas, e cada um segurou um pano ao rosto de uma. Ambas tentaram lutar contra o ataque, mas foram ficando grogues e desmaiaram.

Lentamente Jane abriu os olhos, sua cabeça latejava de dor, olhou ao redor, mas tudo o que via era escuridão. Sentiu que estava sentada em algo macio, e húmido, o cheiro de mofo era insuportável. Em seguida sentiu algo se mexer ao seu lado, automaticamente ela botou a mão no coldre, mas ele não estava lá. Ouviu um gemido de dor vindo do seu lado, ela conhecia aquela voz.

– Maur?

– Jane? É você? – Perguntou abrindo os olhos.

– Sou eu.

– Que cheiro horrível.

– Foi o colchão – Ela disse querendo diminuir a tensão. Maura soltou um risinho, mas logo se arrependeu.

– Minha cabeça...dói muito.

– Eu sei, a minha também.

– Vamos conseguir sair daqui né?

– Eu...eu acho que sim. Vou fazer o possível e o impossível.

Ouviram passos se aproximando. Os corações acelerados. Maura tateou o colchão tentando achar Jane, e tocou em uma mão fria.

– Por favor, me diz que essa é a sua mão – ela falou.

– É sim – Respondeu apertando a mão da outra que soltou um suspiro de alívio

Uma porta se abriu, e um feixe de luz se fez. O homem mascarado estava ali novamente.

– Bom dia meninas – Ele disse – Já estava mais que na hora de vocês acordarem.

– O que você quer? – Jane perguntou de novo com a voz mais grossa que o normal.

– Quero que vocês parem de se meter onde não devem

– Do que está falando.

– Payton e, Gabe.

– O que tem elas?

– Você ainda não entendeu? Parem de tentar solucionar esse caso! – Gritou

– Foi você quem as matou, não foi?

– Não. Eu nunca faria isso com elas. Eu quero que me contem tudo o que sabem sobre o assassino delas.

– Por que faríamos isso?

– Porque eu estou dizendo. Ou vocês falam por livre e espontânea vontade, ou eu torturo vocês até me disserem o que quero ouvir.

– Pode me torturar o quanto quiser, eu não vou falar nada.

– Quem disse que eu vou torturar você? Vai ser tão mais interessante ver você assistir sua namoradinha ser torturada.

– Você toca em um fio de cabelo dela e eu te mato.

– Como? Vocês estão presas. – Ele pegou a lanterna no seu bolso e iluminou as duas.

Elas tamparam os olhos que estavam acostumados com o escuro. Logo olharam para baixo e se viram com os pulsos amarrados, mas estavam perto uma da outra, podiam tocar suas mãos. Jane aproveitou o pouco de luz e olhou para Maura, queria checar que ela não estava machucada. E não estava. Porem viu algo muito pior, os olhos de Maura cobertos por pânico e agonia. Jane queria abraçar a loira agora mesmo e sussurrar que tudo ia ficar bem, mas não parecia possível no momento. Maura também procurava por ferimentos no rosto de Jane, mas nada encontrou, apenas o brilho de preocupação em seu olhar.

– Desculpa interromper esse momento fofo, mas eu preciso de repostas. O que vocês sabem sobre o assassino.

– Não iremos te dizer nada.

– Você diz isso agora, mas daqui a pouco vai estar implorando para eu te deixar falar – Foi a última coisa que disse.

Ele jogou a lanterna ainda acesa no chão e saiu fechando a porta. O feixe de luz da lanterna apontava para as duas, elas se olharam preocupadas.

– Nós não vamos sair daqui tão cedo, né Jane? – Perguntou Maura preocupada.

– Eu não sei Maur...os meninos devem estar nos procurando agora mesmo.

– Não diga o que não sabe Jane.

– Só estou me mantendo positiva.

– Positividade...okay, pensamentos positivos.

– Maura, eu não vou deixar esse homem te machucar.

– Ele vai Jane, e está tudo bem.

– Não, não está. Eu não vou deixar ele tocar em um fio seu.

– Não podemos contar o que sabemos.

– Eu sei, mas se for preciso...

– Minta. Você pode mentir.

– Mas você não

– Eu posso desviar da pergunta. Por favor Jane. Já passamos por isso, não vai ser hoje que iremos ceder.

– Poderíamos usar o tempo que temos, pra conversar sobre o que aconteceu sábado.

– Jane...

– Maura... Nós precisamos conversar e você sabe disso.

– Eu sei, só não quero.

– Olha Maur, eu...

– Não! Por favor. Agora não é hora nem momento.

– Falando nisso, que horas são? Que dia é hoje?

– Bom, pela reação daquele cara, eu diria que dormimos bastante.

– Talvez hoje seja amanhã.

– Isso não faz sentido.

– Claro que faz. – Jane olhava em volta pra ver se achava algo que pudesse ajuda-las a se soltar.

– O que está fazendo? – Perguntou Maura.

– Tentando nos soltar.

– Jane, isso são algemas, você já viu algum bandido se soltar de uma?

A detetive suspirou.

– Você está certa. Droga! Eu deveria ter percebido.

– Você estava distraída, não pode se culpar.

– É, eu ando bem distraída.

– Como assim? – Maura perguntou.

– É que eu não paro de pensar em... – Foi interrompida pela porta novamente abrindo.

– Trouxe comida – Uma voz diferente soou.

– Quem é você? – Perguntou Jane.

– Sou o policial bonzinho

– Tão bonzinho que nos prendeu aqui

– Se não fosse por mim, ficariam sem comida. Agora comam.

Ele jogou um saco de pão e uma garrafa d’agua.

– Na verdade, o chefe precisa de vocês bem alimentadas para mais tarde.

– Estou emocionada.

– Agora vi porque o chefe prefere você – Ele disse saindo do quarto.

Maura olhou para Jane que retribuiu o olhar. Dúvida, isso que os olhares transmitiam.

– Acha que é seguro? – Perguntou Maura apontando para a comida.

– Acho. Ele quer informações, não nos mataria antes de tirar algo de nós.

Maura concordou, e se esticou para pegar o saco de pão, enquanto Jane pegava a água. A legista tirou um pedaço do pão com a mão e cheirou. Cheiro de trigo... sua barriga roncou, e logo engoliu o primeiro pedaço soltando um gemido, que fez Jane arrepiar.

A detetive enfiou a mão no pacote e tirou um pão de lá, e mordeu prontamente o alimento.

– Sorte que eu comi algo na lanchonete

– Jane! Não fale de boca cheia. É falta de educação.

– Manter pessoas em cativeiro também, mas isso não os impediu. – Maura sorriu e isso deixou Jane aliviada.

– Eles devem estar nos procurando por agora.

Na BPD Frost, Korsak, Sam, e Frankie discutiam.

– Onde elas se meteram? – Perguntou Korsak.

– Elas não me avisaram nada – Disse Sam

– Nem a mim – Concordou Frankie.

Frost teclava violentamente o computador.

– O que ele está fazendo? – Cochichou Sam para Korsak.

– Tentando rastrear o próprio celular.

– Eu estou tentando. Mas perece que está desligado. O último local registrado é na lanchonete às 16:05 de ontem. O problema é que nesse horário eu estava aqui.

– Alguém roubou seu celular, cara – Disse Frankie debochando do amigo.

– Nossa, como você é inteligente Frankie, você é um ótimo detetive, mas espera. Você não é detetive – Respondeu Frost com o mesmo tom

– Que violência verbal é essa? Me ofendi.

– Frankie, por que você não procura por um celular por aí? – Sugeriu Sam

– Tanto faz... – Ele disse saindo da sala.

– Onde essas meninas se meteram? – Repetiu Korsak para si.


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Notas finais do capítulo

reviews?