It's You escrita por Malina


Capítulo 56
Thirty minutes


Notas iniciais do capítulo

Olá aqui estou eu novamente sem virgula nenhuma mesmo tudo bem juntinho. Agora vamos escrever certo. Acabei de terminar de escrever e fiquei feliz com o resultado, agora veremos a opinião de vocês. Boa leitura, espero que gostem :*



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                A semana passou voando com a solução de dois casos de homicídios. Era véspera de natal, um dos melhores dias, eu sempre fico muito ansiosa pelo dia por conta dos presentes, mas dessa vez era mais por causa de Maura, seria o nosso primeiro natal como um casal, ainda não somos nada oficial, mas já éramos consideradas como um. Durante essa semana eu pensei muito sobre fazer um pedido de namoro para Maura, mas por algum motivo parecia cedo, eu estava consciente de que não era cedo, inclusive tarde seria o termo apropriado, mas não parecia ser o momento certo. Tudo estava correndo tão bem, a semana foi incrível, aquele tipo de semana que não tem o que reclamar sobre, aquelas que até uma segunda-feira te deixa de bom humor. Frost e Amy falavam direto sobre a preparação do casamento que queriam realizar o mais cedo possível, eles faziam um lindo casal, me fazia muito feliz ver Frost tomar um passo tão grande. Como eu estava dizendo, Amy queria que o casamento fosse logo, queria casar-se antes do bebê nascer, inclusive eles estavam em uma pequena batalha de nomes, a disputa era entre Helena e Rebecca, eu claro estava imparcial nessa briga, apenas observava comendo pipoca.

Mas quanto ao natal e a festa, o que realmente me deixava animada para os jantares e os discursos e as brincadeiras idiotas era o brilho nos olhos de Maura ao pensar em tudo isso. Ela pensa nas celebrações com tanta empolgação que automaticamente me sinto do mesmo jeito. Com toda a certeza a melhor parte foi decorar a casa, estávamos todos reunidos, Ma, Frankie, Tommy e até TJ estava lá, ele foi quem no colo de Maura colocou a estrela no topo da árvore de natal. A casa de Maura estava simplesmente incrível, nunca esteve tão iluminada, as meias com nossos nomes, meu e dela, estavam penduradas na lareira, Maura queria incluir o nome de todos, mas Angela teimosa do jeito que é insistiu para que não fizesse. Ela reconhecia que esse natal seria significativo para nós duas e fazia o possível para que continuasse assim, para que no meio de toda a família pudéssemos ter um pouco de só nós duas.

                Eu estava no quarto de Maura observando os retratos que estavam de volta em seus lugares originais, eu sentia um conforto tão grande em meu coração olhando nossas fotos penduradas. Ouço a porta abrir mas não saio da posição, eu admirava com um sorriso o quadro que repousava no criado mudo, sinto seus braços me envolverem e seguro suas mãos que estavam entrelaçadas. 

— O que está fazendo? – ela pergunta

— Relembrando – respondo me virando para ela.

Não sei porque, mas depois de anos de amizade ainda não me acostumei com a beleza dessa mulher, toda vez que eu a olhava era uma corrente elétrica que passava pelo meu corpo.

— Ansiosa para o jantar? – pergunto segurando sua cintura.

— Muito, mal posso esperar para receber todos.

— Você sabe que ainda são quatro horas da tarde né? – sorrio – eles só chegaram em duas horas.

— Sei, mas mesmo assim é tudo tão maravilhoso.

— Sabe... – eu lhe lanço um olhar malicioso – Ainda temos duas horas sobrando até que eles cheguem.

— Jane! – ela me dá um tapa no braço com um olhar de espanto, mas se põe a rir em seguida – Eu vou me preparar, você sabe que eu demoro pra me arrumar – diz abrindo seu armário.

— Vai tomar banho?

— Sozinha!

— Ei, eu só fiz uma pergunta, você quem maliciou – respondo levantando os braços inocente.

— Sei... Com licença.

Ela passa por mim com sua toalha em mãos, vejo que ela enrolou uma lingerie nela a escondendo de mim.

— O que tem aí?

— Jane, vai se ocupar – ela responde sorrindo.

Sento na cama lembrando de todos os momentos que já tive nesse quarto junto com Maura, desde o começo da nossa amizade até agora, aconteceram muitas coisas nesse quarto tanto ruins quanto boas, mas era bom pensar que mesmo em situações horríveis como a do dia em que invadi sua casa por medo do Hoyt, nós estávamos juntas. E então minha mente me levou para um caminho totalmente diferente quando ouvi a água do chuveiro sendo ligada. A primeira noite, o primeiro beijo, o primeiro toque. Lembro muito bem da nossa primeira vez nessa cama, foi como estar fora de orbita, era inacreditável que sexo poderia fazer como se eu estivesse nas nuvens. Ela é a única pessoa que consegue me fazer levitar nessas situações, não era assim com Casey, com Dean ou qualquer outro homem, com eles era okay, era bom, mas com Maura era... É espetacular, fora da realidade. Desde que começamos novamente esse relacionamento, que é menos de uma semana, ainda não tivemos uma noite nossa, um momento nosso. Volto a olhar as coisas do quarto tentando me distrair e percebo o quanto tem de nós nesse quarto, não em fotos, mas em memórias, o dia em que a ajudei a repintar as paredes do quarto, ou das diversas noites que passamos juntas assistindo à filmes ruins e tomando vinho, as conversas sinceras. Esse quarto ecoava risadas, lágrimas e conversas, ele estava coberto delas, de todos os momentos, como se cada frase, cada sentimento estivessem escritos na parede em uma tinta irremovível.

Ouço a agua do chuveiro parar de correr e sinto um alívio nos meus ouvidos quando ouço o completo silêncio novamente, me jogo na cama e fico observando o teto branco, eu podia ver imagens ali, podia ver recordações. A porta do banheiro é aberta e uma Maura enrolada em uma toalha e com outra em mãos secando o cabelo sai de dentro do banheiro. Aquela cena era perfeita, a imagem daquele corpo escultural ainda meio úmido prendeu e ficou em minha mente, eu estava com toda a certeza boquiaberta, a fitava de cima a baixo completamente memorizando cada pedacinho. Claro que discreta do jeito que sou ela percebeu meu olhar obvio sobre si.

— Aproveitando a vista?

— Nah – respondo disfarçando meu olhar – É... eu vou... – me perco nas palavras e levanto rapidamente tentando achar as silabas e fazer palavras – Vou... arrumar lá em-hm lá em ba-baixo.

Me enrolo completamente nas palavras e a figura de Maura em minha frente e na minha mente não me ajudavam a manter o foco, tropeço acidentalmente no pé da cama quando tento caminhar, Maura preocupada tenta me ajudar, mas isso só piora a situação quando sua toalha caí e sou presenteada com uma nova imagem. Maura de lingerie roxa com detalhe de renda. Sinto que por um segundo eu perdi meu ar.

— Você só pode estar brincando comigo.

— O que? – ela pergunta inocente tentando enrolar a toalha de volta ao corpo.

— Duas horas – repito pra mim mesma e não espero nem mais um segundo.

Avanço nos lábios de Maura a agarrando pela cintura com força, ela devolve o beijo na mesma intensidade segurando meus cabelos, jogo no chão a toalha que tentava usar para cobrir-se e movo minhas mãos para a sua bunda onde dou um apertão forte, fazendo com que ela solte um suspiro meio gemido.

A puxo mais perto tentando intensificar o beijo, mas não podíamos quebrar as leis da física, nossos corpos estavam mais que colados, mãos se aventuravam conhecendo novamente cada parte do corpo da outra. Cambaleamos até a cama onde a deito sem muita delicadeza, ela espera deitada apoiada em seus cotovelos enquanto eu tiro meu blazer. Me deito em cima dela e voltamos aos beijos ávidos, eu queria fazê-la minha novamente, queria tê-la para mim. Suas mãos ágeis tiram minha blusa verde musgo e seus olhos brilham com a visão de meus seios cobertos por um sutiã simples preto. Desço meus beijos para sua mandíbula, brinco com seu lóbulo da orelha a fazendo arrepiar, espalho beijos pelo seu pescoço, ombro, clavícula, vale dos seios, barriga. Exploro novamente seu corpo com beijos, redescobrindo cada parte que sabia que a faziam delirar. Eu sabia que seu ponto fraco eram suas coxas e seu pescoço, então passo bastante tempo a torturando com lambidas, mordidas e beijos nessas áreas. Enquanto beijo seu pescoço ela consegue arranjar um jeito de alcançar e desfivelar meu cinto, ela desabotoa minha calça e eu termino o serviço a tirando do corpo.

Reparo seus olhos verdes agora estavam negros, suas pupilas dilatadas pelo prazer me traziam frio no estomago, era não surreal imaginar que era eu quem estava proporcionando esse tipo de prazer para aquela mulher maravilhosa.

Dou beijos em seu ventre subindo até os seios, abro seu sutiã e o retiro o mais rápido possível, e ataco seus seios fartos, em quanto minha língua e meus dentes brincavam com um, meus dedos brincavam e provocavam o outro. Os gemidos leves de Maura me deixavam mais que excitada, minha coxa estava entre suas pernas, eu podia sentir sua umidade aumentando pela calcinha, sem hesitar minha mão que antes massageava seu seio agora desliza com as pontas dos meus dedos provocantemente à caminho de seu ventre. Um suspiro é ouvido quando minha mão adentra sua calcinha delicada, meus movimentos começam lentos, posso sentir Maura se contorcer embaixo de mim, os toques torturantemente lentos a deixavam ofegante, sinto uma onda de dor e prazer quando suas unhas se cravam em minhas costas me arranhando, aumento a velocidade da minha mão, ela deslizava sem dificuldade pela sua umidade, retirei minha mão e a ouço protestar, mas logo se cala quando vê que retiro sua calcinha. A beijo fortemente e minha mão volta ao seu sexo, mas dessa vez deslizo dois dedos dentro dela, começo com leves estocadas que vão se intensificando conforme os gemidos que saem dela, o doce som que nunca enjoarei. Com o dedão eu massageio seu clitóris, as estocadas estão ritmadas, nossos corpos colados, meu rosto estava afundado na volta do seu pescoço, eu podia sentir sua fragrância deliciosa, suas unhas ainda me apertavam e faziam marcas vermelhas em minha pele. Não demorou muito até que ela atingisse o clímax e chegasse ao orgasmo gritando meu nome repetidamente. Retiro meus dedos de dentro dela quando sinto suas paredes descontraírem, ela pega a minha mão e leva meus dedos até a boca os lambendo sensualmente sentindo o próprio gosto, logo depois faz com que eu levasse meus dedos até a minha boca e seu gosto, seu cheiro, era tudo tão maravilhoso como da última vez.

Ela olha para o relógio no criado o mudo e diz ofegante:

— Uma hora e meia. Terminaremos isso mais tarde – Maura sorri e eu sorrio junto imaginando o que virá mais tarde.

Junto minhas roupas do chão e resolvo tomar um banho já que tenho roupas extras na casa de Maura. Quando saio do banho ela já está totalmente pronta, estava sentada na cama terminando de colocar os saltos. Ela veste um lindo vestido vermelho elegante curto que marcava todas as suas curvas e favorecia muito bem o seu corpo. Volto minha atenção para o armário, tentando encontrar uma das minhas calças de sempre.

— Não encontro calças. Por que eu não encontro calças?

— Se não estão aí você deve ter levado para o seu apartamento – ela responde enquanto ajeita seu cabelo no espelho.

— É só uma janta Maur, não tem que parecer que vai desfilar no tapete vermelho.

— Se você não encontra calça, use um vestido, tenho certeza que deve ter algum seu por aí.

— Mas eu não quero usar vestido – digo manhosa.

— E eu não quero me atrasar pra um jantar na minha própria casa.

— Ta bom, eu uso um vestido. Mas não porque você mandou, é por falta de opção.

— Aham, claro... – ela então caminha até mim e abre a gaveta de cima da que eu estava olhando e encontro todas as calças que eu estava procurando – Ou talvez você estava olhando na gaveta errada.

— Por isso que eu te amo – dou breve beijo nela.

— Vou descer, sua mãe já deve estar chegando.

Consinto com a cabeça e me ponho a me vestir. Sinto que essa noite será inesquecível.


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Notas finais do capítulo

Não sei como vocês tem paciência pra ler minha fic, eu já teria abandonado quando tivesse passado de 35 capítulos kkkkkk ♥



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