It's You escrita por Malina


Capítulo 31
Uma em um milhão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, lembram de mim? Então... Talvez eu tenha feito algo... Vocês me avisem a opinião de vocês nos comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614574/chapter/31

                Os detetives se encontravam em frente ao quadro branco, estudando meticulosamente o que tinham descoberto até agora: nada.

— O que vocês acham do dono do bar? – Korsak perguntou – ele parecia não saber controlar a raiva.

— Não, ele estava furioso pela menina ter morrido no bar dele, disse que nunca mais vai ter clientes – Jane respondeu mordendo uma caneta.

Maura entrou na sala dos detetives no mesmo momento, com alguns papéis em suas mãos.

— Jane, você vai acabar se machucando fazendo isso – apontou pra caneta.

A detetive observou o que estava fazendo, e parou no mesmo momento, sorrindo torto como pedido de desculpas.

— Trouxe algo pra gente doc? – Frost perguntou.

— Sim, os exames toxicológicos – ela entregou as folhas para o detetive – ela estava em um nível baixo de embriaguez, e não achei nenhum tipo de droga em seu sistema.

— Okay, obrigada.

Com um aceno de cabeça Maura saiu da sala, indo para o necrotério. Jane observava fixamente o quadro, pensando nas ligações.

— Vamos ver, garota parcialmente bêbada, está num bar desabafando com a melhor amiga que trabalha no local, a melhor amiga saí pra atender alguns clientes e Grace fica sozinha com muitos estranhos, provavelmente perto do assassino – Jane diz.

— Certo. Vamos chamar a “bestie” para o interrogatório – Frost diz fazendo aspas, e rindo.

Jane assentiu rindo, e deixou os dois rapazes na sala, enquanto descia para o necrotério, disse para eles a chamarem quando a garota chegasse. Desceu o elevador já sentindo as mãos suarem. Observou da porta de vidro a loira trabalhando no corpo, tão perfeitamente linda concentrada em seu trabalho, o modo como estada focada na autópsia era incrivelmente poético para Jane. Sem gastar tempo, entrou na sala fria e viu a loira virar o rosto para ver quem chegara, observou a expressão séria da legista transformar-se em um lindo e luminoso sorriso.

— O que descobriu? – Jane perguntou tentando controlar-se.

— Até agora? Nada. Nada fora do ordinário além dos ferimentos.

— Já testaram as... – Jane sentiu a garganta secar por um momento, quando viu a loira se aproximar – as facas. Para teste, digo...

— Ainda não, Susie está separando elas e preparando tudo – Maura dizia inocente da tensão da detetive.

— Maur?

— Sim?

— Posso falar com você em particular?

Maura não entende o tom de voz fraco de Jane, fica preocupada brevemente e a encaminha até a sua sala, onde poderiam ter privacidade, Maura sentou no sofá da sala observando Jane beber diversos copos de água.

— Beber água desse jeito vai te fazer mal – a legista disse.

Jane a olhou, e sem conseguir conter-se apressou-se até o sofá e puxou a loira pela cintura colando seus lábios nos da loira. Maura se assustou com o ato repentino, mas logo pôs seus braços ao redor do pescoço da morena, invadindo sua boca com a língua, as duas deliciavam do beijo que durara poucos minutos, separaram os lábios quando o ar se fez necessário. A loira olhava para os olhos negros e profundos de Rizzoli tentando achar uma explicação para o beijo inesperado, e logo encontrou, tudo o que via nos olhos da detetive era desejo, puro desejo.

— Estava com saudade – Jane disse dando um último selinho na outra antes de se soltar dos braços da mesma.

— Jane... O que acha de... dormir na minha casa hoje? – Maura disse desconcertada.

A detetive mordeu o lábio inferior pensando na proposta. Sorriu e depositou um beijo na bochecha da loira.

— Talvez.

Maura ia tentar persuadir a detetive, mas o celular da mesma começou a tocar. A morena olhou para o visor, uma mensagem de Korsak, a melhor amiga da vítima tinha chego, respondeu à mensagem com um breve “okay”, mesmo sem vontade de sair daquela sala, Jane despediu-se de Maura, e pôs-se a caminhar até a sala de interrogatórios. Por algum motivo Jane tinha esse sentimento de que algo iria acontecer, esfregava as cicatrizes tentando acalmar os nervos, mas isso só a deixara mais aflita, agora estava sim considerando aceitar a proposta de Maura de dormir na casa dela, mas apenas para mantê-la em segurança, para ter certeza de que nada de ruim aconteceria.

Ela andou pelo corredor até encontrar a porta que procurava, entrou na mesma hora, e da sala de observação conseguia ver a garçonete com sua maquiagem borrada esperando pacientemente pelos detetives, que também se encontravam na sala de observação.

— Acha que ela vai revelar algo? – perguntou Korsak.

— Com certeza – Jane respondeu – deixe eu falar com ela.

Korsak fez que sim com a cabeça, Jane e Frost dirigiram-se para a segunda porta que levava até a sala de interrogatório, eles se apresentaram formalmente para a garota, e sentaram nas cadeiras em frende a ela.

— Obrigada por vir Sra. Garrett – Jane disse.

— Por favor só Alexis. E eu quero ajudar a por quem quer que tenha feito aquilo com a Grace.

— Okay, Alexis, você e Grace se conheciam há quanto tempo?

— Cinco anos, eu a conheci logo quando comecei a trabalhar no Joker Bar, ela vinha toda sexta feira pra comemorar a semana e arranjar alguma mulher pra passar a noite.

— Durante cinco anos fazendo isso ela não criou nenhuma inimizade?

— Alguém que chegasse a ponto de fazer essa atrocidade? De jeito nenhum. Grace tinha seu jeito galinha, mas é quase que impossível odiá-la... era – corrigiu-se limpando a lágrima que escorria.

— Ninguém mesmo? – Frost perguntou novamente – ela era sua melhor amiga, você a conhecia melhor que ninguém...

A morena suspirou tremula, parou um instante para pensar, e então disse.

— Há mais ou menos um ou dois meses atrás Grace tinha conhecido essa garota, ela tinha mudado completamente depois de ter a conhecido, ela deixou de beber tanto, ficou em frequentar o bar por um tempo, as vezes vinha só pra me dar um olá breve... Ela estava perdidamente apaixonada por aquela mulher, mas as coisas nem sempre dão certo, acontece que Grace não tinha mudado completamente e acabou traindo a garota, ela ficou furiosa com Grace.

— A ponto de matar? – Jane perguntou.

— Talvez... Eu não a conhecia direito, a vi poucas vezes, mas sempre ouvia Grace falar dela.

— Essa mulher por um acaso tem um nome? – foi a vez de Frost questionar.

— Sim, seu sobrenome era Warren...

— E o nome?

A garçonete forçou a memória tentando lembrar do nome da tal mulher, quando lembrou-se deu um leve tapa na própria coxa.

— Cloe! Cloe Warren!

Jane congelou por um segundo ao ouvir o nome que a mulher pronunciara, mas logo relaxou, haviam muitas Cloe’s no mundo e as chances de Cloe Warren ser a mulher com quem Jane passou a noite era de uma em um milhão.

— Eu sei que vocês devem ter mais perguntas, mas eu realmente preciso voltar ao trabalho.

— Tudo bem, você pode ir – Frost a liberou.

Os dois detetives acompanharam Alexis até a saída da sala. Quando viram que a mulher estava distante o suficiente, Frost e Jane trocaram um olhar que puderam os dois entender o que queria dizer, caminharam juntos sem falar nada até a sala dos detetives, Korsak seguia atrás fazendo milhares de perguntas que não eram respondidas, o mais velho percebendo que não receberia respostas calou-se e acompanhou os dois.

Frost se posicionou em sua cadeira, já teclando no computador, Jane andava de um lado pro outro atrás dele esfregando as cicatrizes. Uma em um milhão, ela repetia pra si mesma. Korsak estava apoiado nas costas da cadeira de Frost tentando entender o que estava acontecendo, viu o mais novo pesquisar no banco de dados o nome da tal Cloe Warren, não entendeu a agitação, então apenas observava. Uma imagem apareceu na tela, a foto de uma mulher, Frost anunciou a descoberta. Jane estava de costas com receio de virar para a tela do computador, encheu os pulmões de ar e virou-se finalmente.

— E então? – Frost perguntou com temor.

Jane fitou a foto da loira de olhos azuis na tela do computador, soltando todo o ar que segurava nos pulmões.

— É ela? – Frost disse novamente.

— É ela... Uma em um milhão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Shondanas ataca novamente.