It's You escrita por Malina


Capítulo 17
Desencontros


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: Não sou culpada por qualquer dano ao coração de vocês. Consulte um cardiologista antes de ler esse capitulo.
Você foi avisado(a)
Boa sorte.



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Eu deveria ter percebido, deveria ter me tocado de que aquilo não estava certo, deveria ter feito perguntas. Houvera tempo para fazer perguntas? Não me lembro ao certo, a única coisa que consegui pensar foi no perfume. Não foi a voz, não foi o toque, mas sim o perfume, uma fragrância que sempre me causaria calafrios. Se ela estivesse por perto o que teria acontecido? Por que não reconheci sua voz? Por que de novo? Por que?

Antes

Jane chegou na BPD com seu café em mãos e um sorriso no rosto, finalmente o médico a liberou para serviço e lá estava ela, cumprimentando todos que passavam por sua frente. Sentiu-se em casa quando sentou em sua cadeira e tomou um grande gole de sua bebida quente.

– Isso é a melhor coisa inventada pelo ser humano – Disse olhando para o café em sua mão.

– Bom ter você de volta – Korsak disse sorrindo – e eu concordo com você, mas Kiki está regulando o meu café

– Acredita que ele finalmente tomou jeito? – Perguntou Frost rindo do amigo

Jane ria das palhaçadas dos amigos, sentiu saudade deles, era bom estar em casa.

A detetive tirou os pés da pesa quando Cavanaugh entrou na sala.

– Bom, só queria dar as boas-vindas à detetive Rizzoli. E pedir para que a atualizem no caso do Mascarado.

O nome causou arrepios em Jane, ela sempre pensava naqueles dias horríveis, e mesmo assim não conseguia superar direito, talvez porque não estivesse sozinha, mas sim com Maura, e que foi a doutora quem se machucou e não ela mesma.

– Bem vinda de volta Rizzoli – Cavanaugh deu um aperto de mão na detetive, que retribuiu junto com um sorriso confiante.

– Obrigada senhor.

– Como está a doutora Isles?

– Visitei ela ontem, ela parece estar bem melhor, senhor.

– Ótimo, porque estamos cansados desses legistas. Nenhum é tão bom quanto Maura.

– E nem vai existir um melhor.

Cavanaugh concordou e saiu da sala. Frost se arrastou com sua cadeira de rodinhas para a mesa de Jane, e colocou alguns documentos na mesa.

– Por enquanto temos isso sobre o caso. Está tudo ai.

– Obrigada Frost, vou começar agora.

Jane lia aqueles arquivos rapidamente mas com bastante atenção, não queria deixar passar nada, pois agora só não estavam procurando pelo assassino das gêmeas, como também procuravam o homem que quase matou Maura Isles e Jane Rizzoli. Enquanto Jane lia, os rapazes mexiam em seus computadores crentes de que em algum momento achariam algo.

– Descobri de onde Payton tinha tanto dinheiro – informou Frost, com os olhos vidrados no computador –. Antes de ser casada com Lucca, Payton era Sra. Arouche, ela era casada com Miguel Arouche grande neurocirurgião aparentemente.

– Boa Frost, tente descobrir mais sobre esse cara. Senhores... e senhora – disse olhando para Jane – temos um suspeito

– Mas e o marido atual? – Perguntou Jane se distraindo de sua papelada.

– O álibi confere.

Jane apenas concordou com a cabeça e voltou a olhar para os papeis em suas mãos. Frost e Korsak estavam concentrados na tela de seus computadores, porém todos estavam calmos, sem pressa alguma. Foi quando Jane percebeu que o ex-marido era cirurgião.

– Frost, Miguel trabalha em que hospital?

– Deixe-me ver – ele teclava rapidamente – Ele trabalhava no Boston General Hospital, mas foi demitido, não tem nenhum outro registro dele sobre outro emprego aqui.

– É o hospital que Maura está internada – Jane disse com aflição

– Mas ele não trabalha mais lá – respondeu Korsak

– Não importa, ela não está a salvo lá. Eu vou verificar

– Não. Você fica aqui Jane

– Você realmente acha que eu vou ficar aqui e deixar ela correndo perigo?

– Você vai, nós não. Fique aqui, nós vamos até ela

– Mas Frost, eu preciso ir.

– Você precisa terminar de ler essa papelada.

– Tudo bem, mas eu quero informações.

– Okay.

Frost e Korsak pegaram suas coisas, e foram para o carro, Korsak no mesmo momento olhou para Frost e disse:

– Você sabe que ela não vai obedecer né?

– Sei... Ela já deve estar a caminho do hospital

O mais velho riu, e partiram.

Jane estava decidindo se ia ou se ficava, ela nunca foi a pessoa mais obediente do mundo, então pegou as chaves e se preparou para ir, mas foi surpreendida por Cavanaugh.

– Onde pensa que vai? – ele perguntou com um tom autoritário.

– No... banheiro.

– Com as chaves do carro?

– Sim, é que... absorventes! Eu tenho que pegar absorventes no carro.

O mais velho ruborizou com a resposta inesperada e constrangido ele deu espaço para a morena passar. Ela passou pelo tenente com medo de ser descoberta, mas nada saíra da boca do homem, então Jane continuou andando e só quando chegou no elevador que se deixou relaxar com um sorriso vitorioso no rosto.

No hospital Maura se decidia se clicava no botão pra ligar para Jane ou não, quando ia ligar alguém bateu em sua porta, ela bloqueou o celular e olhou para a porta e um homem alto com trajes de enfermeiro entrou com um sorriso simpático.

– Oi, doutora Isles, como você está?

– Olá, bem eu acho.

– Espero que sim, porque hoje você sai desse hospital.

Ela sorriu com a notícia.

– Vou ganhar alta hoje?

– Não exatamente.

*****

Jane dirigia o mais rápido possível, e mesmo respeitando as leis de transito, ela deve ter passado por um sinal vermelho sem perceber, afinal tudo o que passava em sua cabeça era chegar a tempo para ver Maura, se assegurar de que a legista não corria perigo. Ela chegou ao hospital, correu até a enfermeira dizia que não saber da paciente, correu até o suposto quarto da doutora e o mesmo estava vazio, Jane ligou para Maura que não atendeu, tentou Frost e Korsak, ambos na caixa postal. Ela foi em direção de um homem alto usando trajes de residente, ela o reconheceu, já havia visto ele no quarto da loira.

– Olá, pode me informar por que a doutora Isles não está no quarto?

– Ah sim, ela foi transferida para outro quarto, posso leva-la até a doutora se desejar.

– Eu adoraria.

– Me acompanhe.

Jane suspirou aliviada, e seguiu o médico.

*****

Angela entrou na casa de Maura levando consigo um pote de morangos estava na hora de alimentar Bass, essa era sua mais nova obrigação agora que a legista não se encontrava. Ela estranhou quando viu alguém deitado no sofá, podia apenas ver suas pernas. Aproximou-se e reconheceu a loira deitada de olhos fechados.

– Maura? – Se espantou em ver a doutora – O que está fazendo aqui?

– Oh! Olá Angela! - Ela se sentou no sofá - Meu médico me liberou pra passar o dia em casa, mas amanhã á tarde já devo estar de volta.

– Ah então eu vou aproveitar e cozinhar o que quiser, vai pode falar. O que você quer?

– Bom... Eu não queria pedir nada, mas eu cansei de comida de hospital, eu aceitaria uma lasanha bolonhesa.

A mais velha riu e se dirigiu para a cozinha.

– Você sabe onde posso encontrar Jane? – Maura perguntou

– Hoje ela voltou ao serviço, o médico à liberou. Ela deve estar no departamento.

– Claro... Se importa se eu for até lá? Preciso conversar com ela.

– Claro que não querida, vai lá, essa lasanha vai demorar.

– Obrigada por tudo Angela.

Maura entrou no carro e se pôs em direção à BPD, já mentalizando uma conversa com a detetive, pensando em todo um assunto, queria dar um abraço na melhor amiga, dizer que sentiu saudade apesar de terem se visto um dia antes. Quando finalmente chegou, ela subiu para a sala dos detetives, cumprimentando todos com um sorriso no rosto. Ela avistou Frost e foi em sua direção.

– Oi Frost.

– Maura! Bom ver você aqui – Ele a abraçou. – Já está liberada para trabalhar?

– Não, ainda não. Só me liberaram pra uma visita.

– Pois é, fomos até o hospital, mas não te achamos lá. Pensamos que poderia estar correndo perigo.

– Por que eu estaria?

– Uma longa história, que você saberá quando foi liberada.

– Certo – sorriu – agora me diga onde está a detetive Rizzoli.

– Boa pergunta. Nós saímos para te ver no hospital, para ter certeza de que estava segura, e ordenamos para que Jane ficasse aqui, mas sabemos o quão teimosa ela é, ainda mais quando relacionado a você, obvio que ela iria atrás da gente, mas não a vimos nem no hospital, nem no caminho de volta.

– Será que aconteceu algo? – Perguntou preocupada

– O que poderia acontecer?

*****

Ele me levou até o quarto de Maura, estava escuro, supus que ela estava dormindo, mas eu estava errada, eu senti que tinha algo estranho, mas não fiz questão de questionar nada. Entrei no quarto para procurar Maura, vi a cama e um volume debaixo das cobertas, imaginei que ela estaria ali, dormindo como um anjo em sua beleza eterna, mas como eu disse... eu estava errada. Aproximei-me da cama, mas não senti nada ali, não senti o perfume dela, não senti movimento algum, nem mesmo o de respiração, então eu puxei a coberta, me surpreendendo com um monte de travesseiros espalhados. Olhei para o residente que estava na porta, mas ele havia sumido, e a porta estava fechada. Pus a mão no coldre por reflexo, não puxei minha arma, não era a hora, estupides, pois ele estava ali, atrás de mim, pude sentir seu perfume que nunca saíra de minha memória, uma não muito boa, mas ainda assim ela estava guardada.

Eu senti seus olhos grudados em mim mesmo eu estando de costas. Sem fazer movimentos bruscos eu me virei lentamente, minha feição fria, quase sem expressão.

– Jane – Ele me cumprimentou.

– Mascarado.


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Notas finais do capítulo

Como tá o coraçãozinho?