Altos e Baixos escrita por JLaw Mason


Capítulo 3
Pura Estupidez


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe a demora, tributos. Vocês terão uma surpresa bem agradável, eu espero. Mas espero que gostem, por mais que seja pouco, podem aproveitar! Obg, D'nada!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614180/chapter/3

Esses dias estão sendo uma verdadeira surpresa. Coisas que eu nunca imaginei estão acontecendo, eu nunca imaginei a gente dormindo juntos outra vez. A Delly é a única pessoa que me entende nessa situação, só ela entende o quanto eu amo Katniss, mas a Capital fez com que eu a machucasse, eu me culpo por isso sempre. Eu visito o Haymitch todos os dias, eu pedi para ele uma informação, que para mim é muito importante. Ele está mais bêbado do que nunca, mas sóbrio o suficiente para dar conselhos.

Logo após eu voltar da casa de Katniss, Delly não parou de me fazer perguntas. Ela está me bombardeando de perguntas até agora.

Eu rumo à porta do escritório e Delly me segue, ainda fazendo perguntas. Sento-me na cadeira atrás da mesa do escritório para olhar algumas papeladas enviadas da Capital. Delly se senta à mesa na minha frente e fica me olhando ainda muito curiosa, por que eu não respondi nem uma pergunta que ela fez.

– O que foi Delly? – Pergunto deixando os papeis ao lado dela.

– Me fala, por favor! – Ela implora apertando as próprias mãos perto do rosto. – Por que você estava na casa de Katniss?

– Ai, tudo bem, eu acordei no meio da noite para beber água, mas quando eu estava perto da cozinha eu ouvi um grito. – Digo olhando para ela, ela balança a cabeça indicando para que eu continue. – Era ela gritando, eu não consegui mais me segurar e sai correndo rumo a casa dela. – Faço uma pausa. – Quando eu cheguei lá me doeu ver ela se debatendo na cama, ela acordou gritando, então eu falei que estava tudo bem, eu esperei ela se acalmar, mas quando eu estava vindo embora ela pediu para que eu ficasse com ela. – Termino e ela me olha sorridente.

– Você dormiu lá? – Ela pergunta eufórica e eu confirmo com a cabeça. – Ai meu Deus, Peeta isso é ótimo.

– É, é sim. – Digo me sentindo muito feliz, mas depois tiro o sorriso do rosto. – Mas eu não posso dormir toda noite lá com ela, só se ela me pedisse e isso é... - Ela me interrompe.

– Não, não é impossível Peeta, se não ela não tinha pedido isso hoje!

– É, mas ela não vai pedir de novo tão cedo. – Digo, chateado. – Delly, eu vou ficar pensando nisso o dia, o mês todo se eu não tiver o que fazer!

– Peeta! – Ela fala animada. – Já sei!

– O quê?

– Você pode abrir a padaria novamente! – Ela me olha animada, ela está certa, isso é uma ótima ideia.

– Você acha? – Pergunto meio incerto. – Eu sei lá, pode ser bom, mas vai me lembrar da minha família, um passado difícil sabe?

– Eu sei Peeta, mas eu posso te ajudar. – Ela fala tentando me animar e está conseguindo.

– A gente pode tentar, não é? – Falo. Isso pode ser bom, eu vou esquecer, na verdade, eu vou me ocupar e pensar menos na Katniss.

– Pode ser bom tentar. – Ela me olha e eu sei que ela está sendo sincera, ela sempre quer me ajudar.

– Pode ser. Pelo menos você vai estar comigo. – Digo porque eu sei que ela vai estar.

– Vou estar com você mesmo, bem que você sabe. Sempre. – “Sempre” ela não faz ideia do efeito dessa palavra.

– Acho que a gente precisa tentar para poder saber se vai ser bom, pessoas novas sempre são boas, não temos que nos prender no passado. – Digo me referindo aos novos funcionários que vamos ter.

– Se você diz que vai ser bom, é porque vai ser bom meu garoto! – Ela vive me chamando assim, desde criança. Ela se levanta e vem me dar um abraço.

– Meu garoto não, Delly. – eu digo e nós dois rimos. – Tem que ser um apelido novo já que agora a gente vai viver uma nova fase.

– Ok, então... – Ela me larga e pensa um pouco. – Garoto da Katniss! – ela fala e nós caímos na gargalhada.

POV Katniss.

A vontade de abrir o olho não vem. Lembro-me de tudo que aconteceu ontem, aquilo me destruiu por completo. Por quê? Por que isso aconteceu comigo? Descobrir que amo Peeta e no mesmo tempo ele desistir de mim! Eu não sei mais o que fazer, nem como agir. A vida é tão dura. Perdi tanta gente com essa Revolução estúpida. Isso me faz lembrar do pesadelo e o quanto eu quero Peeta aqui comigo.

Abro os olhos e minha vista embaça. Tento levantar, mas não encontro força. Sinto uma dor excruciante em minha barriga, especificamente no estômago. Procuro força em algum canto do meu corpo e levanto tão rápido que, não sei em que momento, eu sinto o vômito na boca, isso é horrível. Eu não sei por que isso agora, eu dificilmente fico doente. Levanto-me lentamente, eu me sinto tão fraca, vou me apoiando na parede rumo à porta, quando saio vou descendo as escadas devagar. Minha vista embaça por completo, consigo ver um brilho vindo lá da sala. Tento descer mais um degrau, mas piso em falso e sinto o impacto do chão. Minha cabeça dói com o baque. Tento abrir os olhos mais não consigo. Ouço uma voz, mas não consigo identificar as palavras. Quando finalmente consigo abrir os olhos identifico a pessoa que está em cima de mim. Peeta.

– O que aconteceu? – o ouço falar, mas não consigo responder. – Katniss, responde! – ele parece desesperado. – Meu Deus, você está pálida e com febre! – o vejo correr, não sei para onde. Depois disso eu sinto um líquido ácido e quente sair da minha boca. Vejo tudo escurecer, eu consigo ouvir Peeta conversando com alguém no telefone, eu acho. Depois não me lembro de ouvir ou ver mais nada.

POV Peeta.

Essa - depois da noite que eu dormi com Katniss - foi a melhor noite que já dormi. Eu tive um sonho. Um sonho onde a minha padaria já estava toda reformada. As coisas na minha vida estão melhorando na medida do possível. Estou voltando a falar com Katniss. Vou reformar a padaria do meu pai. Tudo está sendo ótimo. Tirando o fato de que eu perdi minha família.

Levanto da cama e começo a ver imagens distorcidas. Imagens onde Katniss tenta me matar. Sinto uma dor excruciante em minha têmpora. Ela está com um sorriso no rosto, ela está matando minha família. Ela tem que morrer.

– Ela é uma bestante! – o outro Peeta dentro de mim fala. Uma dor, uma dor muito forte. – NÃO! Ela não é uma bestante, ela não quer me matar. – uma dor mais forte ainda. – Isso não é real. Não é real! – A minha cabeça dói muito, parece que vai explodir. Sinto as lágrimas em meu rosto. Uma dor forte. – Ela é a pessoa que eu amo. Ela não está matando minha família. Eu não quero matar ela. – A dor está mais forte.

Finalmente a dor vai passando. Vou rumo ao banheiro, quando eu me olho no espelho vejo os meus olhos vermelhos. Eu estou todo suado. Tomo um banho para ver se essa sensação estranha sai de mim. Termino de tomar banho e desço a escada para preparar os pães de Katniss. Quando termino coloco tudo em uma cesta e rumo a casa dela.

Greasy me deu a chave, por que ela estará ocupada o dia todo. Quando entro vou rumo à cozinha, deixo os pães em cima da mesa e coloco uma água no fogo para preparar um chá. Enquanto a água para o chá está no fogo, vou rumo ao quarto de Katniss para acordá-la. Quando chego perto a vejo descendo os últimos degraus da escada apenas com as roupas de baixo. Não deu tempo da minha mente raciocinar direito, apenas vi o corpo de tombar com o chão. Corro em sua direção e vejo que ela está toda vomitada e pálida. Ela abre os olhos com certa dificuldade.

– O que aconteceu? – Pergunto a ela, mas ela não diz nada. – Katniss responde! – Eu estou completamente desesperado, O que está acontecendo com ela? – Meu Deus, você está pálida e com febre!

Corro para cozinha e desligo o fogo que está esquentando o chá. Corro de volta a sala e vou até o telefone dela para ligar para a pessoa que é mais adequada nesse momento, ela pode até brigar comigo depois, mas eu preciso ajudar ela, eu não sei o que está acontecendo com ela, mas eu sei que se eu perder ela meu mundo vai acabar.

– Senhora Everdeen? – Digo. Acho que minha voz saiu um tanto desesperada.

– Alô?

– Senhora Everdeen? – Digo novamente. Acho que ela reconheceu minha voz, por que ela deu um leve suspiro de surpresa.

– Peeta? – Ela pergunta espantada. – Está tudo bem? Você parece desesperado!

– Não, não está tudo bem! – Digo um pouco alto, olhando para trás para ver Katniss – A Katniss!

– O que aconteceu com ela Peeta? – Ela pergunta, começando a se desesperar.

– Eu não sei! – Digo sendo sincero. – Eu cheguei aqui para trazer os pães dela, mas quando sai da cozinha a vi caindo da escada e com um líquido amarelo pelo corpo, acho que é vômito!

– Calma. – Diz ela se acalmando também. – Você sabe me dizer se ela está com febre?

– Sim, ela está bastante quente!

– Onde ela está? – Ela me pergunta. Quando eu olho pra trás me lembro de que eu a deixei no chão.

– No chão!

– No chão Peeta? – Ela grita.

– Desculpa! Eu me desesperei, eu não sabia o que fazer! A primeira coisa que passou pela cabeça foi ligar para senhora!

– Tudo bem, agora você vai pegar ela do chão e botar ela no sofá, eu espero.

– Tudo bem, só um instante.

Deixo o telefone em cima da mesinha e vou até Katniss. Ela parece está tão frágil. Pego ela em meus braços e ela reclama, isso significa que ela está um pouco consciente. Coloco-a em cima do sofá e a arrumo da melhor forma. Pego o telefone novamente.

– Pronto! E agora?

– Você disse que ela vomitou! Um líquido amarelo, certo?

– Certo! – Digo imediatamente.

– Você consegue sentir, pegando perto do estômago dela, se ele está inchado? – Ela pergunta com um ar pensativo.

– Acho que sim!

Vou rumo a Katniss e pego um pano para limpar o vômito. Quando acabo de limpar, pego em cima de seu estômago e ela solta um leve gemido. Sim, está inchado.

– Senhora Everdeen?

– Sim?

– Está inchado. Quando eu peguei ela soltou um leve gemido, mesmo desacordada!

– Tudo bem, acho que já sei o que é. – Ela fala um pouco mais tranquila. – Pelo o que você me falou ela não come nada desde ontem.

– Como?

– O que eu quero dizer, é que ela está vomitando um líquido amarelo e com febre, por que não coloca nada no estômago há algum tempo. – ela fala atentamente. – Você viu ela comendo alguma coisa ontem?

– Sim. Eu a vi comendo pães ontem e mais algumas coisas de manhã. – Digo o que eu sei.

– Provavelmente, essa foi a última refeição dela!

– O que eu tenho que fazer?

– Você vai pegar aquele livro de família, sabe?

– Sim!

– Lá tem uma receita de um chá, você vai fazer esse chá e dê para ela. Quando ela tomar tudo, você dá uma refeição reforçada para ela!

– Tudo bem, obrigado, de verdade! – Digo sinceramente.

Desligo o telefone e vou atrás do livro de plantas. Quando acho vou para cozinha preparar o chá. Enquanto a água está no fogo, vou até o quarto de Katniss e pego um cobertor leve, desço e cubro-a com o cobertor. Vou rumo à cozinha e termino de preparar o chá. Vou rumo à sala onde Katniss se encontra e sento na beira do sofá que ela está.

– Katniss? – Balanço ela levemente. – Katniss acorda. – Passo a mão no rosto dela. Ela é tão linda. A carranca dela some por completo quando ela está dormindo.

Ela abre os olhos lentamente. Seus olhos cinzentos se chocam com o meu e eu me sinto hipnotizado por eles. Eles brilham como relâmpagos em uma tempestade.

POV Katniss.

Sinto um incômodo no estômago. Sinto-me ser erguida do chão, também sinto uma dor. Estou sendo colocada em algo macio, alguém pega em minha barriga, especificamente, no estômago, isso doeu muito. Depois disso perco a consciência por completa.

– Katniss? – Ouço alguém me chamar, mas não consigo abrir os olhos. Essa voz. É Peeta. – Katniss acorda. – Sinto suas mãos em meu rosto, se não fosse pela dor que eu estou sentindo isso seria ótimo.

Consigo abrir os olhos, com muito esforço, mas consigo. Nossos olhares se encontram. Seus olhos parecem com o mar, hora agitado, hora calmo como agora. Ele me olha com uma ternura, que eu sinto raiva de mim mesma por está com raiva dele.

– Você se sente melhor? – Ele pergunta calmamente. A única coisa que eu consigo fazer é negar com a cabeça. O que é verdade, eu não me sinto melhor. – Toma esse chá. Vai fazer bem para você! – Ele afirma.

Peeta se levanta para me arrumar no sofá e percebo que eu estou coberta por apenas um cobertor, isso significa que eu estou apenas com a roupa de baixo. Sinto meu rosto ruborizar. Ele pega uma xícara em cima de uma mesinha e põe em minha mão.

– Bebe tudo, ok? – Confirmo com a cabeça.

Vou bebendo o chá aos poucos. Esse chá só eu sabia que ele era bom para o que eu sinto agora. Como ele descobriu? Tiro esses pensamentos da minha cabeça e procuro força para falar, por que ele está me olhando sem parar. Eu continuo com raiva dele.

– Por que você está me olhando? – Pergunto um pouco rude. Mas eu nem ligo.

– Nossa, obrigado Peeta por me ajudar, estou plenamente grata! – Ele ironiza me imitando. Permito-me dá uma risada. – Por nada! – Ele responde a minha pergunta levemente. – Você consegue tomar um banho?

– Acho que consigo. – Digo depois de terminar de beber o chá.

Levanto-me devagar, mas quando fico em pé sinto uma dor forte no estômago. Quando estou quase caindo, sinto os braços fortes de Peeta em torno de minha cintura. Olho para ele e ele dá um leve sorriso. Vou até a porta do banheiro do quarto apoiada nele. Entro no banheiro com dificuldade. Deixo a água escorrer no meu corpo, isso é reconfortante.

Quando acabo de tomar meu banho, pego uma roupa leve no guarda-roupa. Uma blusa de mangas comprida bem folgada e uma calça de moletom. Desço as escadas, já me sinto um pouco melhor. Sinto um cheiro maravilhoso vindo da cozinha, rumo à cozinha e quando chego lá vejo Peeta preparando chocolate quente. Isso abriu meu apetite. Sento à mesa e ele põe a xícara de chocolate quente em minha frente, junto com um prato cheio de biscoitos e pães de queijo.

– Você quer me engordar? – Pergunto quando olho pra toda aquela comida.

– Não. – Ele ri. – Eu quero que você fique melhor. – Olho para ele e sorrio

– Obrigada!

– Não precisa agradecer. Eu só quero o seu bem! – Ele fala me deixando constrangida. Desvio meu olhar para comida e começo a comer.

– Você sabe o que eu tinha? – Pergunto quando termino de comer, indo lavar a louça.

– Deixa que eu lavo. – Ele pega da minha mão. – Eu sei. Você só comeu aquilo que eu fiz para o seu café, não foi? – Ele pergunta então eu me lembro de que eu não comi mais nada depois disso.

– Eu me esqueci! – Digo sendo sincera. Com tudo aquilo eu me esqueci completamente. Tudo aquilo aconteceu era de tarde. Isso significa que eu fiquei desacordada por horas.

– Como você se esquece de comer? – Ele pergunta indo para sala e se sentando no sofá, eu imito ele.

– A culpa é sua! – Eu digo com raiva e sem perceber.

– Minha? Por quê? – Ele pergunta surpreso.

– Esquece! – Digo subindo para o quarto.

– Não! Agora você vai ter que falar! O que eu fiz? – Ele pergunta me seguindo.

– Não importa Peeta! – Digo tentando pôr um ponto final nessa história.

– Você não vai me falar o que eu fiz? – Ele diz me puxando pelo braço de forma que eu fico tão perto dele que nossos rostos estão a um palmo de distância. Consigo sentir sua respiração no meu rosto. Olho em seus olhos e me sinto hipnotizada por eles.

– Não. – Pondero a resposta. Ele se aproxima ainda mais olhando diretamente em meus olhos.

– Por que não? – Ele fala ainda mais próximo. Isso está me deixando louca. A minha vontade é de pular em seus lábios.

– Esquece isso Peeta. – Digo tropeçando nas palavras. Ele está tão próximo. Sinto sua respiração em meu rosto. Olho para seus lábios, a vontade é de beijar ele, mas não posso. Ele está com Delly. Me solto de sua mão. Meu coração está quase a sair pela boca.

Sento-me na cama e ele faz o mesmo. Ele fica me olhando pensativo. Isso está me irritando. Ele senta um pouco mais perto, então eu me levanto, mas ele puxa minha mão e faz com que eu sente de novo.

– O que é Peeta?

– Me fala o que eu fiz! Por favor! – Ele implora.

– Esquece, Peeta. – Digo com raiva. – Como você sabia daquele chá? – Pergunto mudando de assunto.

– Aaaah! – Ele passa a mão nos cabelos. – É que... – Ele não termina de falar. Ele está me escondendo alguma coisa.

– É que... O quê Peeta? – Digo irritada. – Fala logo!

– Eu liguei para sua mãe. – Ele fala com cuidado. Eu não acredito que ele fez isso.

– Como é que é? – Eu falo, na verdade, eu grito.

– Eu não sabia o que fazer. – Ele diz se levantando. – Eu precisava te ajudar, você... – Eu o interrompo.

– Você não tinha o direito de fazer isso! – Eu grito apontando o dedo em seu peito com força.

– Eu só queria aju... – Ele fala calmo, mas eu o interrompo.

– Eu não pedi para você me ajudar! – Grito mais uma vez. – Eu pedi? Não, eu não pedi!

– Eu não perguntei se você não pediu! Eu ajudei por que eu quis! Ajudei por que eu sou um idiota! – Agora ele está gritando também. Ele segura meu pulso tirando minha mão de seu peito. Vejo seus olhos lacrimejarem. – Um idiota! – Ele diz indo rumo à porta do quarto.

Eu me sinto uma idiota por ter gritado com ele. Ele só tentou me ajudar, e eu gritei com ele. Minha mãe é um ponto fraco, que eu me abalo só de pensar nela. Ele não sabia. Eu sou uma estúpida. Corro até ele e o abraço por trás. Eu não quero que ele fique com raiva de mim. Enterro meu rosto em suas costas.

– Desculpa! – Eu digo abafado por estar com o rosto enterrado em sua costa.

– Você não era tão fraca assim antes, Katniss! – Ele diz sem se virar. Ele pega minhas mão e sai do abraço sem olhar para trás. Ele foi embora.

Eu sou uma Idiota. Uma completa idiota. Que raiva. Vou rumo à cama e enterro a cabeça no travesseiro. Permito-me chorar, chorar muito, por que eu sou uma estúpida. Eu gritei com ele sem motivo. Uma completa imbecil.

Depois de tanto chorar acabo caindo no sono. Acordo e já passou da hora do almoço. Rumo à cozinha e vejo que Peeta deixou comida pronta para mim. Mesmo ele estando com raiva de mim ele se preocupa comigo. Como o cozido de carneiro que ele fez. Estava muito gostoso. Depois que termino de comer, vou para a sala para ver se eu consigo me distrair. Fico até às seis da tarde assistindo qualquer coisa que passe.

Uma lembrança me vem à cabeça. Madge. Ela foi umas das únicas pessoas que eu gostava de verdade. Lembro-me de uma coisa que eu não faço desde que voltei. Desço para o porão e lá encontro o que eu procurava. O piano. Começo a tocar. Toco uma melodia lenta e constante. Depois começo a tocar uma música que eu me lembro muito bem. A música da campina. Quando dou por mim já estou cantando.

Bem no fundo da campina, embaixo do salgueiro
Um leito da grama, um macio e verde travesseiro
Deite a cabeça e feche esses olhos cansados
E quando se abrirem, o Sol já estará alto nos prados.

Aqui é seguro, aqui é um abrigo
Aqui as margaridas lhe protegem de todo o perigo
Aqui seus sonhos são doces e amanhã serão lei
Aqui é o local onde eu sempre lhe amarei.

Bem no fundo da campina, bem distante
Num maço de folhas, brilha o luar aconchegante
Esqueça suas tristezas e aquele problema estafante
Porque quando amanhecer de novo ele não será mais tão pujante.

Aqui é seguro, aqui é um abrigo
Aqui as margaridas lhe protegem de todo o perigo
Aqui seus sonhos são doces e amanhã serão lei
Aqui é o local onde eu sempre lhe amarei.”

Quando termino de cantar me viro e me deparo com ele.

– Me desculpe! – Ouço quem eu menos esperava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Vocês querem Peetniss agora, ou depois? COMENTEM!!! Se vocês não comentarem, coloco Delly com Peeta, dou um jeito de enfiar o Gale também e coloco ele com Katniss, e todos vão viver para sempre e felizes never! Então, já sabem! Quem for a favor desse casal, me poupe né! Enfim, comentem a vontade! Abusem! Obg, D'nada



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Altos e Baixos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.