- Oops! - Lucas murmurou ao ver Kellog´s  enrolado no chão com a cabeça sangrando. Corri para ver se ele ainda vivia.

- Aaaaai.... - Kellog´s gemeu quando encostei em seus machucados. Sua cabeça estava sangrando incontrolávelmente. - Sua...

- Nem ouse me xingar! Sou eu que estou te curando! - Ri.

- Ai. - Ele choramingou. - Tá muito feio?

- Relaxa, pior do que antes num vai ficar. - Ele começou a rir, mas o movimento o fez é chorar.

- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

- Desculpe. Lucas?! - Berrei.

- Calma! Ta tudo aqui. Quer ajuda? - Ele apareceu com um montão de coisas nos braços.

- DÚH! Me ajuda a por ele em cima da cama.

- Molhado? - Kellog´s reclamou.

- Tem outro jeito? - Ri.

    O cara era mesmo pesado, e o pior é que ele nem era tão alto assim. Aquele esforço era demais pra mim. Foram muitas as tentativas. Mas toda a vez que eu dizia "JÁ" Lucas deixava o cara cair de cara no chão. Então desisti da ajuda do meu amigo super forte e pedi pra ele chamar as garotas.

- Ah... - Kellog´s suspirou assim que sentiu o colchão em baixo de seu corpo. - Obrigada.

- EI! Como é que a gente vai chama ajuda? O cara ta com um Grand Canyon na cabeça! - Mar´s riu.

- Eu... Eu costuro. - Suspirei.

- Mas já faz tempo que você faz isso! - Cah disse.

- Nem! Eu vivo me cortando e me costurando. - Ri. - Estou acostumada. Foi pra isso que eu estudei, lembram?

    Elas assentiram lembrando da época em que eu inventei de ir pra um cursinho pra enfermeiras. Era um lugarzinho legal. BOm, nem tanto...

                                    [FLASHBACK]

- UHUL! - Cah ria.

- É eu já prometi vou cuidar de vocês. E vou trabalhar de enfermeira, e a gente nem vai precisar pagar pra... pra... Sei lá... Amputar o braço! - Falando por falar eu estava mais é tentando me convencer de que aquilo era a coisa certa. Eu ia ir viajar dois GRANDES anos para nãolembromaisonde, só pra aprender a amputar, a costurar e a engesar. ou... Coisas parecidas.

- É aqui? -  Mar´s fez cara de nojo pro fim do mundo onde o GPS tinha mandado a gente.

- Eu acho que...

- HOLAÁ! - Um cara estranho apareceu do nada, pulou na frente do carro me obrigando a fazer de tudo pra não o atropelar.

- PORRA SEU SER INDEFINIDO SAI DA FRENTE! - Berrei.

- Sou o mestre Juuuuuuuliem. - O cara riu. - Prazer.

- Não posso dizer que é um prazer te encontrar maaaaaas... Você saberia dizer onde é que fica esse lugar aqui? - Apontei pra uma casinha bonitinha no mapa que eu tinha recebido.

- É Claro que ele não sabe!

- Sei sim! E por acaso sou o professor de vocês! Sou mestre Juuuuuliem. Professor. De. Vocês.

-  Eu falo sua lingua idiota! A questão é se você consegue me entender!

- A! Você é nativa da região...

- NÃO! Eu sou daqui! Seu...

- MAAAAAAAAAAAR´S! RESPEITE O PROFESSOR! - Puxei-a para longe do usuario de cogumelinhos coloridinhos.

- Uh... PORQUEEEEEEEEEE? EU NUNCA RESPEITEM UM PROFESSOR ANTES!

- Mas agora sim! - Puxei-a pra dentro de um quartinho minúsculo onde estavam sentados cerca de outros 20 alunos. - Preuga! 

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- ENTÃO ISSO É TUDO PESSOAL! - o mestre Looneytunes se despediu. No dia seguinte ele arranjaria um avião e nos levaria para sua aldeia, lá no Fim do mundo. DROGA

- Amanhã????? - Cah gemeu.

- Sim. Amanhã. Ou...

- Não! - Mar´s riu.

- É verdade...

- Olha pelo meu Ponto de vista! - Mar´s nos puxou pra mais perto. - A gente aprendeu o suficiente. Exigimos o diploma, coisa e talz, e vazamos. Sem sair do pais!

- É! POIS É! - Ri

- Pega no meu pé! - Cah completo a minha fala. Mas eu não tinha feito querendo e sabia o que viria a seguir, no meio de todo mundo...

- A FOI MAL PEGA NO MEU... 

-PÉ DE NOVO! - Berrei interrompendo a Mar´s que me olhava com cara feia.

- Uhm.... Perdeu a graça.

                                  [FIM DO FLASHBACK]

- Como assim?! - Kellog´s mal aguentava abrir os olhos, mas sua voz soava muito assustada.

- Vou te costurar amigo!

- Já trabalhou disso? - Ele Me segurou pelos braços me impedindo de chegar perto dele.

- Infelizmente. Morro de medo de agulhas, mas trabalhei por 2 anos.

- Nossa...

- É então... Posso? - Tinha tudo pronto, estava preparada para costurar a cabeça do idiota.

    Já tinha feito isso centenas de vezes. Mas... aquela era especial. Tomei um cuidado anormal. Fiz o meu melhor. E com sorte ele sararia rápido. Eu esperava.... Pois nunca costurara uma cabeça. Muito menos a reforçara com cola.

- Pronto. - Murmurei cortando o fio.

- Oi? - Kellog´s acordou, e me encarou aturdido.

- Estava dormindo? - Figi não ter percebido. Guardando e recolhendo tudo.

- Eu? Não! Magina! Pode continuar com o que você estava me contando.

- É... Como eu ia te dizendo, amputar foi fácil. O difícil foi é saber onde...

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! -  Kellog´s deu um pulo e não parou de berrar até me ver rindo, só ai foi que lhe veio a cabeça que se estivesse sem a mesma não estaria vivo.

- Idiota! - Ri. Ele também ria. Mas belo susto tinha levado!

- OMFG! Achei que era verdade. Só não sei como! Acho que a pancada foi das fortes.

- Deve ter sido! - Ri.

- Obrigado. - Ele corou.

- Ah não foi nada não! Relaxa. Se o veneno fizer efeito daqui você não passa....

- HaHa! Dessa vez eu não caio. Já recebi sustos suficientes.

- Pois é! Ei ta fazendo o que?! - Empurrei-o de volta pra minha cama. - Tem que ficar aqui. Se não você vai acabar com isso sangrando. Vou buscar comida. Fica ai.

- Ok...

    Fui pra cozinha meio receosa. Nem tinha perguntado o que ele queria comer... Comida de hospital... Só pra encher o saco... Seria bom. Sopa?

- Sopa?! - Perguntei pra Lucas que já havia pensado em tudo, e estava com a bandeja mais linda que eu já vira em mãos.

- É

- Ele vai gostar. Obrigada. Gosto de saber que conto com a sua ajuda nessa casa. - Abracei-o.

- E eu conto com a sua, não é? - Ele me encarou com o rosto iluminado.

- Depende... O que você tem em mente?

- Cah...

- O que? - Comecei a rir.

- A Cah... Eu...

- HOOOLAAAA! - Sr. Smith abriu a porta fazendo um estrondo. - Cheguei.

- Percebi.

- Minhas Galinhazinhas de ouroooooo! Tenho uma surpresinha para vocêeeeeees!

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