Madly Perfect Life escrita por Ellen Gonçalves


Capítulo 3
Maurício De Sousa


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE EU VOLTEI! NÃO MORRI! VIM AQUI DIZER OIII! Me desculpem por tanto tempo sem postar Hehe... Não! Não tenho nenhuma desculpa, a não ser a minha falta de inspiração e preguiça. Sim! Sou preguiçosa. Beijinhos! Vamos Ao Cap!



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Eu estava em casa, no notebook, bisbilhotando a vida alheia. Eu sei que tenho um celular para fazer isso, mas, muitas vezes, prefiro optar pelo meu not!

Faz pouco tempo que cheguei do shopping com a Carol. Foi divertido! Comprei um bocado de roupa. Um vestido de festa, uma saia de babados, uma blusa de alcinhas e um tamanco.

Fui rolando o Feed de Notícias. Affs. Que tédio. O pessoal só posta besteira. Tipo... As garotas, coisas dramáticas como: A mulher mais perigosa é a que você magoou e blábláblá... Como se elas tivessem sido magoadas e quisessem dar um tipo de indireta pelo Feed para o cara, sendo que, ninguém quer saber. E os caras só colocam safadeza. Ah me poupe.

Depois de muita besteira, acabei achando algumas fotos da Carol e do Alex. Eles são tão fofinhos. Tipo... Tinha uma que ele bagunçava o cabelo dela. E a legenda dizia: "Minha Baixinha". Eu curti a foto e abri os comentários. A maioria dizia "Lindos". Affs. Ninguém sabe comentar outra coisa não? Resolvi comentar: "Meus Amorecos! Tão Fofinhos!", e coloquei alguns emoticons.

Fui rolando a página até encontrar uma foto do Carlos, o que é um milagre. Ele é muito tímido, e fofo.

Resolvi bisbilhotar o perfil dele. Poucas fotos e todas lindas. Deu vontade de sair curtindo todas, mas eu iria parecer uma desesperada. Então só curti umas duas... Três... Dez! Não resisti.

A campainha tocou. Levantei-me do sofá com preguiça e fui até porta. A minha sala de TV não é lá essas coisas. Tem um sofá de canto branco encostado na parede azul bem suave, um raque cinza com um painel de mesma cor; no painel há uma TV de plasma preta, no raque alguns jarros verde-água e nas prateleiras livros empoeirados; entre o sofá e o painel, bem no meio, há um centro de vidro de pés finos e pretos. Saí da sala e fui até o corredor que, logo no início, há uma porta de madeira escura, as paredes são brancas. Abri a porta que dá para um pequeno jardim com gramado verdinho e cercado por paredes com textura verde-água as quais estão cercadas por flores diversas. Fui até o portão de metal.

Eu estava sozinha em casa. Fiquei com certo receio de abrir.

—Quem é? - Gritei me esquecendo do interfone que há no corredor ao lado da porta.

—O bicho papão! - Reconheci a voz da mamãe.

Destranquei a porta e abri.

—Ah! Oi mãe. - Falei tranquilizada.

—Que desânimo ao me ver. - Ela falou botando a mão no peito fingindo tristeza.

Acabei rindo. Ela vai entrando.

—Não é nada disso. Só estou aliviada que seja a senhora e não um maníaco se passando pela minha mãe.

—Ah me poupe. Você é muito medrosa.

—Nham - Mostrei a língua.

—Então, como é que foi no shopping? Comprou muita coisa? - Ela perguntou enquanto entrava em casa.

Minha mãe é ruiva, branquinha e de olhos castanhos.

— Foi até legal! Mas quando a gente chegou tinha um cara brigando com a mãe. Fazendo o maior escândalo e falando coisas horríveis pra ela. - Resumi a história.

— Que horror! - Mãe falou realmente horrorizada.

—Pois é. Aí eu falei pra ele parar. Ele começou a me ameaçar. Então o Alex chegou. Quando ele viu, chamou a polícia e começou a bater boca com o cara. Depois a polícia chegou e levou o cara para a delegacia. O Alex levou a senhora pra casa e depois deu um depoimento na delegacia e amanhã, depois da escola, vou também com a Carol. - Falei rapidamente. Quase fiquei sem fôlego.

—Que bom que denunciaram. Bom, eu vou tomar banho para dormir. E se eu fosse você faria o mesmo. Já são 11 e meia da noite. - Ela falou saindo da sala.

11 e meia? Tô ferrada. Amanhã é segunda e eu vou madrugar. Acordar de 6 horas da madrugada. Meu Deus, tô morta. Corri pra cama. Já tinha tomado banho e escovado os dentes. Deitei e me enrolei. Demorou, mas consegui dormir.

**************************************

Acordei sendo arremessada da cama. Abri os olhos assustada olhando para todos os lados e encontrei minha mãe ajoelhada na minha cama fazendo o máximo para não rir.

—Eu tentei te acordar de todas as formas, mas você não reagia! Tive que te derrubar! - Minha mãe falou rapidamente dando de ombros.

—O-o que? Co-como pode fazer isso? - Falei chocada.

—Fazendo. - Ela deu de ombros.

—Nossa! - Falei me levantando - Que horas são?

—Seis e meia! É melhor correr.

Ai meu Deus! Corri para o banheiro e me arrumei o mais rápido possível. Fui até a cozinha e peguei um biscoito. Engoli rapidamente, tentei pelo menos, sentindo o gosto amargo de creme dental. Arrg.

—Tchau! - Digo dando um beijo na minha mãe.

—Tchauzinho, amor! - Ela falou enquanto eu saía fechando a porta.

Minha cozinha é bem organizada, culpa da minha mãe. As paredes são cobertas de azulejos quadrados e pequenos que variam do laranja a um amarelo bem claro, de forma que deixe a cozinha colorida. O armário é grande e forma um L com a parede. E tem uma geladeira cinza no vértice do L.

Assim que fechei o portão e me pus a andar, percebi que o sol já estava bem quentinho apesar da hora. É... o verão chegará em breve, pensei com meus botões.

Eu estava vestida com uma calça jeans preta, a blusa do colégio e um all star vermelho. Sim! Vermelho! Por que vermelho? Traz-me boas lembranças! Sorri sozinha! A ideia do all star vermelho veio de um livro perfeito que sempre me acompanhará. Tinha amarrado na cintura um cardigan rosa. Minha mochila é rosa com detalhes brancos.

Como estava caminhando até o colégio, e o sol não colaborou muito esta madrugada (madrugada? Sim! Sete horas é muito cedo para se considerar manhã, portanto é madrugada), comecei a sentir calor e a xuxinha preta em meu braço veio a calhar, amarrei meus rebeldes cabelos castanhos e segui em frente.

Já que estava atrasada, não tive pressa. Chegando à porta do colégio, soltei meus cabelos e penteei-os com a mine escova de madeira clara que estava em minha bolça.

A faixada do colégio é cheia de quadradinhos que variam entre branco e azul, no meio o nome do local com quadradinhos pretos. Ao entrar, há uma pequena área verde com alguns bancos e árvores espalhados. Logo em seguida, outro portão de madeira que dá para um corredor que se divide em vários para direita e esquerda, onde estão os armários e portas que dão para as salas de aula.

Fui entrando pelo grande portão de metal sem ser percebida, pois, se o porteiro me visse, com certeza me barraria por estar atrasada. Passei pelo segundo portão, este de madeira escura com janelas de vidro, e fui à procura de meu armário que estaria no segundo corredor à direita. Achei-o, peguei meus livros do dia, guardei os antigos e fui em busca da sala de aula correspondente a minha classe. A primeira aula era de português, mas como sei que a professora me barraria por causa da hora, esperei pela segunda aula. Sentei-me no chão e esperei o sinal bater.

O sinal tocou. Esperei a professora de português sair entrei porta adentro. Fui em direção ao fundo da sala, onde meu lugar estava sendo guardado pela linda Carol. Sendo mais específica, eu me sentava no canto da parede, sendo a penúltima da fileira e Ka sendo a última.

—Onde você estava? - Ela já vai falando assim que me aproximo.

—Acordei atrasada. Acabei chegando tarde. - Falei dando de ombros.

—Hum... Vou te dar o assunto novo de português. - Ela falou abrindo o caderno.

—Depois eu pego. Preciso prestar atenção na aula de inglês. - Falei percebendo a presença do professor.

**********************

Finalmente intervalo. Estou com fome! Também não é pra menos, já que não comi nada. Levantei-me da banca e esperei que a Ka pegasse seu lanche.

—Prontinho! - Ela fala.

Fomos andando em direção à porta.

—Vamos dar uma olhadinha no mural. Quero ver se a feira de ciências vai acontecer este mês. - Ka diz toda sorridente.

—Affs! Feira de ciências. Não suporto ter que trabalhar com esse monte de gente desinteressado. Não sei como você fica tão feliz com isso! - Eu falo um pouco irritada.

Feiras de ciências ou de cultura são terríveis. Você gasta rios de dinheiro, dá o melhor de si para a apresentação sair perfeita, enquanto os outros faltam aos ensaios, chegam atrasados, brincam, não estão nem aí! E no dia vem com a cara mais cínica e diz: Kate, não decorei a fala! Vou ler. Rrrr Odeio! Aí fica a coisa mais chata do mundo com aqueles analfabetos lendo tudo errado, fazendo pausas e dizendo: Oxe? Que palavra é essa? Rrrrr

—Porque eu ganho ponto extra né! - Ela diz como se fosse óbvio.

—Mas não é por isso que eu participo! - Falei indignada.

Já participei algumas vezes quando era mais nova, mas desisti faz tempo.

—Ah minha querida, você quer me comparar a você? Sempre tira notas altas! - Ka aponta.

—E você também pode. É só estudar.

—Eu estudo, mas a vida tá difícil, minha amiga. Vem! Acabaram de atualizar o mural. - Ela me puxa até um quadro verde cheio de papéis. - Aqui!

Ka aponta para uma folha onde havia as informações a respeito da feira de ciências. Resolvi dar uma olhada.

Caros alunos,

A feira de ciências deste ano acontecerá no mês de outubro, mas a data ainda não foi decidida pela direção. [...]

A pontuação este ano será de forma diferente, será considerada uma terceira nota, portanto a participação dos alunos é obrigatória. Já que todos terão que participar, não haverá burocracia em realizar sua inscrição, e a participação é gratuita.

A equipe vencedora ainda terá direito a uma viagem para a casa de praia Duas Joanas.

[...]

Segue abaixo as equipes:

Obs.: As equipes estão mescladas com alunos de diferentes classes.

Equipe 1

[...]

Equipe 7

Carlos de Bragança

Caroline Gonçalves

David Lima

Kathrine Albuquerque

Luana Barcellos

Maurício de Souza

[...]

O QUE? COMO ASSIM PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA? NÃO! NÃO! E...

Apertei um pouco os olhos para ter certeza do que estava lendo. Maurício de Souza? Hahahahahaha Comecei a rir do nada. Quem se chama Maurício de Souza a não ser o próprio? Ótimo! Tenho um escritor em minha equipe! Bravo! Isso deixa tudo melhor.

— O que foi menina? – Ka me olha espantada.

— Maurício de Souza! Haha Dá para acreditar?

— Onde? – Ela pergunta.

Apontei.

— No-Nossa Hahahahaha – Ka começa a rir e eu acabo acompanhando.

Sei lá, mas quando alguém ri acabo contagiando-me.

— O que aconteceu? – Ouço a voz de Carlos e faço o possível para parar de rir, mas só consigo apontar para o nome na folha enquanto respiro.

Ka não faz nenhum esforço e continua a chorar de rir. Eu sei que é exagero, mas não somos normais, isso é um fato!

— Mas esse é o nome do meu irmão! O que tem demais? Por acaso você achou feio? – Ele fala aparentemente confuso.

Eu paro de rir instantaneamente. E tento bolar alguma desculpa.

— Na-Não é que... – Antes que eu termine ele começa a rir e eu fico com cara de... eu não sei... acho que confusa, embaraçada, assustada, e... vermelha igual tomate.

— A cara dela foi hilária! Você viu? – Ele fala para Ka e os dois continuam a rir muito.

Ka balança a cabeça em afirmação rindo.

Neste momento acho que fiquei azul, roxo, e principalmente vermelho igual a um pimentão.

— Ah haha Foi só brincadeira né hehe. – Falo sem graça.

— Ca-Calma. – Ele fala se recompondo – Não precisa ficar vermelha. - Ele diz ainda risonho.

Depois de se recompor completamente, aperta minhas bochechas em brasa e diz:

— Você fica tão fofinha quando está com vergonha! – E eu virei um tomate completo.

— Eu não estou com vergonha! Estou vermelha porque estava rindo. – Falei um pouco abalada.

— OK. – Ele diz com as mãos ainda em meu rosto sem perceber o que estava fazendo.

Mas parece que se tocou, pois começou a ruborizar e tirou as mãos de mim rapidamente. Nossa! Fofo, lindo, tímido, e bipolar.

— Ah... Parece que estamos na mesma equipe. – Ele fala passando as mãos nos cabelos voltando a sua timidez costumeira, e me admira ele tê-la deixado de lado agora a pouco.

— É. – Digo simplesmente. – Eu, você e a Ka.

— Kate, eu vou ali na cantina e já volto. – Ka diz tentando sair de fininho, obviamente tentando me deixar a sós com ele, só que eu fiquei com med... fome. É isso aí, fome. Somente, basicamente e simplesmente isso.

— Eu também estou com fome, Ka. Vou com você. A gente se vê Carlos. – Falei rapidamente jogando um beijo no ar enquanto seguia a Ka.

— Por que você não continuou conversando com ele? – Ka já vai jogando na minha cara assim que chego perto.

— Porque não tinha assunto. – Falei com um sorriso amarelo.

— Hum... Sei... Mas eu não entendo como você foi acreditar naquele negócio de irmão dele! – Fala rindo um pouco, obviamente lembrando da minha cara.

— Por que não entende? É normal cair em uma brincadeirinha de vez em quando. – Digo simplesmente.

— Mas eles nem têm o mesmo sobrenome, cabeça oca! – Ela fala com o dedo indicador na cabeça loira.

— Eita... É mesmo... Que broca! – Eu falo tapando a boca.


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Notas finais do capítulo

E é isso!!! Sei que não é lá algo que se diga "Minha nossa! Que extraordinário!" Mas é isso! Espero que tenham gostado! Comentem! Me deem ideias para o próximo cap! Aceito sugestões! Só sairá um cap se eu tiver alguma idéia! É isso!!!! Beijinhos!!!